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A maioria dos homens parece estar completamente escravizada e preferir uma vida de animais de pasto. Encontram um sentido aparente para as suas formas de vida (...). Os que são sofisticados contudo, e se dedicam à acção prática supõem, antes, ser a honra. Na verdade, a honra quase que é o fim último da vida dedicada à acção política. Este bem que perseguem não deixa, contudo, de ser um bem mais superficial do que aquele de que estamos à procura. Parece ainda que a honra pertence mais aos que a concedem do que àquele que a recebe; (...). Por fim, parece que os homens perseguem a honra para se convencerem de que são bons. Pelo menos, procuram ser honrados pelos sensatos e por aqueles que os conhecem, e, de facto, honrados em vista da excelência. É evidente que, pelo menos para estes, a excelência é mais poderosa do que a honra. Talvez, pois, se possa supor que a excelência seja mais propriamente o objectivo final da vida política.
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Aristóteles (The Nicomachean Ethics of Aristotle, Books I-Iv., and Book X, Chaps. Vi-Ix, With Notes by E.L. Hawkins)