“
Naquele instante, olhando para o rosto delicado de Mari, me arrependi de todos os pensamentos que tive a respeito de estar sozinha. Mari estava ali. Sempre esteve. Sempre estaria. Amigas ficam ao seu lado nos momentos bons, mas apenas as melhores seguram sua mão nos momentos ruins.
”
”
Carina Rissi (Procura-se um marido (Família Cassani, #1))
“
onde a palavra sozinha não vai, com a poesia vai, voa
”
”
Stênio Gardel (A palavra que resta)
“
A propósito, não resistiremos a recordar que a morte, por si mesma, sozinha, sem qualquer ajuda externa, sempre matou muito menos que o homem.
”
”
José Saramago (As Intermitências da Morte)
“
Uma existência de milênios se encarrega sozinha de educar com dureza, mas tolo é aquele que não aproveita as lições de seus companheiros.
”
”
Jana P. Bianchi (Sombras)
“
(..) sabia que as tristezas se vivem sozinhas, porque ninguém as sente como nós.
”
”
Maria Francisca Gama (A Cicatriz)
“
As pessoas querem fazer parte de algo maior, algo mais profundo do que elas próprias. Algo pelo qual valha a pena viver, valha a pena morrer. Algo tão maravilhoso que estão dispostas a correr o risco de serem chamadas loucas, o risco de nadarem sozinhas nas águas mais escuras, determinadas a mergulhar nas profundezas para encontrarem algo especial, algo que possa durar para sempre.
”
”
Deborah Smith (A Gentle Rain)
“
Atenha-se ao seu destino, Mare Barrow.
— Que é?
— Se levantar. E se levantar sozinha. — As palavras ressoam como o uivo de um lobo. — Vejo o que você pode se tornar: não apenas um relâmpago, mas uma tempestade. A tempestade que vai engolir o mundo inteiro.
”
”
Victoria Aveyard (Glass Sword (Red Queen, #2))
“
LUA ADVERSA
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
”
”
Cecília Meireles
“
Die großen Leute verstehen nie etwas von selbst,und für die Kinder ist es zu anstrengend, ihnen immer und immer wieder erklären zu müssen."
"As pessoas grandes nunca percebem nada sozinhas e uma criança acaba por se cansar de ter que estar sempre a explicar-lhes tudo.
”
”
Antoine de Saint-Exupéry (Le Petit Prince)
“
Ria sozinha quase o tempo todo, uma moça magra querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz.
”
”
Caio Fernando Abreu (Morangos mofados)
“
Uma mulher não pode existir sozinha, sob o risco de deixar de ser mulher. Ou se converte, para tranquilidade de todos, numa outra coisa: numa louca, numa velha, numa feiticeira. Ou, como diria Silvestre, numa puta. Tudo menos mulher. Foi isto que eu disse a Noci: neste mundo só somos alguém se formos esposa.
”
”
Mia Couto (Jesusalém)
“
Sentia-se muito jovem; e, ao mesmo tempo, indizivelmente velha. Passava como uma navalha através de tudo; e ao mesmo tempo ficava de fora, olhando. Tinha a perpétua sensação, enquanto olhava os carros, de estar fora, longe e sozinha no meio do mar; sempre sentira que era muito, muito perigoso viver, por um só dia que fosse.
”
”
Virginia Woolf (Mrs. Dalloway)
“
E se, por vezes, houver cerrações e nevoeiros tão densos que eu não seja capaz de enxergar o caminho? Basta que me tomes pela mão e me guies na escuridão; pois andar contigo nas trevas é muito mais doce e seguro que andar sozinha à luz do sol!
”
”
Susannah Spurgeon
“
Você pode decidir pelo amor. Escolher o amor. Mas não dá pra fazer isso por duas pessoas. É pesado demais. O único amor que a gente pode carregar sozinha por pura responsabilidade nossa é o amor-próprio. E esse precisa ficar quando todo mundo se for.
”
”
Elayne Baeta (O Amor Não é Óbvio (Duologia Laranja-Forte, #1))
“
As pessoas grandes aconselharam-me a deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas e a dedicar-me de preferência à geografia, à história, à matemática, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma promissora carreira de pintor. Fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e e´cansativo, para as crianças, ficar toda hora explicando...
”
”
Antoine de Saint-Exupéry (O Pequeno Principe (Em Portugues do Brasil))
“
Antes de ficar doente, ela era muito sozinha , daí algumas tardes minha mãe me enviava pra fazer companhia pra ela, mas na verdade eu fazia solidão. As duas ali no sofá, quase no escuro, competindo qual solidão conseguia alcançar o teto. Eu acho mesmo que as crianças podem ser mais sozinhas que as velhas.
”
”
Mariana Salomão Carrara (Se Deus me Chamar Não Vou)
“
Quando entrei na livraria, senti o cheiro de tudo aquilo — das aventuras escondidas atrás das capas. As histórias de partir o coração e as que aquecem o coração também. As histórias de amores perdidos e encontrados. As histórias de autodescoberta. Aquelas que faziam com que você se sentisse menos sozinha no mundo.
”
”
Brittainy C. Cherry (Disgrace)
“
Não, agora nunca mais diria, de ninguém neste mundo, que eram isto ou aquilo. Sentia-se muito jovem; e, ao mesmo tempo, indizivelmente velha. Passava como uma navalha através de tudo; e ao mesmo tempo ficava de fora, olhando. Tinha a perpétua sensação, enquanto olhava os carros, de estar fora, longe e sozinha no meio do mar; sempre sentira que era muito, muito perigoso viver, por um só dia que fosse. Não que se julgasse inteligente, ou muito fora da comum. Nem podia saber como tinha atravessado a vida com os poucos dedos de conhecimento que lhe dera Fräulein Daniels. Não sabia nada; nem línguas, nem história; raramente lia um livro agora, exceto memórias, na cama; mas como a absorvia tudo aquilo, os carros passando; e não diria de Peter, não diria de si mesma: sou isto, sou aquilo.
”
”
Virginia Woolf (Mrs. Dalloway)
“
SIMONE: [...] Daisy me contou que estava se sentindo sozinha, mas, se soubesse o quanto eu pensava nela, não se sentiria assim.
”
”
Taylor Jenkins Reid (Daisy Jones & The Six)
“
Existem muitas formas de estar sozinha. Sei que isso é verdade.
”
”
Nina LaCour (We Are Okay)
“
A realidade se realiza sozinha sem caridade nenhuma de um suposto divino.
”
”
Filipe Russo (Caro Jovem Adulto)
“
Não gostava de estar sozinha. Mas gostava ainda menos de estar com gente.
”
”
Elizabeth Strout (Olive Kitteridge)
“
Posso sobreviver muito bem sozinha, se receber o material apropriado para leitura.
”
”
Sarah J. Maas (Throne of Glass (Throne of Glass, #1))
“
Independência é o luxo de todas aquelas pessoas que são demasiado confiantes e atarefadas e populares e atraentes para serem apenas o simples e batido "sozinhas".
”
”
David Nicholls (Starter for Ten)
“
As pessoas usavam o que chamavam de telefone porque odiavam ficar juntas umas das outras e morriam de medo de ficar sozinhas.
”
”
Chuck Palahniuk (Survivor)
“
de propósito não vou descrever o que vi: cada pessoa tem que descobrir sozinha.
