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«Tenho medo de Lantano», compreendeu então. «Lantano sabe demais, dispunha de demasiados pormenores sobre a vida de Verne Lindblom e sobre a sua morte. Mas receio, também, Stanton Brose; tenho medo dos dois. Quer do conhecido, que é representado por Brose, quer do desconhecido, que é representado por Lantano. No entanto, no que me diz respeito, Lantano recorda-me mais o profundo e envolvente nevoeiro que me sugou toda a fibra de vida… e só Deus sabe como Brose tem sido horroroso. O seu projeto especial foi o cúmulo da perfídia e do cinismo, ao que se acrescentara a velha maldade já senil, a sinistra simbiose de embuste, maldade e prepotência, tudo envolvido numa aura de autossatisfação medonha. »
E compreendeu que com Brose só podia piorar.
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Philip K. Dick (The Penultimate Truth)