Se Acabo Quotes

We've searched our database for all the quotes and captions related to Se Acabo. Here they are! All 55 of them:

Se acabo Travis, vete a casa; – Tu eres mi casa
Jamie McGuire (Beautiful Disaster (Beautiful, #1))
No pienso en el después. No pienso en el tiempo. Me entrego a una relación no como un coleccionista sino como un investigador. Es sólo que las plantas se me dan mal, que no acabo de acostumbrarme a la continuidad de los afectos.
José Ovejero (La invención del amor)
Ser ou estar. Não, não é ser ou não ser, essa já existe, não confundir com a minha que acabei de inventar agora. Originalíssima. Se eu sou, não estou porque para que eu seja é preciso que eu não esteja. Mas não esteja onde? Muito boa a pergunta, não esteja onde. Fora de mim, é lógico. Para que eu seja assim inteira (essencial e essência) é preciso que não esteja em outro lugar senão em mim. Não me desintegro na natureza porque ela me toma e me devolve na íntegra: não há competição mas identificação dos elementos. Apenas isso. Na cidade me desintegro porque na cidade eu não sou, eu estou: estou competindo e como dentro das regras do jogo (milhares de regras) preciso competir bem, tenho consequentemente de estar bem para competir o melhor possível. Para competir o melhor possível acabo sacrificando o ser (próprio ou alheio, o que vem a dar no mesmo). Ora, se sacrifico o ser para apenas estar, acabo me desintegrando (essencial e essência) até a pulverização total.
Lygia Fagundes Telles (As Meninas)
Mole. E enjoada comigo mesma como se me tivesse provado. Um pedaço de pão que depois de se mastigar durante muito tempo acabasse sabendo mal. Sabendo a mim própria, aos meus próprios sucos. Cuspi-me com desagrado para cima da cama e aqui fiquei líquida e espapaçada. É um estado de espírito entre calmo e desesperado com uma leve ansiedade à mistura. Por vezes sinto medo desta solidão maior do que nunca foi, imensa. Para onde quer que me volte só dou comigo mesma. Mas já me vi bastante e acabo de reparar que nada mais tenho a dizer-me. Nada mais.
Maria Judite de Carvalho (Tanta Gente, Mariana)
El tiempo de los violentos ya se acabo ... y ahora es nuestro tiempo, el de la gente civil, el de la gente que quiere construir paz pero con firmeza. Somos suaves y dulces, pacificos y manzos, pero firmes hasta las ultimas consecuencias. Por eso hemos ganado sobre los violentos. Por eso ganaremos sobre la gente que no sabe dialogar. Hemos perdido el miedo desde hace muchos anos, porque nos atenazo demasiado. Animo ... fuerza.
Dante Liano
Haz de cuenta que estoy en la ruleta. No paro de apostar, ni de perder. Apuesto con las ganas de perderlo todo, y cuando estoy a punto de lograrlo se me ocurre algo para hacer más dinero y volver a apostarlo. El día que mis papás tuvieron lana la guardaron, la cuidaron, la agarraron cariño, y ya ves: su hija se las bajó, enterita. Tengo una relación muy rara con el cash. Lo amo y lo desprecio. Puedo atreverme a cualquier cosa por tenerlo, puedo pasarme noches enteras contándolo, y a la primera oportunidad acabo con él. Finalmente, si no se va a quedar conmigo, no voy a darle el gusto de que sea él quien me abandone. El dinero sólo abandona a los jodidos. Y eso sí no lo aguanto. Ya sé que es muy injusta, muy triste la pobreza, pero si me preguntan me siento más a gusto diciendo que ni la conozco, aunque eso sea nada más porque en cuanto la siento que se acerca le volteo la espalda.
Xavier Velasco (Diablo Guardián)
tambien de este modo como el destino acostumbra a comportarse con nosotros, ya esta pisandonos los talones, ya extendio la mano para tocarnos en el hombro, y nosotros todavia vamos murmurando, Se acabo, no hay nada mas que ver, todo es igual
José Saramago (El cuento de la isla desconocida)
A veces, decir <> o <> hace que sea más fácil de soportar el día. -Elizabeth
Lani Diane Rich (Se Acabo el Portarse Bien)
Sólo porque algo no sea buena idea no significa que no debas hacerlo -Elizabeth
Lani Diane Rich (Se Acabo el Portarse Bien)
Ahora acabo de conocer que todos los contentos desta vida pasan como sombra y sueño, o se marchitan como flor del campo.
Miguel de Cervantes Saavedra
«—Algún dia haré lo que tenga que hacer y ella será mía. Recuerda mis palabras. —¿Lo sabe ya? —Se lo acabo de decir.»
Katy Evans (Mr. President (White House, #1))
..mi marido me maltrata siempre que le apetece. Me pega donde no se ve, y yo acabo pensando que, si no se ve, no ha pasado nada
Camilla Läckberg (Mujeres que no perdonan)
Acabo de lembrar o que me fez pensar desta forma. Vou escrever sobre isso porque, se eu fizer, não terei de pensar no assunto. E não quero ficar triste.
Stephen Chbosky (The Perks of Being a Wallflower)
acabo de ouvir uma história que me custará talvez vinte e cinco luíses. Se for roubado, não lamentarei o dinheiro, porque vi o mais talentoso comediante da nossa época
Honoré de Balzac (Le Colonel Chabert)
Después, me preguntan cómo lo llevo y se me quiebra el cuerpo entero: es como si estuviera agarrada a una ola muy fuerte a la que me agarro todavía más fuerte para que no me lleve. Y no me lleva. Pero acabo empapada.
