Veja Quotes

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Entre mim e a vida há um vidro ténue. Por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar.
Fernando Pessoa
[...]eu nunca tive porra de ideal nenhum, eu só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista capitalista, eu só queria era ser feliz, cara, gorda, burra, alienada e completamente feliz.
Caio Fernando Abreu
«Penso: talvez o céu seja um mar grande de água doce e talvez a gente não ande debaixo do céu mas em cima dele; talvez a gente veja as coisas ao contrário e a terra seja como um céu e quando a gente morre, quando a gente morre, talvez a gente caia e se afunde no céu.»
José Luís Peixoto (Nenhum Olhar)
Madame, a senhora que já renasceu tantas vezes, o que a senhora tem a dizer pra mim que sou apenas casca? veja, dia desses gostaria de Ser uma presença por inteiro.
Aline Bei (Pequena Coreografia do Adeus)
Sabe, Virgínia, vejo Laura como aquele espelho despedaçado: a gente pode ir lá no fundo e colar os cacos, mas tudo então que ele vier a refletir, o céu, as árvores, as pessoas, tudo, tudo estará como ele próprio, partido em mil pedaços. Veja bem, triste não é o que possa vir a acontecer... A morte, por exemplo. Triste é o que está acontecendo neste instante. Ela tem a cabeça doente, o coração doente. E não há remédio. Só o sopro lá dentro é que continua perfeito como o espelho antes de cair no chão.
Lygia Fagundes Telles (Ciranda de Pedra)
Ora, a solidão, ainda vai ter de aprender muito para saber o que isso é, Sempre vivi só, Também eu, mas a solidão não é viver só, a solidão é não sermos capazes de fazer companhia a alguém ou a alguma coisa que está dentro de nós, a solidão não é uma árvore no meio duma planície onde só ela esteja, é a distância entre a seiva profunda e a casca, entre a folha e a raiz, Você está a tresvariar, tudo quanto menciona está ligado entre si, aí não há nenhuma solidão, Deixemos a árvore, olhe para dentro de si e veja a solidão, Como disse o outro, solitário andar por entre a gente, Pior do que isso, solitário estar onde nem nós próprios estamos.
José Saramago (The Year of the Death of Ricardo Reis)
Não há um letrado que não veja nas letras senão uma ferramenta, e não um estado de graça.
Agustina Bessa-Luís (Os Meninos de Ouro)
Qualquer um pode olhar para você, mas é muito raro encontrar quem veja o mesmo mundo que o seu.
John Green (Turtles All the Way Down)
Esse dia foi memorável para mim, pois causou grandes mudanças no meu destino. Mas é assim com todo mundo. Subtraia um determinado dia de sua vida e veja que, sem ele, sua vida teria tomado um rumo diferente. Faça uma pausa por um instante, leitor, e pense na comprida corrente de ferro ou de ouro, de espinhos ou flores, que jamais se lhe estaria ligada, se um certo dia memorável não tivesse formado o primeiro elo dessa corrente.
Charles Dickens (Great Expectations)
Isso não é amor. Eu já estive apaixonado, mas isso não é a mesma coisa. Não se trata de um sentimento meu, mas de uma força exterior que se apoderou de mim. Veja, eu fugi porque decidi que tal coisa não poderia acontecer, entende, como uma felicidade que não pode existir na terra; mas lutei contra mim mesmo e vejo que sem isso não existe vida.
Leo Tolstoy
You can tell a lot about a society by what it fears.
Vejas Gabriel Liulevicius (Espionage and Covert Operations: A Global History)
quando sou abordada assim, com algum afeto dá vontade de abrir o zíper da pele, derramar meus cacos, veja: esta sou
Aline Bei (Pequena coreografia do adeus)
Houve um poeta que me disse que o mundo, tal como está, pode matar. Não vou deixar que isso aconteça, sei bem que tenho uns ferros no coração e que de repente posso começar a escorregar para dentro de mim mesmo. Então não se consegue parar. Foi isso mesmo que o Zeca Afonso disse no ouvido da mulher quando estava a morrer: Não consigo parar. Sei perfeitamente o que ele queria dizer. Mas não vou deixar que o mundo, tal como está, dê cabo de mim. Tenho as minhas canas de pesca e as minhas espingardas. É sempre possível ir aos robalos, dar uns tiros. Ou então pegar na caneta e vir para aqui falar contigo. Um cão nunca abandona o dono. Mesmo que não te veja sei que estás aí: é quanto me chega. As minhas armas e eu. O meu cão e eu.
Manuel Alegre (Cão Como Nós)
A vida é a mesma coisa que se ficar num hospício de loucos", pensei. "Cada um vai circulando, imerso e afogado em suas próprias desilusões, sem que ninguém veja. A pessoa vai abrindo caminhos pelas celas, passando por entre os companheiros atormentados, rumo àquele que parece o único mentalmente são". Era exatamente o que eu estava fazendo agora.
Winston Graham (Marnie (Poldark))
Espionage is the world's second oldest profession.
Vejas Gabriel Liulevicius (Espionage and Covert Operations: A Global History)
Há-de vir um Natal e será o primeiro em que se veja à mesa o meu lugar vazio Há-de vir um Natal e será o primeiro em que hão-de me lembrar de modo menos nítido Há-de vir um Natal e será o primeiro em que só uma voz me evoque a sós consigo Há-de vir um Natal e será o primeiro em que não viva já ninguém meu conhecido Há-de vir um Natal e será o primeiro em que nem vivo esteja um verso deste livro Há-de vir um Natal e será o primeiro em que terei de novo o Nada a sós comigo Há-de vir um Natal e será o primeiro em que nem o Natal terá qualquer sentido Há-de vir um Natal e será o primeiro em que o Nada retome a cor do Infinito
David Mourão-Ferreira (Cancioneiro de Natal)
Veja os obstáculos como oportunidades. Veja os obstáculos como inspirações.
Anthony Doerr
Me veja com a tua inteligência, a tua sensibilidade; o teu tato.
Filipe Russo (Caro Jovem Adulto)
Veja, às vezes é bom, para um homem, agarrar os próprios cabelos e arrancar-se para fora de si mesmo, como um rabanete na horta.
Ivan Turgenev (Fathers and Sons)
Você é tão cego, Edward. Não está vendo o que vai acontecer com você? Não vê o que já está acontecendo? É mais inevitável que o sol nascendo amanhã. Veja o que eu vejo...
Stephenie Meyer (Midnight Sun (The Twilight Saga, #5))
Veja o que eu faço; há um lugar vazio, na mala, e vou pôr aqui um punhado de feno; o mesmo acontece na nossa mala da vida; nós a enchemos com alguma coisa, só para não ficar um vazio.
Ivan Turgenev (Fathers and Sons)
Fique a saber, padre, que os opostos são os mais iguais. Não acredita, veja: o fogo não é quem se parece mais ao gelo? Ambos queimam e, nos dois, só através da morte o homem pode entrar.
Mia Couto (Every Man Is a Race)
Veja você, o que reconforta é não ter que correr sempre só com nossos pensamentos e nossas ideias, mas colaborar e trabalhar com um grupo. E assim também somos capazes de muito mais, e somos infinitamente mais felizes.
Vincent van Gogh (Cartas a Théo)
Elas têm ossos como patas nas nadadeiras. Mãos e dedos. Fico pensando se esse hábito de migrar pra cá e ficar na beira da praia não tem a ver com uma nostalgia do passado. Da ancestralidade terrestre. Imaginava uma baleia ali no rasinho, quase na praia. O que será que ela sente? Pode ser que veja a fronteira de um outro mundo remoto e mortífero, tão ameaçador quanto o mar é pra gente. Mas pode ser que seja como voltar pra casa. Como voltar pro útero da mãe. Uma coisa tentadora. Vai ver que é por isso que elas encalhem sem motivo aparente. Porque o mar não tem limites. O terror do oceano tá nisso. É o útero ao contrário. Acho que as baleias vivem esse terror.
Daniel Galera (Barba ensopada de sangue)
Cinquenta anos depois do golpe, quarenta depois da anistia, trinta da Perestroika, vinte do real e doze da eleição do PT, eu guardo a suspeita de que o Brasil é um país que se situa em algum lugar entre a Veja e a Carta Capital.
