Cordae Quotes

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Pegou numa corda e pendurou-se numa figueira. Foi o mais estranho fruto daquela árvore.
Afonso Cruz (Jesus Cristo Bebia Cerveja)
If you play to your strengths, you'll turn in a superior performance. Just be yourself.
Yuki Kure (La Corda d'Oro, Volume 9)
Gosto de ver as palavras plenas de sentido ou carregadas de vazio no varal da linha. Palavras caídas, apanhadas, surgidas, inventadas na corda bamba da vida.
Conceição Evaristo (Olhos d'Água)
And I'd never admit it out loud, but the truth is he intrigues me.
Yuki Kure (La Corda d'Oro, Volume 9)
A raiva aproxima as caras, os corpos, as bocas. Tal como a paixão, que também é um sentimento feito de corda, que ata as pessoas umas às outras, e que nasce na língua como um veneno.
Afonso Cruz (Para Onde Vão Os Guarda-Chuvas)
I never thought she'd take up so much space in my heart…
Yuki Kure (La Corda d'Oro, Volume 9)
e é possível que esta noite, depois de jantar, abra a suite de bach sobre o atril, respire fundo e roce com o arco as cordas para que a primeira nota nascida o venha consolar das incorrigíveis banalidades do mundo e a segunda as faça esquecer
José Saramago (Death with Interruptions)
- Estamos num mundo de mortos, Vasco. Mortos a que se deu corda e fingem de vivos até que a corda pare. Mas esvaziados,secos, decompostos por dentro. Que ao menos a carne viva. Será por isso que tantos procuram a festa dos sentidos?
Fernando Namora (Os Clandestinos)
Querem muitos que o tempo passe, depressa, depressa, e um dia descobrem que o tempo os devorou, sorna e galanteador, nessa luta desigual entre o finito de cada um e o infinito do mundo onde temos a ilusão de mandar no tempo, talvez porque damos corda aos relógios e decidimos se a hora atrasa ou adianta.
Alves Redol (O Muro Branco)
Estendi cordas de campanário a campanário; guirlandas de janela a janela; correntes de ouro de estrela a estrela, e danço.
Arthur Rimbaud (Illuminations)
A morte, afinal, é uma corda que nos amarra as veias. O nó está lá desde que nascemos. O tempo vai esticando as pontas da corda, nos estancando pouco a pouco.
Mia Couto (Sleepwalking Land)
--Here, my good man. Could you tell me whereabouts Horatio Street...good heavens. Thus called upon, he took courage; the sursum corda of an extravagant belch straightened him upright, and he answered, --Whfffck? Whether this was an approach to discussion he had devised himself, or a subtle adaptation of the Socratic method of questioning perfected in the local athenaeums which he attended until closing time, was not to be known; for the answer was, --Stand aside.
William Gaddis (The Recognitions)
Your health is important to your performance.
Yuki Kure (La Corda d'Oro, Volume 9)
Como é que se matam saudades não é coisa que se explique de um modo claro. Ele não há ferro nem fogo, corda nem veneno, e todavia as saudades expiram, para a ressurreição, alguma vez antes do terceiro dia. Há quem creia que, ainda mortas, são doces, mais que doces. Esse ponto, no nosso caso, não pode ser ventilado, nem eu quero desenvolvê-lo, como aliás cumpria.
Machado de Assis
Il cane se ne era andato attraverso uno strappo nella rete degli eventi. Ne lasciamo tanti, lacerazioni dell'incuria quando mettiamo insieme causa ed effetto. L'essenziale è che la corda, l'intreccio che ora mi reggeva, tenesse.
Elena Ferrante (The Days of Abandonment)
Se na vida há uma coisa real e divina é a arte - e na arte se há um raio do céu é na música. Na música que nos vibra as cordas da alma, que nos acorda da modorra da existência a alma embotada. Oh! é tão doce sentir a voz vaporosa que trina, que nos enleva - e que parece que nos faz desfalecer, amar, e morrer!
Álvares de Azevedo (Macário)
Existem cordas, nos corações dos mais indiferentes, que não podem ser tocadas sem emoção.
Edgar Allan Poe (The Masque of the Red Death)
La corda rappresenta lo stesso scorrere del tempo. I fili si torcono e si intrecciano, a volte si sciolgono e si uniscono di nuovo. Questo è il tempo
Makoto Shinkai (your name.)
Se un uomo viene colpito da una freccia avvelenata e non vuole che gli sia tolta prima di sapere chi l'abbia lanciata, a quale casta appartenga, quale sia il suo nome, quale sia la sua famiglia, quale sia la sua statura, quale sia la sua carnagione, da quale paese provenga, il tipo di arco che usa, il tipo di corda, il tipo di freccia, il tipo di penne, il tipo di punta, ecc., costui morirà prima di conoscere tutte queste cose.
Gautama Buddha
Instruções para dar corda ao relógio Lá no fundo está a morte, mas não tenha medo. Segure o relógio com uma mão, pegue com dois dedos o pino da corda, puxe-o suavemente. Agora abre-se outro prazo, as árvores soltam suas folhas, os barcos correm regata, o tempo como um leque vai-se enchendo de si mesmo e dele brotam o ar, as brisas da terra, a sombra de uma mulher, o perfume do pão. Que mais quer, que mais quer? Amarre-o depressa ao seu pulso, deixe-o bater em liberdade, imite-o anelante. O medo enferruja as âncoras, cada coisa que pôde ser alcançada e foi esquecida começa a corroer as veias do relógio, gangrenando o frio sangue de seus pequenos rubis. E lá no fundo está a morte se não corremos, e chegamos antes e compreendemos que já não tem importância.
Julio Cortázar (Historias de cronopios y de famas / Un tal Lucas)
Falar do passado é o mais fácil que há, está tudo escrito, é só repetir, papaguear, conferir pelos livros o que os alunos [escrevem] nos livros ou nas chamadas orais, ao passo que falar de um presente que a cada minuto nos rebenta na cara, falar dele todos os dias do ano ao mesmo tempo que se vai navegando pelo rio da História acima até às origens, ou lá perto, esforça-nos por entender cada vez melhor a cadeia de acontecimentos que nos trouxe aonde estamos agora, isso é outro cantar, dá muito trabalho, exige constância de aplicação, há que manter sempre a corda tensa, sem quebra.
José Saramago
I love hearing your trumpet. You always make me feel renewed.
Yuki Kure (La Corda d'Oro, Volume 9)
Ma c’era un qualcosa di gelido e scoraggiante nell’improvvisa distanza che si insinuava tra noi nei momenti più inaspettati. Sembrava quasi che lo facesse apposta; prima mi dava corda, e poi ancora, e poi cancellava anche la minima parvenza di amicizia.
André Aciman (Call Me By Your Name (Call Me By Your Name, #1))
(...)sentou-se para descansar e em breve fazia de conta que ela era uma mulher azul porque o crepúsculo mais tarde talvez fosse azul, faz de conta que fiava com fios de ouro as sensações. faz de conta que a infância era hoje e prateada de brinquedos, faz de conta que uma veia não se abrira e faz de conta que dela não estava em silêncio alvíssimo escorrendo sangue escarlate, e que ela não estivesse pálida de morte mas isso fazia de conta que estava mesmo de verdade, precisava no meio do faz de conta falar a verdade de pedra opaca para que contrastasse com o faz de conta verde-cintilante, faz de conta que amava e era amada, faz de conta que não precisava morrer de saudade, faz de conta que estava deitada na palma transparente de Deus, não Lóri mas o seu nome secreto que ela por enquanto ainda não podia usufruir, faz de conta que vivia e não que estivesse morrendo pois viver afinal não passava de se aproximar cada vez mais da morte, faz de conta que ela não ficava de braços caídos de perplexidade quando os fios de ouro que fiava se embaraçavam e ela não sabia desfazer o fino fio frio, faz de conta que ela era sábia bastante para desfazer os nós de corda de marinheiro que lhe atavam os pulsos, faz de conta que tinha um cesto de pérolas só para olhar a cor da lua pois ela era lunar, faz de conta que ela fechasse os olhos e seres amados surgissem quando abrisse os olhos úmidos de gratidão, faz de conta que tudo o que tinha não era faz de conta, faz de conta que se descontraía o peito e uma luz douradíssima e leve guiava por uma floresta de açudes mudos e de tranqüilas mortalidades, faz de conta que ela não era lunar, faz de conta que ela não estava chorando por dentro.
Clarice Lispector
Proclamava-se ali o fim do mundo, a salvação penitencial, a visão do sétimo dia, o advento do anjo, a colisão cósmica, a extinção do sol, o espírito da tribo, a seiva da mandrágora, o unguento do tigre, a virtude do signo, a disciplina do vento, o perfume da lua, a reivindicação da treva, o poder do esconjuro, a marca do calcanhar, a crucificação da rosa, a pureza da linfa, o sangue do gato preto, a dormência da sombra, a revolta das marés, a lógica da antropofagia, a castração sem dor, a tatuagem divina, a cegueira voluntária, o pensamento convexo, o côncavo, o plano, o vertical, o inclinado, o concentrado, o disperso, o fugido, a ablação das cordas vocais, a morte da palavra.
José Saramago (Blindness)
É quase dia; desejara que já tivesses ido, não mais longe porém, do que a travessa menina deixa o meigo passarinho que das mãos ela solta - tal qual pobre prisioneiro na corda bem torcida - para logo puxá-lo novamente pelo fio de seda, tão ciumenta e amorosa é de sua liberdade.
William Shakespeare (Romeo and Juliet)
Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.
Fernando Pessoa
Quasi tutta la gente ha una corda che la lega a qualcuno, e la corda può essere corta, oppure lunga. È che tu non lo sai quanto è lunga. Non è tua la scelta.
Nick Hornby (A Long Way Down)
A morte, afinal, é uma corda que nos amarra as veias.
Mia Couto (Mar me Quer)
Era un lunedì e camminavano verso il sole su una corda tesa.
Markus Zusak (The Book Thief)
Em todos os cantos os soldados topavam com japoneses imobilizados por cordas, sendo brutalmente espancados
Fernando Morais (Corações Sujos: A História da Shindo Renmei)
O universo te dá corda, deixa você se debater à vontade, e depois puxa para você se enforcar.
Philip K. Dick (VALIS)
Espero que cheguem a esta fogueira a qualquer momento. Mas a esperança é como um pedaço de corda quando você está se afogando: simplesmente não é o suficiente para tirar você da água sozinho.
