“
Never presume to know a person based on the one dimensional window of the internet. A soul can’t be defined by critics, enemies or broken ties with family or friends. Neither can it be explained by posts or blogs that lack facial expressions, tone or insight into the person’s personality and intent. Until people “get that”, we will forever be a society that thinks Beautiful Mind was a spy movie and every stranger is really a friend on Facebook.
”
”
Shannon L. Alder
“
Existo en un plano diferente al tuyo, podemos estar eternamente juntos y eternamente separados''
Kai
”
”
Laura Gallego García (The Valley of the Wolves (Crónicas de la Torre, #1))
“
I realized that the childish impression I had always had of my father, as Just Lawgiver, was entirely wrong. We were utterly dependent on this man, who was not only deluded and ignorant, but incompetent in every way. What was more, I knew that my mother was incapable of standing up to him. It was like walking into the cockpit of an airplane and finding the pilot and co-pilot passed out drunk in their seats. And standing outside the Lyceum, I was struck with a black, incredulous horror, which in fact was not at all unlike the horror I had felt at twelve, sitting on a bar stool in our sunny little kitchen in Plano. Who is in control here? I thought, dismayed. Who is flying this plane?
”
”
Donna Tartt (The Secret History)
“
Lo que la Oscuridad les dice no puede ser interpretado en este plano. La Oscuridad es demente, es un dios salvaje, es un dios loco.
”
”
Mariana Enriquez (Nuestra parte de noche)
“
El error se precipita por un plano inclinado, mientras que la verdad tiene que ir penosamente cuesta arriba”.
”
”
Helena Petrovna Blavatsky (LA DOCTRINA SECRETA Síntesis de la ciencia, la religión y la filosofía VOLUMEN I (Spanish Edition))
“
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
”
”
Renato Russo
“
É muito fácil esconder nossa ignorância debaixo de expressões como "plano de criação", "unidade de padrão", etc., e pensar que explicamos um fato apenas por reafirmá-lo.
”
”
Charles Darwin (The Origin of Species)
“
Decalogul nesimtitului
1. Fii strident. Lupta cu toate mijloacele împotriva discretiei.
2. Nu te gândi la ceilalti. Fii egocentric.
3. Patrunde pretutindeni. Nu te lasa marginalizat.
4. Fa prozeliti. O sa vezi ca nu e foarte greu.
5. Batjocoreste lucrurile grave. Practica persiflarea mai ales când nu e
cazul.
6. Arata-te opac la argumentele celorlalti. Eventual refuza-le de plano.
7. Cauta mereu prim-planul. Încearca sa fii contaminant.
8. Evita sa-ti pui întrebari. Drumul tau e unul al certitudinilor.
9. Convinge lumea sa se plieze pe setul tau de non-valori. Nu accepta
compromisuri.
10. Nu uita ca marele tau dusman e bunul-simt. Combate-l cu fiecare
gest si cuvânt.
”
”
Radu Paraschivescu (Ghidul nesimţitului)
“
While to a certain extent Milton is right-the mind is its own place and in itself can make a Heaven of Hall and so forth-it is nonetheless clear that Plano was modeled less on Paradise than that other, more dolorous city.
”
”
Donna Tartt (The Secret History)
“
Eu sou vários! Há multidões em mim. Na mesa de minha alma sentam-se muitos, e eu sou todos eles. Há um velho, uma criança, um sábio, um tolo. Você nunca saberá com quem está sentado ou quanto tempo permanecerá com cada um de mim. Mas prometo que, se nos sentarmos à mesa, nesse ritual sagrado eu lhe entregarei ao menos um dos tantos que sou, e correrei os riscos de estarmos juntos no mesmo plano.
”
”
Friedrich Nietzsche (The Gay Science: With a Prelude in Rhymes and an Appendix of Songs)
“
Mas há forças ainda maiores operando no plano: cada indivíduo, um verbo no infinitivo à espera de conjulgação.
”
”
Filipe Russo (Caro Jovem Adulto)
“
Mientras estuve loco, nosotros simplemente éramos los Sims de unos nosotros muchísimo más evolucionados que vivían en un plano superior.
”
”
Ángel Martín (Por si las voces vuelven)
“
Mano gyvenimas yra šakotas, chaotiškas, ir be plano. Visi planuotojai nuvedė pasaulį labai blogais keliais.
”
”
Jonas Mekas (Laiškai iš Niekur)
“
esse querido plano interior; o segredo da felicidade é não termos escrúpulos para connosco e termos o máximo de atenções para com todos os outros; de resto, o próprio tempo disse já adeus a todos os piratas da alma
”
”
Stig Dagerman (Island of the Doomed)
“
Caminhos simples nem sempre são diretos. Você pode encontrar obstáculos irregulares, às vezes íngremes, às vezes planos ao longo do caminho. Essa é a natureza de um caminho. Portanto, depois de alcançar um caminho fácil, a bengala não deve ser descartada.
”
”
Sanu Sharma (फरक [Pharak])
“
Yo creo que si queremos que una persona que nos cae antipática siga siendo antipática para siempre, debemos negarnos de plano a conocerla
”
”
Milena Agus
“
O verdadeiro bibliófilo é aquele que deseja possuir livros para com eles dominar a logosfera e pelo respeito que eles merecem tanto no plano da cultura como no da própria beleza, raridade da espécie e da elegância das próprias encadernações – factores, estes, de autêntica estesia.
”
”
José Vitorino de Pina Martins
“
Estamos tan acostumbrados a los muertos, que nuestra historia no tiene fechas; sucede como en el plano de una sola guerra. Guerra que no se sabe cuándo comenzó y menos cuento puede terminar
”
”
Alfredo Molano Bravo
“
Exhalo de asombro al ver cómo el plano medio es develado ante mí como un mapa gracias a las palabras de Damballah. Poco a poco, no solo fragmentos de mi vida, sino de la humanidad misma, empiezan a tener sentido.
”
”
Mariana Palova (El Señor del Sabbath (La Nación de las Bestias #1))
“
No sé qué sucede cuando fallecemos. No me parece posible que haya mucho más
después de la muerte. Pero supongo que puedo imaginar que nuestros actos perduran cuando ya no estamos. Quizá en otro lugar, en un plano distinto.
”
”
Ally Condie (Reached (Matched, #3))
“
A vida parece uma montanha russa, só com subidas e decidas a pico, sem rectas nem planos, que se precipita de ilusão em desilusão, de amor em ódio, de alegria em tristeza, de paixão em tédio, sem descanso nem previsão. Ora se está a chorar ou a rir. Em qualquer dos casos, passa-se a vida aos soluços. Anda-se com o coração aos saltos dentro da boca.
”
”
Miguel Esteves Cardoso (Ultimo Volume)
“
Proclamava-se ali o fim do mundo, a salvação penitencial, a visão do sétimo dia, o advento do anjo, a colisão cósmica, a extinção do sol, o espírito da tribo, a seiva da mandrágora, o unguento do tigre, a virtude do signo, a disciplina do vento, o perfume da lua, a reivindicação da treva, o poder do esconjuro, a marca do calcanhar, a crucificação da rosa, a pureza da linfa, o sangue do gato preto, a dormência da sombra, a revolta das marés, a lógica da antropofagia, a castração sem dor, a tatuagem divina, a cegueira voluntária, o pensamento convexo, o côncavo, o plano, o vertical, o inclinado, o concentrado, o disperso, o fugido, a ablação das cordas vocais, a morte da palavra.
”
”
José Saramago (Blindness)
“
Me propongo a describir, con precisión, hechos que finalmente han provocado mi forzosa estadía en este manicomio con el insólito consentimiento de mi amadísima familia, alumnos, colegas y amistades, habiendo sido recluido específicamente en el pabellón de los personajes famosos, dignidad esta que rechazo de plano.
”
”
Eduardo Liendo (El Mago de la cara de vidrio)
“
En el plano psicológico la felicidad depende de expectativas y no de condiciones objetivas.
”
”
Yuval Noah Harari (Homo Deus: A History of Tomorrow)
“
Não temos um plano, apenas fazemos o nosso melhor para sobreviver ao dia, porque haverá outro batendo na porta amanhã. - p.8
”
”
Fredrik Backman (Anxious People)
“
O Caminho Perfeito é plano e fácil de trilhar, mas as pessoas preferem as vias tortas.
”
”
Lao Tzu (Tao Te Ching (portuguese))
“
A vida é aquilo que acontece quando se está ocupado a fazer outros planos
”
”
James Patterson (Cross (Alex Cross, #12))
“
Mas tudo num plano me-ta-fí-sico.
Já que Horácio, as palavras... Quer dizer que as palavras, para Horácio... (uma questão já muito remoída em vários momentos de insônia).
”
”
Julio Cortázar (Hopscotch)
“
Saltei da quinta nuvem para o primeiro plano planejando revirarrevoltas e crimes contra os costumes.
”
”
Filipe Russo (Caro Jovem Adulto)
“
Nada acontece por acaso”- Julgo esta afirmação válida para todos os Planos do Universo Físico e Espiritual.
”
”
Manuel Batista (Chispas de Luz)
“
—Los hombres más peligros que he visto por estos lados no son indios, sino traficantes de armas drogas y diamantes, caucheros, buscadores de oro, soldados, y madereros, que infectan y explotan esta región —rebatió el sacerdote y agregó que los indios eran primitivos en lo material, pero muy avanzados en el plano mental, que estaban conectados a la naturaleza, como un hijo a su madre.
”
”
Isabel Allende (City of the Beasts (Eagle and Jaguar, #1))
“
Cuando uno es joven y vive ajeno a la realidad, cuando las estaciones pasan sin grandes cambios ni alteraciones, como si fueran nubes en día sin viento, cuando la felicidad consiste en dejarse arrastrar por los sentidos, uno percibe sólo el presente, y el futuro y el pasado pasan a un segundo plano, cuando no desaparecen por completo. Es como en medio del mar, donde sólo existe éste.
”
”
Julio Llamazares (Las lágrimas de San Lorenzo)
“
It was suffused with a weak, academic light—different from Plano, different from anything I had ever known—a light that made me think of long hours in dusty libraries, and old books, and silence.
”
”
Donna Tartt (The Secret History)
“
Continuaba cuestionando los límites del mundo, al ver la miseria de quien con ellos se conforma, y no pude soportar por mucho tiempo lo fácil de la ficción: yo le exigía la realidad, me volví loco.