Fernanda Torres (Sete Anos)
eu veja a afirmação constante de que a imaginação é realmente a base de toda a vida material e espiritual, vejo também que para Cristo a imaginação era simplesmente uma forma de amor, e que para ele o amor era soberano, na total extensão da palavra.
Oscar Wilde (De Profundis)
- Quando foi da sementeira, o patrão Arnaldo disse-me: «Ó Bailote, tu já não tens a mesma mão para semear.» Porque eu, senhor doutor, tive sempre uma mão funda, assim grande, como um cocho de cortiça. Eu metia a mão ao saco e vinha cheia de semente. Atirava-a à terra e semeava uma jeira num ar. Conta, bom homem, conta o teu sonho perdido. Tinhas, pois, uma boa mão de semeador bíblico. Atiravas a semente e a vida nascia a teus pés. Eras senhor da criação e o universo cumpria-se no teu gesto. E, enquanto o homem falava, eu olhava-lhe a face escurecida dos séculos, os olhos doridos da sua divindade morta. Imaginava-o outrora dominando a planície com a sua mão poderosa. A terra abria-se à sua passagem como à passagem de um deus. A terra conhecia-o seu irmão como à chuva e ao sol […]. E mostrava a sua desgraçada mão, envelhecida, carbonizada de anos e soalheira. […] - Olhe. Faça ginástica aos dedos. Assim. E exemplificava. De olhos escorraçados, o homem lamentou-se: - Tenho feito, senhor doutor. Mas o patrão Arnaldo diz que eu já não tenho mão. Veja, senhor doutor, então isto não será ainda uma mão de homem? […] - Então que quer que eu lhe faça? - Dê-me um remédio, senhor doutor. Um remédio que me ponha a mão como a tinha. Assim grande, assim funda, assim… E moldava no ar a capacidade de uma mão de Jeová. Fios de sol escorriam de uma azinheira perto da estrada. Os campos repousavam no grande e plácido Outono. E pelo vasto céu azul, sem a mancha de uma nuvem, ecoava levemente a memória de Verão. Moura pôs o motor a trabalhar. - Então passe muito bem – disse ao semeador. E o carro arrancou, erguendo o pó do caminho. Mas a visita à doente foi breve. […] Regressámos enfim pelo mesmo caminho. Quando, porém, chegámos ao monte do semeador, saltou-nos à frente um grupo de pessoas […]. Moura saiu do carro e o magote de gente seguiu-o. Fiquei só. Mas o médico regressava daí a pouco, pálido, transtornado. - Que aconteceu? Ele não respondeu logo, conduzindo o carro aos tropeções. E só quando o monte se não via já me declarou: - O homem enforcou-se.
Vergílio Ferreira (Aparición)
(...) Não é a glória, não! É aquilo a que eu chamo a eternidade (...) Mas à eternidade pertencem igualmente a imagem de toda a acção verdadeira, a força de todo o sentimento verdadeiro, mesmo que ninguém dê conta deles, os veja, os registe e os guarde para a posterioridade. Na eternidade não há vindouros, só há contemporâneos.
Hermann Hesse (Steppenwolf)
Pense num dia qualquer, e o subtraia, e veja que, sem ele, a sua vida teria um rumo inteiramente diferente. Faça uma pausa, você que lê estas palavras, e, por um momento, pense na imensa corrente de ferro ou de ouro, de espinhos ou flores, que talvez jamais o tivesse encadeado, não fosse a formação do primeiro elo de um dia memorável.
Charles Dickens (Great Expectations)
A todo o momento vejo coisas que gostaria que visses, gostaria que estivesses aqui para as veres com os teus próprios olhos. Procuro ver coisas para ti, e guarda-las na minha memória, e tenho a fantasia de que se me concentrar mesmo muito, posso fazê-las chegar a ti, para que tu as vejas nos teus sonhos. Como se a vida pudesse ser assim.
Louis de Bernières (Corelli’s Mandolin)
Good tradecraft keeps espionage routine and boring.
Vejas Gabriel Liulevicius (Espionage and Covert Operations: A Global History)
Our side has agents. Their side has spies.
Vejas Gabriel Liulevicius (Espionage and Covert Operations: A Global History)
Eu espero alguém que não desista de mim mesmo quando já não tem interesse. Espero alguém que não me torture com promessas de envelhecer comigo, mas sim que realmente envelheça comigo. Espero alguém que se orgulhe do que escrevo, que me faça ser mais amigo dos meus amigos e mais irmão do meu irmão. Espero alguém que não tenha medo do escândalo, mas tenha medo da indiferença. Espero alguém que ponha bilhetinhos dentro daqueles livros que vou ler até o fim. Espero alguém que se arrependa rápido de suas grosserias e me perdoe sem querer. Espero alguém que me avise que estou repetindo a roupa na semana. Espero alguém que nunca abandone a conversa quando não sei mais o que falar. Espero alguém que, nos jantares entre os amigos, dispute comigo para contar primeiro como nos conhecemos. Espero alguém que goste de dirigir para nos revezarmos em longas viagens. Espero alguém disposto a conferir se a porta está fechada e o fogão desligado, se meu rosto está aborrecido ou esperançoso. Espero alguém que prove que amar não é contrato, que o amor não termina com nossos erros. Espero alguém que não se irrite com a minha ansiedade. Espero alguém que possa criar toda uma linguagem cifrada para que ninguém nos recrimine. Espero alguém que arrume ingressos de teatro de repente, que me sequestre ao cinema, que cheire meu corpo suado depois de uma corrida como se ainda fosse perfume. Espero alguém que não largue as mãos dadas nem para coçar o rosto. Espero alguém que me olhe demoradamente quando estou distraído, que me telefone para narrar como foi seu dia. Espero alguém que procure um espaço acolchoado em meu peito. Espero alguém que minta que cozinha e só diga a verdade depois que comi. Espero alguém que leia uma notícia, veja que haverá um show de minha banda predileta, e corra para me adiantar por e-mail. Espero alguém que ame meus filhos como se estivesse reencontrando minha infância e adolescência fora de mim. Espero alguém que fique me chamando para dormir, que fique me chamando para despertar, que não precise me chamar para amar. Espero alguém com uma vocação pela metade, uma frustração antiga, um desejo de ser algo que não se cumpriu, uma melancolia discreta, para nunca ser prepotente. Espero alguém que tenha uma risada tão bonita que terei sempre vontade de ser engraçado. Espero alguém que comente sua dor com respeito e ouça minha dor com interesse. Espero alguém que prepare minha festa de aniversário em segredo e crie conspiração dos amigos para me ajudar. Espero alguém que pinte o muro onde passo, que não se perturbe com o que as pessoas pensam a nosso respeito. Espero alguém que vire cínico no desespero e doce na tristeza. Espero alguém que curta o domingo em casa, acordar tarde e andar de chinelos, e que me pergunte o tempo antes de olhar para as janelas. Espero alguém que me ensine a me amar porque a separação apenas vem me ensinando a me destruir. Espero alguém que tenha pressa de mim, eternidade de mim, que chegue logo, que apareça hoje, que largue o casaco no sofá e não seja educada a ponto de estendê-lo no cabide. Espero encontrar uma mulher que me torne novamente necessário.
Fabrício Carpinejar
A mesma paixão que salvou o Fonny fez com que ele se encrencasse e fosse para a cadeia. Porque, veja bem, ele havia descoberto seu centro, seu próprio centro, dentro dele: e isso era visível. Ele não era o preto de ninguém. E isso é um crime na porra deste país livre. Supõe-se que você seja o preto de alguém. E se você não for o preto de alguém, então você é um preto mau: e foi isso que os policiais decidiram quando o Fonny se mudou para downtown.
James Baldwin (If Beale Street Could Talk)
O espanto certamente foi, no passado, aquele espelho, de que tanto nos agrada falar, que trazia os fenômenos para uma superfície mais lisa e tranqüila. Hoje, esse espelho está despedaçado, e os estilhaços do espanto tornaram-se pequenos. Porém, mesmo no mais minúsculo estilhaço, já não se reflete apenas um fenômeno isolado: impiedosamente, este arrasta consigo o seu reverso - o que quer que você veja, e por menos que veja, transcende a si próprio a partir do momento em que é visto.
