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Mas, perguntamos: como é possível excluir a priori esta ou aquela filosofia ou religião, garantir que não possa haver no campo alheio um pouco de verdade, só porque não está em nosso campo? Como negar que o outro aspecto da verdade possa ser talvez o mesmo que nos falta para completar a nossa? E como não admitir também que, mesmo no campo alheio, possa faltar outro aspecto da verdade, e seja este justamente o que não possuímos? A voz de todas as coisas é tão grande e rica, a presença do pensamento de Deus é tão universal no todo, que cada um terá visto, por certo, algo da verdade. Num mundo onde tudo é relativo, como admitir estar a verdade toda de um lado e nada do outro? Como é possível acreditar que a verdade esteja toda e sempre exclusivamente do próprio lado e o erro sempre do lado oposto? Isto corresponde à psicologia de quem vive no plano da luta animal, mas não à de quem vive no plano mais evoluído, no qual deveria estar situado o homem.
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