”
”
Clarice Lispector (Do rio de janeiro e seus personagens (Crônicas para Jovens))
“
Levante a cabeça, Amari Peters. Você não está sozinha.
”
”
B.B. Alston (Amari e os Irmãos da Noite (Investigações Sobrenaturais Livro 1) (Portuguese Edition))
“
Ela não estava sozinha no apartamento, mas ninguém no mundo correspondia a suas esperanças, e esta é a maior solidão de todas: quando ninguém está caminhando ao nosso lado em direção a um destino em comum.
”
”
Fredrik Backman (Gente Ansiosa)
“
Foi a força dos grupos que o fez avançar na profissão. Tentou entender o facto de as pessoas que tinham sobrevivido à guerra em grupo terem mais facilidade em enfrentar os seus traumas do que aquelas que, nas mesmas circunstância, estiveram sozinhas.
”
”
Lars Kepler (The Hypnotist (Joona Linna, #1))
“
Mencionou cinco filmes que merecem ser vistos. Impossível. Houve tempo em que podia ir sozinha ao cinema, ou mesmo ao Teatro. É que não estava só. Havia em mim e à minha volta a sua presença. Agora, quando estou só, digo-me: - Estou só. - E tenho medo.
”
”
Simone de Beauvoir (The Woman Destroyed)
“
Naqueles dias e noites no hotel, achei que estava com medo do fantasma dele, mas não estava.
Estava com medo da minha solidão.
De como havia sido enganada.
E da forma como me convenci de tanta coisa: de que não estava triste, de que não estava sozinha.
”
”
Nina LaCour (We Are Okay)
“
Não me digas que não tu não podes dizer-me que não porque é tanto o alívio de amar de novo e deitar na cama e ser abraçado e tocado e beijado e teu coração saltará quando ouvires a minha voz e vires o meu sorriso e sentires a minha respiração no teu pescoço e teu coração vai disparar quando eu te quiser ver e eu irei mentir-te desde o primeiro momento e irei usar-te e irei penetrar-te e partirei o teu coração porque tu partiste o meu primeiro e tu me amarás mais a cada dia até que o peso desse amor seja insuportável e a tua vida seja minha e tu morrerás sozinha porque eu levarei o que eu quero e irei embora sem te deixar nada está sempre lá sempre esteve e não podes negar a vida que tu achas que é foda foda-se a vida foda-se a vida foda-se a vida agora que eu te perdi
”
”
Sarah Kane (Crave)
“
Eu conheci razoavelmente bem Clarice Lispector. Ela era infelicíssima, Zézim. A primeira vez que conversamos eu chorei depois a noite inteira, porque ela inteirinha me doía, porque parecia se doer também, de tanta compreensão sangrada de tudo. Te falo nela porque Clarice, pra mim, é o que mais conheço de GRANDIOSO, literariamente falando. E morreu sozinha, sacaneada, desamada, incompreendida, com fama de 'meio doida'."
"Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta."
"Claro que ele [Nirlando Beirão] fala de uma geração inteira, mas daí saquei, meu Deus, como sou típico, como sou um esteriótipo da minha geração."
em carta à José Márcio Penido, em 1979.
”
”
Caio Fernando Abreu (Cartas)
“
Um domingo de tarde sozinha em casa dobrei-me em dois para a frente - como em dores de parto - e vi que a menina em mim estava morrendo. Nunca esquecerei esse domingo. Para cicatrizar levou dias. E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heróica. Sem menina dentro de mim.
”
”
Clarice Lispector
“
O senhor afirmou que o mau humor é um vício; acho isso um exagero.' 'Em absoluto', repliquei, [...]
Aponte-me uma pessoa que, estando de mau humor, seja estóica o suficiente para ocultá-lo e suportar tudo sozinha, sem destruir a alegria dos que estão ao seu redor.
”
”
Johann Wolfgang von Goethe (The Sorrows of Young Werther)
“
– Há uma rua... no fundo da povoação. As casas parecem desabitadas.
– Mas não estão. Sei a que te referes.
– É como se a tivesse visto antes.
Ele encolheu os ombros.
– É natural. Sempre gostaste de passear sozinha.
– É como se a tivesse visto em sonhos.
– Há imagens no fundo de nós, são talvez sombras de outras, mais antigas, que vêm de trás.
– Imagens fantásmicas.
– E se encontramos lugares que se assemelham a elas, é claro que isso nos perturba.
– Como um reflexo no fundo de um poço.
– Como o nosso reflexo no fundo de um poço, sim.
”
”
Ana Teresa Pereira (Karen)
“
Alguém perguntou: 'você acha que ela é inteligente?'. Isso me pareceu uma pergunta ultrajante; sério, importa para alguém se ela é inteligente ou não? Sem dúvida basta que um rosto assim exista, embora a própria Garbo possa ter chegado ao ponto de lamentar a trágica responsabilidade de possuí-lo. Não tem graça nenhuma seu desejo de ficar sozinha; claro que deseja isso. Imagino que seja o único momento em que ela não se sente só: se a pessoa percorre um caminho singular, guarda sempre uma certa melancolia, mas não se lamenta em público.
”
”
Truman Capote (The Dogs Bark)
“
Por favor, não se esqueça de mim! Não ria da garota de vinte anos que vai ao seu encontro na estação todos os dias, todos os dias, e retorna sozinha; por favor, me mantenha viva em suas lembranças! Não revelo o nome desta pequena estação de propósito. Mas, mesmo que não o diga, um dia você me encontrará.
”
”
Osamu Dazai (Mulheres)
“
As idéias com poder gravitacional são aquelas que têm o poder de chamar outras. Elas nunca estão sozinhas. São sóis do sistema solar que é a nossa mente. Elas produzem big bangs na cabeça dos quais nascem universos. É assim que acontece a poesia, a literatura, a música: uma única idéia explode e eis a obra!
”
”
Rubem Alves (Ostra feliz não faz pérola)
“
Sentia-se muito jovem; e, ao mesmo tempo, indivisivelmente velha. Passava como uma navalha através de tudo; e ao mesmo tempo ficava de fora, olhando. Tinha a perpétua sensação, enquanto olhava os carros, de estar fora, longe e sozinha no meio do mar; sempre sentira que era muito, muito perigoso viver, por um só dia que fosse.
”
”
Virginia Woolf (Mrs Dalloway)
“
A ferramenta das vanguardas, sempre conforme minha visão pessoal, é o procedimento. (...)
Construtivismo, escritura automática, ready-made, dodecafonismo, cut-up, acaso, indeterminação. Os grandes artistas do século XX não são os que fizeram obra, mas aqueles que inventaram procedimentos para que a obra se fizesse sozinha, ou não se fizesse.
”
”
César Aira (Pequeno Manual de Procedimentos)
“
Sentia-se muito jovem e, ao mesmo tempo, indizivelmente velha. Passava como uma faca através de todas as coisas e, ao mesmo tempo, ficava de fora, a observar. Tinha a permanente sensação, quando olhava para os táxis, de estar de fora, de estar lon-ge, sozinha, no mar; sempre havia tido a sensação de que era muito perigoso viver um só dia que fosse.
