Obrigado Quotes

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Express gratitude for the greatness of small things.
Richie Norton
- Há demónios que ninguém pode afastar, mas obrigado.
Tânia Dias (Despedaçada (Broken, #1))
Ir em frente, ir em busca, ir atrás, ir para onde? Somos obrigados a estar em movimento, mas ninguém nos aponta um caminho seguro.
Martha Medeiros (Doidas e santas)
- Obrigado, Geary. - Porquê? - Por me dares uma vida que é o melhor sonho que tive.
Sherrilyn Kenyon (The Dream-Hunter (Dark-Hunter, #10; Dream-Hunter, #1))
teria compreendido então que Trabalho consiste em tudo o que se é obrigado a fazer e que Prazer consiste naquilo que não se é obrigado a fazer.
Mark Twain (The Adventures of Tom Sawyer)
Acho que todo mundo na América, exceto umas mil pessoas escolhidas, deveria ser obrigado a aceitar um código moral super-rígido: o catolicismo romano, por exemplo. Não me queixo da moralidade convencional. Pelo contrário, reclamo dos heréticos medíocres que roubam os frutos da sofisticação e adotam uma pose de liberalidade moral a que suas inteligências não fazem jus.
F. Scott Fitzgerald (The Beautiful and Damned)
Queridas mulheres, vocês honram muito mais a espécie humana do que os homens. Eles falharam historicamente em liderá-la. Se vocês dominassem o mundo, a humanidade seria mais feliz. Se as mulheres fossem generais, não haveria guerras, pois vocês não teriam coragem de enviar seus filhos para os campos de batalha. Mas os homens, por muito pouco, os enviam. Por isso, de coração, em nome de todos os homens lúcidos desta Terra, eu gostaria de pedir desculpas por todos os males que fizemos a vocês ao longo da história. Obrigado por vocês serem mulheres.
Augusto Cury (A Ditadura Da Beleza e a Revolução das Mulheres)
O trabalho consiste no que o corpo é obrigado a fazer, e o divertimento consiste no que o corpo não é obrigado a fazer.
Mark Twain (The Adventures of Tom Sawyer)
Dizes isso agora, mas há de chegar uma altura em que irás gostar de alguém e irás amá-lo profundamente e viver e morrer por ele. Eu sei que sim, tu és assim, e serei obrigado a assistir a tudo isso".
Louisa May Alcott
Geralmente nos apiedamos dos pobres, pois percebemos como seu extremo labor os priva de tempo extra para expressar seu luto pelos entes que já se foram, pois são obrigados pela necessidade a continuar trabalhando no mais sombrio dos tempos.
Anne Brontë
Na doença é que descobrimos que não vivemos sozinhos, mas sim encadeados a um ser de um reino diferente, de que nos separam abismos, que não nos conhece e pelo qual nos é impossível fazer-nos compreender: o nosso corpo. Qualquer assaltante que encontremos numa estrada, talvez consigamos torná-lo sensível ao seu interesse particular, se não à nossa desgraça. Mas pedir compaixão ao nosso corpo é discorrer diante de um polvo, para quem as nossas palavras não podem ter mais sentido que o rumor das águas, e com o qual ficaríamos cheios de horror de ser obrigados a viver.
Marcel Proust (The Guermantes Way)
Agora parecem estranhos, esquisitos, extraordinários: e aquele que sente em si essas forças é obrigado a cultivá-las e a defende-las contra um mundo inimigo, a venerá-las e a vigiar por seu crescimento: torna-se por isso ou um grande homem ou um original e um louco, a menos que pereça a tempo.
