Uma Linda Mulher Quotes

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Os homens querem fugir - e fazem mal. As mulheres querem confiar - e fazem mal. É nesse desequilíbrio, igualado pelo facto de ambos os sexos se darem mal, que se encontra a grande electricidade que nos junta e dá pica e desconjunta. A maior parte dos homens - sobretudo os mulherengos - morre sem saber o que é receber o que uma mulher pode dar. Uma mulher inteira - alma e tudo - pesa mais do que dois homens. É mais profunda e, ao mesmo tempo, mais volúvel. Não tem a obsessão pela escolha e pela definição que têm os homens. É volátil. Quer voar. Quer evaporar-se. Quer sair dali para fora e ser outra coisa.
Miguel Esteves Cardoso (Como é Linda a Puta da Vida)
Eu era linda, mesmo aos catorze anos. Ah, eu sei que o mundo prefere mulheres que não tem noção do próprio poder, mas estou de saco cheio disso. A verdade é que quando eu passava, as pessoas olhavam. Eu não tinha orgulho nenhum disso. Não fui eu que fiz meu rosto assim. Nem o meu corpo, Mas também não vou sentar aqui e dizer 'Aí, sério? As pessoas me achavam bonita mesmo? Como uma garotinha fútil.
Taylor Jenkins Reid (The Seven Husbands of Evelyn Hugo)
à noite, depois do chá, refugiava-me no oratório, como numa fortaleza de santidade, embebia os meus olhos no corpo de ouro de Jesus, pregado na sua linda cruz de pau preto. Mas então o brilho fulvo do metal precioso ia, pouco a pouco, embaciando, tomava uma alva cor de carne, quente e tenra; a magreza de Messias triste, mostrando os ossos, arredondava-se em formas divinamente cheias e belas; por entre a coroa de espinhos, desenrolavam-se lascivos anéis de cabelos crespos e negros; no peito, sobre as duas chagas, levantavam-se, rijos, direitos, dous esplêndidos seios de mulher, com um botãozinho de rosa na ponta; e era ela, a minha Adélia, que assim estava no alto da cruz, nua, soberba, risonha, vitoriosa, profanando o altar, com os braços abertos para mim!
Eça de Queirós (A Relíquia)
— Ah, minha filha linda! — disse Afonso. Voltou-se para Virgínia: — Dentro em breve ela aprenderá grego e latim, quero que seja a mulher mais culta da Terra. — Coitadinha — lamentou Otávia enchendo novamente a colher. Delicadamente introduziu-a na boca da criança. — Vocês já imaginaram a maravilha que seria o mundo se ao menos uma quinta parte desses gênios se realizasse na maioridade? Há milênios que os pais se debruçam como fadas sobre os berços e fazem profecias fabulosas. E há milênios a Terra prossegue corroída pelo germe humano, que é tão vulgar e medíocre quanto o da geração anterior. Está claro que a gente concorda sempre com os prognósticos sobre os infantes — acrescentou passando o guardanapo no queixo da menina. Deu uma risadinha. — Mas é por gentileza, não é, nenê?
Lygia Fagundes Telles (Ciranda de Pedra)
Depois da ventura de ter encontrado você, senti que tudo ficou diferente em minha vida. Deus colocou em minha vida uma pessoa maravilhosa, você veio para acabar com a indisfarçável carência que me acompanhava até então. A partir desse dia eu realmente me transformei numa pessoa alegre e feliz que não sente mais nenhum complexo... te quero e junto de você me sinto completamente realizada. Te amo tanto e esse amor faz de mim uma mulher que agora esta conhecendo a verdadeira felicidade. Você sim foi o responsável por toda essa transformação e não canso de dizer que você é uma pessoa linda, que corresponde satisfatoriamente ao meu amor. Agora que eu sinto toda a alegria que a sua presença traz a minha vida, espero poder estar com você para celebrar consigo a existência do nosso amor, e toda felicidade que você me proporciona.