Si mentía, me quedaba en el plano de la poesía, de una superación verbal del mundo. Si perseveraba en una denigración ciega del mundo, mi denigración era falsa (como la superación). En cierto modo, mi conformidad con el mundo se profundizaba. Pero al no poder mentir a sabiendas, me volví loco (capaz de ignorar la verdad). O al no saber ya, para mí solo, representar la comedia de un delirio, me volví loco pero interiormente: viví la experiencia de la noche.
La poesía dio simplemente un giro: escapé por ella del mundo del discurso, que para mí se había convertido en el mundo natural, entré con ella en una especie de tumba donde la infinitud de lo posible nacía de la muerte del mundo lógico.
Al morir la lógica, daba a luz locas riquezas. Pero lo posible evocado no es sino irreal, la muerte del mundo lógico es irreal, todo es turbio y huidizo en esta oscuridad relativa. Puedo burlarme de mí mismo y de los demás: ¡todo lo real carece de valor, todo valor es irreal! De allí esa facilidad y esa fatalidad de deslizamientos en los que ignoro si miento o estoy loco. La necesidad de la noche procede de esa situación desafortunada.
La noche no podía sino desviarse de todo ello.
El cuestionarlo todo nacía de la exasperación de un deseo, ¡que no podía abocar al vacío!
El objeto de mi deseo era, en primer lugar, la ilusión y no pudo ser más que en segundo lugar el vacío de la desilusión.
”
”
Georges Bataille (Lo arcangélico y otros poemas)
“
Sonhamos com o amanhã mas esse dia não chega;
Sonhamos com a glória que de facto não queremos.
Sonhamos com um novo dia quando já amanheceu.
Fugimos da batalha que sabemos ter de travar.
Todd parou e fez sinal aos outros, que leram: «E ainda assim dormimos». Todd continuou:
Esperamos o chamamento mas não estamos atentos, Esperamos um futuro que não passa de planos. ,
Sonhando com o conhecimento que cada dia evitamos, Rezamos por um salvador quando a redenção está nas nossas mãos.
E ainda assim dormimos.
E ainda assim dormimos. E ainda assim rezamos. E ainda assim tememos...
Fez uma pausa e acrescentou, tristemente: «E ainda assim dormimos»
”
”
Todd Clube dos Poetas Mortos
“
O que mais tememos não é o conhecido. O conhecido, por mais horrível ou prejudicial à existência, é algo que podemos compreender. Sempre podemos reagir ao conhecido. Podemos traçar planos contra ele. Podemos aprender as suas fraquezas e derrotá-lo. Podemos nos recuperar de seus ataques. Uma coisa tão simples quanto uma bala poderia ser suficiente. Mas o desconhecido desliza através de nossos dedos, tão insubstancial quanto o nevoeiro.
”
”
Caitlín R. Kiernan (The Drowning Girl)
“
El primer plano hace que el cuerpo aparezca en su conjunto de forma pornográfica. Lo despoja del lenguaje. Lo pornográfico es que al cuerpo lo despojen de su lenguaje. Las partes del cuerpo filmadas en primer plano surten el efecto de parecer órganos sexuales: "El primer plano de una cara es tan obsceno como el de un sexo. Es un sexo. Cualquier imagen, cualquier forma, cualquier parte del cuerpo vista de cerca es un sexo."
En el primer plano del rostro se difumina por completo el trasfondo. Conduce a una pérdida del mundo. La estética del primer plano refleja una sociedad que se ha convertido ella misma en una sociedad del primer plano. El rostro da la impresión de haber quedado atrapado en sí mismo, volviéndose autorreferencial. Ya no es un rostro que contenga mundo, es decir, ya no es expresivo. El selfie es, exactamente, este rostro vacío e inexpresivo. La adicción al selfie remite al vacío interior del yo.
Hoy, el yo es muy pobre en cuanto a formas de expresión estables con las que pudiera identificarse y que le otorgaran una identidad firme. Hoy nada tiene consistencia. Esta inconsistencia repercute también en el yo, desestabilizándolo y volviéndolo inseguro. Precisamente esta inseguridad, este miedo por sí mismo, conduce a la adicción al selfie, a una marcha en vacío del yo, que nunca encuentra sosiego. En vista del vacío interior, el sujeto del selfie trata en vano de producirse a sí mismo. El selfie es el sí mismo en formas vacías. Estas reproducen el vacío. Lo que genera la adicción al selfie no es un autoenamoramiento o una vanidad narcisistas, sino un vacío interior.
”
”
Byung-Chul Han (La salvación de lo bello)
“
«Tú eres la causa de que la gráfica lineal se haya disparado por las nubes en el plano cartesiano, no sé de que médida macroeconómica vas a basarte para solventar esta crisis... lo cierto es que «TÚ» eres mi crisis, así que ahora resuélvelo».
”
”
Elizabeth Hay (LA PIEL TIENE MEMORIA (Spanish Edition))
“
Se isso fosse assim tão simples! - que em tal lugar houvesse pessoas de alma negra, tramando perfidamente negros planos, e bastasse apenas distingui-las das restantes e líquida-las. Mas a linha que separa o bem e o mal atravessa o coração de cada homem.
”
”
Aleksandr Solzhenitsyn (The Gulag Archipelago 1918–1956 (Abridged))
“
Se isso fosse assim tão simples! - que em tal lugar houvesse pessoas de alma negra, tramando perfidamente negros planos, e bastasse apenas distingui-las das restantes e líquida-las. Mas a linha que separa o bem e o mal atravessa o coroação de cada homem.
”
”
Aleksandr Solzhenitsyn (The Gulag Archipelago 1918–1956 (Abridged))
“
Foi assim que um grande escândalo ameaçou o reino da Boêmia, e que os melhores planos de Mr. Sherlock Holmes foram frustrados pela sagacidade de uma mulher. Ele costumava zombar da inteligência das mulheres, mas a partir desse dia nunca mais o vi fazê-lo.
”
”
Arthur Conan Doyle (The Adventures of Sherlock Holmes (Sherlock Holmes, #3))
“
Ambos, con el espíritu henchido de ansias de éxito, poseían esa elevada inteligencia que pone al hombre en un plano de igualdad con todas las eminencias, y se veían relegado a lo más bajo de la sociedad. Lo injusto de este destino fue un vínculo poderoso.
”
”
Honoré de Balzac (Lost Illusions)
“
Decía ver las escenas que contaba como a través del ojo móvil de una cámara. Y la cámara seguía a los personajes, captaba rasgos y detalles significativos, iluminados o en penumbra, en primer plano o como figuras al fondo de la escena, entre la luz, el claroscuro y lo negro.
”
”
Graham Greene (Cinco novelas)
“
El mundo es plano.
Lo sé porque me empujaron por el borde y he tratado de aguantar durante diecisiete años. Llevo diecisiete años intentando volver a subir, pero es casi imposible vencer la gravedad si nadie está dispuesto a echarte una mano.
Si nadie quiere arriesgarse a tocarte.
”
”
Tahereh Mafi (Shatter Me (Shatter Me, #1))
“
A gente tem planos — retruca, batendo os ingressos contra o balcão. Henry ouve o estiramento suave do couro enquanto ela se levanta da poltrona.
— Quer saber a coisa mais legal sobre os planos? — diz Bea, colocando um dos braços ao redor de seu ombro. — É que você pode remarcar alguns para outro dia.
”
”
Victoria Schwab (The Invisible Life of Addie LaRue)
“
- Cole tornou-se mais importante - admite. - Em algum lugar ao longo do caminho, quem eu era e o que queria tornou-se irrelevante.
É uma cena que entendo. Quando se tem filhos, as expectativas transferem-se para eles. A nossa vida fica em segundo plano e dá-se prioridade ao que eles necessitam. Entendo.
”
”
Penelope Douglas (Birthday Girl)
“
Las mujeres tratan de compensar sus desventajas ocultándose, en lugar de abrirse paso hasta ocupar el promer plano, como sí hacen a menudo sus homólogos masculinos. Y si a veces se sienten tratadas injustamente, se encogen de hombros y buscan el fallo en ellas mismas en lugar de enfrentarse a la situación.
”
”
Meredith Haaf (Heult doch: Über eine Generation und ihre Luxusprobleme)
“
Porque, así como los seres planos que vivieran en un mundo bidimensional verían un balón que atraviesa verticalmente el plano como un punto que aparece de la nada, se transforma en un disco cada vez más ancho y disminuye de nuevo para convertirse en un punto que desaparece, la anatomía barroca de mi cuerpo revela y esconde simultáneamente la cuarta dimensión, que es el tiempo. Si seccionáis mi médula espinal, encontraréis, en un disco blanco, el dibujo de una mariposa cenicienta; si seccionáis mi verdadero ser como si cortarais un árbol, encontraréis, en anillos concéntricos, a Mircea en Mircea en Mircea en Mircea en Mircea en Mircea...
”
”
Mircea Cărtărescu
“
Ensaio incalculáveis vezes, mentalmente, como vou pedir ajuda. “Taxista, eu tô tendo um ataque de pânico, você pode, por favor, ligar para meu plano de saúde e avisar para virem me retirar daqui com um helicóptero equipado com soro, Rivotril e crianças tocando harpa? Eu sei que isso não existe, mas, por favor, finja que está ligando.
”
”
Tati Bernardi (Depois a louca sou eu)
“
As qualidades e os defeitos que uma criatura apresenta dispostos no primeiro plano de sua face arranjam-se numa formação muito diversa quando a abordamos por um lado diferente - como, numa cidade, os monumentos espalhados em ordem dispersa numa linha única, sob outra perspectiva escalonam-se em profundeza e trocam suas grandezas relativas.
”
”
Marcel Proust (In the Shadow of Young Girls in Flower)
“
(las) personas son cada vez menos capaces de ejercer alguna influencia en un plano superior, a menos que se cuenten entre los así llamados "actores principales" de la economía y no, explícitamente, de la política. Las exigencias que se les plantean cambian constantemente y en general se amplían, mientras que se reduce el tiempo para llevarlas a cabo.
”
”
Meredith Haaf (Wir Alphamädchen: Warum Feminismus das Leben schöner macht)
“
True forgiveness for me has been and is a progression of faltering baby steps through a storm of flying debris.
