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Por que tantos autores homens? Tantos brancos? Tantos europeus? Por que sempre esses? Por que não fazer outra lista, um cânone alternativo? Por exemplo, uma lista que só admitisse mulheres, não brancas ou autores não europeus... Afinal, esses nunca têm uma chance de serem conhecidos.
A primeira é que não conheço o suficiente para propor esses nomes. A segunda é um princípio ético básico: não fazer aos outros o que não gostaria que me fizessem. E sei que me sentiria roubada de algo fundamental se não tivesse lido Homero, Cervantes, Shakespare. Não sei quem se poderia propor para o lugar deles, não consigo me imaginar sem Ulisses, Dom Quixote, Hamelet. Se não quero essa pobreza para mim, não vou me meter a fazer experimentações com os jovens.
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