Friedrich Nietzsche (The Gay Science: With a Prelude in Rhymes and an Appendix of Songs)
O amor é a concordância da necessidade com o sentimento, e a felicidade no casamento resulta de um entendimento perfeito das almas entre os esposos Disso decorre que, para ser feliz, um homem é obrigado a respeitar certas regras de honra e da delicadeza. Depois de se ter valido da lei social que consagra a necessidade, deve obedecer às leis secretas da natureza que fazem eclodir os sentimentos. Se coloca a sua felicidade em ser amado, é preciso que ame sinceramente: nada resiste a uma paixão verdadeira. Mas ser apaixonado é desejar sempre. Pode-se desejar sempre a própria mulher? Sim.b
Honoré de Balzac
José Cortinhal foi sempre um homem muito calado, só falava quando a isso era obrigado e parecia que as palavras que conhecia eram tão poucas que estava sempre com medo que elas se acabassem. Dizia uma palavra e deixava o silêncio tomar conta dela até a asfixiar, e só depois dizia outra. O silêncio parecia também servir para falar.
Joaquim Mestre (O Perfumista)
O fato de que bules em órbita e fadinhas do dente não podem ter sua inexistência comprovada não é considerado, por nenhuma pessoa racional, o tipo de fato que solucione um debate interessante. Ninguém se sente obrigado a comprovar a inexistência dos milhões de coisas fantásticas que uma imaginação fértil e brincalhona é capaz de sonhar.
Richard Dawkins
The more you thank, the more things to be grateful for you will receive. The opposite is also true.
Richie Norton
Ele tem razão. Não somos mais a juventude. Não queremos mais conquistar o mundo. Somos fugitivos. Fugimos de nós mesmos e de nossas vidas. Tínhamos dezoito anos e estávamos começando a amar a vida e o mundo e fomos obrigados a atirar neles e destruí-los. A primeira bomba, a primeira granada, explodiu em nossos corações. Estamos isolados dos que trabalham, da atividade, da ambição, do progresso. Não acreditamos mais nessas coisas; só acreditamos na guerra.
Erich Maria Remarque (All Quiet on the Western Front)
Não podeis ser obrigado, por Vossa força, seja ao que for, porque em Vós a vontade não é maior do que o poder. Porém, seria maior, se Vós fôsseis maior que Vós mesmo. Mas a vontade e o poder de Deus são o próprio Deus.Para Vós que tudo conheceis, existe acaso alguma coisa imprevista? Nenhhuma natureza existe, senão porque a conhecestes. Para que proferimos nós tantas palavras a fim de comprovar que a substância de Deus não é corruptível, já que, se o fosse não seria Deus?
Augustine of Hippo
Não existe maior decepção do que damos-nos conta que não fomos capazes de descobrir a um grande e fiel amigo que sempre esteve presente. Sempre presente, ao nosso lado e sem sequer darmos algum valor. Isso acontece porque os amigos de verdade não precisam de brilhar para serem vistos, os amigos de verdade simplesmente estão. Nos e que devemos ter essa perspicácia de puder descobri-los. Obrigado querida amiga solidão por não me teres decepcionado nunca! Autor: Sergio Correia. Warrington, 20/08/2012 Portuguese
Sergio Figueira Correia
Jamais consegui nada, nem mesmo me tornar malvado; não consegui ser belo, nem mau, nem canalha, nem herói, nem mesmo um inseto. E agora, termino a existência no meu cantinho, onde tento piedosamente me consolar, aliás sem sucesso, dizendo-me que um homem inteligente não consegue nunca se tornar alguma coisa, e que só o imbecil triunfa. Sim, meus senhores, o homem do século XIX tem o dever de ser essencialmente destituído de caráter; está moralmente obrigado a isso. O homem que possui caráter, o homem de ação, é um ser essencialmente medíocre.
Fyodor Dostoevsky (Notes from Underground, White Nights, The Dream of a Ridiculous Man, and Selections from The House of the Dead)
A grande decepção dos amantes que buscam a felicidade (estado de prazer permanente, institucionalizado) através do amor é produzida pela sua incapacidade em aceitar que, como todas as coisas vivas, o amor também tem um começo, um meio e um fim. Nem seu tempo, nem seu espaço e nem o seu tesão podem ser determinados e controlados por razão da vontade e pela força de poder. Assim, às vezes somos obrigados a perder um amor precocemente, ou a ter de suportá-lo desnaturado, moribundo ou mesmo morto. Só a liberdade e a autonomia nos ensinam a aceitar biológica e humanamente o tempo, o espaço e o tesão das coisas vivas.