Elvira Sastre (Aquella orilla nuestra)
- Carol, te quiero. Carol se irguió. Therese la miró con sus ojos intensos y adormilados. Carol acabo de sacar su pijama de la maleta y bajó la tapa. Se acerco a Therese y le puso las manos en los hombros. Se los apretó con fuerza, como si le exigiera una promesa, o quizá intentado averiguar si lo habia dicho de verdad. Luego la besó en los labios como si ya se hubieran besado millones de veces. - ¿Tú no sabes que te quiero?- dijo Carol.
Patricia Highsmith (Carol Screenplay 캐롤 한/영 각본집)
Se le acabo la mitad de la vida en el dormitorio frente a los escombros del único hombre que había amado, y que permaneció en el letargo durante casi treinta anos, tendido en la cama de sus amores juveniles sobre un colchón de cuero de chivo.
Gabriel García Márquez (Strange Pilgrims: Twelve Stories)
O tratamento a que estou me submetendo aqui certamente não é ultra-analítico. Mas na condição em que estou, depois de vários meses de tratamento, mesmo não querendo acabo analisando as coisas. "Se alguma coisa se transformou em tal outra, é por causa disso", ou "alguma coisa tem tal significado", ou "isso causou aquilo". Não sei se esse tipo de análise pretende simplificar o mundo ou pulverizá-lo.
Haruki Murakami (Norwegian Wood)
Pelo menos esses despertares, tal como os acabo de descrever, e que eram na maior parte do tempo os meus depois que eu havia jantado na Raspelière, tudo se passava como se assim fosse, e eu posso testemunhá-lo, eu, o estranho humano, que, esperando que a morte o liberte, vive com as persianas fechadas, nada sabe do mundo, permanece imóvel como um mocho e, como este, só vê com alguma nitidez nas trevas.
Marcel Proust (Sodom and Gomorrah)
-Pedro, la he liado. No se por qué, pero acabo de meter la pata. [...] -Veras, Angy..., y te hablo desde la experiencia, no debes tomarte las cosas tan a pecho [...] ¡Vamos, toma un poquito! Te calmará, ya verás. [...] -¿Qué rayos es esto? -El Pedrisky. -¿El pe...qué? -Una mezcla de whisky escocés y agua bendita. Es una receta casera, ¿sabes? De ahí el pintoresco nombre, una fusión entre Pedro y whisky.
Lorena Pacheco Fiérrez (La pata de cupido)
Não consigo me expressar bem - afirmou Naoko. - E tem sido sempre assim nos últimos tempos. Tento dizer alguma coisa, mas só me ocorrem as palavras erradas. Palavras erradas ou opostas ao que quero dizer. E quando eu tento corrigir o que disse, cometo erros, as coisas ficam mais confusas, e acabo então sem saber mais o que pretendia dizer no início. Sinto como se meu corpo se repartisse em dois, com as duas metades brincando de pega-pega. Bem no meio existe um poste bem grosso, ao redor do qual elas não param de dar voltas se perseguindo. Nunca consigo alcançar a outra metade de mim que sempre tem a palavra certa.
Haruki Murakami (Norwegian Wood)
Tinha então pouco mais de dezessete... Aqui devia ser o meio do livro, mas a inexperiência fez-me ir atrás da pena, e chego quase ao fim do papel, com o melhor da narração por dizer. Agora não há mais que levá-la a grandes pernadas, capítulo sobre capítulo, pouca emenda, pouca reflexão, tudo em resumo. Já esta página vale por meses, outras valerão por anos, e assim chegaremos ao fim. Um dos sacrifícios que faço a esta dura necessidade é a análise das minhas emoções dos dezessete anos. Não sei se alguma vez tiveste dezessete anos. Se sim, deves saber que é a idade em que a metade do homem e a metade do menino formam um só curioso. Eu era um curiosíssimo, diria o meu agregado José Dias, e não diria mal. O que essa qualidade superlativa me rendeu não poderia nunca dizê-lo aqui, sem cair no erro que acabo de condenar; a análise das minhas emoções daquele tempo é que entrava no meu plano. Posto que filho do seminário e de minha mãe, sentia já, debaixo do recolhimento casto, uns assomos de petulância e de atrevimento; eram do sangue, mas eram também das moças que na rua ou da janela não me deixavam viver sossegado. Achavam-me lindo, e diziam-mo; algumas queriam mirar de mais perto a minha beleza, e a vaidade é um princípio de corrupção.
Machado de Assis (Dom Casmurro)
Cuando acabo de cortarme las uñas o lavarme la cabeza, o simplemente ahora que, mientras escribo, oigo un gorgoteo en mi estómago, me vuelve la sensación de que mi cuerpo se ha quedado atrás de mí (no reincido en dualismos pero distingo entre yo y mis uñas) y que el cuerpo empieza a andarnos mal, que nos falta o nos sobra (depende). De otro modo: nos mereceríamos ya una máquina mejor. El psicoanálisis muestra cómo la contemplación del cuerpo crea complejos tempranos. (Y Sartre, que en el hecho de que la mujer esté "agujereada" ve implicaciones existenciales que comprometen toda su vida.) Duele pensar que vamos delante de este cuerpo, pero que la delantera es ya error y rémora y probable inutilidad, porque estas uñas, este ombligo, quiero decir otra cosa, casi inasible: que el "alma" (mi yo-no-uñas) es el alma de un cuerpo que no existe. El alma empujó quizá al hombre en su evolución corporal, pero está cansada de tironear y sigue sola adelante. Apenas da dos pasos se rompe el alma ay porque su verdadero cuerpo no existe y la deja caer plaf. La pobre se vuelve a casa, etc., pero esto no es lo que yo. En fin. Larga charla con Traveler sobre la locura. Hablando de los sueños, nos dimos cuenta casi al mismo tiempo que ciertas estructuras soñadas serían formas corrientes de locura a poco que continuaran en la vigilia. Soñando nos es dado ejercitar gratis nuestra aptitud para la locura. Sospechamos al mismo tiempo que toda locura es un sueño que se fija. Sabiduría del pueblo: "Es un pobre loco, un soñador...