”
”
Virginia Woolf (Mrs. Dalloway)
“
O que pode fazer a literatura contra o ataque devastador da violência ostensiva ? Lembre-se que a violência não vive sozinha e não é capaz de viver sozinha, ela está inevitavelmente entrelaçada com a mentira. A violência não tem nada além da mentira para escondê-la, e a mentira não tem nada além da violência para mantê-la. Qualquer homem que tenha proclamado a violência o seu método precisa inexoravelmente fazer da mentira o seu princípio. E a única coisa que um homem corajoso pode fazer é abster-se da mentira. Elas podem, mentira e violência, reinar no mundo, mas não através de mim. Mentiras podem resistir a muitas coisas neste mundo, mas não à arte. E quando a mentira desaparecer, a violência despida mostrará a sua feiura.
”
”
Aleksandr Solzhenitsyn
“
Quero ficar sozinha. Como toda noite. Não falar com ninguém. Ler, ouvir rádio e tomar um banho de banheira. Fechar as cortinas. Enrolar-me no meu quimono de seda rosa. Só ficar à vontade. Depois que os portões são fechados, o tempo é meu. Sou a única dona dele. É um luxo ser dona do próprio tempo. Acho que é um dos maiores luxos que um ser humano pode dar a si mesmo.
”
”
Valérie Perrin (Fresh Water for Flowers)
“
solidão se faz sozinha. Eu a fiz. Porque decidi que era ali que deveria estar sozinha, que ficaria sozinha para escrever livros”. É interessante pensar nessa perspectiva da solidão não como uma condição passiva, em que se é deixado pelo outro, como se não pudéssemos fazer nada diante disso, como se fôssemos mero objeto. “Fazer” a solidão é se colocar de um modo ativo diante dela.
”
”
Ana Suy (A Gente Mira no Amor e Acerta na Solidão)
“
E então, numa quinta-feira, quase dois mil anos depois que um homem foi pregado num pedaço de madeira por ter dito que seria ótimo se as pessoas fossem legais umas com as outras pra variar, uma garota, sozinha numa pequena lanchonete em Rickmansworth, de repente compreendeu o que tinha dado errado esse tempo todo e finalmente descobriu como o mundo poderia se tornar um lugar bom e feliz.
”
”
Douglas Adams (Douglas Adams' The Hitchhiker's Guide to the Galaxy, Book 1 of 3 (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy #1))
“
Existe um ritmo específico para se andar no mundo sozinha. Você descobre quais são as coisas sem as quais pode ou não pode viver, as necessidades mais básicas e as pequenas alegrias que definem a vida de uma pessoa. Não se trata da comida, do teto sobre a sua cabeça nem das coisas essenciais de que o corpo precisa para funcionar — o que, para ela, é apenas um luxo —, mas de tudo o que te mantém sã. Que te traz alegria. Que torna a vida suportável.
”
”
Victoria Schwab (The Invisible Life of Addie LaRue)
“
Ele não era o príncipe encantado que eu havia esperado a vida toda. Definitivamente não era a pessoa certa para mim. Mas quer saber? Eu não queria a pessoa certa. Não queria alguém que chegasse no momento certo, que fizesse sentido. Não, eu queria a pessoa errada! Queria perder a cabeça e o sono, fazer loucuras das quais me arrependeria mais tarde, brigar, gritar para em seguida chorar e rir em seus braços. Queria alguém que gaguejasse por medo de me perder. Que me jogasse de um penhasco, me dopasse para me acalmar, preparasse comida intragável e que ainda me parecesse o melhor dos banquetes. Queria alguém que, de tão diferente de mim, me completasse.
Fui tão burra ao me apegar a algo tão idiota quanto a um amontoado de palavras que queria bater minha cabeça na parede. Ele tinha razão. Palavras não valiam nada sozinhas. E eu queria exatamente aquilo tudo, os gestos, os carinhos, o apoio incondicional. Um eu te amo dito pelo coração.
”
”
Carina Rissi (No Mundo da Luna)
“
Quando escrever o fim do livro, Monique, deixe bem claro que não sinto apego por este apartamento, que não estou nem aí para todo o dinheiro que tenho, que não faz a menor diferença que as pessoas me achem uma lenda, que a adoração de milhões de pessoas nunca me fez sentir menos sozinha. Quando escrever o fim do livro, Monique, diga para todo mundo que aquilo que me faz falta são as pessoas. Conte tudo o que fiz de errado. Que fiz escolhas equivocadas na maior parte das vezes.
”
”
Taylor Jenkins Reid (The Seven Husbands of Evelyn Hugo)
“
EIS-ME
Eis-me
Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face
Mas tu és de todos o ausente o ausente
Nem o teu ombro me nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo
(em que não moras)
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio
Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente
”
”
Sophia de Mello Breyner Andresen (Livro Sexto)
“
Então me ocorreu que, apesar de sermos companheiras de viagem maravilhosas, no fundo, não passávamos de duas massas solitárias de metal em suas próprias órbitas separadas. A distância, parecem belas estrelas cadentes, mas, na realidade, não passam de prisões, em que cada uma de nós está trancada, sozinha, indo a lugar nenhum. Quando as órbitas desses dois satélites se cruzam, acidentalmente, podemos estar juntas. Talvez, até mesmo, abrir nossos corações uma à outra. Mas só por um breve momento. No instante seguinte, estaremos na solidão absoluta. Até nos queimarmos completamente e nos tornarmos nada.
”
”
Haruki Murakami (Sputnik Sweetheart)
“
Sentia-se muito jovem e, ao mesmo tempo, indizivelmente velha. Passava como uma faca através de todas as coisas e, ao mesmo tempo, ficava de fora, a observar. Tinha a permanente sensação, quando olhava para os táxis, de estar de fora, de estar lon-ge, sozinha, no mar; sempre havia tido a sensação de que era muito perigoso viver um só dia que fosse.Sentia-se muito jovem e, ao mesmo tempo, indizivelmente velha. Passava como uma faca através de todas as coisas e, ao mesmo tempo, ficava de fora, a observar. Tinha a permanente sensação, quando olhava para os táxis, de estar de fora, de estar longe, sozinha, no mar; sempre havia tido a sensação de que era muito perigoso viver um só dia que fosse.
”
”
Virginia Woolf (Mrs. Dalloway)
“
Insensivelmente, sem disso me aperceber, deixei usarem-se e romperem-se todos os laços que me ligavam a uma companheira que amei, que é bonita e que vale muito mais que a grande maioria das mulheres. Perdemos a pouco e pouco o hábito da intimidade e das palavras ternas. Hoje, vejo o mal que sem maldade fiz: a minha companheira há vinte de cinco anos que está sozinha. Mas é demasiado tarde. Gostava de lhe dizer que penso dela imensamente bem; e é-me impossível. Os gestos afectuosos de antigamente seriam de tal maneira insólitos, de tal maneira novos, que a timidez paralisa-me. E depois, o meu dever de marido é talvez apenas, no meu espírito, uma noção moral. Debaixo da cinza, os fogos acabam por se extinguir.
”
”
Henri Roorda (Mi suicidio)
“
Era uma vez um pássaro. Adornado com um par de asas perfeitas e plumas reluzentes, coloridas e maravilhosas. Enfim, um animal feito para voar livre e solto no céu, e alegrar quem o observasse.