Roberto Freire (Sem Tesão Não Há Solução)
Voltou-se para mim, olhou-me bem nos olhos; deixou-me o seu poema. Todos os vapores se escoam através da chaminé do meu ser. Guardarei até à morte a confiança por ti demonstrada. Semelhante a uma onda de grandes dimensões, semelhante a uma coluna de águas pesadas, ele passou-me por cima (ou pelo menos a sua presença devastadora) e deixou a descoberto todos os seixos existentes na praia que é a minha alma. Foi humilhante; vi-me transformado numa série de pequenas pedras. Desapareceram todas as semelhanças. Tu não és o Byron; és apenas tu mesmo. É tão estranho que alguém nos tenha obrigado a ficar reduzidos a um único ser.
Virginia Woolf (The Waves)
Um pintor prometeu-nos um quadro. Agora, em New England, fico sabendo que ele morreu. Senti, como outras vezes, a tristeza de compreender que somos como um sonho. Pensei no homem e no quadro perdidos. (Só os deuses podem prometer, por serem imortais.) Pensei num lugar predeterminado que a tela não ocupará. Depois pensei: se estivesse ali, com o tempo seria apenas uma coisa a mais, uma coisa, uma das vaidades ou hábitos da casa; agora é ilimitada, incessante, capaz de qualquer forma e qualquer cor e a ninguém ligada. Existe, de algum modo. Viverá e crescerá como uma música e estará comigo até o fim. Obrigado, Jorge Larco. (Também os homens podem prometer, porque há na promessa algo imortal.)
Jorge Luis Borges
(...) quando chegar estará o meu filho morto, infeliz menino, Jesus da minha alma, ora é neste momento da mais sentida aflição que um pensamento estúpido entra como um insulto na cabeça de José, o salário, o salário da semana que vai ser obrigado a perder, e é tanto o poder destas vis coisas materiais que o acelerado passo, não indo ao ponto de deter-se, um tudo-nada se lhe retarda, como a dar tempo ao espírito de ponderar as probabilidades de reunir ambos os proveitos, por assim dizer, a bolsa e a vida. Foi tão subtil a mesquinha ideia, como uma luz velocíssima que surgisse e desaparecesse sem deixar memória imperativa duma imagem definida, que José nem vergonha chegou a sentir, esse sentimento que é, quantas vezes, porém não as suficientes, nosso mais eficaz anjo da guarda.
José Saramago (The Gospel According to Jesus Christ)
O senhor Henri disse: os meus pais não me adormeciam com histórias infantis. … os meus pais adormeciam-me a ler contratos de arrendamento e outros. … o meu pai trabalhava num notário que tinha um notário e três homens que ninguém notava. … o meu pai era um deles. … o meu pai não tinha tempo para estar comigo e não tinha tempo para reler os contratos que era obrigado a redigir. … o meu pai aproveitava os momentos antes de eu dormir para me ler alto os contratos e assim verificar os erros, e eu cresci a pensar que as histórias tinham sempre dois lados, o lado da direita e o lado da esquerda, dois outorgantes, e que um só dava uma coisa em troca de outra. … só mais tarde percebi que isto acontecia mesmo na vida real - o dá e recebe - e só nos livros infantis é que se dava algo sem querer receber nada em troca.
Gonçalo M. Tavares (O Senhor Henri)
-Quero dizer… o que penso é que as pessoas são obrigadas a refletir sobre a o significado da vida precisamente porque sabem que acabam por morrer um dia. Certo? Quem é que se daria ao trabalho de pensar a sério sobre o facto de estar vivo, se soubesse que continuaria a viver tranquilamente para sempre? Qual seria a necessidade? Ou então, mesmo que a necessidade de refletir fosse real, o mais certo era as pessoas acabarem por dizer: «Tudo bem, ainda tenho muito tempo pela frente. Deixo isto para mais tarde.» Mas as coisas, na realidade, não são assim. Temos obrigação de pensar neste instante, aqui e agora. Quem é que me diz que que amanhã à tarde não vou morrer atropelada por um camião? (...) É assim que penso. Quanto mais viva e mais forte for a presença dessa realidade forte e viva a que chamamos morte, mais seremos obrigados a queimar os miolos a pensar nela.
