Obrigada Quotes

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Lembrei que quando eu aprendi a ler entrei em desespero, porque descobri que não era mais possível olhar as palavras sem ler. Tentei muitas vezes, queria de volta os desenhos-letras jogados pelas ruas. Foi uma lição sem volta. Tudo o que as palavras dissessem me tornei obrigada a ouvir. Fico pensando quantas coisas não vou poder nunca mais deixar de saber.
Mariana Salomão Carrara (Se Deus me Chamar Não Vou)
A pena que tenho sempre que me vou embora não está no momento da partida, mas em todas as mudanças que sou obrigada a fazer, quando retiro outra vez o meu pente e a escova de dentes da prateleira do lavatório. Aqueles espaços vazios significam mais do que saudade, dão-me a impressão de que alguma coisa acabou, e que eu tenho culpa de que isso acontecesse". Isto não era um diário, mas simplesmente uma carta para sua mãe. E acrescentaria, anos depois: "Mudar de hábitos e de lugar, que é senão uma fútil maneira de encarar a morte?
Agustina Bessa-Luís (A Sibila)
Dawson dera um pontapé na terra solta. "Quando se ama uma pessoa, devemos liberta-la. Certo?". Pela primeira vez os olhos dela dardejaram. "E se essa pessoa não quiser ser libertada, vai ser obrigada na mesma? É assim que vês a situação? Como uma espécie de cliché?" Agarrara-o pelo braço, cravando-lhe os dedos. "Nós não somos um cliché. Havemos de encontrar uma solução para que possa funcionar.
Nicholas Sparks (The Best of Me)
Mas também acredito que a nossa era não deve ser fácil nem para as crianças. Nós, mulheres, como disse antes, somos obrigadas todos os dias a refletir sobre o nosso papel, sobre a nossa identidade. O mesmo não se pede aos homens. Vivem dentro da crisálida de um machismo vazio, infelizmente encontram fragmentos de violência, palavras e atitudes de gângster, mas são formas mortas, formas desabitadas. A masculinidade agora vive em um reino fantasma. Não sabem mais quem são. Não sabem mais se expressar, e muitas vezes o fazem com dor e agressividade. Seria bom, portanto, que o mesmo debate que tivemos com as mulheres estivesse agora sendo realizado com os homens. Em La Chimera tentei contar a história dessa gangue de homens que de alguma forma são prisioneiros de serem machistas a todo custo, que não sabem se dirigir às mulheres a não ser seduzindo ou atacando-as, que são extremamente solitários e desesperados, abandonados a si mesmos e aos fantasmas delirantes do passado. Pobres ladrões de tumbas! (tradução minha).
Alice Rohrwacher (Dopo il cinema: Le domande di una regista)
Para ti, a vida tem de ser obrigatoriamente um cenário de mudança e distracção constante, caso contrário, o mundo é uma masmorra: tens de ser admirada, tens de ser cortejada, tens de ser bajulada… tens de ter música, tens de ter bailes, tens de ter companhia… caso contrário, definhas e morres. Será possível que não consigas arranjar maneira de te tornares independente de todas as iniciativas e de todas as vontades para além das que provêm de ti própria? Pega num dia, divide-o em partes, atribui a cada parte uma determinada tarefa; não deixes nem um quarto de hora, nem dez, nem cinco minutos que sejam por preencher, ocupa a totalidade do tempo; desempenha cada tarefa com método, com uma regularidade inflexível. O dia chegará ao fim quase sem dares por isso e não ficarás em dívida para com ninguém por te ter ajudado a livrares-te dum momento de ócio, não te verás obrigada a procurar companhia, a conversa, a simpatia, a tolerância de ninguém; viveste, em resumo, como qualquer criatura independente deve viver. (p.309)
Charlotte Brontë (Jane Eyre)
Uma batida na porta me afasta das minhas lembranças. Coloco a foto no lugar e vou abrir. — Garotinha, você está linda! — George entra na sala, todo animado. Eu sorrio para ele, porque é impossível não sorrir quando George está comigo. — Obrigada. Está na hora? — Faltam 10 minutos. Quer alguma coisa? Água? Champanhe? Bombons? Lambida do Alan? — Georgeee!!" (Louca por Você)
A.C. Meyer
Preciso ver meu psiquiatra agora. Sou obrigada a ir. Eu invento coisas para dizer. Não sei o que ele pensa de mim. Ele diz que sou uma cebola normal! Dou muito trabalho para ele ficar descascando as camadas.