Robert Jordan
Levarão séculos para me içar, se é que estão realmente içando, e enquanto dure esta longa ascensão do meu cadáver, mas também do que está dentro dêle, eu e não êle - continuarei minuto a minuto a cuspir-lhes do fundo da minha consciência, com esta corda no pescoço mas cuspindo, em sinal de protesto e sobretudo de nôjo - por mim e por todos êsses que morreram nos meus testículos, que morreram ou que estão morrendo, juntamente comigo morrendo, nesta matança dos inocentes. Mesmo morto continuarei dando meu testemunho de morto. Esta chuva imóvel serei eu que estarei cuspindo.
Campos de Carvalho (A Chuva Imóvel)
desde os primeiros séculos da escrita até à idade Média, a norma era ler em voz alta, para si próprio ou para os outros, e os escritores pronunciavam as frases à medida que as escreviam ouvindo assim a sua musicalidade. Os livros não eram uma canção que se cantava com a mente, como agora, mas sim uma melodia que saltava para os lábios e soava em voz alta. O leitor convertia-se no intérprete que lhe emprestava as suas cordas vocais. (...) quando se lia um livro costumava haver testemunhas. Eram frequentes as leituras em público,e os relatos que agradavam andavam de boca em boca.
Irene Vallejo (El infinito en un junco)
Però il rimpianto esiste, e i legami esistono, radicati in noi come alberi che non cedono neanche all'uragano, inevitabili come la fame e la sete. Non te ne puoi mai liberare, anche se ci provi con tutta la tua volontà, la tua logica. Magari credi di averli dimenticati e un giorno riaffiorano, irrimediabilmente, spietati, per metterti la corda al collo più di qualsiasi boia. E strozzarti.
Oriana Fallaci (Letter to a Child Never Born)
Quando le cose vanno bene e sei tu a sentirti giù di corda, un bicchiere può parti sentir meglio. Ma quando sono le cose ad andar male e tu bene, un bicchiere non può far altro che chiarirti ulteriormente il concetto.
Ernest Hemingway (Sotto il crinale e altri racconti)
Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tangem e rangem, cordas e harpas, timbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia." Fernando Pessoa (Bernardo Soares) in Livro do Desassossego
Fernando Pessoa
As mesas do Café endoideceram feitas Ar... Caiu-me agora um braço... Olha lá vai ele a valsear, Vestido de casaca, nos salões do vice-Rei... (Subo por mim acima como por uma escada de corda, e a minha Ânsia é um trapézio escangalhado...)
Mário de Sá-Carneiro (Obra Poética)
(...) Então lá o enforcámos, mas só ficou pendurado por alguns segundos, que a corda rompeu-se e ele caiu ao chão, mas logo veio a si e se pôs a gritar para mim: «Senhor general, vou para casa, já me enforcaram, e de acordo com a lei não posso ser enforcado duas vezes pela mesma coisa.»(...)
Jaroslav Hašek (The Good Soldier Švejk)
Se hai paura di farti male, aumenti le probabilità di fartene sul serio. Guarda i funamboli: secondo te, quando camminano sulla corda tesa pensano che potrebbero cadere? No, accettano il rischio, e assaporano il gusto che procura scampare al pericolo. Se passi la vita cercando di non romperti niente, ti annoierai tantissimo, credimi...
Mathias Malzieu (La Mécanique du cœur)
Sebbene Nino non mi desse corda, il solo intravederlo mi teneva la testa per aria durante le lezioni. La sua presenza qualche aula più' in la', vero, vivo, colto più' dei professori e coraggioso e disobbediente, svuotava di senso i discorsi dei miei insegnanti, le righe dei libri, i progetti di matrimonio, la pompa di benzina lungo lo stradone
Elena Ferrante
Thus called upon, he took courage: the sursum corda of an extravagant belch straightened him upright, and he answered, — Whfffck? Whether this was an approach to discussion he had devised himself, or a subtle adaptation of the Socratic method of questioning perfected in the local athenaeums which he attended until closing time, was not to be known; for the answer was, — Stand aside. — Here, don't goway. Here, how do youfffk. . He licked a lip and commenced again, putting out a hand. — My name Boyma. . he managed, summoning himself for the challenge of recognition. — And you must be Gro… go… raggly! He seemed to have struggled up on that word from behind; and he finished with the triumph of having knocked it over the head. He did in fact look down, as though it might be lying there at his feet. It was such a successful combat that he decided to renew it. — Go. . gro. . gorag… His hand found a wrist, and closed thereon. Bells sounded, from a church somewhere near. — Go. . ro. . grag. . But the sharp heel of a hand delivered to the side of his head stopped him, and he dropped against the wall with no exclamation of surprise whatever.
William Gaddis (The Recognitions)
Será verdade que sou um salafrário? A poltrona é verde, a corda parece uma alça, isso é indiscutível. Mas em relação às pessoas pode-se sempre discutir, tudo o que fazem pode ser explicado, por cima ou por baixo, como se queira. Recusei porque quero permanecer livre. É o que posso dizer. Mas posso dizer também: tive medo, prefiro minhas cortinas verdes, prefiro tomar ar à tare no meu balcão, e não desejaria que isso mudasse. Agrada-me indignar-me contra o capitalismo, mas não desejo que o suprimam, porque não teria mais motivos de indignação. Agrada-me sentir-me desdenhoso e solitário, agrada-me dizer 'não', sempre 'não', e teria medo que se tentasse construir para valer um mundo vivível porque teria que dizer 'sim' e fazer como os outros.Por cima ou por baixo: quem julgaria?
Jean-Paul Sartre
Ergueu a cabeça e, de cima do montículo, envolveu com um olhar ausente a vastidão deserta desse Outono e as cúpulas do mosteiro. O seu rosto, de nariz arrebitado, contraiu-se. Alongou o pescoço. Esse movimento de cabeça, num lobozinho, seria indício de que ia pôr-se a uivar. Com o rosto nas mãos, o pequeno desatou a chorar. Uma nuvem que corria ao seu encontro começou a vergastá-lo nas mãos e na face com as cordas de uma chuva gelada.
Boris Pasternak (Doctor Zhivago)
A razão para a diferença é simples demais. Você nunca tem consciência do quanto de fato acredita em alguma coisa enquanto a verdade ou a falsidade dessa coisa não se torna uma questão de vida ou morte para você. É fácil dizer que você acredita que uma corda seja fora e segura, enquanto a está usando apenas para amarrar uma caixa; mas imagine que deva dependurar-se nessa corda sobre um precipício. Será que não iria primeiro descobrir o quanto na verdade confia nela?
C.S. Lewis (A Grief Observed)
Stava per rompermi le gambe» disse, il mento sollevato, e appena un tremolio nella voce. «E a quel punto saresti venuto a prendermi, Kaz? Quando non sarei più stata in grado di scalare un muro o di camminare sulla corda? Quando non sarei più stata lo Spettro?» Manisporche non l’avrebbe fatto. Il ragazzo in grado di tirarli fuori da quella situazione, recuperare i loro soldi e tenerli in vita, le avrebbe fatto la cortesia di porre fine alle sue sofferenze, dopodiché si sarebbe occupato di ridurre i danni economici e sarebbe andato avanti. «Sarei venuto a prenderti» disse e, quando vide lo sguardo diffidente che lei gli lanciò, lo disse di nuovo. «Sarei venuto a prenderti. E se non fossi stato in grado di camminare, sarei arrivato da te strisciando, e non importa se ci avrebbero ridotti a pezzi, noi ne saremmo usciti vivi battendoci insieme: con i pugnali sguainati e le pistole fumanti. Perché è così che funziona per quelli come noi. Noi non smettiamo mai di combattere.
Leigh Bardugo (Crooked Kingdom (Six of Crows, #2))
A memória é a costureira, e por sinal bastante imprevisível. A memória faz correr a agulha para dentro e para fora, para cima e para baixo, para cá e para lá. Não sabemos o que vem a seguir, ou o que virá depois. Assim, o mais banal movimento no mundo, tal como sentar-se a uma mesa e puxar para perto o tinteiro, pode agitar mil fragmentos díspares e desconexos, alguns brilhantes, outros obscuros, pendurados, balançando, mergulhando e tremulando como as roupas de baixo de uma família de catorze membros presas a uma corda durante forte ventania.
Virginia Woolf (Orlando)
Degli uomini ci si può approfittare a volontà, ma con le donne non bisogna tirare troppo la corda. Perché la donna, in fondo al cuore, desidera sempre dire la verità. Quanti mariti ingannano la moglie portandosi il segreto nella tomba? Quante mogli ingannano il marito e poi gli rovinano la vita sbattendogli in faccia la verità? E lo fanno perché qualcuno ha tirato troppo la corda. Seguendo un impulso improvviso (del quale si pentiranno, bien entendu), dimenticano ogni prudenza e si ribellano, proclamano la verità concedendosi un grande sollievo momentaneo.
Agatha Christie (The Murder of Roger Ackroyd (Hercule Poirot, #4))
Oh", esclamò, " l'ha detto. Il disperato vuoto. Cielo, c'è un sacco di gente che la parte del vuoto l'ha capita; laggiù dove lavoravo, sulla costa occidentale, non parlavamo d'altro. Ce ne stavamo seduti a chiacchierare del vuoto per tutta la notte. Ma nessuno ha mai detto disperato, era lì che ci mancava il coraggio. Perché forse ci vuole una certa dose di coraggio per rendersi conto del vuoto, ma ne occorre un bel po' di più per scorgere la disperazione. E secondo me, una volta che si scorge la disperazione, non resta altro da fare che tagliare la corda. Se si può, beninteso".
Richard Yates (Revolutionary Road)
Com o êxito das teorias científicas em descrever os eventos, a maioria das pessoas passou a acreditar que Deus permite ao universo evoluir de acordo com uma série de leis e que ele não intervém para violá-las. Contudo, as leis não nos dizem como devia ser o aspecto do universo no início — ainda teria cabido a Ele dar corda no relógio e decidir como pô-lo em funcionamento. Contanto que o universo tenha tido um início, podemos supor que houve um criador. Mas, se o universo fosse de fato absolutamente contido em si mesmo, sem contorno nem borda, ele não teria início nem fim: ele simplesmente seria. Nesse caso, qual é o papel de um criador?