Haruki Murakami (The Wind-Up Bird Chronicle)
Para alguém de um país ocidental com tendência democrática, o senhor Ikea desenvolvera um conceito comercial no mínimo insólito: a visita forçada ao seu estabelecimento. Assim, se quisesse aceder à zona de self-service situada no rés do chão, o cliente era obrigado a subir ao primeiro andar, percorrer um gigantesco e interminável corredor que serpenteava entre quartos, salas e cozinhas em exposição, cada espaço mais bonito do que o anterior, passar por um restaurante aliciante, comer umas almôndegas ou wraps de salmão e só depois descer à secção de vendas para finalmente efetuar as suas compras. Em suma, uma pessoa que quisesse comprar três parafusos e duas cavilhas saía quatro horas depois com uma cozinha equipada e uma boa indigestão. Os suecos, pessoas muito previdentes, tinham inclusive desenhado uma linha amarela no chão para indicar o caminho a seguir, não fosse dar-se o caso de um visitante ter a má ideia de se desviar do rumo certo.
Romain Puértolas (L'Extraordinaire Voyage du fakir qui était resté coincé dans une armoire Ikea)
— Ótimo. — Kemmer se sentou. Um processo trabalhoso e doloroso, mas, quando Dan se mexeu para ajudar, Kemmer o dispensou com um gesto. — O que você chama de sonho duplo é bem conhecido para os psiquiatras e mereceu o interesse especial dos junguianos, que chamam de falso despertar. O primeiro sonho geralmente é lúcido, o que significa que o sonhador sabe que está sonhando... — Sim! — gritou Dan. — Mas o segundo... — O sonhador acredita estar acordado — disse Kemmer. — Jung deu grande importância a isso, chegando até a imputar poderes pré-cognitivos a esses sonhos... mas é claro que a gente é mais esperto que isso, não é, Dan? — Claro — concordou Dan. — O poeta Edgard Allan Poe descreveu o fenômeno do falso despertar muito antes de Carl Jung ter nascido. Escreveu: “Tudo o que vemos ou parecemos não passa de um sonho dentro de um sonho.” Será que respondi à sua pergunta? — Acho que sim. Obrigado. — Não tem de quê. Agora quero um pouco de suco. De maçã, por favor.
Stephen King (Doutor Sono (O Iluminado, #2))
In English, “thank you” derives from “think.” It originally meant, “I will remember what you did for me”—which is usually not true either—but in other languages (the Portuguese obrigado is a good example) the standard term follows the form of the English “much obliged”—it actually does mean, “I am in your debt.” The French merci is even more graphic: it derives from “mercy,” as in begging for mercy; by saying it you are symbolically placing yourself in your benefactor’s power—since a debtor is, after all, a criminal.63 Saying “you’re welcome” or “it’s nothing” (French de rien, Spanish de nada)—the latter has at least the advantage of often being literally true—is a way of reassuring the one to whom one has passed the salt that you are not actually inscribing a debit in your imaginary moral account book. So is saying “my pleasure”—you are saying, “No, actually, it’s a credit, not a debit—you did me a favor because in asking me to pass the salt, you gave me the opportunity to do something I found rewarding in itself!”64
David Graeber (Debt: The First 5,000 Years)
