Puro Plano Quotes

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Os amigos nunca são para as ocasiões. São para sempre. A ideia utilitária da amizade, como entreajuda, pronto-socorro mútuo, troca de favores, depósito de confiança, sociedade de desabafos, mete nojo. A amizade é puro prazer. Não se pode contaminar com favores e ajudas, leia-se dívidas. Pede-se, dá-se, recebe-se, esquece-se e não se fala mais nisso. A decadência da amizade entre nós deve-se à instrumentalização que tem vindo a sofrer. Transformou-se numa espécie de maçonaria, uma central de cunhas, palavrinhas, cumplicidades e compadrios. É por isso que as amizades se fazem e desfazem como se fossem laços políticos ou comerciais. Se alguém «falta» ou «não corresponde», se não cumpre as obrigações contratuais, é logo condenado como «mau» amigo e sumariamente proscrito. Está tudo doido. Só uma miséria destas obriga a dizer o óbvio: os amigos são as pessoas de que nós gostamos e com quem estamos de vez em quando. Podemos nem sequer darmo-nos muito, ou bem, com elas. Ou gostar mais delas do que elas de nós. Não interessa. A amizade é um gosto egoísta, ou inevitabilidade, o caminho de um coração em roda-livre. Os amigos têm de ser inúteis. Isto é, bastarem só por existir e, maravilhosamente, sobrarem-nos na alma só por quem e como são. O porquê, o onde e o quando não interessam. A amizade não tem ponto de partida, nem percurso, nem objectivo. É impossível lembrarmo-nos de como é que nos tornámos amigos de alguém ou pensarmos no futuro que vamos ter. A glória da amizade é ser apenas presente. É por isso que dura para sempre; porque não contém expectativas nem planos nem ansiedade. Miguel Esteves Cardoso, in 'Explicações de Português
Miguel Esteves Cardoso
arriesgándose a convertirse en «funcionario de lo divino»[58], y acaba por no asombrarse más del don y de la misericordia que se le ofrecen también cada día de manera abundante, o que incluso transitan por su persona para ser transmitidos a los otros. De este modo, su ministerio se va convirtiendo poco a poco en oficio, en costumbre, en rol, en puro hacer, en corrección únicamente comportamental, en atención a las apariencias, especialmente a las rituales-litúrgicas, mientras que su corazón, que debería experimentar el deseo de los atrios de Dios (cf. Sal 84,1), está lejos y sintonizado con otros atrios, en sectores de vida tal vez considerados ilusoriamente más rentables en el plano del retorno de una imagen positiva. Mientras que él se convierte en un intrigante más o menos frustrado y nervioso, indispuesto e irritante.
Amedeo Cencini (LADRÓN PERDONADO. El perdón en la vida del sacerdote (Servidores y Testigos nº 159) (Spanish Edition))
(...) A dita transformação conseguir-se-ia por meio da iniciação, no sentido mais restrito do termo. Mediante a iniciação, alguns homens escapavam duma natureza e alcançavam a outra, deixando assim de ser homens. A sua aparição noutra forma de existência constituía, no plano desta última, um acontecimento rigorosamente equivalente ao da geração e do nascimento físico. Assim, pois, aqueles homens re-nasciam, eram re-gerados (ou re-«generados»). Tal como o nascimento físico implica a perda da consciência do estado superior, também a morte significa a perda da consciência do estado inferior. Daí que, na medida em que se perde toda a consciência do estado superior — quer dizer, segundo os termos que já conhecemos, na medida em que sobrevêm a «identificação» [a «ensimesmação»] —, nessa mesma medida a perda de consciência do estado inferior (a humana), provocada pela morte e pela desintegração do sustentáculo de tal consciência (o corpo), equivale à perda de toda a consciência no sentido pessoal. Ao sono eterno, à existência larvar no Hades, à dissolução pensada como destino de todos aqueles para quem as formas desta vida humana constituem o princípio e o fim, a tudo isso só escaparão aqueles que ainda em vida souberam orientar a sua consciência para o mundo superior. Os Iniciados, os Adeptos, encontram-se no extremo desse caminho. Conseguida a «recordação», a Άνάμνεσις, segundo a expressão de Plutarco, fazem-se livres, desligam-se dos liames e, coroados, celebram os «mistérios» e veem sobre a terra a massa dos que não são iniciados nem são «puros» a afundarem-se e a perecerem no lodo e nas trevas.