Stephen Hawking (Uma breve história do tempo (Portuguese Edition))
infine l'antichissima sapienza indiana dice: "È Maya, il velo ingannatore, che avvolge gli occhi dei mortali e fa loro vedere un mondo del quale non può dirsi né che esista, né che non esista; perché ella rassomiglia al sogno, rassomiglia al riflesso del sole sulla sabbia, che il pellegrino da lontano scambia per acqua; o anche rassomiglia alla corda gettata a terra, che egli prende per un serpente" (Questi paragoni si trovano ripetuti in luoghi innumerevoli dei Veda e dei Purana). Ma ciò che tutti costoro pensavano, e di cui parlano, non è altro se non quel che anche noi ora, appunto, consideriamo: il mondo come rappresentazione, sottomesso al principio della ragione.
Arthur Schopenhauer (Il mondo come volontà e rappresentazione)
(…) Credete, Jane, di avere una sorta di parentela con me? " 
Non osavo rispondere in quel momento: avevo il cuore gonfio.
 " Perché " disse " qualche volta, soprattutto quando mi siete vicina, come ora, ho nei vostri confronti una sensazione strana: mi sembra di avere una corda, sotto le costole, a sinistra, strettamente, inestricabilmente annodata a una corda analoga situata nella stessa zona del vostro corpo esile. E se quel tempestoso tratto di mare e tre, quattrocento chilometri di terra si metteranno con tutta la loro vastità tra noi, ho paura che quella corda che ci unisce verrà spezzata; e allora temo che comincerei a sanguinare internamente. Quanto a voi… mi dimenticherete.
Charlotte Brontë (Jane Eyre)
(…) Credete, Jane, di avere una sorta di parentela con me? ” 
 Non osavo rispondere in quel momento: avevo il cuore gonfio.
 “ Perché “ disse “ qualche volta, soprattutto quando mi siete vicina, come ora, ho nei vostri confronti una sensazione strana: mi sembra di avere una corda, sotto le costole, a sinistra, strettamente, inestricabilmente annodata a una corda analoga situata nella stessa zona del vostro corpo esile. E se quel tempestoso tratto di mare e tre, quattrocento chilometri di terra si metteranno con tutta la loro vastità tra noi, ho paura che quella corda che ci unisce verrà spezzata; e allora temo che comincerei a sanguinare internamente. Quanto a voi… mi dimenticherete. ” Rochester
Charlotte Brontë (Jane Eyre)
(…) Credete, Jane, di avere una sorta di parentela con me? ” 
 Non osavo rispondere in quel momento: avevo il cuore gonfio. 
“ Perché “ disse “ qualche volta, soprattutto quando mi siete vicina, come ora, ho nei vostri confronti una sensazione strana: mi sembra di avere una corda, sotto le costole, a sinistra, strettamente, inestricabilmente annodata a una corda analoga situata nella stessa zona del vostro corpo esile. E se quel tempestoso tratto di mare e tre, quattrocento chilometri di terra si metteranno con tutta la loro vastità tra noi, ho paura che quella corda che ci unisce verrà spezzata; e allora temo che comincerei a sanguinare internamente. Quanto a voi… mi dimenticherete. ” Rochester
Charlotte Brontë (Jane Eyre)
Swan had used them to send Sophie messages. He fished out the tiny velvet pouch and Sophie caught herself clutching her allergy remedy necklace. She still kept the silver moonlark pin that Calla had given her attached to the cord—a reminder of the friend she’d lost, and a symbol of the role she needed to figure out how to play. “Looks like we’re good,” Sandor said, handing her the small boobrie pin—a strange black bird with bright yellow tail feathers. “Can’t imagine that means anything important.” Sophie couldn’t either. Especially since the Black Swan had been annoyingly silent. No notes. No clues. No answers during their brief meetings. Apparently they were “regrouping.” And it was taking forever. At least the Council was doing something—setting up goblin patrols and trying to arrange an ogre Peace Summit. The Black Swan should at least be . . . Actually, Sophie didn’t know what they should be doing. That was the problem with having her friend join the enemy. “There you are!” a familiar voice said behind her. “I was starting to think you’d ditched us.” The deep, crisp accent was instantly recognizable. And yet, the teasing words made Sophie wish she’d turn and find a different boy. Fitz looked as cute as ever in his red Level Five uniform, but his perfect smile didn’t reach his trademark teal eyes. The recent revelations had been a huge blow for all of her friends, but Fitz had taken it the hardest. Both his brother and his best friend had run off with the Neverseen. Alvar’s betrayal had made Fitz wary—made him doubt every memory. But Keefe’s?
Shannon Messenger (Lodestar (Keeper of the Lost Cities, #5))
Sim, ela vai esquecer a igreja branca e dourada como tinha esquecido tantas outras. Aquela curiosidade que havia mantido quase intacta lhe parecia com frequência como uma sobrevivência obstinada: mas de que servia se as lembranças se reduzem a poeira? A lua brilhava, como a estrelinha que a acompanha fielmente, e Nicole se lembrou dos versos bonitos de Aucassin e Nicolette: “Estrelinha, eu te vi/ Que a lua traz a si.” Esta é a vantagem da literatura, pensou ela: nós guardamos as palavras conosco. As imagens murcham, deformam-se, apagam-se. Mas ela reencontrava as velhas palavras em suas cordas vocais, quase como foram escritas. As palavras os uniam aos séculos passados, quando os astros brilhavam exatamente como hoje. E esse renascimento e essa permanência lhe davam uma impressão de eternidade.
Simone de Beauvoir (Misverstand in Moskou)
A quei tempi consumavo un'enorme quantità di gesso, per via di una carenza di calcio. La cosa mi causava un po' di febbre, ma non ne ho mai approfittato per trascurare la scuola, poiché – come dico sempre – amavo i professori e in special modo il professore (assai brillante) di lettere. È per questo che, impietosito dal poveretto, dopo che i suoi allievi gli avevano assassinato una poesia, alle dodici e trenta precise, nel parco accanto alla scuola e con l'aiuto di una corda per saltare dimenticata lì da qualche bambina, ho messo fine ai suoi tormenti. Il mio gesto umanitario fu ricompensato con sette anni di reclusione. Sia chiaro, non ho mai avuto di che pentirmene, tanto quei sette anni furono ricchi di insegnamenti di ogni genere, e tanto erano grandi il mio affetto per le guardie e la mia ammirazione per il direttore del carcere. Ma questa è un'altra storia.
Ágota Kristóf (La vendetta)
«…e Gesù mi ha fatto cadere qui, poi questa deliziosa fanciulla mi ha trovato per strada e mi ha portato…» «…scaricato…» corresse tra i denti Michele. «…in questo locale, ed ecco tutta la storia» terminò D. Grace inclinò la testa, come per studiarlo. «Dimostramelo.» «Gli stai anche dando corda?» domandò incredulo Michele. «Se è Dio, basta che me lo dimostri. Fai qualcosa di divino. Moltiplica birre e popcorn, resuscita il vecchio Giò che sta dormendo sul bancone…» «Sto riflettendo sul senso della vita» obiettò il succitato. «…ridai la vista ai ciechi» concluse Grace, indicando Michele. «Ehi, e questo cosa significherebbe?» «Ha ragione, figliolo» osservò il vecchio Giò. «Hai davanti agli occhi questo capolavoro della natura e non le hai ancora chiesto di venire a vedere la tua collezione di farfalle…» «Torna a dormire, tu!» sbraitò Michele. «Sto riflettendo sul senso dell’eterosessualità» gli rispose tranquillo l’altro. D sospirò, poi scosse la testa. «Non posso, il patto prevede che io non riprenda i miei poteri fino alla fine del trentatreesimo giorno.» «E dopo tuo figlio ti aiuterà a scatenare l’Apocalisse per tener fede al patto precedente coi Maya…» riassunse Grace. «Esattamente!» «Esattamente un cavolo!» Grace si portò la mano alla bocca, sconvolta dalla sua stessa volgarità. C’erano poche cose in grado di farla arrabbiare, ma l’Apocalisse era certamente una di quelle. «Scusa, ma non puoi farlo» riprese più calma. «Non puoi annientare così d’un colpo tutte queste vite animali e vegetali e vie di mezzo», indicò di nuovo Michele. «Sei licenziata!» esplose lui. «Per farlo, prima dovresti assumermi» scacciò l’obiezione con la mano. «Mi fa piacere che qualcuno si sia finalmente accorto che non l’ho mai fatto…» «Non puoi far finire tutto in questo modo solo per dar retta a uomini vissuti secoli fa, con un ego così immenso da pretendere di poter predire la fine del mondo! E il lavoro che ci hai messo per crearlo?» gli rinfacciò Grace. «L’opinione comune è che gli ci siano voluti solo sei giorni…» obiettò il vecchio Giò. «Torna a dormire, tu!» «Sto riflettendo sul senso di assecondare uno che si crede Dio.»
