Boa Semana Quotes

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Não há nada como o correio, com o seu passo de tartaruga e a sua privacidade, o prazer de esperar o carteiro, de abrir um envelope, de tirar as folhas, que tinham sido dobradas pela minha mãe, e de ler as suas notícias com duas semanas de atraso. Quando eram más já não tinham importância e se eram boas estávamos sempre a tempo de festejar.
Isabel Allende (La suma de los días)
Só uma pessoa o visitava com regularidade, todas as semanas, sem falhar, e não era nenhum dos membros da congregação, nem nenhum dos seus «anjos» devotos. Era a minha mãe. Nunca percebi porquê. No passado, tinham-se odiado. O reverendo Martin tinha dito e feito coisas horríveis à minha mãe. Mais tarde, ela havia de me dizer: - Exactamente por isso, Eddie. Tens de compreender que ser uma pessoa boa nada tem a ver com entoar hinos nem rezar a um qualquer deus mítico. Não é usar um crucifixo nem ir todos os domingos à igreja. Uma pessoa boa não precisa de religião porque está em paz consigo mesma ao fazer o que deve ser feito.
C.J. Tudor (O homem de giz)
Os participantes das redes de compartilhamento de arquivos compartilham diferentes tipos de conteúdos. Podemos dividi-los em quatro tipos. A-Esses são aqueles que usam as redes P2P como substitutos para a compra de conteúdo. Dessa forma, quando um novo CD da Pitty é lançado, ao invés de comprar o CD, eles simplesmente o copiam. Podemos argumentar se todos os que copiaram as músicas poderiam comprá-las caso o compartilhamento não permitisse baixá-las de graça. Muitos provavelmente não poderiam, mas claramente alguns o fariam. Os últimos são os alvos da categoria A: usuários que baixam conteúdo ao invés de comprá-lo. B-Há alguns que usam as redes de compartilhamento de arquivos para experimentarem música antes de a comprar. Dessa forma, um amigo manda para outro um MP3 de um artista do qual ele nunca ouviu falar. Esse outro amigo então compra CDs desse artistas. Isso é uma forma de publicidade direcionada, e que tem grandes chances de sucesso. Se o amigo que está recomendando a música não ganha nada recomendando porcarias, então pode-se imaginar que suas recomendações sejam realmente boas. O saldo final desse compartilhamento pode aumentar as compras de música. C-Há muitos que usam as redes de compartilhamento de arquivos para conseguirem materiais sob copgright que não são mais vendidos ou que não podem ser comprados ou cujos custos da compra fora da Net seriam muito grandes. Esses uso da rede de compartilhamento de arquivos está entre os mais recompensadores para a maioria. Canções que eram parte de nossa infância mais que desapareceram há muito tempo atrás do mercado magicamente reaparecem na rede. (Um amigo meu me disse que quando ele descobriu o Napster, ele passou um fim de semana inteiro "relembrando" músicas antigas. Ele estava surpreso com a gama e diversidade do conteúdo disponibilizado.) Para conteúdo não vendido, isso ainda é tecnicamente uma violação de copyright, embora já que o dono do copgright não está mais vendendo esse conteúdo, o dano econômico é zero o mesmo dano que ocorre quando eu vendo minha coleção de discos de 45 RPMs dos anos 60 para um colecionador local. D-Finalmente, há muitos que usam as redes de compartilhamento de arquivos para terem acesso a conteúdos que não estão sob copgright ou cujo dono do copyright os disponibilizou gratuitamente. Como esses tipos diferentes de compartilhamento se equilibram? Vamos começar de alguns pontos simples mas importantes. Do ponto de vista legal, apenas o tipo D de compartilhamento é claramente legal. Do ponto de vista econômico, apenas o tipo A de compartilhamento é claramente prejudicial. [78] O tipo B de compartilhamento é ilegal mas claramente benéfico. O tipo C também é ilegal, mas é bom para a sociedade (já que maior exposição à música é bom) e não causa danos aos artistas (já que esse trabalho já não está mais disponível). Portanto, como os tipos de compartilhamento se equilibram é uma pergunta bem difícil de responder e certamente mais difícil do que a retórica envolvida atualmente no assunto sugere.
