Mentes Pequenas Quotes

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Não terei medo. O medo mata a mente. O medo é a pequena morte que leva à aniquilação total. Enfrentarei meu medo. Permitirei que passe por cima e através de mim. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver seu rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu restarei.
Frank Herbert (Duna (Dune Chronicles, #1))
Por que lê tanto ? (...) - Olhe-me e diga o que vê. O rapaz olhou-o com suspeita - Isto é algum truque ? Vejo você. Tyrion Lannister Tyrion suspirou. - Você é notavelmente gentil para um bastardo, Snow. O que vê é um anão. Você tem o que ? Doze anos ? - Catorze - disse o rapaz. - Catorze, e é mais alto que alguma vez serei. Minhas pernas são curtas e tortas, e caminho com dificuldade. Necessito de uma sela especial para não cair do cavalo. Uma cela de minha própria concepção, talvez te interesse saber. Era isso ou montar um pônei. Meus braços são suficientemente fortes mas, uma vez mais, demasiado curtos. Nunca serei um espadachim. Se tivesse nascido camponês, provavelmente me teriam me expulsado para que morresse, ou vendido para a coleção de aberrações de algum negociante de escravos. Mas, ai de mim ! Nasci um Lannister de Rochedo Casterly, e as coleções de aberrações são das mais pobres. Esperam-se coisas de mim. Meu pai foi mão do rei durante vinte anos. Aconteceu que, mais tarde, meu irmão matou esse mesmo rei, mas minha vida está cheia dessas pequenas ironias. Minha irmã casou-se com o novo rei e o meu repugnante sobrinho será rei depois dele. Devo cumprir minha parte pela honra da minha casa, não concorda ? Mas como ? Bem, poderei ter as pernas pequenas demais para o corpo, mas minha cabeça é grande demais, embora eu prefira pensar que tem o tamanho certo para minha mente. Possuo um entendimento realista das minha forças e fraquezas. A mente é minha arma. Meu irmão tem a sua espada, O Rei Robert, o seu martelo de guerra, e eu tenho a minha mente... e uma mente necessita de livros da mesma forma que uma espada necessita de uma pedra de amolar se quisermos que se mantenha afiada - Tyrion deu uma palmada na capa de coura do livro - É por isso que leio tanto, Jon Snow.
George R.R. Martin (A Game of Thrones (A Song of Ice and Fire, #1))
Minha tese é: eu quero que você acredite. - Acredite em quê? - Em coisas que não consegue acreditar. Vou ilustrar. Certa vez, ouvi de um americano a seguinte definição de fé: 'Faculdade que nos capacita a acreditar em coisas que sabemos ser inverdades'. Pela primeira vez, entendo aquele homem. Ele quis dizer que devemos manter a mente aberta, e não permitir que um pedaço de verdade impeça a passagem da grande verdade, assim como uma pequena pedra impede o deslizar de um vagão no trilho. Primeiro nós pegamos a pequena verdade. Bom! Nós a guardamos e valorizamos, mas ainda assim não a deixamos pensar que é toda a verdade do universo. - Então, o senhor quer que eu não permita que alguma convicção prévia prejudique a receptividade da minha mente quanto a algum assunto estranho.
Bram Stoker (Dracula)
Era uma coisa estranha experimentar tão grande sensação de afecto, não devido a determinada coisa ou pessoa, mas a plenitude do que se pode chamar amor. Importa unicamente sondar a sua própria profundidade, não com a pequena mente tonta mais os incessantes murmúrios do pensamento, mas com o silêncio. O silêncio é o único instrumento que pode penetrar aquele algo que escapa a uma mente contaminada. Não sabemos o que seja esse amor; conhecemos os seus sintomas, o prazer, a ansiedade, o pesar, etc. E tentamos resolver esses sintomas mas isso torna-se um vagar pelas trevas. Gastamos os nossos dias nisso e a breve trecho isso culmina na morte(...) Na verdade estropiamos o sentido da palavra carregando-a de significado sem sentido, o significado dos nossos próprios eus mesquinhos e estreitos; nesse estreito contexto tentamos nós encontrar o outro para depois dolorosamente tornarmos á nossa confusão e tristeza de todos os dias. O silêncio é a única coisa que dará resposta a todos os nossos problemas. Resposta não é o termo porque nesse caso não haveria problemas. Possuímos problemas de todo o género e tratamos de os resolver sem esse amor, de modo que assim, eles só crescem e multiplicam-se.