Mirya (Trentatré)
Nessun limite a Parigi. Nessuna città ha avuto questa dominazione che dileggiava talvolta coloro ch'essa soggioga: Piacervi o ateniesi! esclamava Alessandro. Parigi fa più che la legge, fa la moda; e più che la moda, l'abitudine. Se le piace, può esser stupida, e talvolta si concede questo lusso, allora l'universo è stupido con lei. Poi Parigi si sveglia, si frega gli occhi e dice: «Come sono sciocca!» e sbotta a ridere in faccia al genere umano. Quale meraviglia, una simile città! Quanto è strano che questo grandioso e questo burlesco si faccian buona compagnia, che tutta questa maestà non sia turbata da tutta questa parodia e che la stessa bocca possa oggi soffiare nella tromba del giudizio finale e domani nello zufolo campestre! Parigi ha una giocondità suprema: la sua allegrezza folgora e la sua farsa regge uno scettro. Il suo uragano esce talvolta da una smorfia; le sue esplosioni, le sue giornate, i suoi capolavori, i suoi prodigi e le sue epopee giungono fino in capo al mondo, e i suoi spropositi anche. La sua risata è una bocca di vulcano che inzacchera tutta la terra, i suoi lazzi sono faville; essa impone ai popoli le sue caricature, così come il suo ideale, ed i più alti monumenti della civiltà umana ne accettano le ironie e prestano la loro eternità alle sue monellerie. È superba: ha un 14 luglio prodigioso, che libera l'universo; fa fare il giuramento della palla corda a tutte le nazioni; la sua notte del 4 agosto dissolve in tre ore mille anni di feudalismo; fa della sua logica il muscolo della volontà unanime; si moltiplica sotto tutte le forme del sublime; riempie del suo bagliore Washington, Kosciusko, Bolivar, Botzaris, Riego, Bem, Manin, Lopez, John Brown, Garibaldi; è dappertutto dove s'accende l'avvenire, a Boston nel 1779, all'isola di Leon nel 1820, a Budapest nel 1848, a Palermo nel 1860; sussurra la possente parola d'ordine: Libertà, all'orecchio degli abolizionisti americani radunati al traghetto di Harper's Ferry ed all'orecchio dei patrioti d'Ancona, riuniti nell'ombra degli Archi, davanti all'albergo Gozzi, in riva al mare; crea Canaris, Quiroga, Pisacane; irraggia la grandezza sulla terra; e Byron muore a Missolungi e Mazet muore a Barcellona, andando là dove il suo alito li spinge; è tribuna sotto i piedi di Mirabeau, cratere sotto i piedi di Robespierre; i suoi libri, il suo teatro, la sua arte, la sua scienza, la sua letteratura, la sua filosofia sono i manuali del genere umano; vi sono Pascal, Régnier, Corneille, Descartes, Gian Giacomo; Voltaire per tutti i minuti, Molière per tutti i secoli; fa parlar la sua lingua alla bocca universale e questa lingua diventa il Verbo; costruisce in tutte le menti l'idea del progresso; i dogmi liberatori da lei formulati sono per le generazioni altrettanti cavalli di battaglia, e appunto coll'anima dei suoi pensatori e dei suoi poeti si sono fatti dal 1789 in poi gli eroi di tutti i popoli. Il che non le impedisce d'esser birichina; e quel genio enorme che si chiama Parigi, mentre trasfigura il mondo colla sua luce, disegna col carboncino il naso di Bourginier sul muro del tempio di Teseo e scrive Crédeville, ladro, sulle piramidi. Parigi mostra sempre i denti; quando non brontola, ride. Siffatta è questa Parigi. I fumacchi dei suoi tetti sono le idee dell'universo. Mucchio di fango e di pietre, se si vuole; ma, soprattutto, essere morale: è più che grande, è immensa. Perché? Perché osa. Osare: il più progresso si ottiene a questo prezzo. Tutte le conquiste sublimi sono, più o meno, premî al coraggio, perché la rivoluzione sia, non basta che Montesquieu la presagisca, che Diderot la predichi, che Beaumarchais l'annunci, che Condorcet la calcoli, che Arouet la prepari e che Rousseau la premediti: bisogna che Danton l'osi.
Victor Hugo
Continuo a chiedermi come paragonare questa prigione dove vivo al resto del mondo, e siccome il mondo è pieno di gente e qui non c'è anima viva, fuori che me, non posso farlo. Pure, continuo a battere su quel chiodo. La mia immaginazione farà da femmina al mio spirito, il mio spirito è il maschio, e fra tutti e due concepiranno una generazione di pensieri prolifici, e saranno essi a popolare questo microcosmo di personaggi irrequieti quanto la gente di questo mondo: poiché nessun pensiero è mai contento. I migliori, come i pensieri del divino, sono frammisti ai dubbi: tali da mettere il Verbo stesso in conflitto col Verbo. Come "Venite, pargoli"; oppure ancora "È difficile per un cammello passare per la cruna d'un ago". I pensieri che spronano all'ambizione, progettano imprese irrealizzabili: come queste vane, fragili unghie possano aprirsi una breccia tra le strutture granitiche di questo duro universo - le mura scabre della mia prigione. E poiché non possono, si annullano nella loro superbia. I pensieri che aspirano alla rassegnazione si consolano di non essere i primi, fra gli schiavi della Fortuna, e neppure gli ultimi: come stolti mendichi che, inchiodati alla gogna, si sentono meno umiliati perché è toccato a tanti, e toccherà a tanti altri. E in questo pensiero trovano una sorta di sollievo, caricando le proprie sventure sul dosso di quelli che prima di loro ebbero simile sorte. Così io recito in un sol personaggio la parte di molti: e nessuno contento. Qualche volta faccio il re: allora il tradimento mi fa sospirare di essere un poveraccio - ed io tale divento. Poi però l'opprimente miseria mi convince che me la passavo meglio da re. Ed eccomi rimesso sul trono: solo che di lì a poco mi vedo bello e detronizzato da Bolingbroke, e subito non sono più nulla. Ma chiunque io sia, né io né alcun uomo che possa dirsi uomo sarà contento di nulla finché non avrà il sollievo di non esser più nulla. Suono di musica. Sento della musica. Ah, ah! Andate a tempo! Come è aspra la dolce musica quando non tiene il ritmo e non rispetta il tempo. Così è per la musica delle umane vite: e qui io ho un orecchio talmente affinato da avvertire la stonatura in una corda non bene accordata. Ma per accordare il mio regno ai bisogni del tempo, non ebbi orecchio da avvertire le mie stonature. Ho fatto pessimo uso del tempo, e il tempo fa pessimo uso di me, ché ora il tempo ha fatto di me il suo orologio. I miei pensieri sono minuti, che i miei sospiri vanno ritmando sul quadrante dei miei occhi; mentre il mio dito, come la punta della lancetta, continua a segnare il tempo, nettandoli delle lacrime. Ora, signore, il suono che indica lo scadere dell'ora è il clamore dei gemiti che mi squassano il cuore - che è la campana. Così sospiri, e lacrime, e gemiti, scandiscono i minuti, i quarti e le ore; mentre il tempo mio va galoppando a portare la gioia del superbo Bolingbroke, e io me ne sto qui a fare il pupazzo, a guardia del suo orologio. Questa musica mi fa uscir di senno. Fatela smettere! Può darsi abbia ricondotto dei folli a rinsavire, ma io dico che può portare chi è savio alla follia. Pure, benedetta l'anima buona che me la infligge, poiché essa è segno d'affetto, e l'affetto per Riccardo è un ben raro gioiello, in un mondo così saturo d'odio.
William Shakespeare (Richard II)
Com as próprias mãos ela deu fim à existência. Talvez fosse melhor poupar-vos dos detalhes mais dolorosos, pois os fatos lastimáveis não se desenrolaram em vossa presença. Contudo sabereis o que sofreu Jocasta, até onde eu puder forçar minha memória. Quando a infeliz transpôs a porta do seu quarto lançou-se como louca ao leito nupcial; com as duas mãos ela arrancava seus cabelos. Depois fechou as portas violentamente, chamando aos gritos Laio há tanto tempo morto, gritando pelo filho que trouxera ao mundo para matar o pai e que a destinaria a ser a mãe de filhos de seu próprio filho, se merecessem esse nome. Lamentava-se no leito mesmo onde ela havia dado à luz — dizia a infeliz — em dupla geração aquele esposo tido de seu próprio esposo e os outros filhos tidos de seu próprio filho! Como em seguida ela morreu, não sei contar. Aos gritos Édipo acorreu, mas também ele não pôde presenciar a morte da rainha. Os nossos olhos não se despregavam dele correndo como um louco em todos os sentidos, pedindo em altos brados que um de nós lhe desse logo um punhal, gritando-nos que lhe disséssemos onde se achava sua esposa (esposa não, mas a mulher de cujo seio maternal saíram ele próprio e todos os seus filhos). Em seu furor não sei que deus fê-lo encontrá-la (não foi nenhum de nós que estávamos por perto). Então, depois de dar um grito horripilante, como se alguém o conduzisse ele atirou-se de encontro à dupla porta: fez girar os gonzos, e se precipitou no interior da alcova. Pudemos ver, pendente de uma corda, a esposa; o laço retorcido ainda a estrangulava. Ao contemplar o quadro, entre urros horrorosos o desditoso rei desfez depressa o laço que a suspendia; a infeliz caiu por terra. Vimos, então, coisas terríveis. De repente o rei tirou das roupas dela uns broches de ouro que as adornavam, segurou-os firmemente e sem vacilação furou os próprios olhos, gritando que eles não seriam testemunhas nem de seus infortúnios nem de seus pecados: “nas sombras em que viverei de agora em diante”, dizia ele, “já não reconhecereis aqueles que não quero mais reconhecer!” Vociferando alucinado, ainda erguia as pálpebras e desferia novos golpes. O sangue que descia em jatos de seus olhos molhava toda a sua face, até a barba; não eram simples gotas, mas uma torrente, sanguinolenta chuva em jorros incessantes. São ele e ela os causadores desses males, e os infortúnios do marido e da mulher estão inseparavelmente entrelaçados. Ambos provaram antes a felicidade, herança antiga; hoje lhes restam só gemidos, vergonha, maldição e morte, ou, em resumo, todos os males, todos, sem faltar um só!
Sophocles (Oedipus Rex (The Theban Plays, #1))
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste. E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever. Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel. Emoções indefiníveis me agitam inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: é desespero, raiva, um peso enorme no coração. Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão. Lá fora os sapos arengavam, o vento gemia, as árvores do pomar tornavam-se massas negras. - Casimiro! (...) A figura de Casimiro Lopes aparece à janela, os sapos gritam, o vento sacode as árvores, apenas visíveis na treva. Maria das Dores entra e vai abrir o comutador. Detenho-a: não quero luz. O tique-taque do relógio diminui, os grilos começam a cantar. E Madalena surge no lado de lá da mesa. Digo baixinho: - Madalena! A voz dela me chega aos ouvidos. Não, não é aos ouvidos. Também já não a vejo com os olhos. Estou encostado à mesa, as mãos cruzadas. Os objetos fundiram-se, e não enxergo sequer a toalha branca. - Madalena... A voz de Madalena continua a acariciar-me. Que diz ela? Pede-me naturalmente que mande algum dinheiro a Mestre Caetano. Isto me irrita, mas a irritação é diferente das outras, é uma irritação antiga, que me deixa inteiramente calmo. Loucura estar uma pessoa ao mesmo tempo zangada e tranqüila. Mas estou assim. Irritado contra quem? Contra Mestre Caetano. Não obstante ele ter morrido, acho bom que vá trabalhar. Mandrião! A toalha reaparece, mas não sei se é esta toalha sobre que tenho as mãos cruzadas ou a que estava aqui há cinco anos. (...) Agitam-se em mim sentimentos inconciliáveis, colerizo-me e enterneço-me; bato na mesa e tenho vontade de chorar. Aparentemente estou sossegado: as mãos continuam cruzadas sobre a toalha e os dedos parecem de pedra. Entretanto ameaço Madalena com o punho. Esquisito. Distingo no ramerrão da fazenda as mais insignificantes minudências. Maria das Dores, na cozinha, dá lições ao papagaio. Tubarão rosna acolá no jardim. O gado muge no estábulo. O salão fica longe: para irmos lá temos de atravessar um corredor comprido. Apesar disso a palestra de Seu Ribeiro e Dona Glória é bastante clara. A dificuldade seria reproduzir o que eles dizem. É preciso admitir que estão conversando sem palavras. Padilha assobia no alpendre. Onde andará Padilha? Se eu convencesse Madalena de que ela não tem razão... Se lhe explicasse que é necessário vivermos em paz... Não me entende. Não nos entendemos. O que vai acontecer será muito diferente do que esperamos. Absurdo. Há um grande silêncio. Estamos em julho. O nordeste não sopra e os sapos dormem. (...) Repito que tudo isso continua a azucrinar-me. O que não percebo é o tique-taque do relógio. Que horas são? Não posso ver o mostrador assim às escuras. Quando me sentei aqui, ouviam-se as pancadas do pêndulo, ouviam-se muito bem. Seria conveniente dar corda ao relógio, mas não consigo mexer-me.
