Feliz Ano Novo Quotes

We've searched our database for all the quotes and captions related to Feliz Ano Novo. Here they are! All 7 of them:

...do you like to write?" "No. No writer really likes to write. I like to make love and drink wine. At my age I shouldn't lose time with anything else, but I can't stop writing. It's a disease.
Rubem Fonseca (Feliz Ano Novo)
Quando o Pereba chegou, eu enchi os copos e disse, que o próximo ano seja melhor. Feliz Ano Novo.
Rubem Fonseca (Feliz Ano Novo)
Nunca te contei isso, pai, mas eu estava completamente bêbado uma noite, tinha acabado de vomitar em frente à estátua de Pasquino e não poderia estar mais atordoado. Aqui, encostado contra este muro, eu soube, por mais bêbado que estivesse, que essa, com Oliver me abraçando, era a minha vida, que tudo o que tinha acontecido antes com outras pessoas não era nem um esboço grosseiro ou a sombra de um rascunho do que estava acontecendo naquele momento. Dez anos depois, quando olho para este muro e este poste velho, estou com ele de novo e juro, nada mudou. Em trinta, quarenta, cinquenta anos não vai ser diferente. Conheci muitas mulheres e ainda mais homens em minha vida, mas o que está gravado neste muro ofusca todas as pessoas que conheci. Quando venho aqui, posso estar sozinho ou com pessoas, com vocês, por exemplo, mas sempre estou com ele. Se eu ficasse olhando para este muro durante uma hora, estaria com ele durante uma hora. Se eu falasse com este muro, ele responderia. — O que ele diria? — perguntou Miranda, completamente envolvida na ideia de Elio com o muro. — O que ele diria? Sem sombra de dúvida: “Procure por mim, me encontre”. — E o que você diz? — Eu digo a mesma coisa. “Procure por mim, me encontre”. E nós dois ficamos felizes. Agora você sabe.
André Aciman (Find Me (Call Me By Your Name, #2))
Gosto das pessoas que tiram e coleccionam fotografias. Das pessoas que guardam em gavetas especiais os álbuns com as memórias de uma vida. Eu não gosto de fotografias ou por outra não tenho álbuns. Nem álbum sequer. Tive um há vários anos ao qual sucedeu o mesmo que a minha única tentativa de diário. Ficou pelo caminho. Acabei por oferecer a maioria das fotografias nem sei bem onde ficou esse álbum esventrado destituído de sentido que perdeu a dignidade. Desde muito novo que decidi assim. Sinto-me inevitavelmente estranho quando um clique se prepara. Talvez como os índios que acreditavam que as máquinas fotográficas aprisionavam as almas e por isso as temiam. Resisto a que me tirem o boneco. Penso sempre que ao contrário do sorriso aberto e alegre dos outros aquele é um momento para a minha tristeza acordar. Uma fotografia é invariavelmente o fantasma fugaz de um momento que desaparece. Um atestado de velhice. Uma prova de que somos mortais e nada mesmo nada se repetirá. Não quero por isso que me peçam sorrisos rasgados imaginar passarinhos dizer «queijo» em línguas estranhas. Mas acedo a aparecer nas fotografias - porque sei que elas estão destinadas aos álbuns nas gavetas especiais das pessoas que adoram tirá-las e coleccioná-las. Conforto-me na altura do clique com a terna certeza de que se porventura quiser rever aquele passado revisitar o fantasma feliz poderei sempre caminhar entre casas estacionar a várias portas e subir à casa de amigos para me encontrar. Gosto das pessoas que tiram e coleccionam fotografias porque elas levam-me consigo para um lugar melhor: o esconderijo das suas próprias alegrias. As gavetas que nunca abrirei.
Luis Filipe Borges (A Vida é só Fumaça)
A longo prazo, terminar uma maratona nos deixa mais felizes do que comer um bolo de chocolate. Criar um filho nos deixa mais felizes do que ganhar uma partida de videogame. Abrir uma pequena empresa com amigos e vencer dificuldades financeiras nos deixa mais felizes do que comprar um computador novo. São atividades estressantes, árduas e muitas vezes desagradáveis, além de trazer consigo inúmeros problemas, mas, ao mesmo tempo, são as que nos proporcionam os momentos mais marcantes e constituem nossas maiores alegrias. Atividades como essas envolvem dor, cansaço, raiva e até desespero — mas, depois de concluídas, olhamos para trás emocionados. É o que contaremos aos nossos netos. É como Freud disse: “Um dia, quando olhar para trás, os anos de luta lhe parecerão os mais bonitos.” Isso explica por que não devemos pautar nossa existência em valores escrotos — prazer, sucesso material, estar sempre certo e otimismo implacável. Alguns dos melhores momentos da vida não são prazerosos, não são grandiosos, não são reconhecidos e não são positivos.
