Tem Quotes

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Se há algo que pode ajudar uma analista a se autossupervi­sionar é escrever uma formulação completa do caso - coisa que eu recomendaria como uma introdução para ou preparação para supervisão por outra pessoa. Essa formulação incluiria: ( 1) tanto quanto possível a infância do paciente e sua história atual e como conseguir juntar as peças, em ordem cronológica; (2) o que o pa­ciente informa como sendo seu atual problema, assim como o que apareceu durante o trabalho, são questões que precipitaram a bus­ca pela terapia; (3) as principais articulações do trabalho que têm sido feitas até o momento, incluindo conexões importantes que foram elaboradas sobre a história e os relacionamentos do pacien­te, assim como qualquer mudança de perspectiva a que se chegou (por exemplo, o paciente deve ter colocado, inicialmente, todos os problemas da família em seu pai, concluindo depois que seu pai na verdade foi vítima e sua mãe passou a ser a culpada e, mais tarde ainda, chegou com uma ideia mais branda sobre os problemas); ( 4) todos os sintomas, os mais transitórios e os mais duráveis, que foram amplamente discutidos e seus possíveis significados, com hipóteses sobre o que o material reprimido fez para a sua forma­ ção; (5) as fantasias (de todos os tipos) que o paciente tem con­ tado e suas possíveis convergências em algo como uma fantasia fundamental, sugerindo o que sua atitude mais básica em direção ao Outro pode ser; e (6) diagnósticos (se o diagnóstico não estiver claro, as razões para se pensar que certo diagnóstico faz sentido deveriam ser elucidadas, assim como as razões para pensar que um diagnóstico diferente também faz sentido).
Bruce Fink (Fundamentals of Psychoanalytic Technique: A Lacanian Approach for Practitioners)
Sandler (1987) sustentou que o estágio 3 no desenvolvimento do conceito de identificação projetiva veio com Wilfred Bion, que, do ponto de vista de Sandler, tem uma vantagem sobre Racker: mais do que ver a analista atuando no papel da identificação, con­cordante ou complementar - sugere que a subjetividade da analista está de alguma forma envolvida -, Bion (1962) descreveu a analista como um objeto de várias espécies (oposto a um sujeito), como um "container" dentro do qual o paciente simplesmente coloca o que quiser, a analista não aceita nem rejeita algumas ou todas as projeções do paciente (Ogden, 1982, p. 161, chamou a analista de "um receptáculo no qual as partes indesejadas podem ser despe­jadas"). O efeito dessa reconceitualização é tirar a analista dessa igualação, de certa forma, sugerindo que a analista não pode, de forma alguma, ser culpada ou, ao contrário, ser responsabilizada pelo que está sentindo e experimentando: seus "sentimentos con­ tratransferenciais" na verdade não são totalmente contratransfe­renciais, uma vez que correspondem diretamente e de uma forma intuitiva à transferência do paciente.
Bruce Fink (Fundamentals of Psychoanalytic Technique: A Lacanian Approach for Practitioners)