Julio Cortázar
No es exactamente asi. Hubo un tiempo en que las palabras eran tan pocas que ni siquiera las teniamos para expresar algo tan simple como Esta boca es mia, o Esa boca es tuya, y mucho menos para preguntar Por que tenemos las bocas juntas. A las personas de ahora ni les pasa por la cabeza el trabajo que costo crear estos vocablos, en primer lugar , y quien sabe si no habra sido, de todo, lo mas dificil, fue necesario comprender que se necesitaban, despues, hubo que legar a un consenso sobre el significado de sus efectos inmediatos, y finalmente, tarea que nunca acabara de completarse, imaginar las consecuencias que podrian advenir, a medio y a largo plazo, de los dichos efectos y de los dichos vocablos. Comparado con esto, y al contrario de lo que de forma tan concluyente el sentido comun afirmo ayer noche, la invencion de la rueda fue mera bambarria, como acabaria siendolo el descubrimiento de la ley de la gravitacion universal simplemente porque se le ocurrio a una manzana caer sobre la cabeza de Newton. La rueda se invento y ahi sigue inventada para siempre jamas, en cuanto las palabras, esas y todas las demas, vinieron al mundo con un destino brumoso, difuso, el de ser organizaciones foneticas y morfologicas de caracter eminentemente provisional, aunque, gracias, quiza, a la aureola heredada de su auroral creacion, se empenian en pasar, no tanto por si mismas, sino por lo que de modo variable van significando y representando, por inmortales, imperecederas o eternas, segun los gustos del clasificador. Esta tendencia congenita a la que no sabrian ni podrian resistirse, se torno, con el transcurrir del tiempo, en gravisimo y tal vez insoluble problema de comunicacion, ya sea la colectiva de todos, ya sea la particular de tu a tu, como se ha podido confundir galgos y podencos, ovillos y madejas, usurpando las palabras el lugar de aquello que antes, mejor o peor, pretendian expresar, lo que acabo resultando, finalmente, te conozco mascarita, esta atronadora algazara de latas vacias, este cortejo carnavalesco de latones con rotulo pero sin nada dentro, o solo, ya desvaneciendose, el perfume evocador de los alimentos para el cuerpo y para el espiritu que algun dia contuvieron y guardaban. A tan lejos de nuestros asuntos nos condujo esta frondosa reflexion sobre los origenes y los destinos de las palabras, que ahora no tenemos otro remedio que volver al principio.
José Saramago
—Disculpa un momento, ¿se puede saber qué está pasando aquí? —le preguntó a Julian—. ¿Por qué lo has golpeado? Cuando la miró, el humor brillaba en sus ojos. —Porque me encanta hacerlo. —Muy bonito —le dijo Cupido muy despacio a Julian, sin mirar ni una vez a Grace—. No me has visto desde… ¿cuánto hace ya?, ¿dos mil años? Y, a pesar de eso, en lugar de recibir un abrazo fraternal y amistoso, acabo aporreado. —Cupido miró a Psiqué con una sonrisa socarrona—. Y mamá se pregunta por qué no me relaciono más con mis hermanos… —No estoy de humor para aguantar tus sarcasmos, Cupido —advirtió Julian entre dientes. Cupido resopló. —¿Es que no vas a dejar de llamarme por ese horrible nombre? Jamás he podido soportarlo y no puedo creer que te guste, dado lo mucho que odiabas a los romanos. Julian le dedicó una fría sonrisa. —Lo utilizo porque sé lo mucho que lo odias, Cupido. Cupido apretó los dientes y Grace percibió el esfuerzo que el dios hacía para no abalanzarse sobre Julian.
Sherrilyn Kenyon (Fantasy Lover (Hunter Legends, #1))
El farol que la bruja había plantado -sin saberlo- brilló día y noche en el bosque narniano, de modo que el lugar donde creció acabó llamándose el Erial del Farol; y cuando, muchos años más tarde, otra niña de nuestro mundo entró en Narnia, una noche nevada, la pequeña encontró el farol todavía encendido. Y aquella aventura estuvo, en cierto modo, conectada con las que te acabo de contar. La cosa sucedió así. El árbol que surgió del corazón de la manzana que Digory plantó en el jardín trasero, vivió y creció hasta convertirse en un árbol espléndido. Al crecer en el suelo de nuestro mundo, muy lejos del sonido de la voz de Aslan y lejos del aire juvenil de Narnia, no dio manzanas capaces de revivir a una mujer moribunda como había sucedido con la madre de Digory, aunque sí dio las manzanas más hermosas de todo el país, que además eran sumamente saludables, aunque no del todo mágicas. Sin embargo, en su interior, en su misma savia, el árbol -por así decirlo- jamás olvidó aquel otro árbol de Narnia al que pertenecía. En ocasiones se movía de un modo misterioso cuando no soplaba viento: creo que cuando eso sucedía soplaban fuertes vientos en Narnia y el árbol inglés se estremecía porque, en aquel momento, el árbol de Narnia se balanceaba y oscilaba bajo un fuerte vendaval del sudoeste. Fuera como fuese, se demostró más tarde que quedaba aún magia en su madera; pues cuando Digory era ya un hombre de mediana edad -que se había convertido además en famoso erudito, catedrático y gran viajero- y la vieja casa de los Ketterley le pertenecía, estalló una gran tormenta en todo el sur de Inglaterra que derribó el árbol. Como no soportaba la idea de hacer que lo cortaran para convertirlo en leña, pidió que construyeran un armario con parte de la madera, que luego colocó en su enorme casa en el campo. Él no descubrió las propiedades mágicas de aquel armario, pero otra persona sí lo hizo, y así empezaron todas las idas y venidas entre nuestro mundo y el de Narnia, sobre las que puedes leer en otros libros.