”
”
Gwendolyn M. Plano (Letting Go into Perfect Love: Discovering the Extraordinary after Abuse)
“
Quando se segue um caminho, rumo a uma mudança na nossa vida, não vale a pena parar para cheirar as rosas, digam os famosos livros de auto-ajuda o que disserem. As rosas têm espinhos, e cheirá-las pode ter muito maus resultados. Uma pessoa pode auto-mutilar-se ao fim de anos sem o fazer e acabar por passar a noite no chão da casa de banho, demasiado fraca para se mexer. Parar para cheirar as rosas pode enterrar essa pessoa debaixo de toneladas de memórias de tempos e de coisas que fez que preferia esquecer. Pode acabar por se lembrar que tem um propósito na vida e obrigar-se a voltar ao plano inicial, sabendo, no entanto, que, se não se tivesse distraído com as rosas, já poderia ter alcançado os seus objectivos.
”
”
Dorothy Koomson (The Ice Cream Girls (Poppy & Serena, #1))
“
La destrucción voluntaria de una jirafa africana o de un kagú de Nueva Caledonia, en la medida en que compromete la supervivencia misma de tales especies, es el plano filosófico y científico, quizás tan grave como el asesinato de un hombre y tan irreparabale como la laceración de un cuadro de Rafael. Acaba para siempre con un fragmento del pasado. Roger Hein.
”
”
Dominique Lapierre (A Thousand Suns)
“
Em qualquer acontecimento a história de todos não é a história de cada um nem tampouco a soma dessas histórias e ninguém aqui no final pode entender o motivo de sua presença pois ninguém tem como saber no que o acontecimento consiste. Na verdade, se a pessoa soubesse é bem provável que se ausentasse e como você pode ver isso não pode ser parte do plano se é que algum plano há.
”
”
Cormac McCarthy (Blood Meridian)
“
Você não se envergonha de reservar para si mesmo apenas o final da vida e de separar para a sabedoria apenas a idade improdutiva? É muito tarde para começar a viver justamente quando devemos deixar de viver! Que tolo esquecimento dos mortais adiar os planos benéficos para o quinquagésimo ou sexagésimo ano e ter a intenção de começar a vida a partir de um ponto que poucos alcançaram!
”
”
Seneca (Sobre a Brevidade da Vida: Edição especial com prefácio de Lúcia Helena Galvão Maya (Portuguese Edition))
“
Sabía que hasta el recuerdo del piano falseaba el plano en que veía las cosas de la música, porque el campo que se le abre al pianista no es un mezquino teclado de siete notas, sino un teclado inconmensurable, desconocido casi por completo, donde aquí y allá, separadas por espesas tinieblas inexploradas, han sido descubiertas algunos millones de teclas de ternura, de coraje, de pasión, de serenidad que le componen, tan distintas entre sí como un mundo de otro mundo, por unos cuantos grandes artistas que nos han hecho el favor, despertando en nosotros la equivalencia del tema que ellos descubrieron, de mostrarnos la gran riqueza, la gran variedad oculta, sin que nos demos cuenta, en esa noche enorme, impenetrada y descorazonadora de nuestra alma, que consideramos como el vacío y la nada.
”
”
Marcel Proust (Swann’s Way (In Search of Lost Time, #1))
“
Acho que meus pais começaram esse ano muito frustrados, minha mãe me explicou que é culpa dos Planos. Disse que os Planos são uns moços muito bonitos que ficam caminhando em volta da cabeça das pessoas e vão sumindo bem devagar, ninguém percebe, e a pessoa acorda um dia que nem minha mãe com muita saudade deles, mas não tem mais nada, os Planos todos desapareceram e ninguém sabe dizer exatamente quando.
”
”
Mariana Salomão Carrara (Se Deus me Chamar Não Vou)
“
encendidas las lámparas, y encontré al conde yaciendo en el sofá, leyendo, de todas las cosas en el mundo, una Guía Inglesa de Bradshaw. Cuando yo entré, él quitó los libros y papeles de la mesa; y entonces comencé a explicarle los planos y los hechos, y los números. Estaba interesado por todo, y me hizo infinidad de preguntas relacionadas con el lugar y sus alrededores. Estaba claro que él había estudiado de antemano
”
”
Bram Stoker (DRÁCULA (Spanish Edition))
“
Enganam-se, portanto, os que supõem que o poder da ação se reduz aos atos físicos visíveis. Pensar é agir, falar é movimentar forças vivas, de conseqüências por vezes inimagináveis. Compor um artigo, uma carta, um poema ou uma música, produzir um som ou simplesmente divagar idéias, tudo isso é atuar, agir, fazer, emitir e captar forças, agregar e desagregar formas mentais, participar da economia da vida, seja para o bem, ou seja, para o mal. Nem tudo o que fazemos num plano repercute visivelmente, de imediato, noutro plano, mas ninguém se engane quanto à natureza das forças vivas que alguém move quando anseia, deseja ou
quer seja o que for, porque a vida, através dos mecanismos automáticos de sua justiça, jamais deixará de entregar-nos o resultado de nossas ações, ainda que sejam ações apenas mentais, pois a mente é que comanda a vida.
”
”
Hernane T. Sant Anna - espírito Áureo
“
A vida é sempre uma correria. Seja qual for a situação, nunca corre como queremos. Do mesmo modo, muitas vezes temos surpresas agradáveis que nunca nos passaram pela cabeça. Então, damos graças por não ter corrido como desejávamos e sentimo-nos mais aliviadas .Não precisas de achar que os teus planos falhados são azares ou fracassos. Esses imprevistos mudam-te a ti à tua vida.
Página 148
O que Procuras está na Biblioteca
”
”
Michiko Aoyama
“
A estratificação social separa e opõe, assim, os brasileiros ricos e remediados dos pobres, e todos eles dos miseráveis, mais do que corresponde habitualmente a esses antagonismos. Nesse plano, as relações de classes chegam a ser tão infranqueáveis que obliteram toda comunicação propriamente humana entre a massa do povo e a minoria privilegiada, que a vê e a ignora, a trata e a maltrata, a explora e a deplora, como se esta fosse uma conduta natural.
”
”
Darcy Ribeiro (O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil)
“
Y me puse, para pasar el rato, a esbozar un plano del alma según el cual en cada uno de nosotros presiden dos poderes, uno macho y otro hembra; y en el cerebro del hombre predomina el hombre sobre la mujer y en el cerebro de la mujer predomina la mujer sobre el hombre. El estado de ser normal y confortable es aquel en que los dos viven juntos en armonía, cooperando espiritualmente. Si se es hombre, la parte femenina del cerebro no deja de obrar; y la mujer también tiene contacto con el hombre que hay en ella. Quizá Coleridge se refería a esto cuando dijo que las grandes mentes son andróginas. Cuando se efectúa esta fusión es cuando la mente queda fertilizada por completo y utiliza todas sus facultades. Quizás una mente puramente masculina no pueda crear, pensé, ni tampoco una mente puramente femenina. Pero convenía averiguar qué entendía uno por 'hombre con algo de mujer' y por 'mujer con algo de hombre' hojeando un par de libros.
”
”
Virginia Woolf (A Room Of One's Own)
“
Él le hacía una librería y ella la llenaba de libros de gente que escribía páginas enteras sobre sentimientos. Ove no entendía aquello que no era capaz de ver y tocar. El hormigón y el cemento. El vidrio y el acero. Las herramientas. Cosas que se podían calcular. Comprendía los ángulos rectos y las instrucciones claras. Los modelos de construcción y los planos. Cosas que se pudieran dibujar en un papel. Él era un hombre blanco y negro.
Y ella era el color. Todo el color de Ove.
”
”
Fredrik Backman (A Man Called Ove)
“
parece ser mais fácil aos homens concordarem sobre um programa negativo – o ódio a um inimigo ou a inveja aos que estão em melhor situação – do que sobre qualquer plano positivo. A antítese “nós” e “eles”, a luta comum contra os que se acham fora do grupo, parece um ingrediente essencial a qualquer ideologia capaz de unir solidamente um grupo visando à ação comum. Por essa razão, é sempre utilizada por aqueles que procuram não só o apoio a um programa político mas também a fidelidade irrestrita de grandes massas.
”
”
Friedrich A. Hayek (O Caminho da Servidão)
“
El humanista, por ejemplo, puede concebir la élite no como un plano o categoría social, sino como el conjunto de los individuos dispersos que intentan superarse a sí mismos y que, en consecuencia, son más nobles, más eficientes, como hechos de mejor clase. No importa que sean pobres o ricos, que ocupen altas o bajas posiciones, que sean aclamados o despreciados: son élite por la clase de individuos que son. El resto de la población es masa, la cual, según esta concepción, yace indolente en una incómoda mediocridad.
”
”
José Ortega y Gasset (The Revolt of the Masses)
“
Primeiro casa para todos, diziam, depois comida para todos, depois transporte para todos, depois meios de produção para todos. Que as casas devessem ser construídas por empreiteiros privados não lhes importava muito; a verdade haveria de prevalecer no choque dialético entre o individual e o coletivo, entre o egoísmo e o altruísmo, entre o custo das casas e os preços cobrados pelos empreiteiros, entre a boa qualidade apregoada para a argamassa e as fendas que mais cedo ou mais tarde apareceriam nas paredes; fendas enormes, ramificadas em caprichosos desenhos (galhados de cervos, árvores de decisão ou mesmo letras como as que o plano incluía, de acordo com as ideias do socialista francês Louis Blanc, a criação, no setor público da economia, de verdadeiras oficinas sociais auto-administradas em moldes empresariais. O lucro dessas oficinas, em parte seria destinado à assistência médica e à previdência social, e em parte reinvestido. Operários investindo, aí estava a coisa: as armas do capitalismo usadas contra o próprio capitalismo!
”
”
Moacyr Scliar (The Centaur in the Garden)
“
Minhas primeiras experiências com amor, basicamente, foram com meus pais. Então o conceito de amor em si veio através da doutrinação da igreja no começo dos anos 50.
Passei por uma porção de mudanças desde então. Mas olhando para quem nós somos como espécie, o amor parece realmente ser a única resposta. Então como alimentar isso? Como isso se desenvolve nos seres humanos? Em nossas ações, particularmente.