Desconhecido
Uma mulher de trinta anos possui atrativos irresistíveis para um rapaz; nada há mais natural, mais poderosamente urdido e melhor preestabelecido que as afeições profundas de que a sociedade nos oferece tantos exemplos entre uma mulher como a marquesa e um jovem como Carlos de Vandenesse.De fato, uma jovem tem demasiadas ilusões, demasiada inexperiência, e o sexo é bastante cúmplice do amor, para que um homem possa sentir-se lisonjeado, enquanto uma mulher conhece toda a extensão dos sacrifícios que tem que fazer. Uma é arrastada pela curiosidade, por seduções estranhas às do amor; a outra obedece a um sentimento consciencioso. Uma cede, a outra escolhe. Essa escolha já não é por si uma imensa lisonja? Dotada de um saber quase sempre caramente pago por desgosto, dando-se, a mulher experiente parece dar mais que a si própria; enquanto a jovem, ignorante e crédula, nada sabendo, nada pode comparar nem apreciar, ela aceita o amor e estuda-o. Uma instrui-nos, aconselha-nos numa idade em que se gosta de ser guiado, em que a obediência é um prazer; a outra tudo quer saber, e, onde esta se mostra apenas ingênua, mostra-se a outra profundamente terna. Aquela apresenta-nos um só triunfo, esta obriga-nos a combates perpétuos. A primeira só tem lágrimas e prazeres; a segunda, voluptuosidades e remorsos. Para que uma jovem seja a amante, deve estar demasiado corrompida, e então a abandonamos com horror; enquanto uma mulher possui mil meios de conservar ao mesmo tempo o poder e a dignidade. Uma, extremamente submissa, oferece-nos tristes garantias de repouso; a outra perde demasiado para não pedir ao amor as suas mil metamorfoses. Uma desonra-se apenas a si; a outra mata em proveito do amante uma família inteira. A jovem tem apenas uma vaidade e crê ter dito tudo, despindo o vestido; porém a mulher tem-nas em grande número e oculta-se sob mil véus; enfim, ela acaricia todas as vaidades, e a noviça apenas lisonjeia uma. Há, além disso, no amor da mulher de trinta anos, certas indecisões, terrores, receios, perturbações e tempestades o amor de uma jovem nunca pode oferecer. Chegando a essa idade, a mulher pede ao jovem que lhe restitua a estima que lhe sacrificou; só vive para ele, ocupa-se do seu futuro, deseja-lhe uma linda existência, torna-a até gloriosa; obedece, pede e ordena, abaixa-se e eleva-se e sabe consolar em mil ocasiões em que à jovem apenas é da do gemer. Enfim, além de todas as vantagens da sua posição, a mulher de trinta anos pode tornar-se jovem, representar todos os papéis, ser pudica e embelezar-se até com a própria desgraça. Entre ambas, encontra-se a diferença incomensurável do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de deixar de sê-lo, nada deve satisfazer.
Honoré de Balzac
hoje me vi pela primeira vez quando tirei a poeira do espelho da minha mente e a mulher que me encarou de volta me tirou o fôlego afinal quem era aquela criatura tão linda aquela terráquea extraceleste eu toquei meu rosto e meu reflexo toquei a mulher dos meus sonhos toda sua beleza me sorria nos olhos meus joelhos se renderam à terra e eu chorei suspirando pensando que eu tinha passado a vida inteira sendo eu mas não me vendo tinha passado décadas morando no meu corpo sem sair nem uma vez e mesmo assim tinha ignorado seus milagres é curioso como somos capazes de ocupar um espaço sem estar em sintonia com ele como eu pude demorar tanto para abrir os olhos dos meus olhos aceitar o coração do meu coração beijar os meus pés inchados e ouvi-los sussurrando obrigado obrigado obrigado por nos ver
Rupi Kaur (Home Body)
A idéia do eterno retorno é uma idéia misteriosa, e uma idéia com a qual Nietzsche muitas vezes deixou perplexos outros filósofos: pensar que tudo se repete da mesma forma como um dia o experimentamos, e que a própria repetição repete-se ad infinitum! O que significa esse mito louco? De um ponto de vista negativo, o mito do eterno retorno afirma que uma vida que desaparece de uma vez por todas, que não retorna, é feito uma sombra – sem peso, morta de antemão; quer tenha sido horrível, linda ou sublime, seu horror, sublimidade ou beleza não significam coisa alguma. Uma tal vida não merece atenção maior do que uma guerra entre dois reinos africanos no século XIV, uma guerra que nada alterou nos destinos do mundo, ainda que centenas de milhares de negros tenham perecido em excruciante tormento. Algo se alterará nessa guerra entre dois reinos africanos do século XIV, se ela porventura repetir-se sempre, retornando eternamente? Sim: ela se tornará uma massa sólida, constantemente protuberante, irreparável em sua inanidade. Se a Revolução Francesa se repetisse eternamente, os historiadores franceses sentiriam menos orgulho de Robespierre. Como, porém, lidam com algo que jamais se repetirá, os anos sangrentos da Revolução transformaram-se em meras palavras, teorias e discussões; tornaram-se mais leves que plumas, incapazes de assustar quem quer que seja. Há uma diferença