Mark Manson (A sutil arte de ligar o f*da-se: Uma estratégia inusitada para uma vida melhor)
Já estava acostumado aos amputados, às vitimas do agente laranja, aos famintos, pobres, garotos de rua de seis anos de idade que você encontra às três da madrugada gritando "Feliz ano novo! Olá! Bye-Bye!" em inglês, e depois aponta para suas bocas e faz "bum bum?". Estou ficando quase indiferente aos garotos famintos, sem pernas, sem braços, cobertos de cicatrizes, desesperançados, dormindo no chão, em triciclos, na beirada do rio. Mas não estava preparado para o homem sem camisa, com um corte de cabelo a la forma de pudim, que me detém na saída do mercado, estendendo a mão. No passado ele sofreu queimaduras e tornou-se uma figura humana quase irreconhecível, a pele transformada numa imensa cicatriz sob a coroa de cabelos pretos. Da cintura para cima (e sabe Deus até onde), a pele é uma cicatriz só; ele não tem lábios, nem nariz, nem sobrancelha. Suas orelhas são como betume, como se tivesse mergulhado e moldado num alto-forno, sendo retirado pouco antes de derreter por completo. Mexe seus dentes como uma abóbora de Halloween, mas não emite um único som através do que foi um dia, uma boca. Sinto um murro no estômago. Minha animação exuberante dos dias e horas anteriores desmorona. Fico paralisado, piscando e pensando na palavra napalm, que oprime cada batida do meu coração. De repente nada mais é divertido. Sinto vergonha. Como pude vir até esta cidade, até este país por razões tão fúteis, cheio de entusiasmo por algo tão...sem sentido, como sabores, texturas, culinária? A famíla daquele homem deve ter sido pulverizada, ele mesmo transformado num boneco desgraçado, como um modelo de cera de madame Tussaud, a pele escorrendo como vela pingando. O que estou fazendo aqui? Escrevendo um livro de merda? Sobre comida? Fazendo um programinha leve e inútil de tevê, um showzinho de bosta? A ficha caiu de uma vez e fiquei me desprezando, odiando o que faço e o fato de estar ali. Imobilizado, piscando nervosamente e suando frio, sinto que todo mundo na rua está me observando, que irradio culpa e desconforto, que qualquer passante vai associar os ferimentos daquele homem a mim e ao meu país. Dou uma espiada nos outros turistas ocidentais que vagueiam por ali com suas bermudas da Banana Republic e suas camisas pólo da Land´s End, suas confortáveis sandálias Weejun e Bierkenstock, e sinto um desejo irracional de assassiná-los. Parecem malignos, comedores de carniça. O Zippo com a inscrição pesa no meu bolso, deixou de ser engraçado, virou uma coisa tão pouco divertida quanto a cabeça encolhida de um amigo morto. Tudo o que comer terá gosto de cinzas daqui pra frente. Fodam-se os livros. Foda-se a televisão. Nem mesmo consigo dar algum dinheiro ao coitado. Tenho as mãos trêmulas, estou inutilizado, tomado pela paranoia, Volto correndo ao quarto refrigerado do New World Hotel, me enrosco na cama ainda desfeita, fico olhando para o teto com os olhos cheios de lágrimas, incapaz de digerir ou entender o que presenciei e impotente para fazer qualquer coisa a respeito. Não saio nem como nada pelas 24 horas seguintes. A equipe de tevê acha que estou tendo um colapso nervoso. Saigon...Ainda em Saigon. O que vim fazer no Vietnã?
Anthony Bourdain (A Cook's Tour: Global Adventures in Extreme Cuisines)
realidade é melhor do que a ilusão. Você precisa acreditar que é capaz, que dentro de você tem a sabedoria da inteligência divina a inspirá-lo e descubra que você é muito melhor do que pensa. Feliz ano-novo! A realidade que criamos e a verdade das coisas são muito diferentes. Precisamos ver as coisas como realmente são.
Zíbia Gasparetto (Vá em frente!)