J. Krishnamurti (Commentaries on Living: First Series)
guia, Sra. Saeki, tem cerca de 45 anos e é magra. É também alta em comparação às demais mulheres da sua geração. Usa vestido verde com um cardigã creme claro jogado sobre os ombros. Seu porte é elegante. Seus cabelos, longos, estão arrebanhados frouxamente na nuca. O rosto é delicado e inteligente. Tem olhos bonitos. E também um sorriso suave como uma sombra brincando sempre em seus lábios. Um sorriso que não sei descrever direito, mas que me parece conclusivo. Lembra uma pequena e ensolarada poça de luz, de formato único e que só se encontra em lugares secretos. No jardim de minha casa em Nogata, havia um cantinho e uma poça semelhantes, e desde muito pequeno sempre os amei. A Sra. Saeki desperta em mim uma sensação forte, mas, ao mesmo tempo, de comovente nostalgia. Como seria bom se ela fosse minha mãe, penso eu. O mesmo pensamento me ocorre toda vez que vejo uma mulher bonita (ou apenas simpática) de meia-idade. Como seria bom se ela fosse minha mãe… Mas nem é preciso dizer, a chance da Sra. Saeki ser minha mãe é praticamente nula. Mas do ponto de vista teórico a possibilidade existe, embora mínima. Afinal, não conheço nem o rosto nem o nome da minha mãe. Em outras palavras, não existe nenhuma razão para ela não ser minha mãe. Da visita guiada participamos apenas eu e um casal de meia-idade proveniente de Osaka. A mulher é rechonchuda e usa óculos de grau forte. O marido é magro e seu cabelo, duro, parece ter sido deitado à força com cerdas de ferro. Os olhos finos e as maçãs de rosto largas trazem à mente certas figuras esculpidas de ilhas meridionais, sempre a fitar o horizonte com intensa ferocidade. A mulher assume a maior parte do diálogo; o marido apenas murmura respostas automáticas. Além disso, acena a cabeça em concordância, emite exclamações admiradas e vez ou outra resmunga palavras soltas, ininteligíveis. O vestuário de ambos é mais apropriado para escalar montanhas do que para visitar bibliotecas: colete impermeável cheio de bolsos, sapatos de meio-cano fechados
Haruki Murakami (Kafka à Beira-Mar)
As dimensões do universo medieval não são tão facilmente percebidas, ainda hoje, quanto a sua estrutura; em meu próprio tempo de vida, um cientista distinto ajudou a disseminar um erro. 14 O leitor deste livro já deve estar sabendo que a Terra era, a julgar por padrões cósmicos, um pontinho - de nenhuma magnitude significativa. E como o Somnium Scipionis nos ensinou, as estrelas eram maiores do que ela. Isidoro já sabia no século VI que o Sol é maior, e a Lua, menor do que a Terra. (Etymologies, III, xlvii-xl- viii); Maimônides,15 no século XII, sustenta que cada estrela é noventa vezes maior; Roger Bacon, no século XIII, declara que a menor estrela é "maior" do que ela. 16 Quanto às estimativas da distância, contamos com a sorte de ter o testemunho de uma obra completamente popular, Lendas do Sul da Inglaterra, uma prova melhor do que qualquer produção pesquisada, em favor do Modelo, como ele existia no imaginário de pessoas comuns. Diz-se ali que se um homem fosse capaz de viajar para o alto, numa velocidade de quarenta milhas17 e um pouco mais por dia, ele ainda assim não conseguiria alcançar o Stellatum ("o mais alto céu que jamais se viu") em oito mil anos. 18 Esses fatos são em si curiosidades de interesse medíocre. Eles se tornam acessíveis, apenas à medida que nos permitem penetrar mais fundo na consciência dos nossos ancestrais, dando-nos conta de como um universo assim deve ter afetado aqueles que acreditavam nele. A receita para tal compreensão não é o estudo de livros. Você terá de sair numa noite estrelada e caminhar por aproximadamente meia hora, tentando examinar o céu em termos da velha cosmologia. Lembre-se de que agora você tem um "para cima" e um "para baixo" absolutos. A Terra é, de fato, o centro, o lugar mais baixo; o movimento para chegar a ela, de qualquer direção que seja, é um movimento para baixo. Como homem moderno, você localizava as estrelas a uma grande distância. Agora terá de substituir essa distância