Para mim não há liberação à tout prix. Não poderia desembaraçar-me de algo que não possuo, que não fiz, nem vivi. Uma liberação real só é possível se fiz o que poderia fazer, se me entreguei totalmente a isso, ou se tomei totalmente parte nisso. Se me furtar a essa participação, amputarei de algum modo a parte de minha alma que a isso corresponde. É claro que essa participação pode me parecer demasiadamente penosa, e que eu tenha boas razões para não me entregar internamente a isso. Então, ver-me-ei constrangido a um non possumus e serei obrigado a reconhecer que talvez tenha omitido algo de essencial, que não cumpro uma tarefa. A consciência aguda de minha incapacidade compensa a ausência do ato positivo. O homem que não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera. Elas se mudam para a casa vizinha e poderão atear o fogo que atingirá sua casa sem que ele perceba. Se abandonarmos, deixarmos de lado, e de algum modo esquecermos-nos excessivamente de algo, correremos o risco de vê-lo reaparecer com a violência redobrada
C.G. Jung (Memories, Dreams, Reflections)
Que as meditações dos teólogos e dos filósofos conhecidos por escolásticos não são inteiramente desprezíveis Sei que enuncio um grande paradoxo ao pretender reabilitar de certo modo a antiga filosofia, e recordar postlimino as formas substanciais já quase banidas; mas, talvez não me condenem levianamente quando se souber que meditei bastante sobre a filosofia moderna, que dediquei muito tempo às experiências da física e às demonstrações da geometria, que estive muito tempo persuadido da fragilidade desses entes, que fui, enfim, obrigado a retomar contra a própria vontade e como que à força, depois de eu próprio ter feito investigações que me levaram a reconhecer que os nossos modernos não fazem suficientemente justiça a S. Tomás de Aquino e a outros grandes homens desse tempo, e que há, nas opiniões dos filósofos e teólogos escolásticos, muito mais solidez do que se imagina, contando que delas nos sirvamos a propósito e no seu lugar. Estou mesmo persuadido de que, se algum espírito exacto e meditativo se desse ao trabalho de esclarecer e digerir o pensamento deles à maneira dos geómetras analíticos, encontraria aí um tesouro de grande quantidade de verdades importantíssimas e absolutamente demonstrativas.
Gottfried Wilhelm von Leibniz
E eu entrava no sono, o qual é como um segundo apartamento que possuíssemos e onde, abandonando o nosso, tivéssemos ido dormir. Tem campainhas próprias e ali somos algumas vezes violentamente despertados por um toque de campainha, perfeitamente ouvido por nossos ouvidos, quando no entanto ninguém tocou. Tem seus criados, seus visitantes particulares que nos vêm procurar para sairmos, de maneira que estamos prontos para levantar-nos, quando nos é forçoso verificar, com a nossa quase imediata transmigração para o outro apartamento, o da véspera, que o quarto está vazio, que ninguém chegou. A raça que o habita, como a dos primeiros humanos, é andrógina. Um homem aparece ao cabo de um instante sob o aspecto de uma mulher. As coisas têm tendência a tornar-se homens, os homens amigos e inimigos. O tempo que decorre para o adormecido, durante esse sono, é absolutamente diferente do tempo em que transcorre a vida do homem acordado. Ora o seu curso é muito mais rápido, um quarto de hora parece um dia, ora muito mais longo e julga-se haver apenas dormido um ligeiro sono quando se dormiu o dia inteiro. Então, sobre o carro do sono, desce às profundezas onde a recordação não mais pode alcançá-lo, e para aquém das quais foi o espírito obrigado a desandar caminho.