C.S. Lewis (The Magician’s Nephew (Chronicles of Narnia, #6))
As mãos de Zahara apertaram fortemente a saia. - Vais infligir-me a humilhação de ser eu a dizê-lo? Lochan levantou-se. - Jamais desejaria que te humilhasses. Eu sei, sei-o há já demasiado tempo. Zahara sentiu o coração pular. - Se o sabes, porque nunca… - Esquece-me, Zahara, pois não sinto o mesmo – interrompeu ele. Ela recuou. - Mentes… Porquê? Eu sei… O modo como me tratas, como me olhas. Eu sei que gostas de mim, vejo-o no teu olhar, vejo-o neste instante! Lochan sentiu os olhos dela mergulharem nos seus. - Durante anos foram-me apresentados pretendentes das mais nobres famílias – ouviu – Todos me dariam o conforto a que estava habituada, todos me cobririam de jóias, de vestidos luxuosos... no entanto, eu recusava-os. Recusava-os porque não via nada no seu olhar. Para eles, eu seria como um troféu, serviria apenas para provocar inveja. Uma nuvem cobriu o sol, deixando-os na sombra. - Inconscientemente tornei-me arrogante, altiva, somente para os afastar de mim, para que não desejassem casar-se com alguém como eu… Mas tu, tu viste para além da máscara que construí. Naquele dia, na capital, tu viste o que ninguém foi capaz de ver: o meu coração. - Zahara… - Não acredito que não sintas qualquer amor por mim. Lochan voltou-lhe as costas. - Não quero saber se és pobre, não me importo com o teu passado. O que sinto por ti é o que sempre desejei sentir – ouviu. O silêncio envolveu-os por momentos. - Lamento… Zahara correu para a frente dele. No seu olhar era visível desespero. - Não te agrado, é isso? Ele limitou-se a desviar o rosto. - Responde-me! - Como poderia ficar indiferente a alguém como tu – disse voltando a olhar nos olhos dela. - Então porquê, porquê? Lochan agarrou-lhe nos ombros, assustando-a. - Esquece-me por favor. Odeia-me. Odeia-me por isto com todas as tuas forças, mas não me ames, nunca me ames, Zahara. Lochan largou-lhe os ombros. Ela ficou sem reacção, e as lágrimas voltaram a molhar o seu rosto. - Não me faças isto… - implorou. O olhar dele tornou-se gélido. O seu rosto mostrava-se agora tão indecifrável, como o de uma estátua. - Odeia-me pelo sofrimento que te acabo de causar e depois esquece-me – disse deixando-a só. Zahara viu-o desaparecer por entre as colunas do palácio.
Susana M. Almeida (O Renascer (Estrela de Nariën, #2))
Crecí con el cuento de que en Chile no hay problemas raciales. No me explico cómo nos atrevemos a repetir semejante falsedad. No hablamos de racismo, sino de «sistema de clases» (nos gustan los eufemismos), pero son prácticamente la misma cosa. No sólo hay racismo y/o clasismo, sino que están enraizados como muelas. Quien sostenga que es cosa del pasado se equivoca de medio a medio, como acabo de comprobar en mi última visita, cuando me enteré de que uno de los alumnos más brillantes de la Escuela de Leyes de la Universidad de Chile fue rechazado en un destacado bufete de abogados, porque «no calzaba con el perfil corporativo». En otras palabras, era mestizo y tenía un apellido mapuche. A los clientes de la firma no les daría confianza ser representados por él; tampoco aceptarían que saliera con alguna de sus hijas. Tal como ocurre en el resto de América Latina, nuestra clase alta es relativamente blanca y mientras más se desciende en la empinada escala social, más acentuados son los rasgos indígenas. Sin embargo, a falta de otras referencias, la mayoría de los chilenos nos consideramos blancos; fue una sorpresa para mí descubrir que en Estados Unidos soy «persona de color».
Isabel Allende (Mi país inventado (Spanish Edition))
—¿Qué asignaturas has elegido? —me preguntó Manet mientras Wil y él cerraban el trato con un apretón de manos. La pregunta me pilló desprevenido. —Todas, supongo. —Hablas como yo hace treinta años —dijo Manet riendo—. ¿Por dónde vas a empezar? —Por los Chandrian —contesté—. Quiero saber todo lo que pueda sobre los Chandrian. Manet frunció el ceño, y luego soltó una carcajada. —Bueno, supongo que no debería extrañarme. Sim estudia a las hadas y a los duendes. Wil cree en todo tipo de absurdos espíritus celestes ceáldicos. —Infló el pecho—. A mí me encantan los diablillos y los engendros. Noté que me ruborizaba de vergüenza. —Por el cuerpo de Dios, Manet —le cortó Sim—. ¿Se puede saber qué mosca te ha picado? —Acabo de apostar dos iotas por un chico que quiere estudiar cuentos infantiles —refunfuñó Manet apuntándome con el tenedor.