Julius Evola, A Tradição Hermética
Os mass media estão ao lado do poder na manipulação das massas ou estão ao lado das massas na liquidação do sentido, na violência exercida contra o sentido e o fascínio? São os media que induzem as massas ao fascínio, ou são as massas que desviam os tuedia para o espectaeular? Mogadiscio-Stammheim: os media assumem-se como veículo da condenação moral do terrorismo e da exploração do medo com fins políticos, mas simultaneamente, na mais completa ambiguidade, difundem o fascínio bruto do acto terrorista, são eles próprios terroristas, na medida em que caminham para o fascínio (eterno dilema moral, ver Umberto Eco: como não falar do terrorismo, como encontrar um bom uso dos media — ele não existe). Os media carregam consigo o sentido e o contra-sentido, manipulam em todos os sentidos ao mesmo tempo, nada pode controlar este processo, veiculam a simulação interna ao sistema e a simulação destruidora do sistema, segundo uma lógica absolutamente moebiana e circular — e está bem assim. Não há alternativa, não há resolução lógica. Apenas uma exacerbação lógica e uma resolução catastrófica. Com um correctivo. Estamos em face deste sistema numa situação dupla e insolúvel «double bind» — exactamente como as crianças perante as exigências do universo adulto. São simultaneamente intimidados a constituir-se como sujeitos autónomos, responsáveis, livres e conscientes, e a constituir-se como objectos submissos, inertes, obedientes, conformes. A criança resiste em todos os planos, e a uma exigência contraditória responde também com uma estratégia dupla. A exigência de ser objecto opõe todas as práticas da desobediência, da revolta, da emancipação, em suma, toda uma reivindicação de sujeito. À exigência de ser sujeito opõe, de maneira igualmente obstinada e eficaz, uma resistência de objecto, isto é, exactamente o oposto: infantilismo, hiperconformismo, dependência total, passividade, idiotia. Nenhuma das suas estratégias tem mais valor objectivo que a outra. A resistência-sujeito é hoje em dia unilateralmente valorizada e tida por positiva — do mesmo modo que na esfera política só as práticas de libertação, de emancipação, de expressão, de constituição como sujeito político, as que são tidas por válidas e subversivas. Isso significa que se ignora o impacte igual, e sem dúvida muito superior, de todas as práticas objecto, de renúncia à posição de sujeito e de sentido - exactamente as práticas de massa — que enterramos sob o termo depreciativo de alienação e de passividade. As práticas libertadoras respondem a unta das vertentes do sistema, ao ultimato constante que nos é dirigido de nos constituirmos em puro objecto, mas não respondem à outra sua exigência, a de nos constituirmos em sujeitos, de nos libertarmos, de nos exprimirmos a todo o custo, de votar, de produzir, de decidir, de falar, de participar, de fazer o jogo — chantagem e ultimato tão grave como o outro, mais grave, sem dúvida, hoje em dia. A um sistema cujo argumento é de opressão e de repressão, a resistência estratégica é de reivindicação libertadora do sujeito. Mas isto reflecte sobretudo a fase anterior do sistema e, se ainda nos confrontamos com ela, já não é o terreno estratégico: o argumento actual do sistema é de maximalização da palavra, de produção máxima de sentido. A resistência estratégica, pois, é de recusa de sentido e de recusa da palavra — ou da simulação hiperconformista aos próprios mecanismos do sistema, que é uma forma de recusa e de não aceitação. É o que fazem as massas: remetem para o sistema a sua própria lógica reduplicando-a, devolvem, como um espelho, o sentido sem o absorver. Esta estratégia (se é que ainda se pode falar de estratégia) leva a melhor hoje em dia, porque é essa fase do sistema que levou a melhor.
Jean Baudrillard (Simulacra and Simulation)
Los caminos por los que se puede conseguir la evolución son diversos. Sus prácticas reciben el nombre de yoga. En primer lugar tenemos el aprendizaje de textos y estudio de teorías filosóficas, el jñâna yoga o yoga del conocimiento. Se refiere al conocimiento de Dios y de las verdades más altas de la religión: la naturaleza del ser individual y cómo puede reunirse con el Absoluto. Se logra mediante el razonamiento y el discernimiento. Ha de destacarse el hecho de que en la ética hinduista el bien se parangona con el conocimiento o la sabiduría, vidyâ. Éste tiene siete planos según la ortodoxia: subhecha, el puro deseo o intención de conocer; vichârana, la investigación; tanumânasa, la completa purificación de la mente; sattâpatti, el establecimiento de la verdad; asamshakti, la liberación de los apegos, padârthabhâva, la cesación de la objetividad; turîya, el estado de percepción total.
Enrique Gallud Jardiel (Introducción al hinduismo (Spanish Edition))
Terminaron haciendo dos casas y un edificio, Victoria fue primero, luego Elena, luego Olivia. El plano de Viña era perfecto para escapar por calles cercanas, luego estacionar en algún rincón oscuro y reír apretándose la guata hasta ahogarse, con la adrenalina convirtiendo sus voces en un puro sonido agudo.
Eleonora Aldea (Cuatro Norte (Spanish Edition))
vantagens, ele consequentemente, por necessidade, por assim dizer, passaria a fazer o bem? Ah, criança! Oh, menino puro e inocente! Mas em primeiro lugar, quando foi que outrora, ao longo dos últimos milênios o homem agiu apenas em nome de suas próprias vantagens? O que fazer com os milhões de fatos que atestam para o fato de que as pessoas deliberadamente, ou seja, tendo plena consciência de suas reais vantagens, deixaram-nas em segundo plano e lançaram-se em direção a outro caminho, em direção ao risco, ao acaso, sem que nada nem ninguém as tenha forçado a isso, mas como que justamente sem desejar o caminho indicado, e de maneira obstinada, insubordinada, abriram um outro caminho, difícil, absurdo, buscando-o quase nas trevas.
Fyodor Dostoevsky (Memórias do Subsolo)