Elias Canetti (The Conscience of Words)
Mas que lindo pezinho de Laranja Lima! Veja que não tem nem um espinho. Ele tem tanta personalidade que a gente de longe já sabe que é Laranja Lima. Se eu fosse do seu tamanho, não queria outra coisa. – Mas eu queria um pé de árvore grandão. – Pense bem, Zezé. Ele é novinho ainda. Vai ficar um baita pé de laranja. Assim ele vai crescer com você. Vocês dois vão se entender como se fossem dois irmãos. Você viu o galho? É verdade que é o único que tem, mas parece até um cavalinho feito pra você montar.
José Mauro de Vasconcelos (O Meu Pé de Laranja Lima - Edição Especial do Filme)
Nós ainda somos moços, podemos perder algum tempo sem perder a vida inteira. Mas olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que já não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos. Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer "pelo menos não fui tolo" e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.
Clarice Lispector (Aprendizaje o El libro de los placeres)
Pascal disse que o coração tem razões que a razão desconhece. Se é que o interpretei bem, ele queria dizer que, quando a paixão se apodera de um coração, este inventa, para provar que por amor todo sacrifício é pouco, razões não somente plausíveis, mas conclusivas. Ficamos convencidos de que vale a pena aceitar a desonra, e que a vergonha não é preço exagerado para se pagar por ele. A paixão é destruidora. Destruiu Antônio e Cleópatra, Tristão e Isolda, Parnell e Kitty O’Shea. E, quando não destrói, morre. É possível que então a pessoa se veja na amarga contingência de reconhecer que desperdiçou anos de vida, que se desgraçou inutilmente, que sofreu a tortura do ciúme, engoliu toda espécie de humilhações, tendo dado a sua ternura, as riquezas da sua alma a um ser insignificante, idiota, uma estaca onde dependurou seus sonhos, e que não valia dois tostões de mel coado.
W. Somerset Maugham (The Razor’s Edge)
-Ah, Nick- disse Mãe Abagail-, abriguei ódio ao Senhor no meu coração. Todo homem ou mulher que O ame, bem, eles também O odeiam, porque Ele é um Deus duro, um Deus ciumento. Ele é o que é, e neste mundo costuma recompensar o serviço com sofrimento, enquanto aqueles que praticam o mal desfilam pelas estradas em Cadillacs. Até mesmo a alegria de servi-Lo é uma alegria amarga. Faço a vontade Dele, mas minha parte humana O amaldiçoou dentro do coração. "Abby", me disse o Senhor, "muito adiante há trabalho para ti. Portanto vou te deixar viver cada vez mais, até tua carne ficar amarga em cima dos ossos. Eu te deixarei ver todos os teus filhos morrerem antes de ti, que continuará caminhando sobre a terra. Vou deixar que vejas a terra de teu pai ser tomada, pedaço por pedaço. E, no fim, tua recompensa será ir embora com estranhos, para longe das coisas que mais amou, e morrerás em terra estranha, com o trabalho ainda por terminar. Esta é a Minha vontade, Abby", me disse Ele. E respondi: "Sim, meu Senhor, será feita a Vossa vontade." Mas no meu coração praguejei contra Ele e perguntei: "Por quê? Por quê?" E a única resposta que tive foi: "Onde estavas tu quando fiz o mundo?
Stephen King (The Stand)
Três coisas estão faltando. A primeira: você sabe por que livros como este são tão importantes? Porque têm qualidade. E o que significa a palavra qualidade? Para mim significa textura. Este livro tem poros. Tem feições. Este livro poderia passar pelo microscópio. Você encontraria vida sob a lâmina, emanando em profusão infinita. Quanto mais poros, quanto mais detalhes de vida fielmente gravados por centímetro quadrado você conseguir captar numa folha de papel, mais “literário” você será. Pelo menos, esta é a minha definição. Detalhes reveladores. Detalhes frescos. Os bons escritores quase sempre tocam a vida. Os medíocres apenas passam rapidamente a mão sobre ela. Os ruins a estupram e a deixam para as moscas. Entende agora por que os livros são odiados e temidos? Eles mostram os poros no rosto da vida. Os que vivem no conforto querem apenas rostos com cara de lua de cera, sem poros nem pelos, inexpressivos. Estamos vivendo num tempo em que as flores tentam viver de flores, e não com a boa chuva e o húmus preto. Mesmo os fogos de artifício, apesar de toda a sua beleza, derivam de produtos químicos da terra. No entanto, de algum modo, achamos que podemos crescer alimentando-nos de flores e fogos de artifício, sem completar o ciclo de volta à realidade. Você conhece a lenda de Hércules e Anteu, o gigantesco lutador cuja força era invencível desde que ele ficasse firmemente plantado na terra? Mas quando Hércules o ergueu no ar, deixando-o sem raízes, ele facilmente pereceu. Se não existe nessa lenda nenhuma lição para nós hoje, nesta cidade, em nosso tempo, então sou um completo demente. Bem, aí temos a primeira coisa de que precisamos. Qualidade, textura da informação. — E a segunda? — Lazer. — Ah, mas já temos muitas horas de folga. — Horas de folga, sim. Mas e tempo para pensar? Quando você não está dirigindo a cento e sessenta por hora, numa velocidade em que não consegue pensar em outra coisa senão no perigo, está praticando algum jogo ou sentado em algum salão onde não pode discutir com o televisor de quatro paredes. Por quê? O televisor é “real”. É imediato, tem dimensão. Diz o que você deve pensar e o bombardeia com isso. Ele tem que ter razão. Ele parece ter muita razão. Ele o leva tão depressa às conclusões que sua cabeça não tem tempo para protestar: “Isso é bobagem!”. — Somente a “família” é “gente”. — Como disse? — Minha mulher diz que os livros não são “reais”. — Graças a Deus que não. Você pode fechá-los e dizer: “Espere um pouco aí”. Você faz com eles o papel de Deus. Mas quem consegue se livrar das garras que se fecham em torno de uma pessoa que joga uma semente num salão de tevê? Ele dá a você a forma que ele quiser! É um ambiente tão real quanto o mundo. Ele se torna a verdade e é a verdade. Os livros podem ser derrotados com a razão. Mas com todo o meu conhecimento e ceticismo, nunca consegui discutir com uma orquestra sinfônica de cem instrumentos, em cores, três dimensões, e ao mesmo tempo estar e participar desses incríveis salões. Como você vê, meu salão não passa de quatro paredes de gesso. E veja. — Faber exibiu dois pequenos tampões de borracha. — Para minhas orelhas, quando ando nos jatos subterrâneos. — O Dentifrício Denham; eles não tecem, nem fiam — disse Montag, os olhos cerrados. — E para onde vamos? Os livros nos ajudariam? — Só se nos fosse dada a terceira coisa necessária. A primeira, como eu disse, é a qualidade da informação. A segunda, o lazer para digeri-la. E a terceira, o direito de realizar ações com base no que aprendemos da interação entre as duas primeiras.
Ray Bradbury (Fahrenheit 451)
Mas escrever? Veja lá se arranja um hobby mais útil ou mais sociável, que não seja preciso esconder como se fosse uma doença.
Rosa Lobato de Faria (A Alma Trocada)
Se quiser ver o seu passado, é só olhar para o seu presente, se quer ver o futuro melhorado veja-se agora bem mais contente!