Patrick Rothfuss (The Name of the Wind (The Kingkiller Chronicle, #1))
Eran las 10 de la noche y Pep estaba solo en la ciudad deportiva del Barça. No quedaba nadie, ni siquiera sus ayudantes, solo él en un despacho iluminado de manera tenue. Imaginó a Messi moviéndose libremente por aquel enorme espacio vacío del estadio Bernabéu, a la espalda de los mediocentros madridistas y encarando en solitario a Metzelder y Cannavaro, petrificados sobre la línea del área, dudando si ir a por el delantero argentino. Tan clara vio la jugada que levantó el teléfono. No llamó a ninguno de sus analistas, ni a Xavi, el cerebro del equipo. Llamó directamente a Messi: «Leo, soy Pep, tengo algo importante, muy importante. Ven. Ahora. Ya», le dijo. A las diez y media de la noche, Leo Messi, de 21 años, golpeó suavemente la puerta del despacho de Pep. El entrenador le enseñó el vídeo y detuvo la imagen mostrándole la zona vacía que a partir del día siguiente iba a ser suya: la zona Messi, la del falso 9. «Leo, mañana en Madrid vas a empezar en la banda, como siempre. Pero si te hago una indicación te vas a la espalda de los mediocentros y te mueves por esta zona que te acabo de enseñar. Es lo mismo que hicimos en septiembre pasado en Gijón», le indicó. En Gijón, el 21 de septiembre de 2008, con el agua al cuello tras haber perdido el primer partido de liga ante el Numancia y empatado el segundo contra el también modesto Racing de Santander, Guardiola se jugaba su porvenir como entrenador del Barça. Decidió mandar a Eto’o a la banda derecha y jugar con Messi en la zona del falso 9, tal como el joven argentino había jugado muchas veces en su edad de cadete. Venció el Barça por goleada (1-6) y empezó la marcha triunfal de Pep. Siete meses más tarde, el entrenador rescataba la misma idea y se la explicaba en persona al protagonista: «Leo, cuando Xavi o Andrés se salten la línea y te pasen el balón, te vas directo a portería, a por Casillas». Fue un secreto entre ambos. Nadie más del Barça supo lo que Pep había transmitido a Messi aquella noche del primer día de mayo, salvo Tito Vilanova al día siguiente, ya en el hotel de concentración. Minutos antes de empezar el partido del 2 de mayo, Guardiola llamó aparte a Xavi e Iniesta y les dijo: «Si veis a Leo entre líneas y por el centro, no lo dudéis: pasadle el balón. Será como en Gijón». Aquel 2 de mayo de 2009, el Barça aplastó al Real Madrid por 2-6, Messi se convirtió en falso 9 y Pep sonrió, feliz.
Martí Perarnau (Herr Pep (Spanish Edition))
Nada importa hace mucho que lo se, así que no merece la pena hacer nada eso acabo de descubrirlo.
Janne Teller (Nothing)
Siempre que paso mucho tiempo en París acabo adoptando esa actitud indiferente con que las criaturas de las grandes ciudades se pasean por la calle rozándose entre sí sin darse cuenta de que no están solas. Sus caras dicen: «¿Yo? Yo no quiero nada. No necesito nada. Nada me impresiona, ni me asombra, ni me sorprende, ni siquiera me alegra. Eso de alegrarse es para las almas simples de las provincias y de las granjas pestilentes. Que se diviertan ellos, si así lo desean. Nosotros tenemos cosas más importantes que hacer».
Nina George (Sabor a Provenza: Un viaje de vuelta a lo mejor de la vida)
Não, padre- disse ele.- Eu tenho outra ideia do amor. E hei de recusar até à morte amar esta criação em que crianças são torturadas. No rosto de Paneloux passou uma sombra de perturbação. -Ah, doutor - exclamou ele com tristeza -, acabo de compreender aquilo a que se chama a graça! Mas Rieux deixara-se cair de novo no seu banco. Do fundo da fadiga que lhe voltara, respondeu com mais brandura: -É o que eu não tenho, bem sei. Mas não quero discutir isso consigo. Trabalhamos juntos para qualquer coisa que nos une para lá das blasfémias e das orações. Só isso é importante. Paneloux sentou-se junto de Rieux. Parecia comovido. -Sim - disse ele -, é verdade, também o senhor trabalha para a salvação do Homem. Rieux tentou sorrir. -A salvação do Homem é, para mim, uma palavra demasiado grande. Não vou tão longe. É a saúde que me interessa, a sua saúde em primeiro lugar.
Albert Camus
contó cuál era la fórmula de su oratoria: «Generalmente comienzo con un chiste o con una historia para captar la atención de la gente: luego les cuento lo que voy a decirles, se lo digo, y después les digo lo que acabo de decirles».
Josep Fontana (El siglo de la revolución: Una historia del mundo desde 1914 (Serie Mayor) (Spanish Edition))
Ahí estaba Neruda y unos metros más atrás estaba yo y en medio la noche, la luna, la estatua ecuestre, las plantas y las maderas de Chile, la oscura dignidad de la patria. Una historia como ésta seguro que no la tiene el joven envejecido. Él no conoció a Neruda. Él no conoció a ningún gran escritor de nuestra república en condiciones tan esenciales como la que acabo de recordar. Qué importa lo que pasara antes y lo que pasara después. Allí estaba Neruda recitando versos a la luna, a los elementos de la tierra y a los astros cuya naturaleza desconocemos mas intuimos. Allí estaba yo, temblando de frío en el interior de mi sotana que en aquel momento me pareció de una talla muy por encima de mi talla, una catedral en la que yo habitaba desnudo y con los ojos abiertos. Allí estaba Neruda musitando palabras cuyo sentido se me escapaba pero con cuya esencialidad comulgué desde el primer segundo. Y allí estaba yo, con lágrimas en los ojos, un pobre clérigo perdido en las vastedades de la patria, disfrutando golosamente de las palabras de nuestro más excelso poeta.
Roberto Bolaño (By Night in Chile)
En otro tiempo creí que la abeja era un beso con alas. Acabo de mojar mi dedo en un panal, y todo el perfume de la miel nueva se evaporó. Ha cesado de agradarme la miel.