Ray Bradbury (Fahrenheit 451)
Que história é essa, perguntou o comandante, A história de uma vaca, As vacas têm história, tornou o comandante a perguntar, sorrindo, Esta, sim, foram doze dias e doze noites nums montes da galiza, com frio, e chuva, e gelo, e lama, e pedras como navalhas, e mato como unhas, e breves intervalos de descanço, e mais combates e investidas, e uivos, e mugidos, a história de uma vaca que se perdeu nos campos com a sua cria de leite, e se viu rodeada de lobos durante doze dias e doze noites, e foi obrigada a defender-se e a defender o filho, uma longuíssima batalha, a agonia de viver no limiar da morte, um círculo de dentes, de goelas abertas, de arremetidas bruscas, as cornadas que não podiam falhar, de ter de lutar por si mesma e por uma animalzinho que ainda não se podia valer, e também aqueles momentos em que o vitelo procurava as tetas da mãe, e sugava lentamente, enquanto os lobos se aproximavam, de espinhaço raso e orelhas aguçadas. Subhro respirou fundo e prosseguiu, Ao fim dos doze dias a vaca foi encontrada e salva, mais o vitelo, e foram levados em triunfo para a aldeia, porém, porém o conto não vai acabar aqui, continuou por mais dois dias, ao fim dos quais, porque se tinha tornado brava, porque aprendera a defender-se, porque ninguém podia já dominá-la ou sequer aproximar-se dela, a vaca foi morta, mataram-na, não os lobos que em doze dias vencera, mas os mesmos homens que a haviam salvo, talvez o próprio dono, incapaz de compreender que, tendo aprendido a lutar, aquele antes conformado e pacífico animal não poderia parar nunca mais.
José Saramago (A Viagem do Elefante)
Uma singela oração Obrigada, São Francisco, pelo amor puro que recebi de todos os bichinhos que tive, tenho e ainda terei. E, em nome da justiça divina, peço-vos que mande um raio fulminante sobre as cabeças de quem os maltrata. Amém.
Rita Lee (Rita Lee: Uma Autobiografia)
E, finalmente, aos homens negros que, como eu, continuam em busca de liberdade, o maior agradecimento que eu poderia fazer. Nossas marcas nos levarão ao mais profundo autoconhecimento e, sem medo de ser que somos, transformaremos nossa realidade. Nossas vidas importam. Obrigada ao autor das nossas vidas. O futuro é preto.
Stefano Volp (Homens Pretos (Não) Choram)
Grada Kilomba, pesquisadora e professora da Universidade de Humboldt, faz uma analogia interessante entre a máscara que as pessoas escravizadas eram obrigadas a usar cobrindo a boca e a afirmação do projeto colonial de impor silêncio, um silêncio visto como a negação de humanidade e de possibilidade de existir como sujeito.
Djamila Ribeiro (Quem Tem Medo do Feminismo Negro?)
Hitoshi: Não posso mais ficar aqui. A cada momento eu sigo em frente. É impossível deter o fluxo do tempo, não tenho escolha. Eu vou. Uma caravana pára e outra parte. Ainda há pessoas que tenho que conhecer, outras que jamais voltarei a encontrar. Pessoas que passam por mim sem que eu o perceba, pessoas com quem cruzo apenas. Mas á medida que as cumprimento, tenho a sensação de que ficam mais transparentes. Devo viver com os olhos voltados para a corrente do rio. Peço-lhe, do coração, que guarde para sempre junto de você a imagem da garota que eu fui. Obrigada por te-se despedido de mim acenando. Por ter-se despedido acenando muitas, muitas vezes.
