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A Tradição (religião, hierarquia, família) e seus valores foram sobrepujados na aurora da modernidade. Na verdade, todas as três teorias políticas foram concebidas como construções ideológicas artificiais por pessoas que compreenderam, de vários modos, “a morte de Deus” (Friedrich Nietzsche), o
“desencanto do mundo” (Max Weber) e o “fim do sagrado”. Este foi o núcleo da Nova era da Modernidade: o homem passou a substituir Deus, a filosofia e a ciência substituíram a religião, e os construtos racionais, enérgicos e biotecnológicos tomaram o lugar da Revelação.
Porém, se o modernismo se exauriu na pos-modernidade, então ao mesmo tempo, o período de “teomaquia” direta chega a um fim junto com ela. As pessoas pós-modernas não são contrárias à religião, mas ao invés, indiferentes. Ademais, certos aspectos da religião, via de regra, relativas às regiões do inferno, a “textura demonica” dos filósofos pos-modernistas são bastante atrativas. Em qualquer caso, a era da perseguição à Tradição acabou, ainda que, seguindo a logica do pos-liberalismo, isso provavelmente levará à criação de uma nova pseudo-religião global, baseada nos restos de cultos sincréticos disparatados, no ecumenismo caótico desenfreado e na “tolerância”. Enquanto esse curso dos eventos é, de algumas maneiras, ainda mais aterrorizante do que o materialismo e o ateísmo dogmático diretos e descomplicados, o enfraquecimento da perseguição da Fé pode ser aquela chance, se os representantes da Quarta Teoria Política agirem consistentemente e descompromissadamente na defesa dos ideais e valores da Tradição.
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