Graciliano Ramos (São Bernardo)
Quando Shiva e Shakti se unem no sahasrara, a pessoa experimenta o samadhi, a iluminação ocorre no cérebro e as áreas silenciosas começam a funcionar. Shiva e Shakti permanecem unidos por algum tempo, e durante este período há uma perda total da consciência, pertencente um a outro. Ao mesmo tempo um bindu desenvolve. Bindu significa um ponto, uma gota, e bindu é o substrato de todo o cosmos. Dentro do bindu está a sede da inteligência humana e a sede de toda a criação. Em seguida, bindu se divide em dois, e Shiva e Shakti manifestam-se novamente em dualidade. Quando a ascensão aconteceu, ela foi somente a subida de shakti, mas agora quando a descida acontece, Shiva e Shakti, ambos, descem para os planos grosseiros e há novamente o conhecimento da dualidade. Depois da união total há uma espécie de retorno pelo mesmo caminho da ascensão. A consciência bruta que se tornou refinada, novamente torna-se embrutecida. Este é o conceito da encarnação divina ou avatar. Quando alguém atinge o mais elevado pináculo de samadhi, purusha e prakriti, ou Shiva e Shakti estão em total união e somente advaita existe, a experiência não dual. Ao mesmo temo, quando não há sujeito/objeto mais distinto, é muito difícil para alguém diferenciar. Se ele está falando com um homem ou com uma mulher, ele não sabe, ele não percebe a diferença. Ele pode até mesmo ser associado com pessoas espirituais ou divinas sem estar ciente disto, porque neste momento, sua consciência está reduzida ao nível da inocência de um bebê. Assim, no estado de samadhi, você é um bebê. Um bebê não pode falar da diferença entre um homem e uma mulher porque ele não tem distinção física ou sexual. Ele não pode distinguir um estudioso de um idiota, ele não pode nem mesmo ver qualquer a diferença entre uma serpente e uma corda. Ele pode segurar uma cobra como segura uma cobra. Isso só acontece quando a união está acontecendo. Quando Shiva e Shakti descem para os planos grosseiros, que é o mooladhara chakra, eles se separam e vivem como duas entidades. Há dualidade no mooladhara chakra, há dualidade na mente e sentidos e no mundo de nomes e formas, mas não há dualidade no samadhi. Não há nenhuma vidência ou experiência no estado de samadhi. Não há ninguém para dizer como o samadhi porque ele é uma experiência não-dual. É muito difícil entender por que Shiva e Shakti, ambos, descem para os planos brutos após terem atingindo a mais elevada união. Qual é o objetivo da destruição do mundo e a criação novamente? Qual é o objetivo de transcendência da consciência se você tem de voltar para ele novamente? Por que se preocupar em despertar Kundalini e uni-la com Shiva no sahasrara se você tem de voltar para o mooladhara novamente? Isto é algo muito misterioso e podemos perguntar, "Por despertar Kundalini absolutamente?" Por que construir uma mansão se você sabe que terá de pô-la abaixo quando ela estiver concluída? Na verdade, criamos um monte de coisas que serão destruídas. Então, porque fazê-lo absolutamente? Fazemos muita sadhana para transcender os chakras e ascender da terra para o céu. Então, quando chegamos ao paraíso e nos tornamos um com a grande realidade, de repente decidimos voltar para baixo. E não só, nós trazemos a grande unidade conosco. Seria mais fácil entender se Shakti voltasse sozinha e Shiva permanecesse no céu. Talvez, quando Shakti está prestes a sair, Shiva diga: "Espere, estou indo com você." Quando Shiva e Shakti descem aos níveis mais grosseiros da consciência, há a dualidade novamente. Isso é porque o homem auto-realizado é capaz de compreender a dor e todos os assuntos da vida mundana. Ele compreende todo o drama da dualidade, multiplicidade e diversidade. Às vezes nós, simples mortais, estamos em um dilema para compreender como este homem, como a mais elevada realização, é capaz de lidar com as dualidades sem esperanças da vida.
Satyananda Saraswati (Kundalini Tantra)
Não compreendia como é que os portugueses conseguiam ser um povo tão triste e tão saudoso. O fado bem refletia essa melancolia. O fado é saudade na letra e na música! O dedilhar nas cordas da guitarra portuguesa e o som que ela emite confundem-se com o som de um lamento #Página 296
Laura Karvell (Acredita e Vencerás)
Escurecia rápido, o navio afastava-se do poente. A lembrança da sombra no rosto de Marina tornava mais fácil aceitar a morte. Uma fita triangular de navegação tremulava no meio de uma corda tesa, gorda do vento, como uma língua de réptil. O corpo estava frio, sem pulso nem sinal algum, completamente largado sobre o seu. Já não havia quem observasse o pôr do sol, não havia o que olhar, apenas uma faixa de luz parda que se diluía sobre o horizonte, cada vez mais turva, indistinta do oceano. Completava-se o abandono lento em seus braços, sob o sorriso da portuguesa enternecida pelo aconchego da moça no ombro do marido. Era a suavidade da morte pública e despercebida. Ele tentava olhar adiante. Teria sido outra história se Marina tivesse se jogado ao mar. Cinquenta, sessenta, setenta metros de altura. Ele teria que se jogar também, arriscar a vida para ter o que enterrar, e iria junto, ninguém mergulha de um navio supondo que sobrevive, muito menos que salvará alguém. Se tivesse que se matar, haveria de ser como um prazer, o prazer que em vida lhe era torto. Deixaria o corpo boiar sobre o oceano, sem peso, ao sabor das correntes, o sono mais pesado e completo que alguém já teve. Talvez o prazer de jogar o corpo no vazio fosse ainda maior. Deixaria o ar limpar os pulmões e os pensamentos, purificar a vida que ficava para trás, no alto da amurada. Seria outro por um lapso, não haveria tempo para pensar no impacto. Talvez o mar restaurasse o sono, a onda fria embalasse as costas, o oceano como o único lugar em que os insones não são insones, embora lhes falte imaginação para sabê-lo. Tinha a impressão de que nunca mais adormeceria, enquanto ela dormiria para sempre, egoísta no sono final, a soberba daquele que reaprende a dormir e deixa o outro na vigília. Teria sido pior se ela tivesse esperado a volta para se matar. Ele aguentaria a náusea de cada milha. Agora podia abandonar o barco. Nada de Ilhas Canárias, Cádiz, Sevilha, nada do balanço que o torturava no convés ou na cabine. Olhava a distância em direção à noite e via o corpo desembarcar em Cabo Verde, sobrevoar o mar até Lisboa, voltar ao Brasil sobre o mesmo mar, as mesmas ilhas escassas do Atlântico. Dois, três dias com o corpo frio e rígido, rigor mortis, velava-o pelos ares, um fardo em plena leveza de nuvens, a dor que alçava ao sol dentro de um saco impermeável, um caixote de metal. Estariam no céu, um corpo que apodrece, um homem que chora, um amor que já não é mais. Alguém se aproximou, parou ao lado da amurada. O uniforme branco e impecável usado pelos tripulantes, certa familiaridade de hospital. — Preciso da sua ajuda. — What can I do for you, sir? — Minha mulher está morta.
Mauricio Lyrio (Memória da Pedra)
Non conosceva abbastanza il bondage o qualunque cosa fosse per potersi formare un’opinione personale. E visto che la conoscenza era l’unica arma in suo possesso per scacciare la paura, Amery aprì il portatile e digitò “shibari” nel motore di ricerca. La prima cosa che cercò fu la definizione. "Shibari-kinbaku è una tecnica che prevede l’utilizzo di corde per dare vita a un bondage sensuale, spettacolare ed erotico; questa tecnica ha origine nelle arti marziali giapponesi del XVI secolo, nelle punizioni giudiziarie del Giappone del XVIII secolo e nelle produzioni teatrali giapponesi del XIX secolo" Approfondì la lettura e apprese che quelle pratiche erano inizialmente basate sulle punizioni del bondage jujitsu chiamato hojojutsu. Non c’era da sorprendersi se Ronin si era interessato a quella tecnica, visto che nasceva da quell’arte marziale che aveva praticato per tutta la vita. Sembrava che l’hojojutsu fosse diffuso sin dai tempi dei samurai. Quando essi trasportavano i prigionieri, usavano delle corde per legarli e controllarli dopo la cattura. Alcuni samurai divennero famosi per la loro abilità nell’intrecciare le corde, attività che doveva essere funzionale, ma anche umana. I samurai entrarono in competizione tra loro: più elaborate e diverse erano le loro opere, maggiore rispetto acquisiva il maestro della corda. Amery apprese anche che i termini si riferivano a due tipi leggermente diversi della stessa disciplina bondage. Lo shibari era più artistico e si concentrava sulla bellezza del disegno delle corde sulla tela umana, era costituito da motivi elaborati e spesso veniva messo in scena come performance artistica. Il kinbaku, sebbene avesse in comune molti nodi e legature con lo Shibari, aveva una carica sessuale più marcata. Istituiva un legame tra il maestro della corda e la persona che veniva legata, fondato sul contatto della pelle durante il processo di legatura, e spesso i nodi venivano posti in zone erogene strategiche. The Mastered Series - Legami
Lorelei James (Legami (Mastered #1))
Piera, la protagonista di Vuoi vedere che è proprio amore?, è una giovane donna che lavora. Professoressa di inglese alle medie, vorrebbe diventare fotografa...Chissà se ce la farà? Ecco un breve estratto. Lui, Jean, si presenta non invitato a casa sua e lei, dopo molti se e ma, lo porta nella sua camera oscura. Non pensate male! O forse pensatelo. "La seguì in una stanza illuminata solo da un paio di lampadine rosse. Un altoparlante collegato a un iPod stava diffondendo la voce di Paul McCartney. Hey Jude. Che fosse un segno del destino? Non che lui credesse a certe baggianate, ma quella era una delle sue canzoni preferite, di sempre. «Ti piacciono i Beatles?» le chiese fingendo un’indifferenza che non provava. «Oh sì. In genere adoro il rock classico. Ma i Beatles…» «Sono i Beatles. Punto.» «Punto, sono d’accordo. E Revolution è un grande album!» «Sei una donna piena di sorprese» disse, pensando al genere di musica scadente che piaceva a Jasmine. «Io? Piena di sorprese?» domandò ridendo, nello sguardo un luccichio improvviso. Nonostante la luce rossa, fu quasi certo che Bambi fosse arrossita, e a lui piaceva da morire quando lei arrossiva. I suoi occhi sembravano diventare più grandi e lei cominciava a mordicchiarsi il labbro inferiore. Come stava facendo in quel momento. «Benvenuto nella mia tana di fotografa dilettante» aggiunse lei dopo un istante. Jean si guardò intorno. C’era tutto l’occorrente per sviluppo e stampa. Alcune foto in bianco e nero erano pinzate con mollette da bucato a una corda che correva da una parte all’altra della stanza. Come biancheria ad asciugare. «Sono meravigliato» esclamò guardandosi intorno. «Una camera oscura in piena regola! Non posso credere che con la comodità del digitale tu ti dia tanta pena a far tutto da sola…» «Al contrario, adoro farlo. È il mio hobby segreto. E poi, solo così ottengo esattamente ciò che voglio. O quasi. Non nego che spesso qua dentro combino dei veri pasticci, ma chi non ne combina?»