Um dia, uma mulher viu o pássaro e apaixonou-se por ele. Ficou a olhar o seu voo com a boca aberta de espanto, o coração batendo mais rapidamente, os olhos brilhando de emoção. Convidou-o para voar com ela, e os dois viajaram pelo céu em completa harmonia. Ela admirava, venerava, celebrava o pássaro.
Mas então pensou: talvez ele queira conhecer algumas montanhas distantes! E a mulher sentiu medo. Medo de nunca mais sentir aquilo com outro pássaro. E sentiu inveja, inveja da capacidade de voar do pássaro.
E sentiu-se sozinha.
E pensou: “vou montar uma armadilha. Da próxima vez que o pássaro surgir, ele não partirá mais.”
O pássaro, que também estava apaixonado, voltou no dia seguinte, caiu na armadilha, e foi preso na gaiola.
Todos os dias ela olhava o pássaro. Ali estava o objecto da sua paixão, e ela mostrava-o ás suas amigas, que comentavam: “Mas tu és uma pessoa que tem tudo.” Entretanto, uma estranha transformação começou a processar-se: como tinha o pássaro, e já não precisava de o conquistar, foi perdendo o interesse. O pássaro sem puder voar e exprimir o sentido da sua vida, foi definhando, perdendo o brilho, ficou feio – e a mulher já não lhe prestava atenção, apenas prestava atenção á maneira como o alimentava e como cuidava da sua gaiola.
Um belo dia o pássaro morreu. Ela ficou profundamente triste, e passava a vida a pensar nele. Mas não se lembrava da gaiola, recordava apenas o dia em que o vira pela primeira vez, voando contente entre as nuvens.
Se ela se observasse a si mesma, descobriria que aquilo que a emocionava tanto no pássaro era a sua liberdade, a energia das asas em movimento, não o seu corpo físico.
Sem o pássaro a sua vida também perdeu o sentido, e a morte veio bater á sua porta. “Por que vieste?” perguntou á morte. “Para que possas voar de novo com ele nos céus”, respondeu a morte. “Se o tivesses deixado partir e voltar sempre, amá-lo-ias e admirá-lo-ias ainda mais; porém, agora precisas de mim para puderes encontrá-lo de novo.
”
”
Paulo Coelho (Eleven Minutes)
“
Franz teve bruscamente a impressão de que a Grande Marcha estava a chegar ao fim. As fronteiras do silêncio voltavam a fechar-se sobre a Europa, e a Grande Marcha já não desfilava senão em cima de um pequeno estrado no centro do planeta. As multidões que outrora se acotovelavam ao pé do estrado tinham partido há muito e a Grande Marcha continuava sozinha e sem espectadores. Sim, pensava Franz, a Grande Marcha continua, apesar da indiferença do mundo, mas está a tornar-se nervosa, febril, ontem contra a ocupação do Vietname pelos americanos, hoje contra a ocupação do Camboja pelos vietnamitas, ontem para apoiar Israel, hoje pelos palestinianos, ontem para apoiar Cuba, amanhã contra Cuba, e sempre contra a América, sempre contra os massacres e sempre em apoio a outros massacres, continua a Europa sempre a desfilar, e para poder acompanhar o ritmo dos acontecimentos sem falhar um único acelera cada vez mais o passo, de modo que a Grande Marcha já só é um cortejo de gente apressada a desfilar a galope, e a cena cada vez se encolhe mais, até ao dia em que finalmente há-de tornar-se apenas um ponto sem dimensões.
”
”
Milan Kundera (The Unbearable Lightness of Being)
“
Wilhelmina e Emilienne, posteriormente, acrescentaram bolos de casamento ao repertório de doces depois que o querido professor do ensino médio, Ignatius Lux, casou-se com Estelle Margolis em uma pequena cerimônia na igreja luterana. A comemoração terminou com um bolo de quatro andares assado por Emilienne especialmente para a ocasião. Noivo e noiva compartilharam sorrisos felizes, mas era do bolo que os convidados se lembravam - o recheio de creme de baunilha, a cobertura de creme de manteiga, o leve gosto de framboesas que certamente haviam sido acrescentadas à massa. Ninguém levou para casa pedaços de bolo para colocar debaixo do travesseiro na esperança de sonhar com o futuro cônjuge; em vez disso, os convidados de Ignatius Lux e Estelle Margolis comeram-no todo e, depois, tiveram que sonhar que o estavam comendo novamente. Após essa festa de casamento, as solteiras acordavam à noite com lágrimas nos olhos, não porque estavam sozinhas, mas porque não havia mais bolo de casamento. Desnecessário dizer que o bolo, mais tarde, tornou-se um dos itens mais populares da padaria, encomendado em todo evento, grande ou pequeno.
”
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Leslye Walton (The Strange and Beautiful Sorrows of Ava Lavender)
“
Quando isso aconteceu, Orlando deu um suspiro de alívio, acendeu um cigarro e soprou em silêncio um ou dois minutos. Depois, chamou hesitante, como se a pessoa que procurasse pudesse não estar ali: “Orlando?” Pois se há (por acaso) 76 tempos diferentes, todos pulsando simultaneamente na cabeça, quantas pessoas diferentes não haverá – valha-nos o céu -, todas morando, num tempo ou noutro, no espírito humano? Alguns dizem que 2052. De modo que é a coisa mais natural do mundo uma pessoa chamar, logo que fique sozinha, “Orlando?” (se esse é o seu nome), querendo com isso dizer “Vem, vem! Estou mortalmente cansada deste eu. Preciso de outro”. Daí as mudanças assombrosas que vemos em nossos amigos. Mas isso também não é muito fácil, pois, embora se possa dizer, como Orlando disse (achando-se no campo, e necessitando talvez de outro eu), “Orlando?”, o Orlando de que ela necessita pode não vir; esses eus de que somos constituídos, sobrepostos uns aos outros como pratos empilhados na mão do copeiro, têm suas predileções, simpatias, pequenos códigos e direitos próprios, chamem-se como quiserem (e muitas dessas coisas não têm nome), de modo que um só virá se estiver chovendo, outro, se for num quarto com cortinas verdes, outro, se a sra. Jones não estiver lá, outro, se lhe pudermos prometer um copo de vinho – e assim por diante; pois cada pessoa pode multiplicar com a sua própria existência as diferentes condições que impõe os seus diferentes eus – e algumas, de tão ridículas, nem podem ser impressas em letra de fôrma.
”
”
Virginia Woolf (Orlando)
“
Quando Shiva e Shakti se unem no sahasrara, a pessoa experimenta o samadhi, a iluminação ocorre no cérebro e as áreas silenciosas começam a funcionar. Shiva e Shakti permanecem unidos por algum tempo, e durante este período há uma perda total da consciência, pertencente um a outro. Ao mesmo tempo um bindu desenvolve. Bindu significa um ponto, uma gota, e bindu é o substrato de todo o cosmos. Dentro do bindu está a sede da inteligência humana e a sede de toda a criação. Em seguida, bindu se divide em dois, e Shiva e Shakti manifestam-se novamente em dualidade. Quando a ascensão aconteceu, ela foi somente a subida de shakti, mas agora quando a descida acontece, Shiva e Shakti, ambos, descem para os planos grosseiros e há novamente o conhecimento da dualidade. Depois da união total há uma espécie de retorno pelo mesmo caminho da ascensão. A consciência bruta que se tornou refinada, novamente torna-se embrutecida. Este é o conceito da encarnação divina ou avatar.