Marcel Schwob (La lámpara de Psique (Spanish Edition))
O caminho dentro de uma metáfora pode ser mais lento, tortuoso ou imprevisível para um leitor surdo, mas isso é assim para tantas outras pessoas: ainda que confiemos num arquivo compartilhado de símbolos quando lemos uma obra de arte, as nossas traduções interiores desses símbolos variam. Diante das provas feitas para medir competências textuais de uma pessoa, também penso que há um erro se um garoto surdo perde todo o simbolismo de O Mágico de Oz, mas esse erro me escapa. Se uma metáfora é um incidente, uma revelação, um acidente, acabo por recolher sempre os mesmos pedaços de vidro estilhaçados. Nunca conquisto nem ganho um novo fragmento, me limito a participar da constante reciclagem da beleza.
Claudia Durastanti (La straniera)
hay datos que apuntan a que las políticas excesivamente antiinflacionistas pueden ser perjudiciales para la economía. Desde 1996, año en que Brasil (tras una fase traumática de rápida inflación, aunque sin llegar del todo a magnitudes hiperinflacionarias) empezó a controlar la inflación subiendo los tipos efectivos de interés (los tipos de interés nominales menos la tasa de inflación) hasta cifras que figuraban entre las más altas del mundo (10-12 por ciento al año), la inflación del país bajó al 7,1 por ciento anual, pero también se resintió su crecimiento económico, con un aumento de la renta per cápita de solo el 1,3 por ciento al año. También Sudáfrica ha tenido una experiencia parecida desde 1994, cuando empezó a dar prioridad absoluta al control de la inflación y elevó los tipos de interés a los niveles brasileños que acabo de mencionar. ¿A qué se debe? Pues a que las políticas encaminadas a reducir la inflación, cuando se llevan demasiado lejos, lo que hacen es reducir las inversiones, y por consiguiente el crecimiento
Ha-Joon Chang (23 cosas que no te cuentan sobre el capitalismo)
«Cuántos acontecimientos, cuántas historias una dentro de la otra, que en cada juntura esconden otras historias.. Y apenas acabo de salir del huevo», pensaba Garuda mientras, exultante, volaba rumbo al norte. Al fin un lugar sin seres vivientes. En aquel lugar se detendría a reflexionar. «Nadie me ha enseñado nada. Todo me ha sido sólo mostrado. Necesitaré toda la vida para empezar a comprender lo que he vivido. Comprender, entre otras cosas, qué significa el estar hecho de sílabas...»
Roberto Calasso (Ka: The Story Of Garuda)
Le doy a la tecla de enviar y observo su reacción al leer el mensaje. Se echa a reír. Se echa a reír y eso me irrita. Sobre todo porque su sonrisa es muy... sonriente. ¿Tiene sentido lo que acabo de decir? Es que no se me ocurre otra forma de describirla. Es como si toda la cara sonriera, no sólo la boca. Me pregunto qué aspecto tendrá esa sonrisa de cerca.
Colleen Hoover (Maybe Someday (Maybe, #1))
Eres tan bonita que decírtelo resulta redundante y no decírtelo se parece al silencio. Al final siempre acabo besándote, que es la mejor alternativa a la poesía. Y ya sabes que a mí me gusta acabar los poemas con el verso perfecto, ese que empieza en un papel y acaba en tu boca.
Elvira Sastre (Baluarte)
Son cinco, como te acabo de decir, mis sueños realizados y cinco son los libros de Moisés que prueban de modo irrefutable que mi pueblo es el elegido de Dios y, por lo tanto, está predestinado a que se le cumplan los sueños... Gracias Dios mío por el honor tan alto, pero ¿no pudiste escoger algún otro pueblo?
Angel Wagenstein (El Pentateuco de Isaac)
El científico desempeña ahora el mismo papel que el hierofante en los templos egipcios en la época de los faraones. Su función era recibir a la muchedumbre de peregrinos que llegaban al propileo del templo y se dirigía a ellos con toda una parafernalia, con instrumentos musicales y voz engolada diciendo “acabo de estar en el pronao y Ra o Amón me ha comunicado… etc”, lo que él creía que eran los secretos del universo, cómo funcionaba el mundo. Esto es lo que hace ahora el científico: se encierra en una torre de marfil y de vez en cuando desgrana "verdades" en un lenguaje críptico, inasequible al profano y revestido de autoridad, que cada 20, 30 o 40 años se descubre que era falso 
Fernando Sánchez Dragó
– Sí, acabo de comprender, mi buen aprendiz. El dinero se necesita, ya que el mundo está así montado. Pero el dinero vale por lo que da a cambio y no se le debe amar en sí.
Ana María Matute (El aprendiz)
Es importante considerar que, incluso en el caso de decisiones tan importantes como el castigo de Mitilene o la aprobación de la expedición a Sicilia, el autor concede menos espacio a la presentación del tema y a la importancia de la propuesta que el que ocupa su fundamentación teórica con la que es congruente la exposición que hace el orador. Precisamente uno de ellos, Cleón, se queja77 de que los debates en la Asamblea estén establecidos de manera que el hábil o capaz para hablar pueda llevar acabo su exposición de tal manera que, en virtud de su elocuencia, el tema central pierda su posición oscurecido por una bella exposición.
Tucidides (Historia de la guerra del Peloponeso: Libros I-II)
Estas provincias desean pertenecer a la Gran Bretaña, recibir sus leyes, obedecer a su gobierno y vivir bajo su influjo poderoso. Ellas se abandonan sin condición alguna a la generosidad y buena fe del pueblo inglés y yo estoy resuelto a sostener tan justa solicitud para librarlas de los males que las afligen. Es necesario que se aprovechen los buenos momentos, que vengan tropas que se impongan a los genios díscolos y un jefe plenamente autorizado que empiece a dar al país las formas que fueren del beneplácito del Rey”. Este vergonzoso documento está conservado en el Archivo del Instituto de Investigaciones Históricas de la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires y no es ajeno a las tratativas que, hasta los tiempos recientes, otros jefes de Estado y ministros han llevado a acabo con potencias y organismos extranjeros, aunque con mayor disimulo y mejor cobertura.
