Cuidame Quotes

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As mulheres sabem o que significa ter um corpo. Compreendem suas dificuldades e fragilidades, suas glórias e seus prazeres. Os homens tratam o corpo como coisa só sua. Cuidam dele privadamente, mesmo quando estão em público.
Jeffrey Eugenides (Middlesex)
Seria ótimo, quem sabe, se pudéssemos passar um pouco mais dos dias e das noites sem nenhum obstáculo entre nós e os corpos celestes, se o poeta não falasse tanto à sombra de um telhado ou o santo não morasse entre quatro paredes por tanto tempo. As aves não cantam dentro das grutas, nem as pombas cuidam de sua inocência nos pombais.
Henry David Thoreau (Walden and Civil Disobedience)
Eu sei o que estão a pensar: como é que posso não saber o que está a acontecer se passo o dia inteiro, todos os dias, a ouvir todos os pensamentos dos dois homens que cuidam desta casa? Mas a questão é mesmo essa: o Ruído é apenas isso, ruído. É um zumbido, uma interferência e, a maior parte do tempo, uma grande confusão de sons, pensamentos e imagens, tão grande que não conseguimos entender nada. A mente dos homens é um lugar confuso e o Ruído é como se fosse o rosto vivo dessa confusão. No Ruído existe a verdade, mas também existem as fantasias dos homens e o que eles imaginam. O Ruído pode dizer uma coisa e o completo oposto ao mesmo tempo. A verdade está sempre ali, isso é certo, mas como podemos distinguir o que é verdade e o que não é quando vemos tudo? O Ruído é o homem sem filtro e, sem filtro, o homem não passa de caos em movimento.
Patrick Ness (The Knife of Never Letting Go (Chaos Walking, #1))
Aí desaparece o desinteresse e divisa-se o vago esboço do demónio; cada qual para si. O eu sem olhos uiva, procura, apalpa e rói. Existe nesse golfão o Ugolino social. As figuras ferozes que giram nessa cova, quase animais, quase fantasmas, não se ocupam do progresso universal, cuja ideia ignoram; só cuidam de saciar-se cada uma a si mesma. Quase lhes falta a consciência, e parece haver uma espécie de amputação terrível dentro delas. São duas as suas mães, ambas madrastas: a ignorância e a miséria. O seu guia é a necessidade; e para todos as formas de satisfação, o apetite. São brutalmente vorazes, quer dizer, ferozes; não à maneira do tirano, mas à maneira do tigre. Do sofrimento passam estas larvas ao crime; filiação fatal, geração aterradora, lógica das trevas. O que roja pelo entressolo social não é a reclamação sufocada do absoluto; é o protesto da matéria. Torna-se aí dragão o homem. Ter fome e sede é o ponto de partida; ser Satanás é o ponto de chegada. Esta cova produz Lacenaire. Acima viu o leitor, no livro quarto, um dos compartimentos da mina superior, da grande cova política, revolucionária e filosófica, onde, como acabou de ver, é tudo pobre, puro, digno e honesto; onde, sem dúvida, é possível um engano, e efectivamente os enganos se dão; mas onde o erro se torna digno de respeito, tão grande é o heroísmo a que anda ligado. O complexo do trabalho que aí se opera chama-se Progresso. Chegada é, porém, a ocasião de mostrarmos ao leitor outras funduras, as profunduras medonhas. Por baixo da sociedade, insistimos, existirá sempre a grande sopa do mal, enquanto não chegar o dia da dissipação da ignorância. Esta sopa fica por baixo de todas e é inimiga de todas. É o ódio sem excepção. Não conhece filósofos; o seu punhal nunca aparou penas. A sua negrura não tem nenhuma relação com a sublime negrura da escrita. Nunca os negros dedos que se crispam debaixo desse tecto asfixiante folhearam um livro ou abriram um jornal. Para Cartouche, Babeuf é um especulador; para Schinderhannes, Marat é um aristocrata. O objetivo desta sopa consiste em abismar tudo. Tudo, inclusive as sapas superiores que esta aborrece de morte. No seu medonho formigar, não se mina somente a ordem social actual: mina-se a filosofia, a ciência, o direito, o pensamento humano, a civilização, a revolução, o progresso. Tem simplesmente o nome de roubo, prostituição, homicídio e assassinato. As trevas querem o caos. A sua abóbada é formada de ignorância. Todas as outras, as de cima, têm por único alvo suprimi-la, alvo para o qual tendem a filosofia e o progresso, por todos os seus órgãos, tanto pelo melhoramento do real, como pela contemplação do absoluto. Destruí a sapa Ignorância, e teres destruído a toupeira do Crime. Humanidade quer dizer identidade. Os homens são todos do mesmo barro. Na predestinação não há diferença nenhuma, pelo menos neste mundo. A mesma sombra antes, a mesma carne agora, a mesma cinza depois. Mas a ignorância misturada com a massa humana enegrece-a. Essa negrura comunica-se ao interior do homem, e converte-se no Mal.
Victor Hugo (Les Misérables: Marius (Les Misérables, #3))
Para que serviria a vida, se ela fosse uma cadeia? Viver é gastar, esperdiçar a sua existência, como uma riqueza que Deus dá para ser prodigalizada. Os que só cuidam de preservá-la dos perigos, esses são os piores avarentos!
José de Alencar (Diva)