Quando alguém atinge o mais elevado pináculo de samadhi, purusha e prakriti, ou Shiva e Shakti estão em total união e somente advaita existe, a experiência não dual. Ao mesmo temo, quando não há sujeito/objeto mais distinto, é muito difícil para alguém diferenciar. Se ele está falando com um homem ou com uma mulher, ele não sabe, ele não percebe a diferença. Ele pode até mesmo ser associado com pessoas espirituais ou divinas sem estar ciente disto, porque neste momento, sua consciência está reduzida ao nível da inocência de um bebê. Assim, no estado de samadhi, você é um bebê. Um bebê não pode falar da diferença entre um homem e uma mulher porque ele não tem distinção física ou sexual. Ele não pode distinguir um estudioso de um idiota, ele não pode nem mesmo ver qualquer a diferença entre uma serpente e uma corda. Ele pode segurar uma cobra como segura uma cobra. Isso só acontece quando a união está acontecendo.
Quando Shiva e Shakti descem para os planos grosseiros, que é o mooladhara chakra, eles se separam e vivem como duas entidades. Há dualidade no mooladhara chakra, há dualidade na mente e sentidos e no mundo de nomes e formas, mas não há dualidade no samadhi. Não há nenhuma vidência ou experiência no estado de samadhi. Não há ninguém para dizer como o samadhi porque ele é uma experiência não-dual.
É muito difícil entender por que Shiva e Shakti, ambos, descem para os planos brutos após terem atingindo a mais elevada união. Qual é o objetivo da destruição do mundo e a criação novamente? Qual é o objetivo de transcendência da consciência se você tem de voltar para ele novamente? Por que se preocupar em despertar Kundalini e uni-la com Shiva no sahasrara se você tem de voltar para o mooladhara novamente? Isto é algo muito misterioso e podemos perguntar, "Por despertar Kundalini absolutamente?" Por que construir uma mansão se você sabe que terá de pô-la abaixo quando ela estiver concluída? Na verdade, criamos um monte de coisas que serão destruídas. Então, porque fazê-lo absolutamente? Fazemos muita sadhana para transcender os chakras e ascender da terra para o céu. Então, quando chegamos ao paraíso e nos tornamos um com a grande realidade, de repente decidimos voltar para baixo. E não só, nós trazemos a grande unidade conosco. Seria mais fácil entender se Shakti voltasse sozinha e Shiva permanecesse no céu. Talvez, quando Shakti está prestes a sair, Shiva diga: "Espere, estou indo com você."
Quando Shiva e Shakti descem aos níveis mais grosseiros da consciência, há a dualidade novamente. Isso é porque o homem auto-realizado é capaz de compreender a dor e todos os assuntos da vida mundana. Ele compreende todo o drama da dualidade, multiplicidade e diversidade. Às vezes nós, simples mortais, estamos em um dilema para compreender como este homem, como a mais elevada realização, é capaz de lidar com as dualidades sem esperanças da vida.
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Satyananda Saraswati (Kundalini Tantra)
“
A história de um galante
"Sempre pensei que é uma injustiça para a mulher não ter estado nunca sozinha no mundo. Adão pôde, por um tempo, muito ou pouco, caminhar sobre uma terra jovem e serena, entre os animais, na posse inteira da sua alma, e a maioria dos homens nasce ainda com a memória desse tempo. Mas a pobre Eva, essa, já o encontrou a ele, reclamando-a para si, no momento em que abriu os olhos para o mundo. E isto nunca perdoou a mulher ao Criador: ela sente-se com o direito a reaver para si própria esse tempo no Paraíso. Só que, para sua pouca sorte, ao perseguir-se um tempo já passado, sempre o apanhamos de raspão e pelo avesso.
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Karen Blixen (Sete Contos Góticos Vol. I)
“
Emília, tu és um pássaro que um dia quebrou as asas, e eu uma árvore que te deu abrigo. Apoiaste-te e eu confortei-te porque é isso que gosto de fazer, ser protector, mas os meus troncos também começaram a prender-te, impedindo-te de voares. Quero que voes sozinha, com a certeza de que estarei sempre aqui à tua espera, de braços abertos.
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Sofia Silva (Corações Quebrados (Quebrados))
“
Pela primeira vez na vida, Martą se sentou à cabeceira da mesa e fez com que sua irmã, limpa, vestida com linho branco e ungida com óleos perfumados, se sentasse à sua direita. [..] Ficamos sozinhas, minha irmã, mais que sozinhas: sem um homem em casa, e deveríamos estar tremendo como filhotes de cadela morta.
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María Fernanda Ampuero (Pelea de gallos)
“
às vezes, o meu corpo inteiro dói. sou boa em cuidar das pessoas, mas ninguém sabe a hora exata de me estender a mão, de me puxar pra um abraço. quando os meus olhos caem, é raro notarem. é como se todos achassem que dou conta de tudo sozinha, porque a minha imagem de guerreira preenche todos os espaços desde sempre.
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”
Lorena Pimenta (Chorar de Alegria)
“
caminhe como se tivesse todas tuas ancestrais caminhando atrás de você
você nunca está sozinha
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Mariana Ruppel
“
Tomei o hábito de ficar em uma das pequenas salas que davam para as montanhas, e quase lera um livro inteiro na poltrona de estofado macio, prosseguindo devagar enquanto aprendia novas palavras Mas aquilo preenchera meu tempo - me dera a companhia silenciosa e constante daqueles personagens, os quais não existiam, mas de alguma forma, me faziam sentir menos... sozinha.
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Sarah J. Maas (A Court of Mist and Fury (A Court of Thorns and Roses, #2))
“
Ficar sozinha com a tristeza, era isso que eu queria. Perguntar para a tristeza se ela é algo realmente regular, saudável e normal de nossa estrutura neural. Queria poder perguntar para a tristeza se era possível saber até exatamente que medida ela seria considerada normal e partir de que ponto ela seria considerada "problemática", ou "nociva", ou, pra dizer um palavrão, em que ponto a tristeza seria "patológica".
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Lucas Lazzaretti (Saturno translada: Um ensaio romanesco)
“
A felicidade não é reservada para os jovens. Não há ninguém que possa fazer você feliz, você deve cuidar desse assunto sozinha.
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”
Leonora Carrington (The Hearing Trumpet)
“
Você nasceu sozinha. Você morre sozinha. Por que você continua se apoiando em outras pessoas?
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Rina Kent (Reign of a King (Kingdom Duet, #1))
“
Bem, primeiro é preciso aprender a usar a própria força e não esperar nada de ninguém. Sei que é difícil e diferente de tudo que ouviram até então. Mas é sozinha que poderá rever suas crenças, examinar com sinceridade seus verdadeiros valores, trabalhar incessantemente para o restauro de sua saúde interior, responsável pelo equilíbrio do corpo físico e da mente sadia. Esse esforço é válido, pois agindo dessa forma terá o bem-estar que tanto deseja.
”
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Marcelo Cezar (Nunca Estamos Sós (Portuguese Edition))
“
Finalmente aprendeu a ficar sozinha em público sem pensar no que os outros estavam pensando dela. Foi um alívio viver de dentro para fora.