Pacho O'Donnell (Breve historia argentina. De la Conquista a los Kirchner (Spanish Edition))
Y sobre esta montaña de crimen y de sombra Ese cielo imponente es el sello de Dios. Por eso, soñador cuyo voto es la muerte, Tanta angustia se inscribe en la frente del monje. Te acabo de mostrar la sima. Tú la habitas. ... Represéntate ahora esta sombría figura: Esa sima es la cloaca del mal universal. Aquí viene a acabar desde cualquier extremo La caída de los réprobos, tenebroso reguero. En profundidad tal, infortunada y áspera, De cada globo cae una veloz riada De almas, turbios espíritus y seres venenosos,
Victor Hugo
quieres ver o hacer? ¿Qué te apetece comer? ¿Y beber? ¿Qué tipo de ropa te vas a llevar? ¿Qué comprarás? Ya has captado la idea. Incluye todo lujo de detalles; cuanto más real sea la imagen, mejor, porque vas a asignar una letra como símbolo de posibilidad a todas esas circunstancias. Como te decía en el capítulo anterior, esos pensamientos, que conforman tu intención, son la energía eléctrica que envías al campo unificado. Ahora debes combinar esa intención con una emoción elevada: amor, gratitud, inspiración, alegría, ilusión, asombro, fascinación, por citar únicamente algunos ejemplos. Tienes que sintonizar con el sentimiento que esperas experimentar cuando tu deseo se materialice y sentir la emoción antes de vivir la experiencia. La emoción superior (que acarrea una energía más poderosa) es la carga magnética que envías al campo. Y como acabas de leer, cuando combinas la carga eléctrica (tu intención) con la carga magnética (la emoción superior), creas una impronta electromagnética equivalente al estado de tu ser. También podríamos describir esas emociones elevadas como emociones sentidas. Por lo general, cuando nos embargan emociones como las que acabo de mencionar tenemos la sensación de que se nos agranda el corazón. Sucede así porque la energía se desplaza a esa zona y, a resultas de ese movimiento,
Joe Dispenza (Sobrenatural: Gente corriente haciendo cosas extraordinarias (Crecimiento personal))
Nos gustan las historias, nos gusta resumir y nos gusta simplificar, es decir, reducir la dimensión de las cosas. El primero de los problemas de la naturaleza humana que analizamos en este apartado, el que acabo de ilustrar más arriba, es lo que denomino la falacia narrativa. (En realidad, es un fraude pero, para ser más educado, lo llamaré falacia.) Tal falacia se asocia con nuestra vulnerabilidad a la interpretación exagerada y nuestra predilección por las historias compactas sobre las verdades desnudas, lo cual distorsiona gravemente nuestra representación mental del mundo; y es particularmente grave cuando se trata del suceso raro.
Nassim Nicholas Taleb (El cisne negro: El impacto de lo altamente improbable)
John. Mientras se lo contaba, Esther me miraba sin mover ni un músculo. Llegué a pensar que en vista de mis circunstancias familiares podía decidir suspender la boda. —Me sorprende que me digas que no soportas a tu padre y que hables con ese desprecio de tu hermano —comentó inquieta. —Te acabo de contar que no es mi padre. —Sí que lo es. Y lo menos que le debes es tratarle con afecto y consideración. John Spencer ha demostrado ser una gran persona. —O sea, que se lo debo. —Todos
Julia Navarro (Historia de un canalla (Spanish Edition))
A manera de resumen, cuando digo «carácter revolucionario» no me refiero a un concepto conductal sino a un concepto dinámico. Uno no es un «revolucionario» en este sentido caracterológico porque profiera frases revolucionarias o porque participe en una revolución. En este sentido es revolucionario el hombre que se haya emancipado de los lazos de sangre y suelo, de su madre y su padre, de fidelidades especiales al Estado, clase, raza, partido o religión. El carácter revolucionario es un humanista en el sentido en que siente en sí mismo a toda la humanidad, y en que nada humano le es ajeno. Ama y respeta la vida. Es un escéptico y un hombre de fe. Es escéptico, pues sospecha que las ideologías encubren realidades indeseables. Es un hombre de fe, pues cree en aquello que existe potencialmente, aunque todavía no haya nacido. Puede decir «no» y ser desobediente precisamente porque puede decir «sí» y obedecer a aquellos principios que le son genuinamente propios. No está semidormido sino plenamente despierto ante las realidades personales y sociales que lo rodean. Es independiente; lo que es lo debe a su propio esfuerzo; es libre y no es sirviente de nadie. Este resumen puede sugerir que lo que acabo de describir es bienestar y salud mental antes que el concepto de un carácter revolucionario. No hay duda de que la descripción hecha corresponde a la de una persona sana, viva, cuerda. Mi afirmación es que la persona sana en un mundo insano, el ser humano plenamente desarrollado en un mundo tullido, la persona completamente despierta en un mundo semidormido, es precisamente el carácter revolucionario. Una vez que todo estén despiertos ya no habrá necesidad de profetas o caracteres revolucionarios: sólo habrá seres humanos plenamente desarrollados.
Erich Fromm (La Condicion Humana Actual y Otros Temas de la Vida Contemporanea)
Viejos. No acabo de verlo claro con los viejos. Me parece una lástima hacer una prótesis completa de cadera o un bypass a alguien de noventa y cinco años que susurra: "Por favor, déjenme morir". Nadie diría que los viejos tuvieran que caerse tanto, bañarse tanto. Aunque quizá para ellos sea importante caminar solos, poder ponerse de pie sin ayuda. A veces se diría que se caen a propósito, como la mujer que se tomó todos aquellos laxantes... para no ir a la residencia de ancianos.
