“
Toquei Bafo de Serpente de novo e me pareceu que ela teve um tremor. Algumas vezes eu achava que a espada cantava. Era um canto fino, apenas entreouvido, um som penetrante, a canção da espada que desejava sangue; a canção da espada.
”
”
Bernard Cornwell (Sword Song (The Saxon Stories, #4))
“
E fiquei olhando para aquela costa, sabendo que o destino iria me trazer de volta, e toquei o punho de Bafo de Serpente, porque a espada também tinha um destino e eu sabia que ela voltaria a este local. Este era um local para minha espada cantar.
”
”
Bernard Cornwell (Sword Song (The Saxon Stories, #4))
“
Meu estandarte estava atrás de mim, e atrairia homens ambiciosos. Eles queriam minha caveira como uma taça para beber, meu nome como troféu. Olhavam-me enquanto eu os olhava, e viam não um homem coberto de lama, mas sim um senhor de guerra com um elmo que tinha um lobo na crista, braceletes de ouro, malha de elos apertados e um manto azul-escuro com bainha de fios dourados e uma espada famosa por toda a Britânia. Bafo de Serpente era famosa, mas mesmo assim eu voltei a embainhá-la, porque uma espada longa não ajuda no abraço da parede de escudos. Em vez disso peguei Ferrão de Vespa, curta e mortal. Beijei sua lâmina e em seguida gritei meu desafio ao vento de inverno.
– Venham me matar! Venham me matar!
E eles vieram.
”
”
Bernard Cornwell (Crônicas Saxônicas 5 Volumes Box (O Último Reino, O Cavaleiro da Morte, Os Senhores do Norte, A Canção da Espada, Em Terra em Chamas))
“
Algumas vezes tapei-te sem saberes, isso conta para alguma coisa? No caixão foi a vez que estiveste mais fria, senti-te no pequeno beijo ao despedir-me. Retribuíste-me à tua maneira, como podias, como foste podendo nos últimos dias, quase sem forças para o cigarro que levavas à boca, queimando-o com um desesperado bafo que tremia-te até aos pés, enchendo-te de fumo que te livravas com um abanar de mãos, como se estivesses a dizer adeus.
”
”
Ivan Vera Gomes