Karl Ess Quotes

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É por isso que o filósofo Karl Popper fala do “caráter religioso” das epistemologias do Iluminismo. A autoridade da revelação divina foi simplesmente substituída por outra forma de autoridade, escreve ele. O empirismo baconiano apelou para “a autoridade dos sentidos”, enquanto o racionalismo cartesiano apelou para “a autoridade do intelecto”. No entanto, ambos esperavam encontrar um método que renderia uma verdade que fosse tão certa e universal quanto a revelação divina. Ambos esperavam encontrar um método pelo qual o indivíduo poderia transcender seu limitado nicho no espaço e tempo para chegar ao conhecimento absoluto e divino – o que os filósofos chamam de percepção da realidade através dos olhos de Deus. Como escreve o filósofo John Herman Randall: “eles estavam tentando chegar a esse completo e perfeito entendimento e à explicação do universo que só um Deus poderia ter”. No final, ironicamente, essa busca pelo conhecimento divino estava restrita ao universo minúsculo do eu.
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Nancy R. Pearcey (A Busca da Verdade)
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Una assenza momentanea fa bene, perché quando si è presenti le cose sembrano troppo uguali per distinguerle. Persino le torri da vicino hanno proporzioni nanesche, mentre le cose piccole e quotidiane, considerate da vicino, crescono fin troppo. Così è per le passioni. Piccole abitudini le quali con la vicinanza che esse impongono assumono forma appassionata, scompaiono non appena il loro oggetto immediato è sottratto alla vista. Grandi passioni che per la vicinanza del loro oggetto assumono la forma di piccole abitudini, crescono e raggiungono di nuovo la loro proporzione naturale per l'effetto magico della lontananza. Così è con il mio amore. Basta che tu mi sia allontanata solo dal sogno e io so immediatamente che il tempo è servito al mio amore per ciò a cui servono il sole e la pioggia alle piante, per crescere. Il mio amore, appena sei lontana, appare per ciò che è, un gigante in cui si concentra tutta l'energia del mio spirito e tutto il carattere del mio cuore. Io mi sento di nuovo un uomo, perché sento una grande passione, e la molteplicità in cui lo studio e la cultura moderna ci impigliano, e lo scetticismo con cui necessariamente siamo portati a criticare tutte le impressioni soggettive e oggettive, sono fatti apposta per renderci piccoli e deboli e lamentosi e irrisoluti. Ma l'amore non per l'uomo di Feuerbach, non per il metabolismo di Moleschott, non per il proletariato, bensì l'amore per te, fa dell'uomo nuovamente un uomo.
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Karl Marx
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Não era capaz de me sentar num café: ao fim de poucos segundos, já toda a gente que lá estava me teria invadido, e tudo continuava a ser assim - o olhar das pessoas atingia-me, transtornava-me até ao mais fundo de mim, e cada movimento que eu fizesse, até mesmo o simples folhear um livro, era percebido do mesmo modo pelas outras pessoas, comunicava-lhes a minha estupidez, era como se lhes dissesse: "Olhem para o imbecil que ali está." Portanto, o melhor era continuar a andar, porque, enquanto andava, os olhares desapareciam uns atrás dos ouros, é certo que não paravam de suceder-ser, mas não tinham tempo para se implantar, limitavam-se a passar por mim: Lá vai o imbecil, lá vai o imbecil, lá vai o imbecil. Era um coro que acompanhava os meus passos. Eu eu sabia que nada daquilo fazia sentido, que era tudo uma construção minha, do meu espírito, mas de nada me servia sabê-lo, porque os outros continuavam a incidir-me do mesmo modo, atingiam-me no mais fundo de mim, revolviam-me por dentro, e até mesmo o mais inadaptado de todos esses outros, até o mais horroroso, o mais gordo e o mais desalinhado, até mesmo aquela mulher ali, com a boca aberta e um olhar vazio de idiota, todos eles podiam dizer quando me viam que havia em mim qualquer coisa que não batia certo.
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Karl Ove KnausgĂĄrd (Min kamp 2 (Min kamp, #2))
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Na cidade, um comunista não estava só, havia outras pessoas que pensavam como ele, havia um espírito de comunidade, acrescendo ainda que as convicções comunistas não eram identificáveis a todo o momento e em toda a parte. Num meio rural, um comunista era "o comunista". Tal era a sua identidade, a sua vida. Ser-se comunista no começo do anos 70, acompanhando a vaga, era também muito diferente de ser-se comunista no anos oitenta, depois de todos os ratos terem havia muito abandonado o navio. Um comunista solitário assemelhava-se a um paradoxo, mas foi esse o destino de Kjartan. Lembro-me das discussões que o meu pai tinha com ele, quando, no Verão, íamos visitar os meus avós, e as vozes de ambos ressoavam lá em baixo, na sala, não nos deixando adormecer: embora incapaz de o explicitar, ou de o conceber claramente, eu sentia que havia uma diferença entre um e outro e que se tratava de uma diferença fundamental. Para o meu pai, aquelas discussões tinham um objectivo limitado, o seu único propósito era mostrar a Kjartan que este se iludia; para Kjartan, as questões eram de vida ou de morte, de tudo ou de nada. Daí a irritação na voz do meu pai, o fervor na de Kjartan. Era também evidente, ou pelo menos parecia-me sê-lo, que as palavras do meu pai se baseavam no mundo real, que aquilo que ele dizia e pensava tinha que ver connosco, com os nossos dias de aulas e os nossos desafios de futebol, as nossas bandas desenhadas e as nossas idas à pesca, as nossas tarefas de limpeza da neve e as nossas papas de aveia dos sábado, ao passo que Kjartan falava de outra coisa, de qualquer coisa que tinha que ver com outro lugar. Sem dúvida, era-lhe impossível admitir que aquilo em que acreditava, aquilo a que dedicara a sua vida, nada tivesse que ver com a realidade, como o meu pai, e todos os demais, declaravam a todo o momento.
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Karl Ove KnausgĂĄrd (Min kamp 2 (Min kamp, #2))
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Desde o meu primeiro dia de escola, eu fora sempre incitado, como todos os outros que me rodeavam, a pensar com espírito independente e crítico. E não me ocorrera até ter bastante mais de trinta anos que esse espírito crítico só era benéfico até certo ponto, para lá do qual se voltava contra si próprio e se tornava o seu contrário - ou seja, um mal, ou o próprio mal.
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Karl Ove KnausgĂĄrd (Min kamp 2 (Min kamp, #2))