Ana Claudia Antunes (Felicidade de A a Z"-"Dicas para viver e romper as barreiras que separam você do emprego dos seus sonhos (Portuguese Edition))
– Como está indo o seu seminário sobre desastres de carros? – Já examinamos centenas de colisões. Carros com carros. Carros com caminhões. Caminhões com ônibus. Motos com carros. Carros com helicópteros. Caminhões com caminhões. Meus alunos acham que esses filmes são proféticos. Que ilustram a tendência suicida da tecnologia. O impulso de suicidar-se, a sede incontrolável de suicídio. – O que você diz a eles? – De modo geral, são filmes classe B, feitos para a televisão, para passar em autocines do interior. Digo aos meus alunos que não devem procurar o apocalipse nesses filmes. Vejo esses desastres como parte de uma velha tradição de otimismo norte-americano. São eventos positivos, afirmativos. Cada desastre tenta ser melhor que o anterior. Há um aperfeiçoamento constante de instrumentos e perícia, desafios enfrentados. O diretor diz: “Quero uma jamanta virando duas cambalhotas e produzindo uma bola de fogo alaranjada com diâmetro de doze metros que dê para iluminar a cena”. Digo aos meus alunos que, se eles querem pensar em termos de tecnologia, têm que levar isso em conta, essa tendência a realizar atos grandiosos, a correr atrás de um sonho. – Um sonho? E como seus alunos reagem? – Igualzinho a você. “Um sonho?” Tanto sangue, vidro quebrado, borracha cantando? Tanto desperdício, tantos indícios de uma civilização em decadência? – E aí? – Aí eu lhes digo que o que eles estão vendo não é decadência, e sim inocência. O filme deixa de lado a complexidade das paixões humanas para nos mostrar uma coisa fundamental, cheia de fogo, barulho e ímpeto. É uma realização conservadora de desejos, uma ânsia de ingenuidade. Queremos voltar à pureza. Queremos voltar para trás na trajetória da experiência da sofisticação e das responsabilidades que ela implica. Meus alunos dizem: “Veja quantos corpos esmagados, membros amputados. Que raio de inocência é essa?”. – E o que você diz a eles? – Que não consigo encarar um desastre de carros num filme como um ato violento. É uma comemoração. Uma reafirmação de valores e crenças tradicionais. Eu associo esses desastres a feriados nacionais, como o Dia de Ação de Graças e o Dia da Independência. Nós não choramos os mortos nem celebramos milagres. Vivemos numa era de otimismo profano, de autocelebração. Vamos melhorar, prosperar, nos aperfeiçoar. Veja qualquer cena de desastre de carro de filme americano. É um momento de alegria, como uma cena de equilibrismo, de corda bamba. As pessoas que criam esses desastres conseguem captar uma serenidade, um prazer ingênuo do qual os acidentes de carro dos filmes estrangeiros não chegam nem perto. – O negócio é enxergar além da violência. – Justamente. Enxergar além da violência, Jack. E ver esse espírito maravilhoso de inocência e ludismo.
Don DeLillo (White Noise)
Com um nível de controle sobre o governo, os meios de comunicação e as universidades, o Islã é capaz de influir em praticamente todas as demais instituições em nossas sociedades. Alguns exemplos óbvios são as escolas (as públicas com professorado formado nas universidades), a polícia (instituição pública), as editoriais (veja os comentários sobre a imprensa), o sistema judicial (depende de fundos públicos e seus integrantes se formaram nas universidades), os ajuntamentos (os votos muçulmanos), etc. Com um pouquinho de sorte, a estas alturas você já deve ter entendido o motivo pelo qual nunca tinha ouvido falar na vida de Maomé e a importância que tem para a sociedade atual.
Harry Richardson (A Historia de Maome O Isla sem segredos (Portuguese Edition))
Ele tem Pensamentos que respondem a todas as necessidades que o Seu Filho percebe, embora Ele não as veja. 5 Pois o Amor tem que dar, e aquilo que é dado em Seu Nome assume a forma mais útil num mundo de formas.
Helen Schucman (Um Curso em Milagres (Portuguese Edition))
As religiões lutaram mais pela liberdade e pela igualdade humana do que qualquer outra idéia política ou qualquer ideologia. (...) Mas, que há uma inteligência organizada no mundo atual, buscando destruir todos os fundamentos religiosos, todo princípio de piedade, todo respeito a um Ser Supremo, princípio e origem de todas as coisas, para com isso poder desligar os homens, impedir a assembléia dos homens, a eclésia, a união, o amor, para fazer com que cada um veja no outro seu inimigo, esse trabalho há, porque essa suprema divisão facilitará o domínio fácil de um pequeno grupo sobre toda a humanidade, porque terão enfraquecido os homens a ponto de que esse pequeno grupo, com poucos instrumentos, poderá dominar totalmente os outros para seu beneficio.
Mário Ferreira dos Santos
Relaxamento e Recreação As forças mais relaxantes e revigorantes são uma religião saudável, sono, música e riso. Tenha fé em Deus – Aprenda a dormir bem – Ame boa música – Veja o lado engraçado da vida – E a saúde e a felicidade estarão com você.
Dale Carnegie (Como evitar preocupações e começar a viver)
Nem sempre podemos enxergar o que os outros não querem que a gente veja. Principalmente quando se esforçam tanto para esconder.
Jennifer Niven (Por lugares incríveis (Portuguese Edition))
O que você está fazendo? — Eu pergunto, franzindo a testa com a perda de seu peso. Seus olhos se arrastam sobre mim, seu ângulo fazendo com que veja tudo. — Admirando a vista — Ele responde, sorrindo. — Se a hora do chá fosse tão bonita. — Eu coro, colocando minha cabeça para baixo. — Olhe para você — Continua ele, — toda espalhada na minha frente como uma festa.
Kendra Moreno (Mad as a Hatter (Sons of Wonderland #1))
interessadas demais em perfeccionismo. Acho um preconceito muito grande. Para mim, a beleza é um subproduto da arte”, disse Belchior em entrevista à revista Veja, em 1976.
Jotabê Medeiros (Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano)
Eles não têm ideologia ou pretensão alguma, além de ficar eternamente no poder. Eles cometem barbaridades com o respaldo da lei, mas insistem em afirmar que estamos em uma democracia. Olha só quantos jornalistas nós temos! Um exército trabalhando nas trincheiras digitais. Mas veja bem, se alguma informação chega para as massas, é bom que ela favoreça o governo. Se um jornalista faz uma crítica, há mais dez outros e uma dezenas de robôs para desmentir, bombardeando as pessoas com fatos novos e fatos falsos. A verdade é fluida e agora eles tem o monopólio dela. Pode-se convencer alguém de qualquer coisa na internet. E é uma linha tênue que separa o abuso de poder na democracia, de uma ditadura moderna. E quando se cruza essa linha com frequência, sem que haja qualquer consequência, ganha-se a certeza de que se pode atravessá-la. E então coisas mais graves começam a acontecer. Como estão acontecendo agora.
S. Zuppardi
As forças mais relaxantes e revigorantes são uma religião saudável, sono, música e riso. Tenha fé em Deus – Aprenda a dormir bem – Ame boa música – Veja o lado engraçado da vida – E a saúde e a felicidade estarão com você.
Dale Carnegie (Como evitar preocupações e começar a viver (Portuguese Edition))
Conversa séria Não é justo que você culpe tanto os homens juliana os homens não estão menos perdidos ou assombrados também eles estão tentando fazer o seu melhor sabemos como é difícil que mal tem que não consigam preparar a própria refeição ou cuidar da própria imundície ou enxergar além do próprio umbigo eles não foram acostumados a tantas coisas qual o problema de acordarem tarde e começarem cedo a beber e a postergar as necessidades dos filhos todo mundo precisa de um pouco de descanso que importa se endeusam o próprio falo se fodem exigindo gritos para se certificar de como são mesmo imbatíveis se paralisam em mágoa ante instruções quanto ao que dá e o que não dá prazer num corpo que não é o deles por que te irrita tanto que não se limpem que não se vistam que não aparem os pelos eles são homens não é da sua natureza ademais quem nunca subjugou traiu se apossou violentou socou a parede ante um ciúme cobrou devoção quis fruir o melhor da vida guiado apenas por seu próprio e cego desejo quem nunca cobrou exclusividade no amor enquanto cortejava às escondidas quem consegue não dar tanto espaço para o próprio ego não urrar quando se sente vulnerável não precisar se envaidecer muitas vezes ao dia não é razoável que você os critique por frequentarem debates políticos enquanto não se importam com as mulheres que limpam suas privadas você exagera são homens e fazem mesmo piadas riem juntos de nossas ideias e fracassos eles nos apontam nosso lado monótono é natural e possível conviver com isso veja se seu problema não é algum tipo de insatisfação patológica um medo profundo de se envolver eu vejo como você está ficando cada vez mais sozinha e além disso olhe esses seus fios brancos essas unhas por fazer esse seu sorrisinho
Juliana Krapp (Uma volta pela lagoa)
CAPÍTULO XCIX   O FILHO É A CARA DO PAI   Minha mãe, quando eu regressei bacharel quase estalou de felicidade Ainda ouço a voz de José Dias, lembrando o evangelho de São João, e dizendo ao ver-nos abraçados: – Mulher, eis aí o teu filho! Filho, eis aí a tua mãe! Minha mãe, entre lágrimas: – Mano Cosme, é a cara do pai, não é? – Sim, tem alguma cousa, os olhos, a disposição do rosto. É o pai, um pouco mais moderno, concluiu por chalaça. E diga-me agora mana Glória, não foi melhor que ele não teimasse em ser padre? Veja se este peralta daria um padre capaz. – Como vai o meu substituto? – Vai indo, ordena-se para o ano, respondeu tio Cosme. Hás de ir ver a ordenação; eu também, se o meu senhor coração consentir. É bom que te sintas na alma do outro, como se recebesses em ti mesmo a sagração. – Justamente! – exclamou minha mãe. – Mas veja bem, mano Cosme, veja se não é a figura do meu defunto. Olha, Bentinho, olha bem para mim. Sempre achei que te parecias com ele, agora é muito mais. O bigode é que desfaz um pouco... – Sim, mana Glória, o bigode realmente... mas é muito parecido. E minha mãe beijava-me com uma ternura que não sei escrever. Tio Cosme, para alegrá-la, chamava-me doutor, José Dias também, e todos em casa, a prima, os escravos, as visitas, Pádua, a filha, e ela mesma repetiam-me o título.
