Carolina Maria De Jesus Quotes

We've searched our database for all the quotes and captions related to Carolina Maria De Jesus. Here they are! All 23 of them:

The book is man's best invention so far.
Carolina Maria de Jesus
I went to the shoemaker to collect his wastepaper. One of them asked me if my book was communistic. I replied that it was realistic. He cautioned me that it was not wise to write of reality.
Carolina Maria de Jesus (Child of the Dark: The Diary of Carolina Maria de Jesus, 50th Anniversary Edition)
Em 1948, quando começaram a demolir as casas térreas para construir os edifícios, nós, os pobres que residíamos nas habitações coletivas, fomos despejados e ficamos residindo debaixo das pontes. É por isso que eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos.
Carolina Maria de Jesus (Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada)
A noite está tépida. O céu está salpicado de estrelas. Eu que sou exótica gostaria de recortar um pedaço do céu para fazer um vestido
Carolina Maria de Jesus (Child of the Dark: The Diary of Carolina Maria de Jesus, 50th Anniversary Edition)
Why is it that the saints of June are honored with fire?
Carolina Maria de Jesus (Child of the Dark: The Diary of Carolina Maria de Jesus, 50th Anniversary Edition)
O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora. Quem passa fome aprende a pensar no próximo, e nas crianças.
Carolina Maria de Jesus
Quando havia um conflito, quem ia preso era o negro. E muitas vezes o negro estava apenas olhando. Os soldados não podiam prender os brancos, então prendiam os pretos. Ter uma pele branca era um escudo, um salvo-conduto.
Carolina Maria de Jesus (Diário de Bitita)
A pior coisa é suportar um rico prepotente.
Carolina Maria de Jesus (Provérbios)
O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora.
Carolina Maria de Jesus (Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada)
Carolina Maria de Jesus wrote in her diary: 'Everyone has an ideal in life. Mine is to be able to read.' She is ambitious, but it is a strange ambition for a woman. She wants learning. She wants the pleasure of reading and writing. Men ask her to marry but she suspects that they will interfere with her reading and writing. They will resent the time she takes alone. They will resent the focus of her attention elsewhere. They will resent her concentration and they will resent her self-respect. They will resent her pride in herself and her pride in her unmediated relationship to a larger world of ideas, descriptions, facts. Her neighbors see her poring over books, or with pen and paper in hand, amidst the garbage and hunger of the favela. Her ideal makes her a pariah: her desire to read makes her more an outcast than if she sat in the street putting fistfuls of nails into her mouth. Where did she get her ideal? No one offered it to her. Two thirds of the world’s illiterates are women. To be fucked, to birth children, one need not know how to read. Women are for sex and reproduction, not for literature. But women have stories to tell. Women want to know. Women have questions, ideas, arguments, answers. Women have dreams of being in the world, not merely passing blood and heaving wet infants out of laboring wombs. 'Women dream,' Florence Nightingale wrote in Cassandra, 'till they have no longer the strength to dream; those dreams against which they so struggle, so honestly, vigorously, and conscientiously, and so in vain, yet which are their life, without which they could not have lived; those dreams go at last. . . . Later in life, they neither desire nor dream, neither of activity, nor of love, nor of intellect.
Andrea Dworkin (Right-Wing Women)
... Quando cheguei ao palacio que é a cidade os meus filhos vieram dizer-me que havia encontrado macarrão no lixo. E a comida era pouca, eu fiz um pouco do macarrão com feijão. E o meu filho João José disse-me: – Pois é. A senhora disse-me que não ia mais comer as coisas do lixo. Foi a primeira vez que vi a minha palavra falhar. Eu disse: – É que eu tinha fé no Kubstchek. – A senhora tinha fé e agora não tem mais? – Não, meu filho. A democracia está perdendo os seus adeptos. No nosso paiz tudo está enfraquecendo. O dinheiro é fraco. A democracia é fraca e os políticos fraquíssimos. E tudo que está fraco, morre um dia. ... Os políticos sabem que eu sou poetisa. E que o poeta enfrenta a morte quando vê o seu povo oprimido.
Carolina Maria de Jesus (Child of the Dark: The Diary of Carolina Maria de Jesus, 50th Anniversary Edition)
A única coisa que não existe na favela é solidariedade.
Carolina Maria de Jesus (Quarto de Despejo)
A vida para uns são cheias de curvas que dá impressão que êles seguem para o calvário conduzindo uma cruz que se chama"Custo de Vida
Carolina Maria de Jesus (Provérbios)
Quem já passou fome tem dó dos outros. A fome reeduca uma mentalidade. Ensina ter dó do proximo. Disipa o egoismo.
Carolina Maria de Jesus (Casa de Alvenaria - Volume 1: Osasco)
Estava alegre. Pensava isto é um sonho Outro dia eu estava em São Paulo percorrendo Avenida Tiradentes fusando nas latas de lixo. Chorando com fome. E hoje... estou entre os vultos de destaque do país. Li as histórias das fadas que transformavam a vida dos infelizes em principes e princêsas. Eu vivia dizendo: A felicidade virou-me as costas. Agora ela pegou-me nos braços.
Carolina Maria de Jesus (Casa de Alvenaria - Volume 1: Osasco)
Eu vim ao mundo para escrever contra o custo de vida que oprime o nosso povo.
Carolina Maria de Jesus (Casa de Alvenaria - Volume 1: Osasco)
Quando eu vou na cidade tenha a impressão que estou no paraizo. Acho sublime ver aquelas mulheres e crianças tão bem vestidas. Tão diferentes da favela. As casas com seus vasos de flores e cores variadas. Aquelas paisagens há de encantar os olhos dos visitantes de São Paulo, que ignoram que a cidade mais afamada da America do Sul está enferma. Com as suas ulceras. As favelas.
Carolina Maria de Jesus
O homem só dá valor ao homem depois que morre. Se os homens governam o mundo, ele nunca está bom para o povo viver, por que não deixar as mulheres governarem? As mulheres não fariam guerras, porque elas são as mães dos homens. Mas os homens são os pais dos homens, fazem guerras, e matam-se.
Carolina Maria de Jesus (Diário de Bitita)
Compreendo que o sonho de pobre é sonhar, apenas sonhar.
Carolina Maria de Jesus (Diário de Bitita)
Será que o Brasil vai ser sempre bom como dizem eles? Por que será que o estrangeiro chega pobre aqui e fica rico? E nós, os naturais, aqui nascemos, aqui nós vivemos e morremos pobres?”.
Carolina Maria de Jesus (Diário de Bitita)
Houve até um projeto dizendo que se o mulato tivesse o cabelo liso era considerado branco, se o cabelo fosse crespo então o mulato era considerado negro.
Carolina Maria de Jesus (Diário de Bitita)
Como é bom ter terras para plantar! Eu já estava compreendendo o valor da terra que sabe recompensar o esforço do homem. E o ventre da terra é fecundo. A terra é feminina, é a mãe da humanidade.
Carolina Maria de Jesus (Diário de Bitita)
Os politicos sabem que eu sou poetisa. E que o poeta enfrenta a morte quando vê o seu povo oprimido.
Carolina Maria de Jesus