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”
Coco Mellors (Cleopatra and Frankenstein)
“
Eu nunca estou sozinha, Galahad. Ou melhor, eu nunca sofro de solidão. Sofro muito com a ideia de que minha solidão possa ser tirada de mim por um monte de pessoas impiedosamente bem-intencionadas.
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Leonora Carrington (The Hearing Trumpet)
“
você é forte, dona de si, tem tudo para seguir sua vida sozinha, sem mais depender de Leônidas. Não é uma mulher que precise ser tratada dessa maneira tão grosseira e vulgar como ele a trata. Ponha-se, definitivamente, em primeiro lugar. Vou lhe ensinar um truque ótimo.
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Marcelo Cezar (Tudo tem um porquê (Portuguese Edition))
“
Mas o facto é que ele faz parte da minha vida. E, sempre que lhe dá na veneta, lá me manda a mesma mensagem: "Por onde andas, miúda?" E às vezes eu estou a trabalhar, noutras vou a sair da aula de ioga, noutras fui sair com algum homem, noutras estou num museu, toda nostálgica pelo meu passado de artista falhada, noutras estou com uma amiga a saborear um opulento jantar delicioso e caro, noutras estou a passear à beira-rio e a esquivar-me aos turistas europeus que querem saber como se vai aqui e ali, noutras estou no parque, sentada num banco ao sol a ler o jornal, e noutras estou em casa e é domingo à noite e estou sozinha a beber uma garrafa de vinho; estou só, mas não me sinto só, mas o facto é que estou mesmo só. E, esteja eu onde estiver, respondo-lhe de seguida. Porque quero que ele saiba. Da minha vida.
”
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Jami Attenberg (All Grown Up)
“
Fechávamos as janelas. Trancávamos a porta. Era como se estivéssemos outra vez lá fora, longe das intrigas mesquinhas em que esta gente se perde e perde a vida...
(Pausa)
Mas não pôde ser e, agora, estou sozinha. Sozinha e rodeada de inimigos numa terra hostil a tudo o que é grande, numa terra onde se cortam as árvores para que não façam sombra aos arbustos...
”
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Luís de Sttau Monteiro (Felizmente Há Luar!)
“
E eu não tinha provas. Estava sempre sozinha com ele, seria uma palavra contra a outra. Inocente até que se prove culpado.
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G.G. Diniz (O colonizador)
“
Mulher é XX, e homem é YX. Isso significa que os homens definem o sexo do filho, não é a mulher; mulheres, não fiquem para baixo, você contribuem sozinhas com a mitocôndrias, um pedação da criança é somente seus, um quarto inteiro dentro da células é arrumado e definido por vocês.
”
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Jorge Guerra Pires (Ciência para não cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (Inteligência Artificial, Democracia, e Pensamento Crítico) (Portuguese Edition))
“
Diz a ministra Damares: "A igreja evangélica perdeu espaço na história. Nós perdemos o espaço na ciência quando nós deixamos a teoria da evolução entrar nas escolas, quando nós não questionamos. Quando nós não fomos ocupar a ciência. A igreja evangélica deixou a ciência para lá e 'vamos deixar a ciência sozinha, caminhando sozinha'. E aí cientistas tomaram conta dessa área", diz a ministra no vídeo. Vamos lembrar que ciência não separa pessoas entre religião, sim usando artigos. Quando vai publicar um artigo, ninguém de pergunta sua religião, nem instituição. O processo de revisão de artigos é cego.
”
”
Jorge Guerra Pires (Ciência para não cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (Inteligência Artificial, Democracia, e Pensamento Crítico) (Portuguese Edition))
“
Pareceu-me uma pessoa habituada à solidão. Aliás, para ser mais preciso, uma pessoa que procura a solidão, que está de muito bom grado sozinha.
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Satoshi Yagisawa (More Days at the Morisaki Bookshop (Days at the Morisaki Bookshop, #2))
“
Vem, Noite antiquíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio. Noite
Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito.
Vem, vagamente,
Vem, levemente,
Vem sozinha, solene, com as mãos caídas
Ao teu lado, vem
E traz os montes longínquos para o pé das árvores próximas.
Funde num campo teu todos os campos que vejo,
Faze da montanha um bloco só do teu corpo,
Apaga-lhe todas as diferenças que de longe vejo.
Todas as estradas que a sobem,
Todas as várias árvores que a fazem verde-escuro ao longe.
Todas as casas brancas e com fumo entre as árvores,
E deixa só uma luz e outra luz e mais outra,
Na distância imprecisa e vagamente perturbadora.
Na distância subitamente impossível de percorrer.
Nossa Senhora
Das coisas impossíveis que procuramos em vão,
Dos sonhos que vêm ter connosco ao crepúsculo, à janela.
Dos propósitos que nos acariciam
Nos grandes terraços dos hotéis cosmopolitas
Ao som europeu das músicas e das vozes longe e perto.
E que doem por sabermos que nunca os realizaremos...
Vem, e embala-nos,
Vem e afaga-nos.
Beija-nos silenciosamente na fronte,
Tão levemente na fronte que não saibamos que nos beijam
Senão por uma diferença na alma.
E um vago soluço partindo melodiosamente
Do antiquíssimo de nós
Onde têm raiz todas essas árvores de maravilha
Cujos frutos são os sonhos que afagamos e amamos
Porque os sabemos fora de relação com o que há na vida.
Vem soleníssima,
Soleníssima e cheia
De uma oculta vontade de soluçar,
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena.
E todos os gestos não saem do nosso corpo
E só alcançamos onde o nosso braço chega,
E só vemos até onde chega o nosso olhar.
Vem, dolorosa,
Mater-Dolorosa das Angústias dos Tímidos,
Turris-Eburnea das Tristezas dos Desprezados,
Mão fresca sobre a testa em febre dos humildes.
Sabor de água sobre os lábios secos dos Cansados.
Vem, lá do fundo
Do horizonte lívido,
Vem e arranca-me
Do solo de angústia e de inutilidade
Onde vicejo.
Apanha-me do meu solo, malmequer esquecido,
Folha a folha lê em mim não sei que sina
E desfolha-me para teu agrado,
Para teu agrado silencioso e fresco.
Uma folha de mim lança para o Norte,
Onde estão as cidades de Hoje que eu tanto amei;
Outra folha de mim lança para o Sul,
Onde estão os mares que os Navegadores abriram;
Outra folha minha atira ao Ocidente,
Onde arde ao rubro tudo o que talvez seja o Futuro,
Que eu sem conhecer adoro;
E a outra, as outras, o resto de mim
Atira ao Oriente,
Ao Oriente donde vem tudo, o dia e a fé,
Ao Oriente pomposo e fanático e quente,
Ao Oriente excessivo que eu nunca verei,
Ao Oriente budista, bramânico, sintoísta,
Ao Oriente que tudo o que nós não temos.
Que tudo o que nós não somos,
Ao Oriente onde — quem sabe? — Cristo talvez ainda hoje viva,
Onde Deus talvez exista realmente e mandando tudo...