Banana Yoshimoto (Kitchen)
— Para você — Gisa diz, estendendo a mão boa, de onde pende um retalho de seda preta. O tecido é frio e escorregadio. — De antes. Flores vermelhas e douradas enfeitam o pano, bordadas com uma habilidade de mestre. — Eu lembro — murmuro, correndo o dedo sobre a perfeição impossível. Ela bordou isto há muito tempo, uma noite antes de o agente quebrar sua mão. Está inacabado, assim como o antigo destino dela. Assim como Shade. Trêmula, amarro o tecido no punho. — Obrigada, Gisa. — Enfio a mão no bolso e digo: — Também tenho uma coisa para você, minha garota. Uma bijuteria barata. O brinco solitário combina com o mar de inverno ao nosso redor. Ela perde o fôlego ao segurá-lo. As lágrimas logo vêm, mas não posso vê-las
Victoria Aveyard (Glass Sword (Red Queen, #2))
-Quero dizer… o que penso é que as pessoas são obrigadas a refletir sobre a o significado da vida precisamente porque sabem que acabam por morrer um dia. Certo? Quem é que se daria ao trabalho de pensar a sério sobre o facto de estar vivo, se soubesse que continuaria a viver tranquilamente para sempre? Qual seria a necessidade? Ou então, mesmo que a necessidade de refletir fosse real, o mais certo era as pessoas acabarem por dizer: «Tudo bem, ainda tenho muito tempo pela frente. Deixo isto para mais tarde.» Mas as coisas, na realidade, não são assim. Temos obrigação de pensar neste instante, aqui e agora. Quem é que me diz que que amanhã à tarde não vou morrer atropelada por um camião? (...) É assim que penso. Quanto mais viva e mais forte for a presença dessa realidade forte e viva a que chamamos morte, mais seremos obrigados a queimar os miolos a pensar nela.
Haruki Murakami (The Wind-Up Bird Chronicle)
A luz dourada - agora quase uma luz crepuscular - ofuscou-a e ela tornou a fechar os olhos, reparando que ocorriam fluxos e refluxos, vermelhos e pretos, à medida que o coração bombeava sangue em suas pálpebras cerradas. Decorridos alguns instantes, notou que os mesmos padrões dardejantes se repetiam indefinidamente. Era quase o mesmo que observar protozoários ao microscópio, protozoários numa lâmina tinta de vermelho. Achou esse padrão que se repetia tanto curioso quanto calmante. Supunha que não era preciso ser gênio, para compreender a atração que essas formas repetitivas exerciam em determinadas circunstâncias. Quando todos os padrões e rotinas normais da vida desmoronaram - e com chocante subitaneidade - era preciso encontrar alguma coisa a que se agarrar, alguma coisa normal e previsível. Se o espiralamento regular do sangue nas camadas finas da pele, que protegiam os olhos dos últimos raios de sol de um dia de outubro, era a única opção que havia, então a pessoa a aceitava e dizia muitíssimo obrigada. Porque se não conseguisse encontrar alguma coisa a que se agarrar, alguma coisa que fizesse algum sentido, os elementos desconhecidos da nova ordem mundial poderiam levá-la à loucura.
Stephen King (Gerald's Game)
Sempre que alguém me faz essa pergunta, Sharon, eu digo "Estou bem, obrigada", mas, para ser sincera, não estou. Será que essas pessoas realmente querem saber como alguém se sente quando fazem essa pergunta? Ou simplesmente estão tentando ser educadas? - Holly sorriu - Da próxima vez que a minha vizinha me perguntar: "Como você está?", vou dizer "Olha, não estou muito bem, obrigada. Ando me sentindo deprimida e sozinha. Irritada com o mundo. Sentindo inveja de você e sua família perfeita, mas não sinto inveja de seu marido, que tem que viver com você". E então contarei que comecei em um novo emprego e conheci um monte de gente, e que estou me esforçando muito para me reerguer, mas que agora estou perdida, sem saber o que fazer. Depois, direi que fico fula da vida sempre que me dizem que o tempo cura quando, ao mesmo tempo, também dizem que a ausência aumenta a saudade, o que me deixa muito confusa, porque quer dizer que quanto mais tempo se passa, mais eu sinto falta dele. Direi que nada está sendo curado e que todas as manhãs, quando acordo e vejo a cama vazia, parece que estão esfregando sal em minhas feridas abertas. - Holly suspirou fundo - Depois, vou dizer a ela que sinto saudade de meu marido é que minha vida parece sem sentido sem ele. E que estou me desinteressando em continuar a fazer as coisas sem ele, e explicarei que parece que estou esperando o mundo acabar para reencontrá-lo. Ela provavelmente dura apenas "Ah, que bom", como sempre faz, vai beijar o marido e pronto, enquanto eu ainda estarei tentando decidir que cor de camisa vestir para trabalhar.