infinita entre um Robespierre que ocorre uma única vez na história e outro que retorna eternamente, decepando cabeças francesas. Concordemos, pois, em que a idéia do eterno retorno implica uma perspectiva a partir da qual as coisas mostram-se diferentemente de como as conhecemos: mostram-se privadas da circunstância atenuante de sua natureza transitória. Essa circunstância atenuante impede-nos de chegar a um veredicto. Afinal, como condenar algo que é efêmero, transitório? No ocaso da dissolução, tudo é iluminado pela aura da nostalgia, até mesmo a guilhotina. Não faz muito tempo, flagrei-me experimentando uma sensação absolutamente inacreditável. Folheando um livro sobre Hitler, comovi-me com alguns de seus retratos: lembravam minha infância. Eu cresci durante a guerra; vários membros de minha família pereceram nos campos de concentração de Hitler; mas o que foram suas mortes comparadas às memórias de um período já perdido de minha vida, um período que jamais retornaria? Essa reconciliação com Hitler revela a profunda perversidade moral de um mundo que repousa essencialmente na inexistência do retorno, pois, num tal mundo, tudo é perdoado de antemão e, portanto, cinicamente permitido. Se cada segundo de nossas vidas repete-se infinitas vezes, somos pregados à eternidade feito Jesus Cristo na cruz. É uma perspectiva aterrorizante. No mundo do eterno retorno, o peso da responsabilidade insuportável recai sobre cada movimento que fazemos. É por isso que Nietzsche chamou a idéia do eterno retorno o mais pesado dos fardos (das schwerste Gewicht). Se o eterno retorno é o mais pesado dos fardos, então nossas vidas contrapõem-se a ele em toda a sua esplêndida leveza. Mas será o peso de fato deplorável, e esplêndida a leveza? O mais pesado dos fardos nos esmaga; sob seu peso, afundamos, somos pregados ao chão. E, no entanto, na poesia amorosa de todas as épocas, a mulher anseia por sucumbir ao peso do corpo do homem. O mais pesado dos fardos é, pois, simultaneamente, uma imagem da mais intensa plenitude da vida. Quanto mais pesado o fardo, mais nossas vidas se aproximam da terra, fazendo-se tanto mais reais e verdadeiras. Inversamente, a ausência absoluta de um fardo faz com que o homem se torne mais leve do que o ar, fá-lo alçar-se às alturas, abandonar a terra e sua existência terrena, tornando-o apenas parcialmente real, seus movimentos tão livres quanto insignificantes. O que escolheremos então? O peso ou a leveza? (...) Parmênides respondeu: a leveza é positiva; o peso, negativo. Tinha ou não razão?
Milan Kundera
A beleza feminina traz conforto para a alma dolorida do sujeito, mas é insuficiente para apagar uma paixão, muito menos um grande amor. Por isso, na manhã seguinte, o sexo ardente e o olhar apaixonado dão lugar à mera educação e cortesia. Senão à impaciência. O efeito analgésico da beleza e do desejo ficou para trás. O sujeito está novamente sozinho com os sentimentos dele, mesmo diante de uma mulher linda de cabelos molhados. Muitos acharão que não há nada de errado nessa situação. Somos adultos num mundo de adultos, afinal. Todos sabemos com quem estamos nos metendo. Não fazemos escolhas conscientes apenas na prateleira do supermercado. Mas é verdade, também, que nossas expectativas emocionais existem. Não estamos nesta vida apenas pelo sexo. Quem consegue sair meia dúzia de vezes com a mesma pessoa e não se envolver? Só alguém que já está envolvido, eu acho. Quem não está com a casinha bloqueada acaba se apaixonando – então perceberá que o outro é uma espécie de Himalaia emocional, inexpugnável.
Ivan Martins
Minha mulher era linda. Enquanto eu era o monstro completo.
Widjane Albuquerque (FEELING: Uma história de amor e sangue (Predadores da Noite Livro 1) (Portuguese Edition))
Em 1959, poucas mulheres no subúrbio tinham emprego, mas Ferguson e seu amigo tinham mães que eram mais que donas de casa e, consequentemente, foram obrigados a serem mais independentes e autoconfiantes do que a maioria de seus colegas de escola, e agora que tinham doze anos e começavam a curva que levava ao portão da adolescência, o fato de terem largos intervalos de tempo, só para eles, sem a supervisão de ninguém, estava se revelando uma vantagem, pois nessa etapa da vida os pais são, seguramente, as pessoas menos interessantes do mundo, e quanto menos tivermos de ficar com eles, melhor. Portanto, os dois podiam ir à casa de Ferguson depois da escola e ligar a televisão pra ver American Bandstand ou Million Dollar Movie sem medo de serem repreendidos por desperdiçar as últimas horas preciosas da luz do dia sentados dentro de casa numa tarde tão linda. Por duas vezes naquela primavera, eles conseguiram convencer Glória Dolan e Peggy Goldstein a irem para casa com eles, para bailes a quatro, na sala, e como nessa altura Ferguson e Glória já eram veteranos em beijar, seu exemplo inspirou Howard e Peggy a experimentarem sua própria iniciação na complexa arte do beijo de língua.
Paul Auster (4 3 2 1)