Vem sobre os mares,
Sobre os mares maiores,
Sobre os mares sem horizontes precisos,
Vem e passa a mão pelo dorso da fera,
E acalma-o misteriosamente,
Ó domadora hipnótica das coisas que se agitam muito!
Vem, cuidadosa,
Vem, maternal,
Pé antepé enfermeira antiquíssima, que te sentaste
À cabeceira dos deuses das fés já perdidas,
E que viste nascer Jeová e Júpiter,
E sorriste porque tudo te é falso e inútil.
Vem, Noite silenciosa e extática,
Vem envolver na noite manto branco
O meu coração...
Serenamente como uma brisa na tarde leve,
Tranquilamente com um gesto materno afagando.
Com as estrelas luzindo nas tuas mãos
E a lua máscara misteriosa sobre a tua face.
Todos os sons soam de outra maneira
Quando tu vens.
Quando tu entras baixam todas as vozes,
Ninguém te vê entrar.
Ninguém sabe quando entraste,
Senão de repente, vendo que tudo se recolhe,
Que tudo perde as arestas e as cores,
E que no alto céu ainda claramente azul
Já crescente nítido, ou círculo branco, ou mera luz nova que vem,
A lua começa a ser real.
”
”
Fernando Pessoa (Poemas de Álvaro de Campos (Obra Poética IV))
“
Vou ao Clissold Park e percorro seus desire paths, os caminhos que se fazem por um efeito de erosão. São vias criadas pelos passos humanos ou de animais, o percurso mais batido para ir de um lugar a outro. Em italiano diríamos scorciatoia, atalho, no entanto a primeira vez que me deparei com a expressão desire path, me detive na palavra 'desejo' e me confundi, me enganei sozinha: me convenci de que os desire paths eram percursos imaginários construídos por pessoas que passeiam pela cidade em todas as horas, os lugares que preferem se perder ou se enfiar, pontos iluminados num mapa particular.
”
”
Claudia Durastanti (La straniera)
“
Ficar sozinha tempo demais não é saudável. A solidão é como um quarto grande e vazio dentro de você, que ecoa o som da vida que você não está vivendo. Então você o acaba preenchendo com coisas: trabalho, amigos, bicho de estimação e, com o tempo, fica suportável, e então confortável. Depois de muitos anos, é tão seguro que se torna o novo normal. Mas a pior parte é que esse quarto fica tão cheio de falsos confortos que não cabe mais ninguém. E você merece mais que isso.
”
”
Leisa Rayven (Mister Romance (Masters of Love, #1))
“
Minha avó enfrentou vinte e um anos de um sistema ditatorial. Já eu vou superar os meses (ou anos, quem sabe) ameaçados por uma doença chamada Covid-19. E, sem dúvida, daqui três décadas os desafios que minha filha enfrentará terão nomes e motivos desconhecidos. Mas, ao olhar para trás e ver as batalhas vencidas pelas mulheres da família, ela terá a certeza de que não está sozinha e de que é forte o suficiente para sair vitoriosa de qualquer batalha.
”
”
Paola Aleksandra (Reflexos do passado (Portuguese Edition))
“
Porque, se fosse por você,
eu ainda estaria enterrada no chão.
Mas eu sou semente
e sei me plantar sozinha.
”
”
Bruna Vieira (Meu corpo virou poesia)
“
a princesa eu nasci meio louca por livros. podiam me encontrar acariciando as lombadas dos meus livros sozinha, trancada dentro da minha torre do meu quarto.
”
”
Amanda Lovelace (The Princess Saves Herself in This One (Women Are Some Kind of Magic, #1))
“
Porém, percebo que as pessoas são apenas pessoas, que carregam os próprios medos, sonhos, desejos, dores e erros. Não posso esperar que outra pessoa me complete; devo fazer isso sozinha. E acho que estive escrevendo para mim este tempo todo, para entender minha dor, minhas preocupações, meu emaranhado de ambições. Mesmo agora, penso em como é simples me perder nas palavras e, ainda assim, descobrir quem sou.
”
”
Rebecca Ross (Divine Rivals (Letters of Enchantment, #1))
“
E por ser pouco
era muito,
que pouco muito era verde
fogo da grama, o musgo do muro, o galo
que vai morrer,
a louça na cristaleira,
o doce na compoteira,
a falta de afeto, a busca do amor nas coisas.
Não nas pessoas:
nas coisas, na muda carne
das coisas, na cona da flor, no oculto
falar das águas sozinhas:
que a vida
passava sobre nós,
de avião
”
”
Ferreira Gullar (Poema Sujo)
“
Eu sei qual é o cheiro do musgo porque vocês o implantaram em mim, assim como implantaram a ideia de que eu deveria amar um homem, ser leal a um só homem, que deveria ser cortejada. Estamos todos aqui condenados ao sonho de um amor romântico, embora ninguém que eu conheça ame dessa forma ou viva essa vida. E, no entanto, são esses os sonhos que vocês nos deram. Conheço o cheiro, mas não sei qual a sensação do toque do musgo na mão; mesmo assim existe, na minha mão, a vaga noção de estar em plena floresta admirando o mar enquanto acaricio esse musgo no tronco de uma árvore. Me digam, forma vocês que implantaram essa sensação em mim? Ela faz parte do programa? Ou foi uma ideia que surgiu sozinha, que brotou dentro de mim?
”
”
Olga Ravn (The Employees)
“
Veja bem, eu sei que parece no mínimo incoerente duas mulheres que apresentam podcasts semanais se definirem como introvertidas, mas, apesar de incoerência ser quase meu sobrenome, a confusão está mais relacionada ao verdadeiro significado de introversão. O primeiro entendimento errado é achar que necessariamente tem a ver com timidez. Um introvertido gosta de estar sozinho e fica emocionalmente esgotado depois de passar muito tempo com outras pessoas. Uma pessoa tímida não quer necessariamente ficar sozinha, mas o medo e a ansiedade servem como verdadeiros muros para a interação.
”
”
Marcela Ceribelli (Aurora: O despertar da mulher exausta)
“
No entanto, há quem viva essa solidão como desamparo, com imenso mal-estar, e que assim recue dela, não podendo vivê-la bem. Por consequência, essas pessoas tendem a excluir o outro, a não ficar na paixão e muito menos no amor, na tentativa de se defender do encontro com a solidão que advém do amor.
No isolamento, então, o sujeito manda o outro embora. Às vezes de modo mais sutil, às vezes de modo mais escrachado, às vezes montando fileiras intermináveis de pessoas que manda embora, ainda que possa não reconhecer que faz isso. Uma pessoa pode se tornar insuportável sem perceber e depois se queixar que o outro nunca fica, sempre vai embora. Essa pessoa se faz ficar sozinha. Outros não se envolvem, ou, quando percebem que estão se envolvendo, dão no pé. Talvez muito do que se tem chamado de ghosting (quando um casal começa a se formar e de repente um deles desaparece completamente, sem nenhuma briga, mal-estar compartilhado ou explicação sobre o sumiço) nos dias de hoje tenha relação com esses isolamentos. Com frequência, um dos integrantes do par, diante do enigma do sumiço do outro, ou mesmo do afastamento do outro ali onde se pensava que as coisas estavam indo muito bem para o laço se estreitar, acha que o que viveu não tocou o possível parceiro, quando foi o contrário: podemos fugir justamente de onde nos sentimos tocados em demasia. Amar é um exercício trabalhoso, nem todos estão dispostos a isso.