Viviana Giorgi (Vuoi vedere che è proprio amore?)
O que a gente geralmente faz é usar todas as nossas emoções para exagerar todas as situações que aparecem na nossa frente. Quando bota um relacionamento no meio, o troço consegue piorar. Mas existe uma saída secreta, muitas vezes ignorada, que poucos conhecem e que, se não for usada com sabedoria, pode acabar em desgraça: é preciso não dar corda. Tudo que nosso drama emocional precisa é não ser incentivado de forma alguma. É tão simples, mas tão, tão simples, que a gente custa a acreditar.
Jout Jout (Tá Todo Mundo Mal)
Tudo vem ao chamamento. Penso mar, e o mar enche-me a alma e as mãos. Balbucio cal, e na pele do tempo cresce uma casa onde não viverei, ergue-se uma cidade de melancolia na incerteza dos punhos, e nela nos ferimos. Digo sol, e quase cega consigo tocar-lhe. Só por ti clamo, e não te acendes, nem regressas, e me queimas. Fugir. Descer do cimo da minha razão por uma corda de chuva, vestir-me com a humidade verde das plantas, adquirir asas e reaver a memória de um mundo primordial.
Al Berto (Lunário)
Aveva l'espressione di un astronauta fluttuante nello spazio a cui si è sganciato il cavo e ha una sola possibilità di afferare una corda di salvataggio o di vagare per sempre nel nero infinito. Conoscevo quella sensazione, il panico che sembrava allungare il tempo, che trasformava i secondi in anni, e il dolore di essere feriti non da una persona, ma da molte, una banda di bulli che cresceva fino a includere il tuo quartiere e poi tutta la comunità, fino a spingerti a mettere in dubbio il mondo intero. E l'ultimo pensiero mentre allungavi il braccio fin quasi a sfiorare quella corda di salvataggio è in che modo, se fossi sopravvissuto, avresti potuto riparare quello che si era rotto, per poter dire che sì, volevi di nuovo essere parte di quel mondo.
Lissa Price (Starters (Starters, #1))
Scrivere è avanzare parola dopo parola su un filo di bellezza, il filo di una poesia, di un'opera, di una storia adagiata su carta di seta. Scrivere è avanzare passo dopo passo, pagina dopo pagina, sul cammino del libro. Il difficile non è elevarsi dal suolo e mantenersi in equilibrio sul filo del linguaggio, aiutato dal bilanciere della penna. Non è neppure andar dritto su una linea continua e talvolta interrotta da vertigini effimere quanto la cascata di una virgola o l'ostacolo di un punto. No, il difficile, per il poeta, è rimanere costantemente su quel filo che è la scrittura, vivere ogni ora della vita all'altezza del proprio sogno, non scendere mai, neppure per qualche istante, dalla corda dell'immaginazione. In verità, il difficile è diventare funambolo della parola.
Maxence Fermine
Jerônimo alheou-se de sua guitarra e ficou com as mãos esquecidas sobre as cordas, todo atento para aquela música estranha, que vinha dentro dele continuar uma revolução começada desde a primeira vez em que lhe bateu em cheio no rosto, como uma bofetada de desafio, a luz deste sol orgulhoso e selvagem, e lhe cantou no ouvido o estribilho da primeira cigarra, e lhe acidulou a garganta o suco da primeira fruta provada nestas terras de brasa, e lhe entonteceu a alma o aroma do primeiro bogari, e lhe transtornou o sangue o cheiro animal da primeira mulher, da primeira mestiça, que junto dele sacudiu as saias e os cabelos.
Aluísio Azevedo (O Cortiço)
O suicídio é um acto de coragem, o desejo de antecipar a morte, de adiantar as horas. Qual será, afinal, a diferença entre ter a vida presa por um fio ou o pescoço por uma corda?
Gonçalo S. Neves
Quero-te, para que te suicides comigo, de corda ao pescoço, a dez centímetros do chão, para que sintamos a morte ao milímetro, para que percebamos que o desamor nasce de pequenos descuidos.
Gonçalo S. Neves
Volevo creare qualcosa di bello, anche se era fugace come il dolore. Non sarò mai un artista con i mezzi tradizionali, ma con una corda tra le mani e un’immagine nella testa, posso diventarlo anch’io
Lorelei James (Bound (Mastered, #1))
É fácil matar com um arco, garota. Como é fácil soltar a corda do arco e pensar, não sou eu, é a flecha. O sangue daquele menino não está em minhas mãos. A flecha o matou, não eu. Mas não é a flecha que sonha durante a noite.
Andrzej Sapkowski
Meu nome é Kvothe, com pronúncia semelhante à de "Kuoth". Os nomes são importantes, porque dizem muito sobre as pessoas. Já tive mais nomes do que alguém tem o direito de possuir. Os ademrianos me chamam de Maedre, o que, dependendo de como é falado, pode significar "A Chama", "O Trovão" ou "A Árvore Partida". "A Chama" é óbvio, se algum dia você já me viu. Tenho o cabelo ruivo, vermelho vivo. Se tivesse nascido há uns 200 anos, é provável que tivessem me queimado na fogueira como demônio. Eu o mantenho curto, mas ele é rebelde. Deixado ao natural, fica espetado e faz com que eu pareça estar pegando fogo. "O Trovão" é um nome que atribuo à voz forte de barítono e a uma longa formação no palco, em idade precoce. Nunca pensei em "A Árvore Partida" como muito significativo. Mas, em retrospectiva, suponho que poderia ser considerado ao menos parcialmente profético. Meu primeiro mentor me chamava de E'lir, porque eu era inteligente e sabia disso. Minha primeira amada de verdade me chamava de Duleitor, porque gostava desse som. Já fui chamado de Umbroso, Dedo-Leve e Seis-Cordas. Já fui chamado de Kvothe, o Sem-Sangue; Kvothe, o Arcano; e Kvothe, o Matador do Rei. Mereci esses nomes. Comprei e paguei por eles. Fui chamado de muitas outras coisas, é claro. Grosseiras, na maioria, embora pouquíssimas não tenham sido merecidas. Já resgatei princesas de reis adormecidos em sepulcros. Incendiei a cidade de Trebon. Passei a noite com Feluriana e saí com minha sanidade e minha vida. Fui expulso da Universidade com menos idade do que a maioria das pessoas consegue ingressar nela. Caminhei à luz do luar por trilhas de que outros temem falar durante o dia. Conversei com deuses, amei mulheres e escrevi canções que fazem os menestréis chorar. Vocês devem ter ouvido falar de mim.