Cecelia Ahern
Poderia dar-lhe um pensamento qualquer e então criaria uma nova relação entre ambos. Isso é o que mais lhe agradava, junto das pessoas. Ela não era obrigada a seguir o passado, e com uma palavra podia inventar um caminho de vida. Se dissesse: estou no terceiro mês de gravidez, pronto! entre ambos viveria alguma coisa. Se bem que Otávio não fosse particularmente estimulante. Com ele a possibilidade, mais próxima era a de ligar-se ao que já acontecera. Mesmo assim, sob o seu olhar "me poupe, me poupe", ela abria a mão de quando em quando e deixava um passarinho subitamente voar. Às vezes, no entanto, talvez pela qualidade do que dizia, nenhuma ponte se criava entre eles e, pelo contrário, nascia um intervalo.
Clarice Lispector (Near to the Wild Heart)
A lógica económica, ao nível mais sórdido, utiliza a guerra mas tenta racionalizá-la. É obrigada, no decurso de uma experiência que se aprofunda, a reconhecer a irracionalidade radical das destruições guerreiras.
François Perroux (Economia e Sociedade)
Em um experimento, eles fizeram a mesma pergunta a dois grupos de pessoas, somente trocaram a ordem das perguntas. Quando a pessoa era induzida a pensar na vida amorosa, a pessoa passava a responder sobre felicidade diferente de quando era perguntado depois. As notícias falsas funcionam dessa forma, a desinformação: elas elevam o volume das emoções. Como exemplo, na discussão do aborto legal, atualmente, parlamentares usam a imagem de um bebê sendo morto na barriga da mãe com uma agulha gigante, algo assustador, com direito a teatro ao vivo no senado, dramatização ao vivo, de graça. Isso faz com que as pessoas deixem de responder a pergunta real: deveria uma jovem de 13 anos manter a gravidez de um estuprador? Deveria uma mulhere ser obrigada a carregar o filho de um estuprador? Para: deveria um bebê ser morto por uma agulha gigante dentro da barriga da mãe? São duas perguntas diferentes. A primeira eleva as emoções de qualquer pessoa, inclusive a minha: fiquei assustado com as imagens que espalham. Isso seria o que Daniel Kahneman chamou de pergunta heurística. A pergunta heurística substitui a original, que é mais complexa, com mais nuanças. A pergunta original exige que consideremos a jovem, a mulher, a experiência de ter um filho. Ter um filho é complicado mesmo quando queremos, imagine, uma gravidez forçada, traumatizante.
