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Se há algo que pode ajudar uma analista a se autossupervisionar é escrever uma formulação completa do caso - coisa que eu recomendaria como uma introdução para ou preparação para supervisão por outra pessoa. Essa formulação incluiria: ( 1) tanto quanto possível a infância do paciente e sua história atual e como conseguir juntar as peças, em ordem cronológica; (2) o que o paciente informa como sendo seu atual problema, assim como o que apareceu durante o trabalho, são questões que precipitaram a busca pela terapia; (3) as principais articulações do trabalho que têm sido feitas até o momento, incluindo conexões importantes que foram elaboradas sobre a história e os relacionamentos do paciente, assim como qualquer mudança de perspectiva a que se chegou (por exemplo, o paciente deve ter colocado, inicialmente, todos os problemas da família em seu pai, concluindo depois que seu pai na verdade foi vítima e sua mãe passou a ser a culpada e, mais tarde ainda, chegou com uma ideia mais branda sobre os problemas);
( 4) todos os sintomas, os mais transitórios e os mais duráveis, que foram amplamente discutidos e seus possíveis significados, com hipóteses sobre o que o material reprimido fez para a sua forma ção; (5) as fantasias (de todos os tipos) que o paciente tem con tado e suas possíveis convergências em algo como uma fantasia fundamental, sugerindo o que sua atitude mais básica em direção ao Outro pode ser; e (6) diagnósticos (se o diagnóstico não estiver claro, as razões para se pensar que certo diagnóstico faz sentido deveriam ser elucidadas, assim como as razões para pensar que um diagnóstico diferente também faz sentido).
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Bruce Fink (Fundamentals of Psychoanalytic Technique: A Lacanian Approach for Practitioners)