Muitas vezes, eu penso em 'A ponte de San Luis Rey [The Bridge of San Luis Rey - cinco pessoas numa ponte, todas são mortas por um terremoto. O romance de Thornton Wilder e o filme de Mary McGuckian, de 2004, perguntam se suas mortes foram parte de algum plano cósmico ou meros acidentes]. Parece não haver nenhuma razão particular para elas estarem lá. A enfermeira, no final - creio eu que era uma freira -, esta cuidando de todas as outras vítimas e de repente pensa: E se não existir Deus? Então ela olha em torno e diz para si mesma: Eles precisam de sua ajuda de um jeito ou de outro, e volta diretamente para o trabalho. Essa é a beleza da coisa.
”
”
Martin Scorsese (Conversations with Scorsese)
“
El mensaje revolucionario de la física cuántica es que, si bien reina un cierto orden en el universo (ondas o partículas), existe algo más que el mero plano físico. Se puede cuantificar la materia, pero es la mente la que determina lo que sabemos. Nuestros pensamientos y sentimientos también desempeñan un papel a la hora de determinar cómo funciona el universo y cómo lo percibimos. El modo en que pensamos tiene consecuencias físicas en lo que percibimos, hecho que ha dado pie a una revolución tanto en la física como en la filosofía y en la investigación de la conciencia.
”
”
Pim van Lommel (Consciencia más allá de la vida)
“
Un déspota imbécil puede obligar a unos esclavos con unas cadenas de hierro; pero un verdadero político ata mucho más fuertemente por la cadena de sus propias ideas. Sujeta el primer cabo al plano fijo de la razón; lazo tanto más fuerte cuanto que ignoramos su textura y lo creemos obra nuestra; la desesperación y el tiempo destruyen los vínculos de hierro y de acero, pero no pueden nada contra la unión habitual de las ideas, no hacen sino estrecharla más; y sobre las flojas fibras del cerebro se asienta la base inquebrantable de los Imperios más sólidos”. (Foucault, 2002, pág. 96)
”
”
Michel Foucault (Discipline and Punish: The Birth of the Prison)
“
—El corazón es un mapa del mundo. ¿Lo sabías? —preguntó Maria. —Ni siquiera sé lo que significa —contestó él. —Una vez vi un mapa medieval. Representaba la Tierra como un disco plano, con Jerusalén en el centro. Roma era más grande que África, y América ni siquiera aparecía, claro. El corazón es una especie de mapa. Uno está en el centro y todo lo demás es desproporcionado. Dibujas grandes a los amigos de la juventud, y después es imposible reajustar su tamaño cuando quieres añadir a personas más importantes. Aquellos que te han hecho daño ocupan demasiado espacio, como aquellos a quienes has amado.
”
”
Ken Follett (Trilogía The Century: La caída de los gigantes / El invierno del mundo / El umbral de la eternidad)
“
Tinha então pouco mais de dezessete... Aqui devia ser o meio do livro, mas a inexperiência fez-me ir atrás da pena, e chego quase ao fim do papel, com o melhor da narração por dizer. Agora não há mais que levá-la a grandes pernadas, capítulo sobre capítulo, pouca emenda, pouca reflexão, tudo em resumo. Já esta página vale por meses, outras valerão por anos, e assim chegaremos ao fim. Um dos sacrifícios que faço a esta dura necessidade é a análise das minhas emoções dos dezessete anos. Não sei se alguma vez tiveste dezessete anos. Se sim, deves saber que é a idade em que a metade do homem e a metade do menino formam um só curioso. Eu era um curiosíssimo, diria o meu agregado José Dias, e não diria mal. O que essa qualidade superlativa me rendeu não poderia nunca dizê-lo aqui, sem cair no erro que acabo de condenar; a análise das minhas emoções daquele tempo é que entrava no meu plano. Posto que filho do seminário e de minha mãe, sentia já, debaixo do recolhimento casto, uns assomos de petulância e de atrevimento; eram do sangue, mas eram também das moças que na rua ou da janela não me deixavam viver sossegado. Achavam-me lindo, e diziam-mo; algumas queriam mirar de mais perto a minha beleza, e a vaidade é um princípio de corrupção.
”
”
Machado de Assis (Dom Casmurro)
“
Duchamp protestaba por el hecho de que el medio —el lienzo, mármol, madera o piedra— hubiera, hasta ese momento, dictado al artista cómo él o ella tenían que operar en el proceso de hacer una obra de arte. El medio se encontraba en primer plano y la tarea del artista era proyectar en él sus ideas a través de la pintura, la escultura o el dibujo. Duchamp quería darle la vuelta a la situación. Consideraba que el medio era secundario: lo principal y más importante era la idea. Solo después de que un artista hubiera desarrollado un concepto podía estar en posición de elegir un medio, y este tenía que ser aquel en el que la idea se pudiera expresar de la mejor manera.
”
”
Will Gompertz (¿Qué estás mirando? 150 años de arte moderno en un abrir y cerrar de ojos (Spanish Edition))
“
Beth pensou por uns instantes, e então disse calmamente:
— Não sei como me expressar, e não deveria tentar fazê-lo com ninguém você, porque não sou capaz de falar livremente, senão para a minha Jo querida. Só quero dizer que tenho a sensação de que não fui feita para viver por muito tempo. Não sou como todas vocês, nunca fiz planos sobre o que faria quando crescesse; nunca pensei em me casar, como todas vocês fizeram. Não conseguia me imaginar senão como a Beth bobinha, correndo pela casa, sem utilidade em qualquer outro lugar, exceto lá. Nunca quis ir embora, e a parte difícil agora é deixar vocês todos. Não tenho medo, mas parece que vou sentir saudade de vocês mesmo no céu.
”
”
Louisa May Alcott
“
I realized that the childish impression I had always had of my father, as Just Lawgiver, was entirely wrong. We were utterly dependent on this man, who was not only deluded and ignorant, but incompetent in every way. What was more, I knew that my mother was incapable of standing up to him. It was like walking into the cockpit of an airplane and finding the pilot and co-pilot passed out drunk in their seats. And standing outside the Lyceum, I was struck with a black, incredulous horror, which in fact was not at all unlike the horror I had felt at twelve, sitting on a bar stool in our sunny little kitchen in Plano. Who is in control here? I thought, dismayed. Who is flying this plane?
”
”
Donna Tartt (The Secret History)
“
I realized that the childish impression I had always had of my father, as Just Lawgiver, was entirely wrong. We were utterly dependent on this man, who was not only deluded and ignorant, but incompetent in every way. What was more, I knew that my mother was incapable of standing up to him. It was like walking into the cockpit of an airplane and finding the pilot and co-pilot passed out drunk in their seats. And standing outside the Lyceum, I was struck with a black, incredulous horror, which in fact was not at all unlike the horror I had felt at twelve, sitting on a bar stool in our sunny little kitchen in Plano. Who is in control here?> I thought, dismayed. Who is flying this plane?
”
”
Donna Tartt (The Secret History)
“
Não sei de tudo o que lhe aconteceu entre esse dia no ginásio e agora, mas sei que os Outros conseguiram separar os fracos dos fortes.
Os fracos foram levados.
É essa a falha no plano-mestre do Vosch: se não nos matarem a todos de uma vez, não vão ser os fracos a sobrar no fim.
Serão os fortes a sobreviver, os que vergaram mas não quebraram, tal como as barras de ferro que davam firmeza a todo este cimento.
Cheias, incêndios, tremores de terra, doença, fome, traição, isolação, assassínio.
O que não nos mata torna-nos mais astutos. Endurece-nos. Ensina-nos.
Estás a transformar relhas em espadas, Vosch. Estás a refazer-nos.
Nós somos o barro e tu és o Miguel Ângelo.
E nós vamos ser a tua obra-prima.
”
”
Rick Yancey (The 5th Wave (The 5th Wave, #1))
“
Creo que mucha gente no sabe lo que dice cuando dice «emparamado». Esa palabra solo existe en los lugares en los que hay páramo, porque si uno no tiene el páramo como referente no tiene cómo saber cómo queda uno cuando va allá. «Páramo» es una palabra que muchas personas no entienden, porque es un ecosistema raro y escaso que esas muchas personas nunca han visto, del que no han oído nada y que, por eso, son incapaces de imaginar. El diccionario de la rae, por ejemplo, dice que el páramo es un «terreno yermo, raso y desabrigado». Yermo, o sea, inhabitado, que es mentira porque allá vive muchísima gente de muchísimas especies diferentes. Raso, o sea, plano, que es mentira porque allá hay terrenos ondulados y riscos y montañas. Y lo de desabrigado es lo más incompresible, porque si existe un lugar bien abrigado ese lugar es el páramo: los animales son peludos, las hojas y los pétalos de las flores son peludos, las rocas llenas de musgos y líquenes parecen peludas también, y hasta la neblina, a pesar de que es fría, se siente a veces como un abrigo, como una cobija que cubre la montaña. Seguramente la rae se refiere a otro lugar, pero si a ese lugar al que se refiere es realmente inhabitado, plano y desabrigado pues entonces tiene más merecido el lugar en el diccionario este páramo, el que está lleno de plantas con pelos y abrigos de nubes y deja emparamada a la gente que va allá y se inventa palabras.