Jorge Guerra Pires (Desinformação, infodemia, discurso de ódio, e fake news : Saiba o que são e como se informar online de forma saudável (Inteligência Artificial, Democracia, e Pensamento Crítico) (Portuguese Edition))
Obrigada por isso. Mesmo que esta saída não dê em nada e nunca mais voltemos a falar, ser-te-ei para sempre grato por teres visto em mim algo a que a minha própria mãe foi cega. És a minha pessoa favorita, Lily. E agora sabes porquê. Atlas
Colleen Hoover (It Starts with Us (It Ends with Us, #2))
Acho que o seu bisavô, branco e muito, muito pobre nunca foi torturado, Betinho. Amarrado a um tronco. Surrado. Marcado com ferro quente. Nunca teve um dente arrancado à força nem recebeu sal e vinagre nas feridas abertas pelo chicote. O seu bisavô branco e pobre não foi separado da família. E, pelo que me consta, nunca trabalhou sem receber pagamento nem dormiu numa senzala. Um homem branco podia sim ser mal remunerado. Mas nunca escravizado. Podia ficar desempregado, sem ter uma colherada de farinha ou um gole d'água pra oferecer aos seus. Mas era livre. A seca e a miséria podiam alcançar um homem branco e pobre como o seu avô, que lamentaria a sua falta de sorte. Sem algemas nos pulsos ou grilhões no pescoço. Se a doença corroesse a carne de um homem branco, ele seria consumido livremente. A loucura podia tomar conta de um homem branco. Ele seria um homem louco. Mas livre. Ele sempre seria livre. Uma mulher branca podia ser muito, muito pobre. Nem por isso teria os filhos arrancados dos seus braços diretamente para as mãos dos compradores. Por miserável que fosse uma mulher branca, não seria obrigada a oferecer o leite do seu peito ao filho de outra, enquanto o seu próprio filho era privado de ser alimentado. E mesmo se fosse tão pobre a ponto de ter os seios secos, não seria impedida de segurar a sua cria junto ao corpo, procurando dar consolo pra ela. Uma pessoa branca e muito pobre podia trabalhar sem descanso, economizando moedas até se tornar próspera. E, se construísse um império, deixaria de ser pobre, tornando-se somente rica. Já um homem negro, mesmo que enriquecesse, continuaria sendo um homem negro. Ainda hoje, Betinho, se um negro, no auge do desespero, furta um pão, a notícia se espalha: “Aquele negro é um ladrão!”. No entanto, se é um branco que rouba, o comentário se modifica: “Aquele homem cometeu um delito”. Então, sua mãe branca, neta do seu bisavô branco, não sabe do que está falando. É o que eu acho.
Lilia Guerra (O céu para os bastardos)
- Obrigada por este presente, Reed. Embora o meu coração esteja partido em milhares de pedacinhos porque ela está a morrer e eu nunca a poderei conhecer, sinto, de uma forma estranha, que tenho todas as minhas peças pela primeira vez. Sempre senti que me faltavam algumas.
Penelope Ward (Hate Notes)
Quando se interpreta um personagem para agradar os outros, é possível que você seja obrigada a fazê-lo pelo resto da vida.
Nikelen Witter (Viajantes do Abismo)
Decifra-me, meu amor, ou serei obrigada a devorar
Clarice Lispector, Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres
Quando as pessoas são obrigadas a tomar decisões usando só a parte racional do cérebro, quase invariavelmente acabam “pensando demais”. Essas decisões racionais costumam levar mais tempo para serem tomadas, diz Restak, e com frequência podem ser de pior qualidade. Por outro lado, decisões tomadas com o sistema límbico, decisões do fundo do coração ou intuitivas, tendem a ser decisões mais rápidas e de melhor qualidade.
Simon Sinek (Comece pelo porquê: Como grandes líderes inspiram pessoas e equipes a agir)
— Nossa amizade estava destinada a acontecer — continuo falando. — É você quem acredita nessas coisas de destino e tal, mas não consigo ver outra explicação para o que criamos. Muito obrigada por isso, Nick. Por tudo, mesmo.  — Só de você existir já é motivo para que eu agradeça todos os dias.
Enna Souza (Sem Segredos (Nossas Histórias #1))
Nunca fiquei claustrofóbica em multidões até que fui obrigada a estar nelas. Eu me sentia parte do grupo das pessoas comuns. Agora eu sinto que sou uma pedra no riacho, da qual tudo dá um jeito de desviar. Estou inerte e imóvel. Presa. Enquanto todo mundo vive livre.
Lili Reinhart (Swimming lessons (Italian Edition))
- Combinado. Não gostaria que a minha mulher fosse obrigada a aceitar-me.
Amanda Scott (The Reluctant Highlander (Highland Nights, #1))
Alma perturbada, tu não és obrigada a sentir, mas és obrigada a se levantar”, escreveu George MacDonald.