”
”
Ana Suy (A Gente Mira no Amor e Acerta na Solidão)
“
Com suas experiências, Marie Bonaparte também queria convencer Freud, “le grand exciseur” [o grande excisor], da impossibilidade de renunciar à fase clitoridiana. Freud considerava de fato que a evolução sexual normal da mulher passava pelo abandono do estádio clitoridiano do prazer em prol do estádio vaginal, de acordo com a função reprodutora da sexualidade. Marie tentou responder, em sua defesa, que sem o clitóris não há gozo, a vagina sozinha permanece muda. Então por que não tentar dar artificialmente à vagina insensível um pouco do ardor clitoridiano, sem esperar uma improvável maturação? Freud mal deu ouvidos. A intervenção cirúrgica, portanto, veio inutilmente redobrar o apagamento do prazer.
”
”
Catherine Malabou (Il piacere rimosso. Clitoride e pensiero)
“
Conversa séria
Não é justo que você culpe tanto os homens
juliana os homens
não estão menos perdidos ou assombrados também eles
estão tentando fazer o seu melhor sabemos
como é difícil que mal tem
que não consigam preparar
a própria refeição ou cuidar da própria imundície ou
enxergar além do próprio umbigo eles não foram
acostumados a tantas coisas qual o problema
de acordarem tarde e começarem cedo
a beber e a postergar as necessidades
dos filhos todo mundo
precisa de um pouco de descanso que importa
se endeusam o próprio falo se fodem
exigindo gritos para se certificar
de como são mesmo imbatíveis se paralisam em mágoa
ante instruções quanto ao que dá e o que não dá prazer
num corpo que não é o deles por que te irrita tanto
que não se limpem que não se vistam que não aparem
os pelos eles são homens não é
da sua natureza ademais
quem nunca subjugou traiu se apossou violentou
socou a parede ante um ciúme cobrou
devoção quis fruir o melhor da vida guiado apenas
por seu próprio e cego desejo quem nunca
cobrou exclusividade no amor enquanto
cortejava às escondidas quem consegue
não dar tanto espaço para o próprio ego não urrar
quando se sente vulnerável não precisar
se envaidecer muitas vezes ao dia não é razoável
que você os critique por frequentarem debates políticos
enquanto não se importam com as mulheres que limpam suas privadas você
exagera são homens
e fazem mesmo piadas riem juntos
de nossas ideias e fracassos eles nos apontam
nosso lado monótono é natural e possível
conviver com isso veja se seu problema
não é algum tipo de insatisfação patológica um medo
profundo de se envolver eu vejo
como você está ficando cada vez mais sozinha e além disso
olhe esses seus fios brancos
essas unhas por fazer esse seu
sorrisinho
”
”
Juliana Krapp (Uma volta pela lagoa)
“
Era uma vez uma garotinha que foi criada por monstros. Mas anjos queimaram a entrada para o seu mundo, e ela ficou completamente sozinha
”
”
Anonymous
“
Michael dizia que gostava de deixar que as canções se escrevessem sozinhas. Eram elas que lhe diziam do que precisavam. Ele começava a cantar e dançar espontaneamente pelo hotel à medida que a canção evoluía em seu coração e sua mente.
”
”
Anonymous
“
Apenas Almitra ficou em silêncio, olhando o barco até que desapareceu na neblina. E quando todas as pessoas se dispersaram, ela ainda permaneceu sozinha junto ao cais, lembrando em seu coração as palavras dele: "Um pouco mais, um momento de repouso sobre o vento, e outra mulher me dará a luz.
”
”
Kahlil Gibran (O Profeta)
“
A verdade não faz sentido, a grandeza do mundo me encolhe. Aquilo que provavelmente pedi e finalmente tive, veio, no entanto me deixar carente como uma criança que anda sozinha pela terra. Tão carente que só o amor de todo o universo por mim poderia me consolar e me cumular, só um tal amor que a própria célula-ovo das coisas vibrasse com o que estou chamando de um amor. Daquilo a que na verdade apenas chamo mas sem saber-lhe o nome.
”
”
Clarice Lispector (The Passion According to G.H.)
“
No hospital, porém um leve movimento do bebê a faz lembrar que, tecnicamente, não está sozinha. Estranha o fato de que sua criança nascerá num lugar onde as pessoas geralmente entram para sofrer ou para morrer.
”
”
Jhumpa Lahiri (The Namesake)
“
– Há uma rua... no fundo da povoação. As casas parecem desabitadas.
– Mas não estão. Sei a que te referes.
– É como se a tivesse visto antes.
Ele encolheu os ombros.
– É natural. Sempre gostaste de passear sozinha.
– É como se a tivesse visto em sonhos.
– Há imagens no fundo de nós, são talvez sombras de outras, mais antigas, que vêm de trás.
– Imagens fantasmáticas.
– E se encontramos lugares que se assemelham a elas, é claro que isso nos perturba.
– Como um reflexo no fundo de um poço.
– Como o nosso reflexo no fundo de um poço, sim.
”
”
Ana Teresa Pereira (Karen)
“
Se eu estou com elas, eu sei onde estou. Não preciso de direção. Se estou com elas, sei que não estou sozinha. Sei que não preciso fingir nada. Sei que não preciso ser ninguém além de mim mesma.
”
”
Mônica Sperandio (Só por uma Noite)
“
A delicia da felicidade,
que sozinha não existe,
e que se a gente insiste,
ela vem amparada no amor.
E so é plena e de verdade,
se ela for por bem compartilhada,
e nunca se sente isolada,
nem mesmo quando ilhada!
”
”
Ana Claudia Antunes (Felicidade de A a Z"-"Dicas para viver e romper as barreiras que separam você do emprego dos seus sonhos (Portuguese Edition))
“
Coragem, mesmo, é preciso para viajar sozinha, terminar um casamento, trocar de profissão, abandonar um país que não atende nossos anseios, dizer não para propostas vampirescas, optar por um caminho diferente, confiar mais na intuição do que em estatísticas, arriscar-se a decepções para conhecer o que existe do outro lado da vida convencional. E, principalmente, coragem para enfrentar a própria solidão e descobrir o quanto ela fortalece o ser humano.
”
”
Martha Medeiros (A Graça da Coisa)
“
– Stella, pelo amor de Deus, pare de se coçar! Parece que você tem piolho! – Mark disse entredentes, enquanto caminhavam para a entrada da prisão. – É que está queimando! – ela respondeu no mesmo tom – Como vocês conseguem usar isso? É tortura! E esse chapéu! Pior do que as mangas das camisas! Pior do que sapatos! – Faça um esforcinho, sim? Afinal, você me arrastou até aqui! Não vai adiantar nada toda essa encenação se você se comportar como uma selvagem. – Felizes são os selvagens que não precisam usar chapéus nem sapatos. E eu poderia vir sozinha. Você que insistiu nesse plano! – Oh, sim, porque seria hilário você se apresentar na porta da prisão tentando entrar! Mulheres não costumam ser bem-vindas aqui – Elas são bem-vindas em algum lugar? Eu poderia ter entrado pelo jardim.
”
”
Anna Fagundes Martino (Um Berço de Heras (As Estações, #2))