Patrick Rothfuss
«Sono io quello responsabile. Sono più grande, ho più esperienza. Non c’è da stupirsi che tu abbia creduto che sapessi quello che stavo facendo,» disse, aiutandolo ad alzarsi. Se Clover doveva prendere una decisione rischiosa, non c’era altro tempo da perdere. «Tu…?» Clover si leccò le labbra. «Se… mi succedesse qualcosa di brutto. Qual è il modo migliore per… porre fine a tutto? Senza armi o una corda… che cosa dovrei fare?» Clover tremò sotto le sue dita, come se il suo corpo non fosse più in grado di contenere la paura. Pensare alla sua morte gli diede la nausea, ma lo attirò tra le braccia, cercando di memorizzare il calore del suo corpo, il profumo, la sensazione di averlo così vicino. «Non bere candeggina. Evita anche le pillole, perché è più probabile che ti sentirai male piuttosto che morire. Credo che tagliarsi le vene sia il meno doloroso.» Prese un respiro profondo e si voltò verso la griglia. «Ma potresti anche provare a scappare. Adesso.» Clover emise una risata strozzata. «Se tu avessi potuto aprire quella porta, lo avresti già fatto. Siamo bloccati qui.» Una scarica di speranza scorse tra le vene di Drake come la più letale delle droghe. Tuttavia, valeva la pena correre quel rischio quando non avevano alcuna garanzia di sopravvivere
K.A. Merikan (Their Obsession (Four Mercenaries #2))
Ogni singola parte del suo corpo era infusa di Riley. Quanto avrebbe voluto pronunciare quelle parole, confessare a quell'uomo meraviglioso, il suo sposo, che lo amava. Non era sicuro che Riley fosse pronto ad ascoltarlo e non voleva tirare troppo la corda, così rimase in silenzio. Come avrebbe reagito se avesse scoperto che, nella sua testa, Jack già li vedeva invecchiare uno accanto all'altro, trascorrere insieme la vita più lunga possibile? Sarebbe stata una tortura, lasciare andare Riley alla fine dell'anno contrattuale. Inimmaginabile. Riley si ritrasse, premette la fronte sulla sua e gli posò una mano sul collo. «Ti amo,» mormorò piano, talmente tanto che per un attimo Jack dubitò di averlo sentito. «Riley?» Ti prego, ripetilo, se l'hai detto davvero. «Ti amo, Jack Campbell-Hayes. Mi dispiace se ti mette a disagio, ma ho bisogno che tu sappia cosa provo e...» «Ti amo,» lo interruppe Jack in un tono che non ammetteva repliche, mentre le conseguenze di ciò che avevano appena ammesso gli facevano girare la testa. All'improvviso, l'anno che gli si stagliava dinanzi si tramutò in due, dieci, vent'anni. Una vita. Chissà come, nonostante il caos che imperversava fuori dal loro piccolo universo, tutto sembrava andare per il verso giusto. Era perfetto
R.J. Scott (The Heart of Texas (Texas, #1))
Surpreende-me que os pais consintam. Ao que se diz, é um casamento de amor. - De amor! - exclamou a embaixatriz. - Onde foram arranjar ideias tão antediluvianas?Quem fala de paixão nos nossos dias? - Que quer, minha senhora - disse Vronski -, essa velha moda, tão ridícula, continua a não querer ceder o lugar. - Tanto pior para os que a mantêm! Em matéria de casamentos felizes, só conheço os casamentos de conveniência. - Seja! Mas não acontece, muitas vezes, que esses casamentos caem desfeitos em pó à aparição dessa paixão que era tratada como intrusa? - Dê-me licença: por casamento de conveniência, entendo aquele que se faz quando de ambas as partes se passou já pelas loucuras da juventude. O amor é como a escarlatina, é preciso apanhá-lo. - Nesse caso, devia-se arranjar um processo de o inocular, como as bexigas. - Durante a minha juventude, estive apaixonada por um sacristão - declarou a princesa Miagki. - Gostava bem de saber se o remédio operou. - Pondo de parte brincadeiras - disse Betsy - , creio que para conhecer o amor é preciso, primeiro enganar-se, depois reparar o erro. - Mesmo depois do casamento? - perguntou, rindo, a embaixatriz. - Nunca é tarde para o arrependimento - disse o diplomata, citando um provérbio inglês. - Exactamente - aprovou Betsy. - Cometer um erro, repará-lo depois, eis o que importa. Que pensa disto, minha querida? - perguntou a Ana , que escutava a conversa sem falar, com um meio sorriso nos lábios. - Creio - respondeu Ana, brincando com a luva - que, se há tantas opiniões quantas cabeças, há também tantas maneiras de amar quantos os corações. (...) Durante toda essa Primavera, não foi ele próprio e conheceu minutos trágicos. "Não posso viver sem saber o que sou e com que fim fui posto no mundo", dizia consigo. "E uma vez que não posso alcançar esse conhecimento, torna-se-me impossivel viver." "No infinito do tempo, da matéria, do espaço, uma bolha-organismo se forma, se mantém um momento, depois rebenta...Essa bolha sou eu!" Este sofisma doloroso era o único, o supremo resultado do raciocínio humano durante séculos; era a crença final que se encontrava na base de quase todos os ramos da actividade científica; era a convicção reinante, e, sem dúvida porque lhe parecia ser a mais clara, Levine penetrara-se involuntariamente dela. Mas esta conclusão parecia-lhe mais que um sofisma; via nela a obra cruelmente irrisória de uma força inimiga a que importava subtrair-se. O meio de libertar-se estava ao alcance de cada um...E a tentação do suicídio perseguiu tão frequentemente este homem saudável, este feliz pai de família, que ele afastava das suas mãos todas as cordas e não se atrevia a sair com a espingarda. No entanto, em vez de queimar os miolos, continuou simplesmente a viver.
Liev Tolstói (Anna Karenina)
Surpreende-me que os pais consintam. Ao que se diz, é um casamento de amor. - De amor! - exclamou a embaixatriz. - Onde foram arranjar ideias tão antediluvianas?Quem fala de paixão nos nossos dias? - Que quer, minha senhora - disse Vronski -, essa velha moda, tão ridícula, continua a não querer ceder o lugar. - Tanto pior para os que a mantêm! Em matéria de casamentos felizes, só conheço os casamentos de conveniência. - Seja! Mas não acontece, muitas vezes, que esses casamentos caem desfeitos em pó à aparição dessa paixão que era tratada como intrusa? - Dê-me licença: por casamento de conveniência, entendo aquele que se faz quando de ambas as partes se passou já pelas loucuras da juventude. O amor é como a escarlatina, é preciso apanhá-lo. - Nesse caso, devia-se arranjar um processo de o inocular, como as bexigas. - Durante a minha juventude, estive apaixonada por um sacristão - declarou a princesa Miagki. - Gostava bem de saber se o remédio operou. - Pondo de parte brincadeiras - disse Betsy - , creio que para conhecer o amor é preciso, primeiro enganar-se, depois reparar o erro. - Mesmo depois do casamento? - perguntou, rindo, a embaixatriz. - Nunca é tarde para o arrependimento - disse o diplomata, citando um provérbio inglês. - Exactamente - aprovou Betsy. - Cometer um erro, repará-lo depois, eis o que importa. Que pensa disto, minha querida? - perguntou a Ana , que escutava a conversa sem falar, com um meio sorriso nos lábios. - Creio - respondeu Ana, brincando com a luva - que, se há tantas opiniões quantas cabeças, há também tantas maneiras de amar quantos os corações. (...) Durante toda essa Primavera, não foi ele próprio e conheceu minutos trágicos. "Não posso viver sem saber o que sou e com que fim fui posto no mundo", dizia consigo. "E uma vez que não posso alcançar esse conhecimento, torna-se-me impossivel viver." "No infinito do tempo, da matéria, do espaço, uma bolha-organismo se forma, se mantém um momento, depois rebenta...Essa bolha sou eu!" Este sofisma doloroso era o único, o supremo resultado do raciocínio humano durante séculos; era a crença final que se encontrava na base de quase todos os ramos da actividade científica; era a convicção reinante, e, sem dúvida porque lhe parecia ser a mais clara, Levine penetrara-se involuntariamente dela. Mas esta conclusão parecia-lhe mais que um sofisma; via nela a obra cruelmente irrisória de uma força inimiga a que importava subtrair-se. O meio de libertar-se estava ao alcance de cada um...E a tentação do suicídio perseguiu tão frequentemente este homem saudável, este feliz pai de família, que ele afastava das suas mãos todas as cordas e não se atrevia a sair com a espingarda. No entanto, em vez de queimar os miolos, continuou simplesmente a viver.
Leo Tolstoy (Anna Karenina)
Il miglior consiglio menzionato praticamente in tutti i trattati sulla peste è: Cito, longe fugeas et tarde redeas. Vale a dire: Presto, fuggi lontano e torna tardi. In altre parole, taglia la corda e stattene via più che puoi. E' il celebre "rimedio dei tre avverbi": prosto, lontano, tardi". In latino: Cito, Longe, Tarde.
Fred Vargas (Have Mercy on Us All (Commissaire Adamsberg #4))
Deve-se escrever da mesma maneira com que as lavadeiras lá de Alagoas fazem em seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.
Graciliano Ramos
Il cane resta immobile a lamentarsi. Come se ormai non esistesse più un mondo da esplorare e da vivere per lui, oltre quei pochi metri quadrati di inferno. Come se la corda recisa fosse una nuova prigione.
Romano De Marco (L'uomo di casa)
Aveva una paglietta ad ali spioventi, in séguito alle numerose traversie incontrate tanto al mare quanto in montagna, e rotolata giù per pazzi colpi di vento da chine dirute, mentre era lì sudato e felice in meraviglie vocali di «ah!» e di «oh!», per l’aria, per il fresco, per il panorama, e «spiegava» tutti i monti alle ragazze gialle, rosse e celesti, compreso il Finsteraarhorn; le quali si riassettavano il golf e la zazzera, e dopo tre minuti li avevano dimenticati in blocco. Una volta, rapitagli da una folata di città, la paglietta schivò per miracolo vero la zampa anteriore destra d’un enorme cavallo della ditta Fratelli Gondrand, che, fermo da tre ore sui quattro piedi, si era dato a ingannar il tempo con uno scalpito lento, quasi ritmico. Ma siccome questo mastodontico quadrupede aveva appena finito di concedersi un certo suo spettacoloso sollievo (nonostante avesse la bella coda intrecciata, come le trecce d’una educanda di lusso), la paglietta la si era mezzo infradiciata di dentro e di fuori, che poi gocciolò per un pezzo e bisognò lavarla e sbiancarla e diede gran da fare in casa: e i rimproveri di donna Teresa non finivano più: Bubù rise tanto, che la cosa gli finì a scappellotti a letto senza le frutta. «Te l’ho detto cento volte di legartela col cordoncino! Ma quando t’impunti, sei un testone, un vero testone! Guarda un po’ che roba.» (Difatti l’acido ippurico era stato generoso.) Allora si avvezzò a legarla davvero: così voleva il destino. E siccome la signora gli mise un cordone proporzionato alla sua corporatura e alla robustezza immortale della bicicletta, pareva la corda del trolley d’un tram d’animo buono, che vada adagio adagio.