por um tipo de distância muito especial e muito menos abstrata chamada altura; Os Céus 1 103 que fala imediatamente aos nossos músculos e nervos. O Modelo Medieval é vertiginoso. E o fato de que a altura das estrelas na astronomia medieval é muito pequena comparada às distâncias modernas acabará se manifestando como não tendo o tipo de importância que você supunha. Para o pensamento e a imaginação, dez milhões de milhas e um bilhão são a mesma coisa. Ambas podem ser concebidas (isto é, podemos fazer contas com ambas) e nenhuma delas pode ser imaginada; e quanto mais imaginação tivermos, melhor deveríamos saber disso. A diferença realmente importante é que o universo medieval, ao mesmo tempo que era inimaginavelmente grande, também era indubitavelmente finito. E um resultado inesperado disso foi o de fazer com que a pequenez da Terra fosse sentida com mais vivacidade. Em nosso Universo ela é pequena, sem dúvida; mas as galáxias e tudo o mais também são - e daí? Mas para eles havia um padrão finito de comparação. A esfera celeste mais alta, o maggior corpo de Dante, era tão simples e finalmente o maior objeto existente. A palavra "pequeno" aplicada à Terra assume, então, uma significância bem mais absoluta. Repito, pelo fato de o universo medieval ser finito, ele adquire uma forma, a forma perfeitamente esférica, que contém em si uma diversidade ordenada. Consequentemente, olhar para fora numa noite escura com olhos modernos é como olhar para o mar, que vai minguando num dia de nevoeiro; ou olhar para uma floresta virgem - infindáveis árvores sem nenhum horizonte. Vislumbrar o universo medieval altaneiro é mais como visualizar um prédio bem alto. O "espaço" da astronomia moderna pode infligir terror, espanto ou um vago devaneio; as esferas celestes dos medievais nos apresentam um objeto no qual a mente pode repousar, impressionando por sua grandeza, mas satisfazendo por sua harmonia. Esse é o sentido pelo qual o nosso universo é romântico, e o deles era clássico.
C.S. Lewis (The Discarded Image: An Introduction to Medieval and Renaissance Literature)
Nenhuma lágrima é derramada sem que Deus saiba. Não há sorriso que Ele não perceba. Se acreditássemos plenamente nisso, todas as ansiedades indevidas desapareceriam. Nossa vida não seria cheia de decepções como agora, pois todas as coisas, grandes ou pequenas, seriam entregues nas mãos de Deus, e Ele não fica perplexo por múltiplas preocupações, 13 nem subjugado por seu peso. Poderíamos, então, desfrutar o descanso que muitos de nós, já faz muito, não encontramos (CC, p. 86) (1892).
Ellen Gould White (Mente, Caráter e Personalidade, vol. 1 (Portuguese Edition))
Não terei medo. O medo matar a mente. O medo é a pequena morte que leva A aniquilação total. Enfrentarei meu medo. Permitirei que passe por cima e através de mim. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver se o rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu restaurei.
Frank Herbert
Não terei medo. O medo mata a mente. O medo é a pequena morte que leva A aniquilação total. Enfrentarei meu medo. Permitirei que passe por cima e através de mim. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver se o rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu restaurei.
Frank Herbert
E de repente me dei conta: quando olhamos para o mundo exterior, estamos enxergando apenas a pequena parte dele que nos interessa. O mundo que vemos não é o Universo inteiro, mas uma parte limitada com a qual a mente se importa. No entanto, para a nossa mente, essa pequena parte do mundo é o Universo inteiro. Nossa realidade não é o Cosmos, que se expande infinitamente, mas a pequena parte dele em que resolvemos concentrar nossa atenção. A realidade existe porque a nossa mente existe. Sem a mente não haveria Universo.
Haemin Sunim (The Things You Can See Only When You Slow Down 16-Month 2018-2019 Wall Calendar: September 2018-December 2019)
Cidade pequena abriga pessoas com a mente ainda menor, que não querem mudar e acreditam que devem manter suas crenças, por mais ultrapassadas que fossem.