”
”
Mariana Matija (Niñapájaroglaciar)
“
Lo que también me parece interesante y durante mucho tiempo representó un problema para mí es que, una vez más, no encontramos simplemente en el plano del Estado socialista ese mismo funcionamiento del racismo, sino también en las diferentes formas de análisis o proyectos socialistas, a lo largo de todo el siglo XIX, y, me parece alrededor de esto: en el fondo, cada vez que un socialismo insistió, sobre todo, en la transformación y paso del Estado capitalista al Estado socialista (en otras palabras, cada vez que buscó el principio de la transformación en el nivel de los procesos económicos), no necesitó el racismo, al menos en lo inmediato. En cambio, en todos los momentos en que el socialismo se vio obligado a insistir en el problema de la lucha, la lucha contra el enemigo, la eliminación del adversario dentro mismo de la sociedad capitalista; cuando se trata por consiguiente, de pensar el enfrentamiento físico con el adversario de clase en la sociedad capitalista, el racismo resurgió, porque era la única manera que tenía un pensamiento socialista , que de todas formas estaba muy ligado al tema del biopoder, de pensar la razón de matar al adversario. Cuando se trata simplemente de eliminarlo económicamente, de hacerle perder sus privilegios , el racismo no hace falta . Pero desde el momento en que hay que pensar que vamos a estar frente a frente, y que será preciso combatirlo físicamente, arriesgar la vida y procurar matarlo, el racismo es necesario
”
”
Michel Foucault (É Preciso Defender a Sociedade. Curso no Collège de France, 1976)
“
La autoridad del Estado no puede ser un fin en sí misma, porque ello significaría consagrar la inviolabilidad de toda tiranía en el mundo. Si por los medios que están al alcance de un gobierno se precipita una nacionalidad en la ruina, entonces la rebelión no es sólo un derecho, sino un deber para cada uno de los hijos de ese pueblo. La pregunta: "¿cuándo se presenta este caso?", no se resuelve mediante disertaciones teóricas, sino por la acción y por el éxito. Como todo gobierno, por malo que sea y aún cuando haya traicionado una y mil veces los intereses de una nacionalidad, reclama para sí el deber que tiene de mantener la autoridad del Estado, el instinto de conservación nacional en lucha contra un gobierno semejante tendrá que servirse, para lograr su libertad o su independencia, de las mismas armas que aquél emplea para mantenerse en al mando. Según esto, la lucha será sostenida por medios "legales" mientras el poder que se combate no utilice otros; pero no habrá que vacilar ante el recurso de medios ilegales si es que el opresor mismo se sirve de ellos. En general, no debe olvidarse que la finalidad suprema de la razón de ser de los hombres no reside en el mantenimiento de un Estado o de un gobierno: su misión es conservar su Raza. Y si esta misma se hallase en peligro de ser oprimida o hasta eliminada, la cuestión de la legalidad pasa a un plano secundario. Entonces poco importará ya que el poder imperante aplique en su acción los mil veces llamados medios "legales"; el instinto de conservación de los oprimidos podrá siempre justificar en grado superlativo el empleo de todo recurso. Sólo así se explican en la Historia ejemplos edificantes de luchas libertarias contra la esclavitud (interna o externa) de los pueblos. En este caso el derecho humano se impone sobre el derecho político. Si un pueblo sucumbe sin luchar por los derechos del hombre, es porque al haber sido pesado en la balanza del Destino resultó demasiado débil para tener la suerte de seguir subsistiendo en el mundo terrenal. Porque quien no está dispuesto a luchar por su existencia o no se siente capaz de ello es que ya está predestinado a desaparecer, y esto por la justicia eterna de la Providencia. ¡El mundo no se ha hecho para los pueblos cobardes!
”
”
Adolf Hitler (Mi Lucha)
“
Segundo Platão, um filosofo grego:
No início da criação, os homens e as mulheres não eram como hoje; havia apenas um ser, baixo, com um corpo e um pescoço, mas a cabeça tinha duas faces, cada uma olhando para uma direcção. Era como se as duas criaturas estivessem presas pelas costas, com dois sexos opostos, quatro pernas e quatro braços.
Os deuses gregos, porém, eram ciumentos, e viram que uma criatura que tinha quatro braços trabalhava mais, as duas faces opostas estavam sempre vigilantes e não exigiram tanto esforço para ficar de pé ou andar por longos períodos. E, o que era mais perigoso, a tal criatura tinha dois sexos diferentes, não precisavam de ninguém para continuar a reproduzir-se. Então, disse Zeus, o supremo senhor do Paraíso: "Tenho um plano para fazer com que estes mortais percam a sua força."
E, com um raio, cortou a criatura em dois, criando o homem e a mulher. Isso aumentou muito a população do mundo, e ao mesmo tempo desorientou e enfraqueceu os que nele habitavam- porque agora tinham de procurar de novo a sua parte perdida, abraçá-la novamente, e nesse abraço recuperar a força antiga, a capacidade de evitar a traição, a resistência para andar durante longos períodos e aguentar o trabalho cansativo. A esse abraço em que os dois corpos se fundem de novo em um chamamos sexo.
(...)
Depois de os deuses separarem a dita criatura com sexos opostos, por que razão algumas delas resolvem que o dito abraço pode ser apenas uma coisa, um negocio como outro qualquer- que em vez de aumentar, retira a energia às pessoas ?
”
”
Paulo Coelho (Eleven Minutes)
“
Gracias quiero dar al divino
Laberinto de los efectos y de las causas
Por la diversidad de las criaturas
Que forman este singular universo,
Por la razón, que no cesará de soñar
Con un plano del laberinto,
Por el rostro de Elena y la perseverancia de Ulises,
Por el amor, que nos deja ver a los otros
Como los ve la divinidad,
Por el firme diamante y el agua suelta,
Por el álgebra, palacio de precisos cristales,
Por las místicas monedas de Angel Silesio,
Por Schopenhauer,
Que acaso descifró el universo,
Por el fulgor del fuego
Que ningún ser humano puede mirar sin un asombro
antiguo,
(...)
Por Whitman y Francisco de Asís, que ya escribieron el
poema,
Por el hecho de que el poema es inagotable
Y se confunde con la suma de las criaturas
Y no llegará jamás al último verso
Y varía según los hombres...
”
”
Jorge Luis Borges
“
Então você cresce, amadurece, e aprende_ a duras penas_ que o mundo não é feito de açúcar, que os adultos nem sempre detêm a verdade_ quase nunca detêm..._ que algumas coisas não saem do jeito que a gente quer. Mas a dor do crescimento aparece mesmo quando você descobre que algo em que você acreditava deixou de existir.
É assustador ter que reformular tudo aquilo que te constituía e não constitui mais.
Temos que estar dispostos a abrir mão de nossas crenças, de nossos planos tão reais, palpáveis, terrenos... para acreditar numa nova realidade.
E vamos descobrindo que nada é tão real, palpável ou terreno. Que tudo pode mudar num piscar de olhos, enquanto nos apegamos ao que é conhecido.
Percebemos que vivemos, mas não pertencemos. Amamos, mas não controlamos. Temos fé no invisível, mas nunca estamos prontos...
”
”
Fabíola Simões
“
Quando brilhou a aurora, dissolveram-se
Entre a luz as florestas encantadas
Arvoredos azuis e sombras verdes,
Como os astros da noite embranqueceram
Através da verdade da manhã.
E encontrei um país de areia e sol,
Plano, deserto, nu e sem caminhos.
Aí, ante a manhã, quebrado o encanto,
Não fui sol nem céu nem areal,
Fui só o meu olhar e o meu desejo.
Tinha a alma a cantar e os membros leves
E ouvia no silêncio os meus passos.
Caminhei na manhã eternamente.
O sol encheu o céu, foi meio-dia,
Branco a pique, sobre as coisas mortas.
Mais adiante encontrei a tarde líquida,
A tarde leve, cheia de distâncias,
Escorrendo de céus azuis e fundos
Onde as nuvens se vão pra outros mundos.
Um ponto apareceu no horizonte,
Verde nos areais como um sinal.
Era um lago entre calmos arvoredos
Não bebi a sua água nem beijei
O homem que dormia junto às margens.
E ao encontro da noite caminhei.
”
”
Sophia de Mello Breyner Andresen (Poesia)
“
De Emanuel Swedenborg, al que Kant llamó “visionario”, cuenta Borges que “hablaba con los ángeles por las calles de Londres”. Aunque fue un científico notable (hizo los planos de un avión y un submarino, descubrió el funcionamiento de las glándulas endocrinas, lanzó la hipótesis de la formación nebulosa del Sistema Solar, etcétera...), su verdadera especialidad fue el Mas Allá, la posvida en el Cielo y el Infierno. Explicó que al comienzo los condenados no son conscientes de su muerte y creen que continúan en su esfera cotidiana: les rodean los muebles y utensilios familiares, los paisajes conocidos. Poco a poco, van produciéndose desapariciones —la butaca favorita, el piano, una ventana, las flores del jardín...— y luego surgen en lugar de lo desvanecido formas equivocadas o amenazadoras. Por fin se dan cuenta de que no están en casa sino en el Infierno y empieza su eterna condena.
Creo poder confirmar esta tesis de Swedenborg. Hace tiempo que las cosas de mi mundo se van difuminando, pierden sustancia. Los libros siguen presentes y tentadores, pero al abrirlos algo ha drenado su savia hasta dejarlos huecos, exánimes. Las películas nuevas son peores que las antiguas, las antiguas peores de lo que las recordaba: sentado ante el televisor con desasosiego ya no siento la expectativa feliz porque ahora nadie apoya sus pies en mi regazo. Se fue el disfrute... Y los sitios que recorrimos juntos están hoy cubiertos de sudarios, como esas sábanas que tapan las formas incómodas de los muebles en una casa abandonada. Los platos más sabrosos, crujientes, aromáticos... comienzan a deleitarme la boca pero luego adquieren insipidez y amargura de ceniza. Llega el infierno y se revela mi condena, la más atroz: creer que estoy vivo y que es ella la que ha muerto. Hoy hace ya dos años.