Machado de Assis (Dom Casmurro)
(...) Meu coração é um sapo rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe. Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento sopra. Meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável. Meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d’água. Olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a Inocência. Mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da Luz. Ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável. Meu coração não tem forma, apenas som. Um noturno de Chopin (será o número 5?) em que Jim Morrison colocou uma letra falando em morte, desejo e desamparo, gravado por uma banda punk. Couro negro, prego e piano. Meu coração é um bordel gótico em cujos quartos prostituem-se ninfetas decaídas, cafetões sensuais, deusas lésbicas, anões tarados, michês baratos, centauros gays e virgens loucas de todos os sexos. Meu coração é um traço seco. Vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. Puro artifício, definitivo. Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se p6os. A lua cheia brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais. Meu coração é um anjo de pedra de asa quebrada. Meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom. Ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. Rouco, louco. Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre. Meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas, macias, quadros com gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. Sobre a renda branca da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. No livro aberto ao lado, alguém sublinhou um verso de Sylvia Plath: "Im too pure for you or anyone". Não há ninguém nessa sala de janelas fechadas. Meu coração é um filme noir projetado num cinema de quinta categoria. A platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês. Meu coração é um deserto nuclear varrido por ventos radiativos. Meu coração é um cálice de cristal puríssimo transbordante de licor de strega. Flambado, dourado. Pode-se ter visões, anunciações, pressentimentos, ver rostos e paisagens dançando nessa chama azul de ouro. Meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam destruindo tudo. Meu coração é uma planta carnívora morta de fome. Meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheia de gemidos - ai de mim! ai, ai de mim! Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Veja. Levam junto quem me ama, me levam junto também. Faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa do Cairo, sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrina vazia, navalha afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando pra lua, ruína, simulacro, varinha de incenso. Acesa, aceso - vasto, vivo: meu coração teu.
Caio Fernando Abreu
No entanto, tenha consciência de que os usuários nem sempre sabem bem o que querem. Henry Ford certa vez declarou: “Se eu tivesse perguntado às pessoas o que elas queriam, teriam me pedido cavalos mais rápidos.” Não adianta apenas perguntar o que querem. Ofereça soluções originais e veja como seu público reage. Vale
Bel Pesce (A menina do vale)
Se a era dos dinossauros tinha sido o momento de maior orgulho na história da Terra até então, a sua sequência imediata foi, sem dúvida, o mais constrangedor. Depois que os dinossauros foram exterminados pelo gigantesco meteorito, a Terra foi dominada durante algum tempo por – veja só – grandes pássaros que não voavam. Com a maioria dos assustadores répteis mortos, os cientistas acreditam que os pássaros propriamente ditos – isto é, aqueles que podiam de fato voar – tenham descoberto que a comida passou a ser tão abundante e fácil de obter que eles podiam simplesmente saltar de um lado para o outro no chão até encontrá-la. Fartando-se de comida e se tornando cada dia mais burros, esses grandes pássaros, com o tempo, ficaram tão gordos e preguiçosos que literalmente não conseguiam mais se erguer do chão. A coisa permaneceu assim durante 20 milhões de anos, até que, finalmente, eles foram obrigados a dar lugar a criaturas que efetivamente faziam alguma coisa para viver. Esses novos e poderosos animais eram os mamíferos, cuja dominância tem permanecido insuperável até hoje.
Anonymous
Dizem que o diabo só existe no quê, no inferno, mas para mim, Nicolau Pedro Nkanga, no meu nome de batismo, mais conhecido por kota Lau, na minha palavra de honra, juro com sangue de Cristo!, eu, Nicolau Pedro Nkanga, arrepito, vi nos meus olhos o diabo era mesmo pessoa nesta terra, com diabices dele, a me fazer as caretas, assim, as truquices dele, no quê, sacana, filho da mãe dele que lhe pariu e do pai dele também, o mau malvado do diabo. Um dia até que o gajo me apareceu mesmo no sonho, queria me matar, me puxar para ir com ele no inferno dele, veja sô!, o Senhor Santo Deus é que nos chama ou é o diabo que nos empurra só no buraco?!
Boaventura Cardoso
Nossa vida inteira é constituída de atividades sem significado. Nós cavamos pela vida e sofremos ao longo dela feito ratos, e somos jogados em nossos túmulos no fim. Por que, de vez em quando não podemos ouvir a voz de uma profecia eu assistir à peça de um milagre? Por trás da aparente farsa e ultraje das nossas vidas de ratos, ainda há um padrão e um significado humildes! Chegue mais perto, minha boa gente, e veja os agouros que um pouco de conhecimento a mais traz para sua vida!
Gregory Maguire (Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West (The Wicked Years, #1))
Veja se posso amar ou pretender: primeiro, não sou bonito (...); segundo: não sou curioso, e o amor, se o reduzirmos às suas verdadeiras proporções, não passa de uma curiosidade; terceiro: não sou paciente, e nas conquistas amorosas a paciência é a principal virtude; quarto, finalmente: não sou idiota, porque, se com todos estes defeitos pretendesse amar, mostraria a maior falta de razão (Linha reta e linha curva)
Machado de Assis (Contos Completos de Machado de Assis, Volume 1)
E assim escondo-me atrás da porta, para que a Realidade, quando entra, me não veja. Escondo-me debaixo da mesa, donde, subitamente, prego sustos à Possibilidade. De modo que desligo de mim, como aos dois braços de um amplexo, os dois grandes tédios que me cingem- o tédio de poder viver só o Real, e o tédio de poder conceber só o Possível.
Fernando Pessoa (Livro do Desassossego I (Livro do Desassossego, #1))
Os homens complicaram muito a vida. Veja... Rádio, jornais sensacionalistas, televisão, aviões. Pressa, muita pressa. Vive-se depressa, morre-se depressa, come-se depressa, ama-se depressa. É como se quiséssemos chegar o quanto antes a um ponto determinado. No fim veremos que não há nenhum objetivo sério.
Erico Verissimo (Saga)
A senhora da Agonia Tem um nicho na Igreja. Mas a dor que me agonia Não tem ninguém quem a veja.
Fernando Pessoa (Poems of Fernando Pessoa)
Veja você, meu sobrinho: um boi. Dentro de água, um boi será que nada? Não, ele apenas se perguiça na corrente. A esperteza do boi é levar a água a trabalhar na viagem dele.
Mia Couto (Every Man Is a Race)
Praia de Hipanema A revista de bordo da British Airways, veja que absurdo!, chamou a nossa praia de... Hipanema (veja acima). E ainda derrapou na tradução. Diz que o povo aqui usa as fitinhas do “Our lord of Good End” (Senhor do Bonfim).