Gabriela Resende (Uma Aposta Alta Demais)
As pessoas argumentarão: "Mas se reencarnação é verdade, por que não me lembro de quem eu era? Por que não me lembro das minhas vidas passadas?" Lama Anagarika Govinda, mestre tibetano, responde: "A maioria das pessoas não se lembra de seus nascimentos, e ainda assim elas não duvidam que nasceram recentemente. Elas esquecem que a memória ativa é apenas uma pequena parte da nossa consciência normal, e que nossa memória subconsciente registra e preserva cada impressão e experiência passada, que nossa 'mente desperta' falha em lembrar." Carl Jung, em seu trabalho psicológico, continuou lutando com essa questão da memória subconsciente. Ele a chamou de "o inconsciente coletivo", que era uma maneira pela qual um ocidental poderia abordar a ideia da reencarnação, de informações que vem de fora desta vida.
Ram Dass (Paths to God: Living the Bhagavad Gita)
O medo mata a mente. O medo é a pequena morte que leva à aniquilação total.
Frank Herbert (Children of Dune (Dune, #3))
isso deve esvaziar a mente, deve ser como jogar um balde de água suja no ralo do quintal.
Aline Bei (Pequena coreografia do adeus)
– Não terei medo. O medo mata a mente. O medo é a pequena morte que leva à aniquilação total. Enfrentarei meu medo. Permitirei que passe por cima e através de mim. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver seu rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu restarei.
Frank Herbert (Duna (Crônicas de Duna, #1))
Era uma coisa estranha experimentar tão grande sensação de afecto, não devido a determinada coisa ou pessoa, mas a plenitude do que se pode chamar amor. Importa unicamente sondar a sua própria profundidade, não com a pequena mente tonta mais os incessantes murmúrios do pensamento, mas com o silêncio. O silêncio é o único instrumento que pode penetrar aquele algo que escapa a uma mente contaminada. Não sabemos o que seja esse amor. Conhecemos os seus sintomas, o prazer, a ansiedade, o pesar, etc. E tentamos resolver esses sintomas, mas isso torna-se um vagar pelas trevas. Gastamos os nossos dias nisso e o breve trecho isso culmina na morte (...) Na verdade estropiamos o sentido da palavra carregando-a de significado sem sentido. O significado dos nossos próprios 'eus' mesquinhos e estreitos. Nesse estreito contexto tentamos nós encontrar o outro para depois dolorosamente tornarmos á nossa confusão e tristeza de todos os dias. O silêncio é a única coisa que dará resposta a todos os nossos problemas. Resposta não é o termo porque nesse caso não haveria problemas. Possuímos problemas de todo o gênero e tratamos de os resolver sem esse amor, de modo que assim, eles só crescem e multiplicam-se.
J. Krishnamurti (Commentaries on Living: First Series)
A melhor e mais aproximada forma de expressão que podemos utilizar [para explicar o louco] talvez seja esta: a sua mente move-se em um círculo perfeito, porém diminuto. Um círculo pequeno é perfeitamente tão infinito quanto um círculo grante. Embora ele seja tão infinito, não é tão grande. Da mesma forma, a explicação de um louco é tão completa quanto a de uma pessoa sã, mas não é tão abrangente. Um bala de canhão pode ser tão redonda quanto o mundo, mas não é o mundo. Há uma coisa a que podemos chamar de 'universalidade restrita', como há uma coisa a que podemos chamar uma 'eternidade pequena e comprimida'. Poderemos verificar isso em muitas das religiões modernas. Ora, falando superficial e empiricamente, podemos afirmar que a mais forte e mais evidente marca de loucura é esta combinação de uma completude lógica com uma contração espiritual. A teoria de um lunático explica muitas coisas, mas não as explica de forma ampla. Isso quer dizer que, se tivermos de lidar com uma mente que esteja se tornando mórbida, devemos nos esforçar não tanto por lhe apresentar argumentos, mas por fornecer-lhe ar e convencê-la de que há algo muito mais límpido e mais refrescante fora da asfixia de um simples argumento. [...] Não procure discutir com os doidos como quem discute com hereges, mas procura, unicamente, quebrar-lhes o encanto, como se tratasse de um feitiço. [...] Não é bastante que o infeliz deseje a verdade: é necessário que deseje a saúde. Nada pode salvá-lo senão um desejo cego pela normalidade, como o de um animal feroz. Um homem não pode refletir sobre o mal mental que o acomete, porque é exatamente o próprio órgão do pensamento que está doente, indisciplinável e, por assim dizer, independente. Apenas poderá ser salvo pela vontade ou pela Fé. No momento em que a sua razão se move, move-se dentro da velha rotina circular e andará sempre à volta do seu círculo lógico, exatamente como um homem em um vagão de terceira classe do 'Inner Circle' andará sempre à roda do 'Inner Circle', até que se resolva a executar o voluntário, vigoroso e místico ato de descer em Gower Street. A decisão é, neste caso, o principal fator: uma porta deve ser fechada para sempre. Todo remédio será um remédio desesperado. Toda cura será uma cura milagrosa. Curar um louco não é discutir com um filósofo: é deitar fora um demônio.