Elisabeth Elliot (Uma vida de obediência: 7 disciplinas para a vida do cristão)
Dia desses estava brincando com o filho de uma amiga. Não me recordo qual foi a brincadeira que fiz, mas lembro que ele, de um jeito sério e firme, me repreendeu. "Tia, eu não gosto dessa brincadeira". Foi desconfortável escutar isso. Ver um serzinho de um metro te falando que você não pode fazer algo é estranho, sobretudo dentro dessa nossa percepção de que adulto manda, criança obedece. Identifiquei a raiz do meu desconforto e sorri. "Isso mesmo" Quando alguém fizer algo que você não gosta, fale!". Ele retribuiu o sorriso, sugeriu outra brincadeira e seguimos, com a mesma leveza que estávamos brincando, mas agora eu sabia o limite até onde poderia ir. E, principalmente, ele sabia que o seu "Não" deveria ser respeitado. Não sei dizer quantas crianças já foram abusadas sexualmente. Quantas e quantas foram indevidamente tocadas pelos adultos próximos e que não disseram "não" porque sequer sabiam que tinham esse direito. A gente vive nessa loucura de que tem que ensinar a criança a respeitar os outros, a obedecer, e esquece que, tão importante quanto isso, é ensinar que merecem respeito. Que podem e devem dizer NÃO. E toda vez que desrespeitamos esse direito inalienável, lhes ensinamos que a sua voz não merece ser ouvida, que seu corpo não merece ser respeitado, que seus limites não deveriam existir. Salvo situações extremas - o que não inclui orgulho ferido - o não deve sim ser atendido. E, nas exceções, mesmo que não atendido, deve ser acolhido e valorizado. Portanto, inclua, ali, ao lado do "por favor", "obrigada", "bom dia", "boa tarde" e "boa noite", o magnífico e essencial "NÃO!
Elisama Santos (Educacao Nao Violenta (Em Portugues do Brasil))
- Ires despedir-te da casa? eu não com onze, com cinquenta e dois anos, ou seja eu com onze e com cinquenta e dois anos, de cabelo preto e de cabelo loiro por cima do cabelo branco, sem compreender que o meu irmão mais velho se afogou, compreendia os dentes, as patas esticadas e um oleado em cima, não compreendia a morte, os círculos das gaivotas alcançavam as copas além de uma dúzia no tecto do Casino, o meu marido a limpar os dedos no guardanapo, com a ponta da língua no canto da boca, que dantes me enternecia por o tornar mais novo e desde há séculos deixou de enternecer-me, agradecia que pusesses a língua para dentro, obrigada - Vai onde te apetecer mas eu preciso do carro
António Lobo Antunes
– Muito obrigada dona Amélia, mas não há nada a dizer – pus-me de pé, solícita. – Quer que ligue aos seus netos a pedir que a venham ver este fim-de-semana? Podemos dizer que teve o princípio de uma trombose. – Ó filha – riu-se a velha, com gosto. O seu humor é negro o bastante para me deliciar. – Já jogámos essa carta uma vez. Além disso os meus netos são muito mais ávidos do que os meus filhos, à hipótese de me verem morta já sonham com a herança. Vão comprar telefones e computadores e motas com ela. Não vale a pena sobreexcitá-los para nada, não é? Sorri-lhe: – Não lhe importa que eles desbaratem o que lhe custou tanto a juntar, pois não? Com um suspiro triste de desprendimento, a dona Amélia apoiou as mãos nos joelhos para se pôr de pé e se erguer à minha altura. – Que tenho eu a perder, Manuela? Nada. Então, levem-me tudo. Mas eu acho que conheces esse sentimento tão bem quanto eu, o de nos agarrar-nos mais ao nada do que ao tudo.
Célia Correia Loureiro (Os Pássaros)
- Gostaste? - Sim. Obrigada, vô. - E do que gostaste mais? Das girafas ou dos leões? - Do comboio. - Porquê do comboio? - Porque é livre. Vai aonde quer.
Valérie Perrin (Trois)