Anonymous
Não se anima a tocá-la, nem a dizer-lhe nada. Os corpos nus nem ao menos se roçam. A cada pequeno movimento, a cama protesta, range, geme. De qualquer maneira, se ela conhecesse a verdadeira história ou a loucura dos protestos, as coisas mudariam? Como? Já não há tempo para nada. Poderia dizer-lhe: 'Não é uma vingança pessoal, entende? Esta raiva coincide com a necessidade de vingança de milhões de homens, embora essa vingança não tenha ainda despertado. Entende?'. Poderia explicar-lhe que os companheiros caídos aparecem na sua frente o tempo todo. Poderia dizer-lhe que é preciso nadar para não se afogar, e que não existe outra maneira de fazê-lo nem de explicá-lo. Volto a lutar contra a corrente, poderia dizer isso, embora não veja ainda a costa. Embora nunca, nunca veja a costa. Há anos estou nisso, e devo a isso todos os anos que tenho pela frente. (...) Não vale a pena. Nem pedir a você que me espere, embora morra de vontade de pedir, voltarei para buscar você, não deixe de me esperar, nunca, logo, quando: voltarei e... chegarão outros homens, ela os amará: esta certeza passa por sua cabeça como uma sombra de asa de pássaro gigante, o mesmo com o qual havia sonhado. Passa por sua cabeça e dói. Calhorda - se acusa. Sente-se inútil. Tudo se faz tão difícil. Ir embora, é um dever ou um furto? Pensa: será difícil partir e duro viver sem você: matar você na memória, para que não doa. Poderei? E ela, como se tivesse escutado, pensa que sente ódio dele porque ele poderá.
Eduardo Galeano (Vagamundo)
Mas alguém que nos observa de fora poderia dizer: ‘Veja, ali está alguém que renunciou sua vida para seguir Jesus Cristo e sua missão’?” (pp. 51)
Colin Marshall (The Trellis and the Vine: The Ministry Mind-Shift that Changes Everything)
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primeira coisa que eu quero que você faça é visualizar a si mesmo, com seu olhar interior, sentado em uma sala com vários dos seus amigos. Então quero que se veja anunciando para eles sua intenção de se tornar rico, pelo menos o suficiente para viver da forma que você escolheu.
Bob Proctor (VOCÊ NASCEU RICO: As Chaves Para Maximizar o Incrível Potencial que Nasceu com Você (Portuguese Edition))
A primeira coisa que eu quero que você faça é visualizar a si mesmo, com seu olhar interior, sentado em uma sala com vários dos seus amigos. Então quero que se veja anunciando para eles sua intenção de se tornar rico, pelo menos o suficiente para viver da forma que você escolheu.
Bob Proctor (VOCÊ NASCEU RICO: As Chaves Para Maximizar o Incrível Potencial que Nasceu com Você (Portuguese Edition))
construir essas ideias. Isto é realmente o que faz com que o ser humano se veja como um Criador ou uma criatura criadora benevolente, a mais elevada forma da criação.
Bob Proctor (VOCÊ NASCEU RICO: As Chaves Para Maximizar o Incrível Potencial que Nasceu com Você (Portuguese Edition))
Por intuição, seu espírito, veja, somente o seu espírito já pode ajudar a encontrar as soluções para os dilemas e problemas do cotidiano, pelo que ele já acumulou de conhecimento. Além disso, como você também sabe, os espíritos amigos que nos acompanham, por inspiração, podem nos trazer ideias, pensamentos, que, quando aplicados, nos conduzem à superação de nossas dores.
Sandra Carneiro (Todas as flores que eu ganhei (Portuguese Edition))
Hentman observava-o. Em seguida, deu de ombros e começou a desdobrar o contrato — Olhe aqui. Veja quanto você vai ganhar —Brandiu o contrato com o charuto na mesma mão — Esta cambada de espiões pode te pagar o mesmo? Fazer a América rir é um ato de patriotismo; ajuda a levantar o moral e a derrotar os comunas. Na verdade, é mais patriótico do que você está fazendo; esses simulacros são umas engenhocas frias; eles me dão nojo.
Philip K. Dick (Clans of the Alphane Moon)
Sorrindo, o robô respondeu: — Neste momento estou funcionando de maneira autônoma, com auto-circuito; O senhor Petri deixou os controles quando o senhor saiu do co-ap. O senhor não acha que estou funcionando bem? Veja só, o senhor pensou que eu estava sob controle remoto e eu não estou — O simulacro parecia imensamente satisfeito consigo mesmo — Na verdade — afirmou — posso passar toda esta noite em autocircuito; posso ir para um bar com vocês, beber e comemorar; e comportar-me exatamente como um não-simulacro; talvez, sob alguns aspectos até melhor.
Philip K. Dick (Clans of the Alphane Moon)
— Tenho uma resposta. A liderança nesta sociedade naturalmente recairia sobre os paranoicos, sendo eles superiores em termos de iniciativa e inteligência, além das habilidades comuns inatas. Evidentemente, eles enfrentariam dificuldades para evitar que os maníacos dessem um golpe… a tensão perduraria indefinidamente entre os dois grupos. Mas veja bem, com os paranoicos estabelecendo a ideologia, a base emocional dominante seria o ódio. Na verdade, ódio em dois níveis: a liderança detestaria cada um que estivesse fora de seu grupo e estabeleceria como ponto pacífico que todos os odiavam em resposta. Portanto, a chamada política externa consistiria em estabelecer mecanismos através dos quais pudessem combater este suposto ódio em relação a eles. Este processo envolveria toda a sociedade em uma luta ilusória, em uma batalha contra adversários inexistentes em busca de uma vitória sobre o nada. — Por que este esquema é tão ruim? — Porque, não importa como tenha começado, os resultados seriam os mesmos — Mary foi taxativa — isolamento total para essa gente. Este seria, em última análise, o efeito da atividade global desses grupos: cortá-los progressivamente das demais entidades viventes. — É assim tão negativo? A auto-suficiência… — Não — fez Mary — Isto não seria auto-suficiência, seria alguma coisa completamente diferente, algo que nem eu nem você conseguimos imaginar. Lembra-se das antigas experiências feitas com pessoas em isolamento absoluto? Em meados do século vinte, quando eles previram a viagem ao espaço, a possibilidade de um homem ficar sozinho durante vários dias, semanas sem fim, com cada vez menos estimulação… lembra-se dos resultados obtidos quando eles colocavam um homem em uma câmara sem que quaisquer estímulos o alcançassem? — Claro — fez Mageboom — É o que atualmente denominamos the buggies. O resultado da falta de estimulação é a alucinação aguda. Ela assentiu: — Alucinação auditiva, visual, táctil e olfativa, em substituição a estimulação ausente. Em intensidade, a alucinação é capaz de exceder a força da realidade; com sua intensidade e impacto, o efeito obtido… Por exemplo, estados de terror. Alucinações induzidas por drogas podem deflagrar sentimentos de terror que nenhuma experiência no mundo real pode produzir. — Por quê? — Porque a qualidade dessas alucinações é muito superior. Elas foram geradas no interior do sistema receptor dos sentidos e realimentam-se de emanações provenientes não de um ponto distante mas do interior do próprio sistema nervos de uma pessoa. Ela não consegue afastar-se. Não é possível qualquer retirada.
Philip K. Dick (Clans of the Alphane Moon)
Qualquer um pode olhar para você, mas é muito raro encontrar quem veja o mesmo mundo que o seu".
Johngreen
Seja como for, a questão agora considerada mais importante é como não causar pânico nos mercados e enviar os sinais corretos aos investidores. Algumas vezes, morre-se a rir. Outras vezes, o riso afugenta a dor. Vivemos num período em que as nossas palavras enviam uma mensagem ao Santo Mercado. É possível que ele aprecie o nosso humor. Talvez ele veja nele sinais de recuperação e energia.
Leonidas Donskis (Moral Blindness: The Loss of Sensitivity in Liquid Modernity)
Preste atenção ao tipo de conversa que mantém consigo mesma. Essa é a chave de seus problemas. Pare e veja quanto se agride, quanto se culpa, se critica. Isso bloqueia seu entusiasmo, impede que sua essência venha à tona. Você merece a felicidade e impede que ela esteja presente em sua vida porque está intoxicada de pensamentos negativos a seu respeito. Mude a forma de se olhar, e a mudança ocorrerá. Experimente.
Marcelo Cezar (Nunca Estamos Sós (Portuguese Edition))
Não há nada que você não possa ser, fazer ou ter. Vocês são todos Seres abençoados que vieram a este ambiente físico para criar. Nada os impede, a não ser seus pensamentos contraditórios. A vida deve ser alegre – deve fazer vocês se sentirem bem! Vocês são criadores poderosos e fazem parte de um plano. Saboreie mais as pequenas alegrias, seja menos rígido. Ria mais, chore menos. Tenha sobretudo expectativas positivas. Nada é mais importante do que se sentir bem. Pratique isso e veja o que acontece.