”
”
Fernando Savater
“
Lembro-me de estar destroçada, de te ter arrancado de dentro de mim a ferros e, ainda assim, um braço teu ficou para trás. Lembro-me de abrir o meu diário em papel, furiosa porque tinha jurado que não escreveria nem mais uma linha a teu propósito, e escrever «durante o dia, bano-te do meu pensamento, mas todas as noites, é a teu lado que me deito, e nos teus braços que adormeço, e é a minha mão que agarro, fingindo que é a tua». (… ) Mas não é de ontem, quando abro a cama, peço-te que te chegues para lá. Deito-me e imagino que estás lá, cansado, extenuado de um dia de trabalho, quase sinto a tua respiração na minha nuca. Imagino que me dizes tudo aquilo que eu queria ouvir, mas não me alongo nisso, é mais íntimo ainda, o que queres ouvir de alguém é mais do que o que esperas dessa pessoa: é o segredo de quem és, de como és e do que queres da vida, na sua voz (…) Encho o peito de ar, subo, subo, subo, amo-te amo-te amo-te, sei-o tão bem, sei até que é para sempre, embora faça figas para que não seja (…) Não posso não posso não posso imaginar que o ar me vai fugir outra vez, que a qualquer momento os meios de informação vão trazer até mim aquele género de notícia que quase me mata - foram ao cinema, saíram juntos, comeram-se, foderam-se, falaram-se - eu disse quase, porque não matou. É verdade que foram muitas lágrimas, muitas reformulações de planos de vida e castelos de cartas a vir por aí abaixo, o jogo virou, e eu perdi. Uma vez mais, e os escritos pararam: o meu diário ficou a branco, o espaço virtual onde nos escrevia acabou com uma nota lúgubre na qual anunciei a minha morte. Estive de luto por mim mesma, estive sim. Doía-me o peito como me dói agora, ao recordar, a falta de ar, o choro compulsivo, os pensamentos sombrios, desesperados, como se nunca mais o sol nascesse no oriente e eu nunca mais o provasse, o sentisse nas costas, como se o mundo tivesse acabado ali, pelo menos o meu tinha, o assombro, os sentimentos, todos baralhados, como se me devesses alguma coisa quando não devias, como se me tivesses dado motivos para te amar tanto quando não me deste, como se quisesses o meu amor e depois o tivesses rejeitado, quando nunca o quiseste. E eu fechei as portas do meu recinto, pus panos negros nas janelas, anunciei que não estava. As pessoas bateram-me à porta, esconderam-me verdades que teriam acabado comigo naquele momento, compraram-me chocolates, secaram-me lágrimas com rosas. morri ali, é a verdade. (…) Mas a fé, a minha maldita fé de quem não acredita em deus e canalizou toda a sua crença nas causas impossíveis, deu-me ar, e mais ar, e subi a montanha, talvez nunca a tivesse subido tanto, julguei que via tudo lá de cima, tudo: falavam em auras, ao nosso redor, falavam na nossa perfeição, enquanto dupla, diziam que «não podia ser de outra forma», que «não se pode estar assim tão enganado», que me amas, imagina só a dimensão da loucura geral, que me amas mas que não tens espaço para mim, e eu, com o peito de cheio de ar, cheguei ao topo e comecei a voar (…) Já sonhaste alguma vez que caías? Eu já, é uma dor na boca do estômago, como se tudo te fugisse, como se o teu corpo se desmantelasse, como se o mundo inteiro implodisse para dentro de ti e soubesses que ias rebentar, ao mínimo toque de um objecto, de um elemento que não o ar, vais rebentar. Estou à espera que venham as abelhas, as orquídeas, os pés descalços na terra húmida, um livro, uns óculos, um copo vazio na mesa-de-cabeceira, e me faça explodir. Entretanto (…) vou imaginar que não estou a cair, que tal? Ao invés (…) vou deitar-me na minha caminha quentinha e imaginar que as tuas pernas se entrelaçam nas minhas e me aquecem os pés gelados e a tua voz, sonolenta, diz: “boa noite, dorme bem”, para eu poder responder-te também – “dorme bem, meu amor”.»
”
”
Célia Correia Loureiro
“
En numerosas ocasiones me he preguntado hasta qué punto el tonelaje referencial que algunos músicos incorporan a su cancionero tiene la capacidad de distraer o antagonizar al oyente. Era una cuestión que solía hacerme a principios de los noventa, cuando Los Flechazos llegaron a un público relativamente amplio cantando sobre referencias cripto-modernistas que solo una minúscula parte de la audiencia pudo acertar a comprender: el Scotch of St. James Club, Georgie Fame, Mel Ramos... Lo que es indiscutible es que la gente seguía cantando esas canciones, conociesen o no las arcanas citas al Swinging London de Alejandro Diez. Así que asumo que la respuesta es que el exceso de cita o guiño no tiene un peso específico tan grande como yo le atribuía entonces y que, como en toda disciplina o género, todo objeto creado posee diversos planos de significado y uno puede limitarse a entender uno, dos o varios de ellos sin que la canción se resienta por ello
”
”
Kiko Amat (Stephin Merritt & The Magnetic Fields: The Book Of Love. 100 Canciones)
“
Y así, de feuille en aiguille, pienso en esos estados excepcionales en que por un instante se adivinan las hojas y las lámparas invisibles, se las siente en un aire que está fuera del espacio. Es muy simple, toda exaltación o depresión me empuja a un estado propicio a
lo llamaré paravisiones
es decir (lo malo es eso, decirlo)
una aptitud instantánea para salirme, para de pronto desde fuera aprehenderme, o de dentro pero en otro plano,
como si fuera alguien que me está mirando
(mejor todavía —porque en realidad, no me veo— : como alguien que me está viviendo).
No dura nada, dos pasos a la calle, el tiempo de respirar profundamente (a veces al despertarse dura un poco más, pero entonces es fabuloso)
y en ese instante sé lo que soy porque estoy exactamente sabiendo lo que no soy (eso que ignoraré luego astutamente). Pero no hay palabras para una materia palabra y visión pura, como un bloque de evidencia. Imposible objetivar, precisar ese defectividad que aprehendí en el instante y que era clara ausencia o claro error o clara insuficencia pero
sin saber de qué, qué.
Otra manera de tratar de decirlo: Cuando es eso, ya no estoy mirando hacia el mundo, de mí a lo otro, sino que por un segundo soy el mundo, el plano de fuera, lo demás mirándome. Me veo como pueden verme los otros. Es inapreciable: por eso dura apenas. Mido mi defectividad, advierto todo lo que por ausencia o defecto no nos vemos nunca. Veo lo que no soy. Por ejemplo (esto lo armo de vuelta, pero sale de ahí): hay enormes zonas a las que no he llegado nunca, y lo que no se ha conocido es lo que se es. Ansiedad por echar a correr, entrar en una casa, en esa tienda, saltar a un tren, devorar todo Jouhandeau, saber alemán, conocer Aurangabad... Ejemplos localizados y lamentables pero que pueden dar una idea. (¿una idea?)
Otra manera de querer decirlo: Lo defectivo se siente más como una pobreza intuitiva que como una mera falta de experiencia.
”
”
Julio Cortázar (Hopscotch)
“
No hay hombros humanos capaces de soportar la omnisciencia, de la que se quiso hacer un atributo de "Dios". En la medida en que el hombre se concebía "su imagen", no se ha hecho más que inculcarle la pretensión a esa omnisciencia. Es indispensable terminar de una sola vez con estas dos chácharas. Nada de lo establecido y decretado por el hombre puede considerarse defmitivo e intangible, y menos aún llegar a convertirse en objeto de un culto si éste impone el renunciamiento en favor de una preexistente voluntad divinizada. Estas reservas no deben, por supuesto, causar perjuicios a las formas lúcidas de dependencia y de estima voluntarias. A este respecto, no habiendo nada ya que me impida dejar vagabundear a mi espíritu sin temor a las acusaciones de misticismo que no dejarán de prodigarme, creo que no sería mala idea comenzar por convencer al hombre de que no es, como presume, el rey de la creación. Esta idea me abre, al menos, algunas valiosas perspectivas en el plano poético, lo que le confiere, quiérase o no, cierta eficacia futura.
”
”
André Breton (Manifestoes of Surrealism)
“
Sim, ele [Maurice] estava com sorte, sem dúvida. Scudder demonstrara ser honesto e amável. Era óptimo estar com ele, um tesouro, um encanto, um achado, o sonho desejado, Mas seria ele corajoso?
(...)
- (...) é por isso que temos de lutar.
(...)
-O mundo todo está contra nós. Temos de ser fortes e fazer planos, enquanto podemos.
(...)
-Porque é que não ficas em Inglaterra?
(..)
- Fica comigo. Nós amamo-nos um ao outro.
(..)
-Arranjarei trabalho contigo -, disse.
(..)
A sua viagem estava quase a terminar. Estava a chegar à sua nova casa. Ele tinha revelado o homem em Alec, era agora a vez de Alec revelar nele o herói. Conhecia o chamamento, e qual devia ser a resposta. Tinham de viver fora de qualquer classe, sem família ou dinheiro; tinham de trabalhar e manter-se juntos até à morte. Mas a Inglaterra pertencia-lhes. Isso, além da companhia um do outro era a sua recompensa. Os seus ares e os seus céus eram deles, não dos milhões de receosos que possuem pequenos cubículos abafados, mas nunca as suas próprias almas.
p.277
--------------------------------------------------
”
”
E.M. Forster (Maurice)
“
Essas duas histórias - a do lado de dentro e a do lado de fora - podem ser contadas sobre cada um de nós. Ao chamá-las de 'histórias' não pretendo diminuí-las. Algumas são, apesar de tudo, verdadeiras. O problema é que temos muita dificuldade em ver como ambas as histórias que contamos sobre nós podem ser verdadeiras. O efeito da segunda história, aquela contada do lado de fora, parece uma drástica realocação do nosso papel na trama. Longe de sermos o personagem principal da história, estamos reduzidos a um figuração. A história do lado de dentro gira ao nosso redor, mas na outra história cada um de nós é apenas um simples personagem em meio a muitos outros, um personagem cuja entrada em cena é determinada por outras pessoas e que não tem nenhum controle real sobre a hora da sua saída do palco. As coisas que impulsinam nossas vidas, as coisas que queremos, nossos planos, projetos e metas - aquilo que podemos chamar de nossa motivação - são o resultado de forças que não controlamos. Aparentemente, nosso papel foi escrito por outra pessoa. Temos pouco controle sobre o seu conteúdo e não temos a menos ideia de qual é o seu sentido.
O choque das duas histórias é às vezes chamado de condição humana.
”
”
Mark Rowlands (The Philosopher at the End of the Universe: Philosophy Explained Through Science Fiction Films)
“
Quando visitamos empresas, geralmente nos deparamos com o banner de valores. E, em alguns, podemos ler: HONESTIDADE, CRIATIVIDADE, TRANSPARÊNCIA; em seguida, o invariável: FOCO NO RESULTADO. Um fato interessante é que a palavra foco inevitavelmente vem acompanhada da palavra resultado, como se fosse uma obviedade. Não sei também se você, Cortella, já refletiu sobre a bobagem que é fazer uma lista em que um dos itens tem a palavra foco. Porque nesse caso ficam anulados os outros itens. Se o oftalmologista diz: “Foque a terceira letra”, todas as outras letras perdem o foco. Cortella – Na escola é o plano pedagógico que costuma ficar em evidência para que todos possam vê-lo. Clóvis – Toda vez que o foco está em alguma coisa, fica descaracterizada a ideia de complexidade, diversidade, pluralidade. O que quero dizer com isso? Se houver um conflito entre honestidade e resultado – conflito mais do que provável, porque é possível, para fazer uma venda a qualquer preço, mentir sobre o produto ou sobre o serviço prestado –, então, a resposta está no banner: o foco é no resultado. Se houver conflito com qualquer outro valor, o foco está no resultado. E isso significa o quê? Fazer o que for preciso para obter resultado, mesmo que isso implique mentir, enganar, ludibriar e assim por diante.
