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Na Valáquia, um homem que assinava como Wladislaus Dragwlya foi aclamado pelo papa e por metade da Cristandade pelas suas vitórias contra Mehmed II em 1459 e 1462. Este líder cristão vivera em rapaz na corte otomana como refém enviado pelo pai, juntamente com o irmão mais novo. O irmão convertera-se ao Islão e servira os Otomanos; o mais velho aprendera o Corão e turco, mas virara-se contra o Islão.
Mais conhecido hoje como Drácula, ou Vlad, o Empalador, revelou-se um tremendo combatente de guerrilha e uniu a Transilvânia contra os invasores, sobrevivendo ao cativeiro na Hungria antes de morrer em batalha na Roménia em 1467. No entanto, o seu deleite em executar prisioneiros, criminosos e rivais por empalação abalou-lhe a popularidade. A dado momento, Drácula tinha expostos em torno da sua capital 20 mil inimigos moribundos e mortos, varados pelo ânus com estacas afiadas. Os boiardos, príncipes locais, começaram a sentir que uma ocupação muçulmana relativamente humana talvez fosse preferível a uma liberdade cristã paranoica e sádica.
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Andrew Marr (História do Mundo (Vol. 4))