Esther Hicks (Peça e será atendido: Aprendendo a manifestar seus desejos)
Veja bem, eu sei que parece no mínimo incoerente duas mulheres que apresentam podcasts semanais se definirem como introvertidas, mas, apesar de incoerência ser quase meu sobrenome, a confusão está mais relacionada ao verdadeiro significado de introversão. O primeiro entendimento errado é achar que necessariamente tem a ver com timidez. Um introvertido gosta de estar sozinho e fica emocionalmente esgotado depois de passar muito tempo com outras pessoas. Uma pessoa tímida não quer necessariamente ficar sozinha, mas o medo e a ansiedade servem como verdadeiros muros para a interação.
Marcela Ceribelli (Aurora: O despertar da mulher exausta)
(...) as ambiguidades se vivem como decepção e as considerações caem em saco roto; que não conta nem se recolhe o demasiado inseguro e cauto, o duvidoso não convence nem da própria dúvida, as reservas são quase um logro; que o «Se calhar» e o «Talvez» são tolerados pelo bem da empresa ou do grupo, que não se quer suicidar apesar da sua tanta audácia, mas nunca suscitam entusiasmo nem apaixonamento, nem sequer aprovação, encaixam-se como pusilanimidade ou mansidão. E, à medida que a pessoa se vai atrevendo, as perguntas multiplicam-se-lhe e atribuem-se-lhe mais faculdades, a perspectiva do cognoscível está sempre a um triz de se perder, e a pessoa depara-se um dia com o facto de se esperar dela que veja o indiscernível e esteja a par do inverificável, que responda não já ao provável e inclusivamente ao apenas possível, mas ao incógnito e insondável. O mais aliciante da questão, o perigoso, é que a própria pessoa se vá sentindo capaz de o ver e de o sondar, de se inteirar e de o conhecer, e por conseguinte de o arriscar. A ousadia nunca está quieta, mingua ou cresce, desembesta ou encolhe-se, subtrai-se ou avassala-se, e desaparece porventura a seguir a algum revés enorme. Mas se a há move-se, nunca é estável nem se dá por satisfeita, é tudo menos estacionária. E a sua primeira propensão é para o ilimitado aumento, desde que se não a cerceie e trave de chofre, brutalmente, ou se a obrigue a retroceder com método. No seu período expansivo as percepções alteram-se muito ou embriagam-se, e a arbitrariedade, por exemplo, deixa de o parecer à pessoa, que julga basear os seus pareceres e as suas visões em critérios sólidos, por subjecivos que sejam (um mal menor, que remédio); e chega um momento em que pouco importa a capacidade de acerto, sobretudo porque na minha actividade este raramente é verificável, ou se o era não costumavam comunicar-mo, a verdade é essa.
Javier Marías (Fever and Spear (Your Face Tomorrow, #1))
Efésios 4:29. Diz assim: “Não saia de vossa boca nenhuma palavra torpe [suja, contaminadora], e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e assim transmita graça aos que ouvem”. Veja bem, essa passagem diz para falarmos apenas palavras que edifiquem, conforme a necessidade de quem ouve, e não para satisfazer o ego de quem fala.
Paulo Vieira (Poder e Alta Performance: O manual prático para reprogramar seus hábitos e promover mudanças profundas em sua vida (Portuguese Edition))
Ao sangrar, dê-se o luxo de tomar um banho de imersão ou de se lavar com mais frequência, não porque a menstruação seja suja (ainda que a higiene seja importante), mas porque essa é uma forma de se sentir bem, de mimar seu corpo e criar um sentimento de unidade com ele. Use a água para levar embora os sentimentos, problemas e desejos do mês que passou, e sentir sua ligação com a água: veja as águas das suas emoções; a água do seu corpo, que lhe dá vida e intuição; a chuva fertilizadora e as águas do seu nascimento. Use esse tempo para desfrutar do seu corpo; escolha velas e, para aromatizar, óleos naturais ou extratos de ervas.
Miranda Gray (Lua Vermelha: As Energias Criativas do Ciclo Menstrual como Fonte de Empoderamento Sexual. Espiritual e Emocional (Portuguese Edition))
Não deixe que “pensar pequeno” corte a sua vida pela metade. Pense em grande, sonhe alto e seja corajoso. E veja o quanto pode engrandecer a sua vida.
Gary Keller (A Única Coisa: A verdade surpreendente por trás dos resultados extraodinários (Portuguese Edition))
Sento-me à minha escrivaninha. Você nunca a viu, e como poderia? Bem, é uma escrivaninha muito decorosa, que impõe disciplina. No espaço onde coloca os joelhos há dois terríveis espigões de madeira, e veja só o que acontece: se me sento bem composto, com todo cuidado, e escrevo algo respeitavelmente burguês, fico bem à vontade. No entanto, se me deixo dominar por alguma excitação e meu corpo começa a tremer, mesmo que de leve, é inevitável que um dos espigões me fira o joelho, e como dói! Eu até poderia mostrar-lhe as cicatrizes que tenho... A explicação é simples: "Não escrever coisa alguma em estado emocional e, antes de tudo, jamais tremer ao fazê-lo...
Franz Kafka
O ato de ouvir exige humildade de quem ouve. E a humildade está nisso: saber, não com a cabeça, mas com o coração, que é possível que o outro veja mundos que nós não vemos.
Rubem Alves
Qualquer um pode olhar para você, mas é muito raro encontrar quem veja o mesmo mundo que o seu.
Aza Holmes - Tartarugas Até Lá Embaixo
Veja como você deve classificar as afirmações: Extremamente incomum: 1 Moderadamente incomum: 2 Neutro: 3 Moderadamente característico: 4 Extremamente característico:
Lílian Soares (Procrastinação: Guia científico sobre como parar de procrastinar (definitivamente))
A guerra é uma empresa saudável, gloriosa: faz com que os homens sonhem, traz a tona paixões recalcadas, é uma época de esperança e grandes ilusões. Com isso, com sua intensidade, faz com que a arte, a ciência e as ideias se desenvolvam. Tudo se desenvolve em tempos de guerra. Do ponto de vista erótico, as guerras desencadeiam impulsos reprimidos e estimulam a sensualidade das pessoas. Salvador Dalí pág 22
Fábio Altman (VEJA: A história é amarela: uma antologia de 50 entrevistas da mais prestigiosa seção da imprensa brasileira)
Maria ficou grávida de um par de gêmeos. Mas, incrivelmente, um dos gêmeos foi absorvido pelo outro, que já nasceu com barba. Era Jesus. Salvador Dalí, pág 24
Fábio Altman (VEJA: A história é amarela: uma antologia de 50 entrevistas da mais prestigiosa seção da imprensa brasileira)
A grande maioria dos homens e mulheres no seu país não tem condições a ter voz ativa na sociedade em que vivem. Nesse caso, é preciso lutar para que homem e mulher tenham voz na sociedade. Nos Estados Unidos é diferente - o homem tem voz ativa na sociedade e a mulher não tem. Não há divórcio no Brasil, é verdade. Mas o problema da libertação da mulher é insignificante perto do problema social existente. Betty Friedan, pág 29
Fábio Altman (VEJA: A história é amarela: uma antologia de 50 entrevistas da mais prestigiosa seção da imprensa brasileira)
O movimento de libertação da mulher é principalmente um movimento de libertação da classe média. Betty Friedan, pág 30
Fábio Altman (VEJA: A história é amarela: uma antologia de 50 entrevistas da mais prestigiosa seção da imprensa brasileira)
O papel da religião não é fazer ciência, é esclarecer as relações entre os seres humanos, ajudar-nos a entender nossas obrigações morais. Muitos dos escritos religiosos são literatura do mais alto nível e merecem ser estudados sob esse prisma. Não há conflito entre religião e ciência, se cada uma fica na sua área. Carl Sagan, pág 131 e 132
Fábio Altman (VEJA: A história é amarela: uma antologia de 50 entrevistas da mais prestigiosa seção da imprensa brasileira)
Enquanto você não estiver comprometido com algo, irá hesitar, querer desistir, e será sempre ineficaz. Em todos os gestos de iniciativa (e criação) reside uma verdade elementar, que quando ignorada interrompe inúmeros planos e ideias magníficos: no momento em que você se compromete definitivamente com algo, a Providência também entra em ação. Diversas coisas acontecem para ajudá-lo, coisas que jamais teriam ocorrido de outra forma. Toda uma sequência de eventos inicia-se a partir dessa decisão, e você se vê beneficiado por todo tipo de incidentes inesperados, encontros e auxílio material com os quais nenhum homem sequer ousaria sonhar. Aprendi a ter um profundo respeito pelos seguintes versos de Goethe: “Se você pode fazer algo, ou sonha que pode, comece a fazê-lo. / A ousadia traz inspiração, força e magia consigo.” Decida-se e veja a sua vida progredir. - W. H. Murray
Oprah Winfrey (What I Know for Sure)
Vou contar-te a mais triste descoberta da minha vida: os perseguidos não valiam mais do que os perseguidores. Consigo imaginar muito bem uma troca de papéis. Por ti, poderás ver neste raciocínio o desejo de apagar a responsabilidade pessoal e de a atribuir ao criador que fez o homem tal como é. E talvez seja bom que vejas as coisas desse modo. Porque chegar à conclusão de que não há diferença entre o culpado e a vítima é abandonar toda a esperança, e é a isso que se chama o inferno, minha menina.