”
”
Anonymous
“
Porque, não importa o que diga, a linha sobre a qual caminhava, de recta que talvez fosse, tinha passado a curva desde que me viu, e eu apercebi-me do momento exacto em que me viu pelo momento exacto em que o seu caminho se tornou curvo, e não uma curva que o afastasse de mim, mas uma curva para vir ter comigo, senão nunca nos teríamos encontrado, mas teria antes afastado ainda mais de mim, porque você estava à andar à velocidade de alguém que caminha de um ponto para outro; e eu nunca o teria apanhado porque eu só caminho lentamente, calmamente, quase imóvel, com o passo de alguém que não vai de um ponto para o outro mas que, num lugar imutável, espreita quem passa à sua frente e espera que modifique ligeiramente o seu percurso. E se eu digo que fez uma curva, e como sem dúvida há-de dizer que era um desvio para me evitar, ao que eu afirmarei, em resposta, que foi um movimento para se aproximar, sem dúvida que isso é assim porque no fim de contas você não se desviou, que qualquer linha recta só existe em relação a um plano, que nós nos movemos segundo dois planos distintos, e que no fim de contas só existe o facto que você olhou para mim e que eu interceptei esse olhar ou o inverso, e que, à partida, de absoluta que era, a linha segundo a qual você se movia tornou-se relativa e complexa, nem recta nem curva, mas fatal.
”
”
Bernard-Marie Koltès (Dans la solitude des champs de coton)
“
Me acerqué a ella, la miré a esos increíbles ojos azules y le dije: —Creo que te quiero. Entonces sujeté el cinturón de su bata y tiré de él. Lo hice despacio. Tan despacio que ella habría podido detenerme un millón de veces antes de que se soltara. Pero no lo hizo. Se irguió en el asiento, me miró con más audacia y apoyó una mano en mi cintura. Apenas el cinturón cayó, los lados de su bata se abrieron, y allí estaba ella, desnuda y sentada frente a mí. Su piel era pálida y suave. Sus pechos eran más turgentes de lo que yo había imaginado, y sus pezones eran rosados. Su vientre plano se redondeaba apenas por debajo del ombligo. Y cuando mis ojos llegaron a sus piernas, las abrió ligeramente. Por instinto, la besé. Apoyé las manos en sus pechos y los toqué como quería hacerlo, y luego, como me gustaba que me tocaran a mí. Cuando ella gimió, me excité. Me besó el cuello y la parte superior del pecho. Me quitó la blusa por encima de la cabeza. Me miró, mis pechos descubiertos. —Eres preciosa —dijo—. Aún más de lo que había imaginado. Me sonrojé y me tomé la cabeza con las manos, avergonzada de sentirme tan insegura, tan inexperta. Celia me quitó las manos de la cara y me miró. —No sé lo que estoy haciendo —confesé. —No importa —respondió—. Yo sí. Esa noche, Celia y yo dormimos desnudas, abrazadas. Ya no simulamos tocarnos sin querer. Y cuando desperté por la mañana con su pelo en mi rostro, inhalé, con fuerza y con orgullo. Entre esas cuatro paredes, no teníamos vergüenza.
”
”
Taylor Jenkins Reid (Los siete maridos de Evelyn Hugo)
“
Os amigos nunca são para as ocasiões. São para sempre. A ideia utilitária da amizade, como entreajuda, pronto-socorro mútuo, troca de favores, depósito de confiança, sociedade de desabafos, mete nojo. A amizade é puro prazer. Não se pode contaminar com favores e ajudas, leia-se dívidas. Pede-se, dá-se, recebe-se, esquece-se e não se fala mais nisso.
A decadência da amizade entre nós deve-se à instrumentalização que tem vindo a sofrer. Transformou-se numa espécie de maçonaria, uma central de cunhas, palavrinhas, cumplicidades e compadrios. É por isso que as amizades se fazem e desfazem como se fossem laços políticos ou comerciais. Se alguém «falta» ou «não corresponde», se não cumpre as obrigações contratuais, é logo condenado como «mau» amigo e sumariamente proscrito. Está tudo doido. Só uma miséria destas obriga a dizer o óbvio: os amigos são as pessoas de que nós gostamos e com quem estamos de vez em quando. Podemos nem sequer darmo-nos muito, ou bem, com elas. Ou gostar mais delas do que elas de nós. Não interessa. A amizade é um gosto egoísta, ou inevitabilidade, o caminho de um coração em roda-livre.
Os amigos têm de ser inúteis. Isto é, bastarem só por existir e, maravilhosamente, sobrarem-nos na alma só por quem e como são. O porquê, o onde e o quando não interessam. A amizade não tem ponto de partida, nem percurso, nem objectivo. É impossível lembrarmo-nos de como é que nos tornámos amigos de alguém ou pensarmos no futuro que vamos ter.
A glória da amizade é ser apenas presente. É por isso que dura para sempre; porque não contém expectativas nem planos nem ansiedade.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Explicações de Português
”
”
Miguel Esteves Cardoso
“
Ao cabo de séculos de «escravidão» a mulher quis pois ser livre, ser ela própria. Mas o «femininismo» não soube conceber para a mulher uma personalidade que não fosse uma imitação da masculina, de maneira que as suas «reivindicações» ocultam uma desconfiança fundamental da mulher nova em relação a si mesma, a impotência desta para ser o que é e a contar pelo que ela é: como mulher e não como homem. Devido a esta fatal incompreensão, a mulher moderna experimentou o sentimento de uma inferioridade absolutamente imaginária por ser apenas mulher e sente quase como ofensa o ser tratada «só como mulher». Foi esta a origem de uma falsa vocação frustrada: e é precisamente por isso que a mulher quis tirar uma desforra, reivindicar a sua «dignidade», mostrar o seu «valor» - passando a medir--se com o homem. Todavia, não se tratava de maneira nenhuma do homem verdadeiro, mas sim do homem-construção, do homem-fantoche de uma civilização standardizada, racionalizada, não implicando quase mais nada de diferenciado e qualitativo. Numa civilização como esta, evidentemente, já não se pode tratar de um privilégio legítimo qualquer, e as mulheres incapazes de reconhecer a sua vocação natural e de defendê-la, a não ser pelo plano mais baixo (pois nenhuma mulher sexualmente feliz sentiu alguma vez a necessidade de imitar e de invejar o homem), conseguiram facilmente demonstrar que também elas possuíam virtualmente as faculdades e as habilitações - materiais e intelectuais - que se encontram no outro sexo e que, em geral, se exigem e se apreciam numa sociedade de tipo moderno. O homem, de resto, deixou andar as coisas como um verdadeiro irresponsável, e até ajudou e impeliu a mulher para as ruas, para os escritórios, para as escolas, para as fábricas e para todas as encruzilhadas contaminantes da sociedade e da cultura modernas. Foi assim que se deu o último empurrão nivelador. (...) A mulher tradicional, a mulher absoluta, ao dar-se, ao não viver para si, ao querer ser toda para outro ser com simplicidade e pureza, realizava-se, pertencia-se a si mesma, tinha um heroísmo muito seu - e, no fundo, tornava-se superior ao homem comum. A mulher moderna ao querer ser por si mesma destruiu-se. A tão aspirada «personalidade» está a tirar-lhe toda a personalidade.
”
”
Julius Evola (Revolt Against the Modern World)
“
Pingala pode ser definida como a energia dinâmica, ativa, masculina, positiva, yang, dentro de nossa personalidade. Ela tem um lado físico e mental. Suas qualidades materiais são luz, calor, solar, energia acumulando, criatividade, organização, focalizada (centrípeta) e contrativa. O lado mental positivo, dinâmico, dentro do sistema de Freud é o Eros, o princípio do prazer, e no sistema de Jung é a personalidade consciente, o lado racional e discriminativo. Podemos dizer que pingala é a energia psicossomática, aparentemente dirigida, a mente agindo sobre o corpo para motivar os órgãos da ação, os karmendriyas. Ela é a energia básica da vida.
Ida é a energia dentro da personalidade, o qual é passiva, receptiva, feminina, negativa, yin. A um nível físico, ela é escura, fria, lunar, energia de dissipação, desorganização, entrópica, expansiva (centrífuga) e relaxante. No plano mental que Freud chamou Tanatos, o instinto da morte, e Jung chamou de anima, o inconsciente, íntimo feminina, emocional, sentimento intuitivo e não discriminatório, o fundo sobre o qual as diferenças podem ser vistas e que podem ser unificadas. Este é o aspecto soma físico do homem, onde a energia é dirigida para dentro, e o corpo age sobre a mente. Ida controla os órgãos dos sentidos, ou gyanendriyas, e, portanto, nos dá conhecimento e consciência do mundo em que vivemos.
...
Carl Jung expressou as visões tântricas quando descreveu a força motriz da auto-realização, a qual chamou de “individuação”, como uma interação dialética entre os opostos, iniciando com o conflito e culminando em síntese e integração. Quando o equilíbrio perfeito é alcançado, estabilizado e aperfeiçoado, um estado de paz dinâmico é alcançado, que é um paradoxo, uma união de opostos, a síntese de fazer e não fazer, uma maneira totalmente nova de perceber e experenciar a vida.
Poucos de nós realizam este terceiro estado espiritualizado, e muitos de nós oscilam de um estado a outro. A cada 90 a 180 minutos ida e pingala alternam sua posição dominante e somente por uns poucos segundos, ou minutos, sushumna entra em existência possível. É a meta de todas as técnicas de yoga balancear e equilibrar ida e pingala, força da vida e consciência, para que eles se unam em ajña chakra para criar a luz interna do conhecimento e bem-aventurança, e revelar a verdade.