Carlo Emilio Gadda (Accoppiamenti giudiziosi)
Love loves and in loving always looks beyond what it has in hand and possesses. The driving impulse [*Triebimpuls*] which arouses may tire out; love itself does not tire. This *sursum corda* which is the essence of love may take on fundamentally different forms at different elevations in the various regions of value. The sensualist is struck by the way the pleasure he gets from the objects of his enjoyment gives him less and less satisfaction while his driving impulse stays the same or itself increases as he flies more and more rapidly from one object to the next. For this water makes one thirstier, the more one drinks. Conversely, the satisfaction of one who loves spiritual objects, whether things or persons, is always holding out new promise of satisfaction, so to speak. This satisfaction by nature increases more rapidly and is more deeply fulfilling, while the driving impulse which originally directed him to these objects or persons holds constant or decreases. The satisfaction always lets the ray of the movement of love peer out a little further beyond what is presently given. In the highest case, that of love for a person, this movement develops the beloved person in the direction of ideality and perfection appropriate to him and does so, in principle, beyond all limits. However, in both the satisfaction of pleasure and the highest personal love, the same *essentially infinite process* appears and prevents both from achieving a definitive character, although for opposite reasons: in the first case, because satisfaction diminishes; in the latter, because it increases. No reproach can give such pain and act so much as a spur on the person to progress in the direction of an aimed-at perfection as the beloved's consciousness of not satisfying, or only partially satisfying, the ideal image of love which the lover brings before her―an image he took from her in the first place. Immediately a powerful jolt is felt in the core of the soul; the soul desires to grow to fit this image. "So let me seem, until I become so." Although in sensual pleasure it is the *increased variety* of the objects that expresses this essential infinity of the process, here it is the *increased depth of absorption* in the growing fullness of one object. In the sensual case, the infinity makes itself felt as a self-propagating unrest, restlessness, haste, and torment: in other words, a mode of striving in which every time something repels us this something becomes the source of a new attraction we are powerless to resist. In personal love, the felicitous advance from value to value in the object is accompanied by a growing sense of repose and fulfillment, and issues in that positive form of striving in which each new attraction of a suspected value results in the continual abandonment of one already given. New hope and presentiment are always accompanying it. Thus, there is a positively valued and a negatively valued *unlimitedness of love*, experienced by us as a potentiality; consequently, the striving which is built upon the act of love is unlimited as well. As for striving, there is a vast difference between Schopenhauer's precipitate "willing" born of torment and the happy, God-directed "eternal striving" in Leibniz, Goethe's Faust, and J. G. Fichte." ―from_Ordo Amoris_
Max Scheler
A fragrância da vegetação, ainda humedecida p'las gotas de orvalho, penetra gentilmente meu quarto, pela janela entreaberta, em sublime comunhão com o vapor libertado p'la infusão de camomila sobre a ecrivaninha. Diante dela, estou eu. Ou o que considero ser "eu". Invadido pelos odores que o olfato deleitam, com igual doçura ao rouxinol que no parapeito pousa, e cujo canto efeitiça minha escuta. Ah! Uma orquestra que sensações- Uma sinfonia para os sentidos. Mas resisto. Resisto. Jamais nenhum destes estímulos, nenhum tilintar da natureza, aprisionará mais minha atenção do que corda que do teto pende. Jamais o natural alcançará a suntuosidade, a imponência, a magnificiência, da artifiial serpente que em meu lar acolhi. Materialização da descrença. Da esperança que em mim se diluiu e que lugar deu à tristeza. À melancolia que em mim não cabe. E que transborda a tudo aquilo em que toco, que vejo, que sinto, que ouço.
Anonymous
Houve um momento grande, parado, sem nada dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. Mas de repente num estremecimento deram corda no dia e tudo recomeçou a funcionar, a máquina trotando, o cigarro do pai fumegando, o silêncio, as folhinhas, os frangos pelados, a claridade, as coisas revivendo cheias de pressa como uma chaleira a ferver.
Clarice Lispector (Near to the Wild Heart)
Sursum corda, serce żreją — serce mi wyjmują z trzew.
Stanisław Wyspiański (The Wedding)
P. Dominus vobiscum R. Et cum spiritu tuo P. Sursum Corda R. Habemus ad Dominum. P. Gratias agamus Domino Deo nostro R. Dignum et iustum est.
Louis Pizzuti (Pray it in Latin)
E ali, naquele momento, Erika soube que tudo estava bem. Não o conceito de “bem” que ela esperava, ansiava, desde pequena, quando tudo estaria exatamente alinhado e perfeito no tecido do tempo. Mas bem na medida do possível, na medida em que os percalços do caminho a faziam balançar em uma corda bamba da qual ela sabia que jamais iria cair. Não com o tanto de pessoas incríveis que a ajudavam a se equilibrar.
Victoria Guimarães (De Malas Prontas)
Poesia e carrinhos, coisas a que dás corda uma vez e andam sozinhas pela casa durante um bocado.
Lorena Salazar Masso (Esta herida llena de peces)
— Não podemos ver o que está por vir. Só podemos nos segurar na corda.
Janet Skeslien Charles (A biblioteca de Paris (Portuguese Edition))
Sapeva che cosa la turbava in quel grande negozio. Era il genere di cosa che non avrebbe cercato di spiegare a Richard. Erano, intensificate, quelle stesse cose che sempre l'avevano turbata, da che aveva uso di memoria: le azioni prive di scopo, le incombenze insignificanti fatte apposta, sembrava, per impedirle di fare quello che avrebbe desiderato, che avrebbe potuto fare. E li erano i procedimenti complicati con il denaro degli incassi, i controlli dei cappotti, gli orologi marcatempo che impedivano alle persone perfino di servire il magazzino al massimo della loro efficienza: la sensazione che ciascuno fosse nel l'impossibilità di comunicare con chiunque altro e vivesse su un piano completamente sbagliato, così che il significato, il messaggio, l'amore o quant'altro ciascuna vita possedeva, non potessero mai avere modo di esprimersi. Tutto ciò le richiamava alla mente conversazioni ai tavoli, sui sofà, con persone le cui parole sembravano aleggiare al di sopra di cose morte e inanimabili, persone che non toccavano mai una corda che vi-brasse, E quando uno tentava di toccare una corda viva, vedendosi subito fissare da facce eternamente impenetrabili, se ne usciva in un'osservazione così perfetta nella sua banalità da rendere quasi impossibile credere che si trattasse di un sotterfugio.
Patricia Highsmith, The Price of Salt
Ninguém opôs dificuldades. Aquele palhaço levou-me para sua casa e ensinou-me a ser fantoche, a dar cambalhotas, a fazer caretas; e à tarde, na porta, recebia dinheiro para mostrar-me. Enfim, o céu, tocado pelos meus sofrimentos e irritado por ver profanado o templo de seu mestre, quis que um dia, enquanto eu me encontrava amarrado na ponta de uma corda, com a qual o charlatão me fazia saltar para divertir os basbaques, um dos que me olhavam, após ter-me considerado com muita atenção, perguntou-me em grego quem era eu. Bem surpreso fiquei ao ouvir falar como em nosso mundo. Ele me interrogou por algum tempo; respondi-lhe e contei-lhe em seguida, sem reservas, todo o meu empreendimento e o resultado de minha viagem. Ele me consolou e lembro que me disse: “Pois bem! Meu filho, no fim das contas carregais o sofrimento de vosso mundo. Há banalidade aqui como lá, que não pode suportar o pensamento de coisas com que não está acostumada. Mas ficai sabendo que vos dão apenas o mesmo tratamento e que se alguém desta terra tivesse subido até o vosso mundo, com a ousadia de dizer-se homem, vossos doutores o fariam sufocar como um monstro ou como um macaco possuído pelo diabo.
Cyrano de Bergerac (Voyage dans la Lune)
[...] estou banhado em fel, Ana, mas sei como enfrentar tua rejeição, já carrego no vento do temporal uma raiva perpétua, tenho o fôlego obstinado, tenho requintes de alquimista, sei como alterar o enxofre com a virtude das serpentes, e, na caldeira, sei como dar à fumaça que sobe da borbulha a frieza da cerração nas madrugadas; vou cultivar o meu olhar, plantar nele uma semente que não germina, será uma terra que não fecunda, um chão capaz de necrosar como as geadas as folhas das árvores, as pétalas das flores e a polpa dos nossos frutos; não reprimirei os cantos dos lábios se a peste dizimar nossos rebanhos, e nem se as pragas devorarem as plantações, vou cruzar os braços quando todos se agitam ao meu redor, dar as costas aos que me pedem por socorro, cobrindo os olhos para não ver as suas chagas, tapando as orelhas para não ouvir seus gritos, vou dar de ombros se um dia a casa tomba: não tive o meu contento, o mundo não terá de mim a misericórdia; amar e ser amado era tudo o que eu queria, mas fui jogado à margem sem consulta, fui amputado, já faço parte da escória, vou me entregar de corpo e alma à doce vertigem de quem se considera, na primeira força da idade, um homem simplesmente acabado, bastante ativo contudo para furar fundo com o indicador a carne podre da carcaça, e, entre o polegar e o anular, com elegância, fechar trópicos e outras linhas, atirando num ossário o esqueleto deste mundo; pertenço como nunca desde agora a essa insólita confraria dos enjeitados, dos proibidos, dos recusados pelo afeto, dos sem-sossego, dos intranquilos, dos inquietos, dos que sem contorcem, dos aleijões com cara de assassino que descendem de Caim (quem não ouve a ancestralidade cavernosa dos meus gemidos?), dos que trazem um sinal na testa, essa longínqua cicatriz de cinza dos marcados pela santa inveja, dos sedentos de igualdade e de justiça, dos que cedo ou tarde acabam se ajoelhando no altar escuso do Maligno, deitando antes em sua mesa, piamente, as despojadas oferendas: uma posta de peixe alva e fria, as uvas pretas de uma parreira na decrepitude, os algarismos solitários das matemáticas, as cordas mudas de um alaúde, um punhado de desespero, e um carvão solene para os seus dedos criadores, a ele, o artífice do rabisco, o desenhista provecto do garrancho, o artesão que trabalha em cima de restos de vida, puxando no traço de sua linha a vontade extenuada de cada um, ele, o propulsor das mudanças, nos impelindo com seus sussurros contra a corrente, nos arranhando os tímpanos com seu sopro áspero e quente, nos seduzindo contra a solidez precária da ordem, este edifício de pedra cuja estrutura de ferro é sempre erguida, não importa a arquitetura, sobre os ombros ulcerados dos que gemem, ele, o primeiro, o único, o soberano, não passando o teu Deus bondoso (antes discriminador, piolhento e vingativo) de um vassalo, de um subalterno, de um promulgador de tábuas insuficiente, incapaz de perceber que suas leis são a lenha resinosa que alimenta a constância do Fogo Eterno! não basta o jato da minha cusparada, contenha este incêndio enquanto é tempo, já me sobe uma nova onda, já me queima uma nova chama, já sinto ímpetos de empalar teus santos, de varar teus anjos tenros, de dar uma dentada no coração de Cristo!
Raduan Nassar (Lavoura Arcaica)
Va ser així com em va passar pel cap la idea del suïcidi. No de penjar-me amb una corda ni de tallar-me les venes, sino de deixar passar la vida sense viure-la. De menjar sense assaborir res, de no menjar, de dormir sense estar cansada, d'estar cansada sempre i no dormir. Perquè l'apatia també és una forma de morir. De no parlar amb ningú ni veure ningú perquè a vegades l'aïllament és sinònim de mort. I no lliutar per reviure i viure en el no-res. Em va passar pel cap la idea del no-jo com a suïcidi i vaig a estar a punt de caure-hi.
Aina Fullana Llull (Els dies bons)
Nossos corações são coisas curiosas. Tão sentimentais e passíveis de ser transviadas. Puxe as cordas certas, ou rompa-as, e puff! O amor estrangula a inteligência, e isso acontece até mesmo com os melhores de nós.
Kerri Maniscalco (Hunting Prince Dracula (Stalking Jack the Ripper #2))
Nei momenti di difficoltà è bene abbracciarsi. Una corda intrecciata a più fili ha maggiore resistenza.
Vinicio Capossela (Eclissica)