Milan Kundera (Farewell Waltz)
O pecado cega. Veja você: nós temos dois sistemas de visão. Existem os nossos olhos físicos, que nos capacitam ver o universo físico que nos circunda, e há os olhos do coração, que nos ajudam a “ver” as realidades espirituais, as quais é vital que vejamos para sermos quem fomos projetados para ser e fazer o que fomos projetados para fazer. O pecado destrói a nossa visão espiritual. Apesar de sermos capazes de enxergar o pecado dos outros com especificidade e clareza, temos a tendência de ficar cegos para os nossos próprios. E o aspecto mais perigoso desta condição já perigosa é que as pessoas espiritualmente cegas têm a inclinação de serem cegas à sua própria cegueira.
Paul Tripp (Vocação perigosa: Os tremendos desafios do ministério pastoral (Portuguese Edition))
Veja, é somente o amor a Cristo que pode defender o coração do pastor contra todos os outros amores que têm o potencial de sequestrar seu ministério. É somente a adoração a Cristo que tem o poder de protegê-lo contra todos os sedutores ídolos do ministério que cochicharão em seus ouvidos. É apenas a glória do Cristo ressurreto que vai guardá-lo contra a glória própria, que é uma tentação para todos que estão no ministério, a qual destrói o ministério de tantos.
Paul Tripp (Vocação perigosa: Os tremendos desafios do ministério pastoral (Portuguese Edition))
Como ilustração das mudanças de direção nos rumos tomados pelos negócios, uma guinada racional e oportunista, tenha em mente o seguinte exemplo: a Coca-Cola começou como um produto farmacêutico. A Tiffany & Co., chiquérrima empresa do ramo de comércio de joias, foi fundada como loja de artigos de papelaria. Os dois exemplos talvez sejam próximos, mas veja este: a Raytheon, que criou o primeiro sistema de orientação de mísseis, era uma fabricante de geladeiras (um de seus fundadores foi ninguém menos que Vannevar Bush, que concebeu o modelo linear teleológico de ciência que vimos anteriormente; vai entender!). Agora, pior: a Nokia, que costumava ser a maior fabricante mundial de telefones celulares, começou como uma fábrica de papel (em algum momento, dedicou-se à produção de sapatos de borracha). A DuPont, empresa hoje famosa por suas panelas antiaderentes de teflon, bancadas de cozinha de corian e o resistente tecido kevlar, no início era uma fabricante de explosivos. A Avon, empresa de cosméticos, começou vendendo livros de porta em porta. E, a mais estranha de todas, a Oneida Silversmiths, fabricante de artigos de prata, era um culto comunitário religioso, mas, por motivos de regulamentação legal, precisou usar como disfarce o modelo de sociedade anônima.
Nassim Nicholas Taleb (Antifrágil: Coisas que se beneficiam com o caos)
A adversidade vai tornar você mais amargo, ou melhor. Veja a semelhança entre essas duas palavras da língua inglesa: bitter and better (amargo e melhor). Observe o que é necessário para mudar totalmente o sentido delas: apenas a letra “i” para a letra “e” (em Inglês). Querido irmãos, é o “Eu” (I em Inglês) que muda toda a questão. Quando o “Eu” é colocado fora da dificuldade, a vida fica melhor (better); mas quando o “Eu” é introduzido e ficamos envolvidos na adversidade, a vida se torna mais amarga (bitter). Frequentemente esse “Eu” entra no caminho. O ego pobre, pequeno e ferido leva uma bofetada e corre rua abaixo gritando para ganhar atenção. O precioso e pequeno ego assenta na sua porta e derrama lágrimas de auto piedade; seus olhos ficam vermelhos e inchados e ele não vê mais as coisas como elas são ou deveriam ser.               É necessário um coração tranqüilo, paz de espírito e visão clara (ou de longo alcance, se você preferir), para interpretar a tribulação em termos de força e viver elevado. Almas pequenas, pessoas pequenas, geralmente são feridas o tempo todo. O ego no interior ganha importância indevida e por isso ele é facilmente ferido ou adulado. Tais almas possuem um mundo muito pequeno e, desse modo, tudo se relaciona diretamente com o seu ego interior. Resumindo: pessoas assim passarão por momentos muito difíceis.               Frequentemente tais almas são pessoas que estão buscando justiça, imparcialidade e um ajuste adequado de vida. Parece que elas nunca aprendem. Não estamos aqui em busca de justiça; estamos aqui para viver. Se você espera ser um cristão espiritual e vitorioso, você precisa aprender imediatamente como retirar a justiça do seu vocabulário, no que diz respeito à sua vida. Nós não experimentamos a justiça agora. A noite do ajuste de contas do Sábado de Deus ainda não chegou.
J. W. FOLLETTE (A tribulação é uma serva (Desenvolvendo a Salvação Livro 2) (Portuguese Edition))
Temos observado nas vidas uma reação dupla à tribulação: ou ela nos quebra no espírito, derretendo a dureza e nos conduzindo a Deus em nosso desespero, ou ela nos lança sobre nossos pobres recursos e raciocínios humanos. Isso por sua vez nos torna endurecidos no espírito, críticos e geralmente cínicos. Ela rouba o coração do grande privilégio de confiar em Deus e do desenvolvimento da vida em possibilidades ricas e úteis. Mel ou Fel?               A adversidade vai tornar você mais amargo, ou melhor. Veja a semelhança entre essas duas palavras da língua inglesa: bitter and better (amargo e melhor). Observe o que é necessário para mudar totalmente o sentido delas: apenas a letra “i” para a letra “e” (em Inglês). Querido irmãos, é o “Eu” (I em Inglês) que muda toda a questão. Quando o “Eu” é colocado fora da dificuldade, a vida fica melhor (better); mas quando o “Eu” é introduzido e ficamos envolvidos na adversidade, a vida se torna mais amarga (bitter). Frequentemente esse “Eu” entra no caminho. O ego pobre, pequeno e ferido leva uma bofetada e corre rua abaixo gritando para ganhar atenção. O precioso e pequeno ego assenta na sua porta e derrama lágrimas de auto piedade; seus olhos ficam vermelhos e inchados e ele não vê mais as coisas como elas são ou deveriam ser.               É necessário um coração tranqüilo, paz de espírito e visão clara (ou de longo alcance, se você preferir), para interpretar a tribulação em termos de força e viver elevado. Almas pequenas, pessoas pequenas, geralmente são feridas o tempo todo. O ego no interior ganha importância indevida e por isso ele é facilmente ferido ou adulado. Tais almas possuem um mundo muito pequeno e, desse modo, tudo se relaciona diretamente com o seu ego interior. Resumindo: pessoas assim passarão por momentos muito difíceis.               Frequentemente tais almas são pessoas que estão buscando justiça, imparcialidade e um ajuste adequado de vida. Parece que elas nunca aprendem. Não estamos aqui em busca de justiça; estamos aqui para viver. Se você espera ser um cristão espiritual e vitorioso, você precisa aprender imediatamente como retirar a justiça do seu vocabulário, no que diz respeito à sua vida. Nós não experimentamos a justiça agora. A noite do ajuste de contas do Sábado de Deus ainda não chegou.
J. W. FOLLETTE (A tribulação é uma serva (Desenvolvendo a Salvação Livro 2) (Portuguese Edition))