”
”
Satyananda Saraswati (Kundalini Tantra)
“
El coche se había ido, pero había dejado tras él una tenue onda que fluía por las tiendas de guantes, las sombrererías y sastrerías a ambos lados de Bond Street. Durante treinta segundos todas las cabezas apuntaron en la misma dirección - la ventanilla. Mientras escogían un par de guantes - ¿hasta el codo o más arriba, color limón o gris pálido? - las señoras se interrumpieron; al terminar la frase algo había ocurrido. En algunos casos algo tan nimio que su vibración no la podía registrar ningún instrumento matemático, por muy capaz que éste fuera de transmitir sacudidas y terremotos hasta China; y eso que era impresionantemente rotundo y a la vez emotivo por cuanto que su efecto se dejaba sentir en todo el mundo; porque en todas las sombrererías y sastrerías los clientes, extraños entre sí, se miraron y pensaron en los muertos; en la bandera; en el Imperio. En la taberna de una callejuela un alguien de las colonias profirió insultos contra la Casa de Windsor, lo cual derivó en improperios, jarras de cerveza rotas y una algarabía general que, singularmente, resonó como un eco al otro lado de la calle, hasta llegar a los oídos de las chicas que estaban comprando lencería blanca, de lazos de seda pura, para sus bodas. Porque la agitación superficial que el coche provocaba a su paso, tocaba y rasgaba algo muy profundo.
Deslizándose por Piccadilly el coche dobló por St. James's Street. Unos hombres altos, de físico robusto, hombres trajeados, con sus chaqués y levitas, sus pañuelos blancos y pelo peinado hacia atrás, que por razones difíciles de dilucidar, estaban de pie en el mirador de White, las manos tras la cola del chaqué, vigilando, percibieron instintivamente que la grandeza pasaba ante ellos, y la pálida luz de la presencia inmortal descendió sobre ellos, como había descendido sobre Clarissa Dalloway. Inmediatamente se irguieron más si cabe, retiraron sus manos de la espalda, y parecía que estuviesen en disposición de acatar las órdenes de su Soberano, hasta la misma boca del cañón, si fuera necesario, igual que sus antepasados lo hicieran en otros tiempos. Parecía que los bustos blancos y las mesitas, en segundo plano, con algunas botellas de soda encima y cubiertas de ejemplares del 'Tatler', asentían; parecía que señalaban la abundancia del trigo y las casas de campo de Inglaterra; y que devolvían el tenue murmullo de las ruedas de coche, como los muros de una galería humilde devuelven el eco de un susurro convertido en voz sonora debido a la fuerza de toda una catedral.
”
”
Virginia Woolf (Mrs. Dalloway)
“
Quando Shiva e Shakti se unem no sahasrara, a pessoa experimenta o samadhi, a iluminação ocorre no cérebro e as áreas silenciosas começam a funcionar. Shiva e Shakti permanecem unidos por algum tempo, e durante este período há uma perda total da consciência, pertencente um a outro. Ao mesmo tempo um bindu desenvolve. Bindu significa um ponto, uma gota, e bindu é o substrato de todo o cosmos. Dentro do bindu está a sede da inteligência humana e a sede de toda a criação. Em seguida, bindu se divide em dois, e Shiva e Shakti manifestam-se novamente em dualidade. Quando a ascensão aconteceu, ela foi somente a subida de shakti, mas agora quando a descida acontece, Shiva e Shakti, ambos, descem para os planos grosseiros e há novamente o conhecimento da dualidade. Depois da união total há uma espécie de retorno pelo mesmo caminho da ascensão. A consciência bruta que se tornou refinada, novamente torna-se embrutecida. Este é o conceito da encarnação divina ou avatar.
Quando alguém atinge o mais elevado pináculo de samadhi, purusha e prakriti, ou Shiva e Shakti estão em total união e somente advaita existe, a experiência não dual. Ao mesmo temo, quando não há sujeito/objeto mais distinto, é muito difícil para alguém diferenciar. Se ele está falando com um homem ou com uma mulher, ele não sabe, ele não percebe a diferença. Ele pode até mesmo ser associado com pessoas espirituais ou divinas sem estar ciente disto, porque neste momento, sua consciência está reduzida ao nível da inocência de um bebê. Assim, no estado de samadhi, você é um bebê. Um bebê não pode falar da diferença entre um homem e uma mulher porque ele não tem distinção física ou sexual. Ele não pode distinguir um estudioso de um idiota, ele não pode nem mesmo ver qualquer a diferença entre uma serpente e uma corda. Ele pode segurar uma cobra como segura uma cobra. Isso só acontece quando a união está acontecendo.
Quando Shiva e Shakti descem para os planos grosseiros, que é o mooladhara chakra, eles se separam e vivem como duas entidades. Há dualidade no mooladhara chakra, há dualidade na mente e sentidos e no mundo de nomes e formas, mas não há dualidade no samadhi. Não há nenhuma vidência ou experiência no estado de samadhi. Não há ninguém para dizer como o samadhi porque ele é uma experiência não-dual.
É muito difícil entender por que Shiva e Shakti, ambos, descem para os planos brutos após terem atingindo a mais elevada união. Qual é o objetivo da destruição do mundo e a criação novamente? Qual é o objetivo de transcendência da consciência se você tem de voltar para ele novamente? Por que se preocupar em despertar Kundalini e uni-la com Shiva no sahasrara se você tem de voltar para o mooladhara novamente? Isto é algo muito misterioso e podemos perguntar, "Por despertar Kundalini absolutamente?" Por que construir uma mansão se você sabe que terá de pô-la abaixo quando ela estiver concluída? Na verdade, criamos um monte de coisas que serão destruídas. Então, porque fazê-lo absolutamente? Fazemos muita sadhana para transcender os chakras e ascender da terra para o céu. Então, quando chegamos ao paraíso e nos tornamos um com a grande realidade, de repente decidimos voltar para baixo. E não só, nós trazemos a grande unidade conosco. Seria mais fácil entender se Shakti voltasse sozinha e Shiva permanecesse no céu. Talvez, quando Shakti está prestes a sair, Shiva diga: "Espere, estou indo com você."
Quando Shiva e Shakti descem aos níveis mais grosseiros da consciência, há a dualidade novamente. Isso é porque o homem auto-realizado é capaz de compreender a dor e todos os assuntos da vida mundana. Ele compreende todo o drama da dualidade, multiplicidade e diversidade. Às vezes nós, simples mortais, estamos em um dilema para compreender como este homem, como a mais elevada realização, é capaz de lidar com as dualidades sem esperanças da vida.
”
”
Satyananda Saraswati (Kundalini Tantra)
“
A mesma ignorância predominou em relação a muitas criaturas maiores, inclusive um dos mais importantes e menos compreendidos de todos os animais que por vezes se encontram nas casas modernas: o morcego. Quase ninguém gosta dos morcegos, o que é lamentável, porque eles fazem muito mais bem do que mal. Comem grandes quantidades de insetos, beneficiando as plantações e o ser humano. O morcego marrom, a espécie mais comum nos Estados Unidos, consome até seiscentos mosquitos por hora. O pequenino pipistrelo — que não pesa mais que uma pequena moeda — ingere até 3 mil insetos em suas incursões noturnas. Sem os morcegos, haveria muito mais mosquitos na Escócia, larvas no solo na América do Norte e febres nos trópicos. As árvores das florestas seriam mastigadas até serem destruídas. As plantações precisariam de mais agrotóxicos. O mundo natural se tornaria um lugar estressado até a exaustão. Os morcegos também são vitais para o ciclo de vida de muitas plantas silvestres, colaborando na polinização e na dispersão de sementes. Um minúsculo morcego da América do Sul, o Carollia perspicillata, chega a comer 60 mil sementinhas a cada noite. A propagação das sementes feita por uma única colônia — cerca de quatrocentos desses morceguinhos — pode produzir, anualmente, 9 milhões de mudas de árvores frutíferas. Sem os morcegos, essas novas árvores frutíferas não existiriam. Eles também são essenciais para a sobrevivência, na natureza, de madeira balsa, abacates, bananas, frutas-pão, cajus, cravo, tâmaras, figos, goiabas, mangas, pêssegos, cactos saguaro, entre outros.
Há muito mais morcegos no mundo do que a maioria das pessoas imagina. Na verdade, eles constituem aproximadamente um quarto de todas as espécies de mamíferos — cerca de 1100. Variam em tamanho desde o morcego-abelha, que realmente não é maior que uma abelha e, portanto, é o menor de todos os mamíferos, até as magníficas raposas-voadoras da Austrália e do sul da Ásia, que podem alcançar quase dois metros de envergadura.
No passado já foram feitas tentativas de aproveitar as qualidades especiais dos morcegos. Na Segunda Guerra Mundial, o Exército americano investiu muito tempo e dinheiro em um plano extraordinário para acoplar minúsculas bombas incendiárias a morcegos e lançar de aviões um grande número deles — até 1 milhão de cada vez — sobre o Japão. A ideia era que os morcegos se empoleirariam nos beirais e telhados e suas pequeninas bombas-relógio iriam deflagrar, fazendo com que pegassem fogo e causassem, assim, centenas de milhares de incêndios.
Elaborar bombas e timers tão pequenos exigia muita experiência e engenho; mas, finalmente, na primavera de 1943, o trabalho estava adiantado e foi marcada uma experiência em Muroc Lake, na Califórnia. No entanto, as coisas não correram bem como o planejado, para dizer o mínimo. Os morcegos estavam bem armados com suas bombas em miniatura, mas ficou claro que essa não era uma boa ideia. Eles não pousaram em nenhum dos alvos designados, mas destruíram todos os hangares e a maioria dos depósitos no aeroporto de Muroc Lake, bem como o carro de um general do Exército. O relatório do general sobre os acontecimentos do dia deve ter sido uma leitura muito interessante. Seja como for, o programa foi cancelado logo em seguida.
Um plano menos maluco, mas não mais bem-sucedido, para utilizar os morcegos foi concebido pelo dr. Charles A. R. Campbell, da Escola de Medicina da Universidade de Tulane. A ideia de Campbell era construir gigantescas “torres de morcegos”, onde estes poderiam se empoleirar, procriar e sair para comer mosquitos. Isso, segundo Campbell, reduziria substancialmente a malária, e também forneceria guano em quantidades comercialmente viáveis. Várias torres foram construídas, e algumas ainda estão de pé, mesmo que precariamente, mas nunca cumpriram sua função. Ao que parece, os morcegos não gostam de receber ordens sobre onde devem morar.
”
”
Bill Bryson (At Home: A Short History of Private Life)