Lucia Berlin
MARIETTA A sister is a sister. GEKKUTSU-SEI Tengo ganas de que vuelvas a tener cinco años queriéndote como te quiero ahora que tienes más de veinte quiero que vuelvas a tener la edad que tenías cuando vivíamos en Cirujano Videla y tú salías detrás de mí cuando iba a reunirme con mis amigos. Quiero que vuelvas a tener la edad que tenías en una foto donde apareces sacándote arena de entre los dedos de los pies en la playa de Los Lilenes y en otras fotos tomadas ese mismo día en la misma playa donde apareces riéndote con tu cara de japonesita esquimal que no puedo resignarme a considerar muerta ida perdida irrecuperable. ¿Por qué no habré sabido a esa edad cómo te quería? ¿Por qué no habré pasado más tiempo contigo en las vacaciones y en los días de colegio en vez de salir a pararme a la esquina con mis amigos? ¿Por qué no habré pasado contigo absolutamente todo el día? ¿Por qué no habré tenido entonces la edad que tengo ahora para poder apreciar en toda su magnitud tu cara de esquimal tu adorable manera de arrugar el tabique nasal la frente y los ojos cuando te reías como si en esa región de tu cara algo particularmente digno de gozo se congregara? ¿Por qué no habré tenido a esa edad el sueño que tuve anoche en el que los dos vivíamos simultáneamente nuestras dos edades y sin poder vivir de otro modo vivíamos abrazados? ¿Por qué no será posible poder volver a dormir los dos con mi mami en la cama grande y poder mirarte cuando estás silenciosamente dormida por más de una hora como lo haría ahora si pudiéramos volver a dormir juntos? ¿Por qué no puedo resignarme a no verte otra vez como eras en la fotografía en que acabo de verte? ¿Y por qué no puedo resignarme a simplemente quererte? Londres, 5/74
Claudio Bertoni (Antología: (1973-2014) (Spanish Edition))
No soy nada, es evidente, pero como durante mucho tiempo he querido ser algo, no acabo de ahogar esa voluntad: existe porque ha existido, me atormenta y me domina aunque la rechace. De nada me vale relegarla al pasado, se resiste y me aguijonea: no habiendo sido nunca satisfecha, se mantiene intacta, y no acepta plegarse a mis órdenes
CIORAN E.M.
Siento un profundo rechazo a cualquier tipo de crítica artística o literaria; aumenta cuando se acerca a mi verdadero ámbito; me resulta insoportable cuando se esfuerza por ser fría y justa. Existe un ejemplo en la literatura inglesa actual, el poeta Eliot, con cuyos ensayos sobre poesía me topo de vez en cuando. Ni yo mismo acabo de comprender por qué me producen ese rechazo tan repentino y especial. No obstante, siempre aparece al cabo de una o dos páginas y, con tenso asco, atento a cada palabra que pueda acrecentarlo, termino de leer aquello que debería apartar, y días después todavía abrigo la sensación de encontrarme en una cámara de tortura fea y envejecida. En esos ensayos siempre se trata de una cuestión de lugar. Se acomete con objetividad la administración de los nombres, como un negocio bien meditado. ¿Merece este o aquel un lugar en la antología? ¿Ocupa mucho o poco espacio en ella? Se da entender claramente que, para empezar, los poetas viven de las antologías. Lo primero es el modesto resultado de alguna existencia plena y movida. Debe de ser un placer particular manejar a los muertos como bolos. Juzgar a los vivos ya es un empresa muy dudosa; más de uno preferiría que le arrancaran la lengua a usarla para pronunciar con ella una sentencia. Sin embargo, aparece alguien que no mueve ni un dedo por debajo del plano de los muertos. Coge a nueve o incluso más, preferentemente a algunos que lleven tiempo durmiendo en antologías, los coloca en su sitio y les lanza su bola de madera. Y luego explica con detalle por qué les dio precisamente a esos seis; describe a los derribados y aprueba con detenimiento su destino. Y honra con palabras contenidas a los tres que han quedado en pie. Porque, aunque su bola sea buena, sabe perfectamente que los tres le deben a él, y sólo a él, su posición; y le resultaría fácil agregarlos también a ellos a los muertos. Tal empresa es repelente por varios motivos: demuestra hasta qué punto este jugador de bolos no es aquello que finge ser, un poeta. Si lo fuera, ¿cómo podría ocuparse fríamente en la organización de la fama póstuma? ¿Cómo podría luchar por unas líneas en las antologías? Si sus manos tiraran con fuerza, iría a parar fuera de la bolera y perseguiría a hombres vivos y a dioses. Pero él está en mangas de camisa y mide los muertos que él mismo ha puesto y él mismo ha derribado. Si tuviera un corazón, no le latiría rítmicamente, como sería deseable. A decir verdad, se hizo poeta sólo porque le late menos que a otros y quiere compensar con claridad lo que en obsesión le falta. No obstante, si la claridad le importara de verdad, la dedicaría a descifrar este mundo real; pensaría en vez de limitarse a examinar, y en particular se avergonzaría de examinar siempre la fama póstuma sólo porque a él, personalmente, le interesa sobremanera. No piensa; hasta la claridad sólo es un instrumento para él. Entre los poseídos juega a ser el diáfano; entre los diáfanos, a ser el poseído. ¿Quién le tomaría a mal que saliera en pos de descubrimientos en el campo de las palabras? Sólo debería admitir su curiosidad; exponer él mismo el material; contentarse con lo que lo impresiona; alegrarse; enfadarse; asir, apartar; besar, comentar; y no instruir un juicio.
Elias Canetti (Il libro contro la morte)