G.K. Chesterton (Orthodoxy)
Não se sabe tudo, nunca se saberá tudo, mas há horas em que somos capazes de acreditar que sim, talvez porque nesse momento nada mais nos podia caber na alma, na consciência, na mente, naquilo que se queira chamar ao que nos vai fazendo mais ou menos humanos
José Saramago (As Pequenas Memórias)
O Joker tinha-se efetivamente tornado um rei e vivia numa casa dourada no céu. Os cidadãos procuravam clichés e faziam por recordar que ainda havia pássaros nas árvores e o céu não tinha desabado e ainda era, muitas vezes, azul. A cidade continuava de pé. E no rádio e nas aplicações de música que soavam nos auscultadores Bluetooth dos jovens descuidados, a vida continuava. Os Yankees continuavam a estar preocupados com a sua rotação de lançamento, os Mets continuavam a fazer fraca figura e os knicks continuavam a estar condenados pela maldição de serem os knicks. A Internet continuava cheia de mentiras e o negócio da verdade estava falido. Os melhores tinham perdido toda a convicção e os piores estavam repletos de uma intensidade apaixonada e a fraqueza dos justos era revelada pela ira dos injustos. Mas a República conservava-se mais ou menos intacta. Permitam-me que o deixe aqui expresso, porque era uma afirmação muitas vezes feita para consolar aqueles de nós que não eram fáceis de consolar. De certo modo é uma ficção, mas eu repito-a. Sei que depois da tempestade vinha outra tempestade, e outra ainda. Sei que o mau tempo vai estar nas previsões meteorológicas para sempre e que os dias felizes não estão de volta e que a intolerância é o que está na moda e o sistema está na realidade viciado, mas não como o palhaço maligno nos tentou fazer crer. Às vezes os maus ganham, e que se faz quando o mundo em que se acredita se revela uma lua de papel e surge um planeta escuro que diz “Não. O mundo sou eu.” Como vivemos no seio dos nossos compatriotas quando não sabemos quais deles se contam entre os mais de sessenta milhões que puseram o horror no poder, quando não podemos distinguir quem figura entre os noventa milhões que encolheram os ombros e ficaram em casa, ou quando os nossos concidadãos nos dizem que saber coisas é elitista e detestam as elites, e tudo aquilo que sempre tivemos é a nossa mente e fomos criados na crença do encanto do conhecimento, não aquele disparate do conhecimento-é-poder, mas sim o conhecimento é beleza, e depois tudo isso, a educação, a arte, a música, os filmes, se torna uma razão para ser abominado, e a criatura surgida do Spiritus Mundi se ergue e avança indolentemente em direção a Washington, DC, para nascer. O que fiz foi recolher-me à vida privada- agarrar-me à vida como a conhecera, ao seu quotidiano e à sua força, e insistir na capacidade do universo moral dos Jardins de sobreviver até ao mais feroz dos ataques. E agora, por conseguinte, deixem a minha história ter os seus momentos derradeiros, no meio do macrolixo que possa haver à volta de lerem isto, seja a manufactrovérsia, qualquer que seja o horror ou a estupidez ou fealdade ou vergonha. Deixem-me convidar o gigantesco rei do cabelo verde de banda desenhada vitorioso, com os seus direitos cinematográficos de um bilião de dólares, a sentar-se no banco traseiro e deixar que sejam as pessoas reais a conduzir o autocarro. As nossas pequenas vidas são talvez a única coisa que logramos compreender...
Salman Rushdie (The Golden House)