Lawrence Lessig (Cultura Livre (Portuguese Edition))
sobremaneira o bom andamento dos trabalhos. Mesmo nos demais dias da semana, a sala onde se realizam os trabalhos mediúnicos deverá ser preservada. É preciso evitar ali reuniões sociais, conversas descuidadas, visitas inconvenientes, atos reprováveis. O ambiente costuma ser mantido em elevado teor vibratório pelos trabalhadores espirituais, o que se nota, especialmente nos dias de reunião, ao se penetrar no cômodo. O ideal, portanto, é ter um compartimento destinado somente à tarefa mediúnica. Quando isso for impraticável, que pelo menos se tenha o cuidado de usá-lo apenas para atividades nobres, como a boa leitura, a música erudita, o preparo de artigos e livros doutrinários, o estudo sério.
Hermínio C. Miranda (Diálogo com as sombras: teoria e prática)
Uma maneira cómoda de travar conhecimento com uma cidade é descobrir como lá se trabalha, como se ama e como se morre. Na nossa pequena cidade, talvez por efeito do clima, tudo se faz ao mesmo tempo, com o mesmo ar frenético e distante. Ou seja, as pessoas aborrecem-se e aplicam-se a criar hábitos. Os nossos concidadãos trabalham muito, mas apenas para enriquecerem. Interessam-se principalmente pelo comércio e ocupam-se, em primeiro lugar, segundo a sua própria expressão, em fazer negócios. Naturalmente, têm gosto pelos prazeres simples, gostam das mulheres, do cinema e dos banhos de mar. Porém, muito sensatamente, reservam os prazeres para os domingos e os sábados à noite, procurando nos outros dias da semana ganhar muito dinheiro. À tarde, quando saem dos escritórios, reúnem-se a uma hora fixa nos cafés, passeiam na mesma avenida ou põem-se às varandas. Os desejos dos mais novos são violentos e breves, enquanto os vícios dos mais velhos não vão além das associações de bolómanos, os banquetes das amicales e as assembleias onde se joga forte sobre a sorte das cartas. Dir-se-á que nada disso é peculiar à nossa cidade e que, em suma, todos os nossos contemporâneos são assim. Sem dúvida, nada há de mais natural, hoje em dia, do que ver as pessoas trabalharem de manhã à noite e perderem em seguida, a jogar às cartas, no café, ou a dar à língua, o tempo que lhes resta para viverem. Mas há cidades e países onde as pessoas têm, de tempos a tempos, a suspeita de que existe mais alguma coisa. Isso, em geral, não lhes modifica a vida. Simplesmente houve essa suspeita, e sempre é um ganho. Orão, pelo contrário, é uma cidade sem suspeitas, ou seja, uma cidade inteiramente moderna. Não é, pois, necessário precisar a maneira como se ama entre nós. Os homens e as mulheres ou se devoram rapidamente no chamado ato do amor ou se entregam a um longo hábito entre dois. Também isso não é original. Em Orão, como no resto do mundo, por falta de tempo e de reflexão, é-se obrigado a amar sem o saber. O que é mais original na nossa cidade é a dificuldade que lá se encontra em morrer. Dificuldade, aliás não é o termo exato: seria mais justo falar em desconforto. Nunca é agradável estar doente, mas há cidades e países onde nos amparam na doença e onde se pode, de certo modo, deixar correr. Um doente precisa de ternura, gosta de se sentir apoiado em qualquer coisa, o que é bastante natural. Em Orão, porém, os excessos do clima, a importância dos negócios que lá se tratam, a insignificância da paisagem, a rapidez do crepúsculo e a qualidade dos prazeres, tudo exige boa saúde. Um doente, lá, encontra-se muito só. Como pensar então naquele que vai morrer, apanhado na armadilha por detrás das paredes crepitantes do calor, enquanto no mesmo minuto toda uma população, ao telefone ou nos cafés, fala de letras de câmbio, de mercadorias recebidas ou de descontos? Compreender-se-á o que há de desconfortável na morte, mesmo moderna, quando ela sobrevém num lugar tão árido.
Albert Camus (The Plague)
Cada uma daquelas pessoas tinha uma teoria especial sobre tudo e acreditava que sua verdade era a única que importava; passavam dias, noites, semanas, anos conversando, sem jamais aceitarem a única realidade que há por trás de uma ideia: boa ou má, ela só existe quando alguém tenta colocá-la em prática.
Paulo Coelho (Veronika Decides to Die)