Marcel Proust (Sodom and Gomorrah)
D’ENGENHO DE DENTRO (excertos) ​ 12/10 eu queria escrever sobre ana, mas ainda é cedo, eu não sei, não sei se posso e, finalmente, vejo que não quero. sobre a vinda de mamãe e papai até aqui, também não: falta qualquer novidade a esse respeito – a não ser que valha a pena anotar que reencontrar papai depois de três anos é como reencontrar um velho amigo que não via há três dias; e reencontrar mamãe depois de dois anos é como ser apresentado a alguém cujo nome, fama e aventuras eu já conhecia de sobra e que, portanto, me pareceu estranha, distante, mítica. mais ou menos assim. mas prefiro escrever sobre este lugar e minha vida dentro dele. a melhor sensação é a de reconquistar inteiramente o anonimato no contato diário com meus pares de hospício. posso gritar: “meu nome é torquato neto, etc., etc.”; do outro lado uma voz sem dentes dirá: meu nome é vitalino; e outra: o meu é atagahy! aqui dentro só eu mesmo posso ter algum interesse: minhas aventuras, nem um pingo. meu nome podia ser, josé da silva – e de preferência, mas somente no que se refere a mim. a eles não interessa. O dr. Osvaldo não pode fugir. nem fingir: mas isso eu comecei a ver, de fato, logo mais quando teremos nossa primeira entrevista. o anonimato me assegura uma segurança incrível: já não preciso mais (pelo menos enquanto estiver aqui) liquidar meu nome e formar nova reputação como vinha fazendo sistematicamente como parte do processo autodestrutivo em que embarquei – e do qual, certamente, jamais me safarei por completo. mas sobre isso, prefiro dar mais tempo ao tempo: eu sou obrigado a acreditar no meu destino. (isso é outra conversa que só rogério entenderia). tem um livro chamado: o hospício é deus. eu queria ler esse livro. foi escrito, penso, neste mesmo sanatório. vou pedir a alguém para me conseguir esse livro. 13/10 eu: pronome pessoal e intransferível. viver: verbo transitório e transitivo, transável, conforme for. a prisão é um refúgio: é perigoso acostumar-se a ela. e o dr. Osvaldo? Não exclui a responsabilidade de optar, ou seja:? 20/10 É preciso não beber mais. Não é preciso sentir vontade de beber e não beber: é preciso não sentir vontade de beber. É preciso não dar de comer aos urubus. É preciso fechar para balanço e reabrir. É preciso não dar de comer aos urubus. Nem esperanças aos urubus. É preciso sacudir a poeira. É preciso poder beber sem se oferecer em holocausto. É preciso. É preciso não morrer por enquanto. É preciso sobreviver para verificar. Não pensar mais na solidão de Rogério, e deixá-lo. É preciso não dar de comer aos urubus. É preciso enquanto é tempo não morrer na via pública. 4/4/71 Debaixo da tempestade sou feiticeiro de nascença atrás desta reticência tenho o meu corpo cruzado a morte não é vingança 7/4/71 – Foi um caminhão que passou. bateu na minha cabeça. aqui. isso aqui é péssimo, não me lembro de nada. – Eles não deixam ninguém ficar em paz aqui dentro. são bestas. Não deixam a gente cortar a carne com faca mas dão gilete pra se fazer a barba. – Pode me dar um cigarro? eu só tenho um maço, eu tenho que pedir porque senão acaba. Pode me dar as vinte.
Torquato Neto (26 Poetas Hoje)
hoje me vi pela primeira vez quando tirei a poeira do espelho da minha mente e a mulher que me encarou de volta me tirou o fôlego afinal quem era aquela criatura tão linda aquela terráquea extraceleste eu toquei meu rosto e meu reflexo toquei a mulher dos meus sonhos toda sua beleza me sorria nos olhos meus joelhos se renderam à terra e eu chorei suspirando pensando que eu tinha passado a vida inteira sendo eu mas não me vendo tinha passado décadas morando no meu corpo sem sair nem uma vez e mesmo assim tinha ignorado seus milagres é curioso como somos capazes de ocupar um espaço sem estar em sintonia com ele como eu pude demorar tanto para abrir os olhos dos meus olhos aceitar o coração do meu coração beijar os meus pés inchados e ouvi-los sussurrando obrigado obrigado obrigado por nos ver
Rupi Kaur (Home Body)
És das poucas coisas a que não fui obrigado, que pude escolher com liberdade. Noutros aspectos tenho a sensação de que a minha sorte já está decidida, de que não escolhi tanto como escolheram por mim. Tu és a única que é minha a sério, a única que sei que fui eu quem quis.
Javier Marías (Berta Isla)
É um jogo engraçado, a política. Você quer melhorar as coisas pra população em geral, mas só pode fazer algo se estiver no poder. Acontece que ninguém permanece no poder sem votos e, para obter os votos necessários, você precisa fazer concessões à vontade pública. Mas aí, ao fazer essas concessões, muitas vezes você é obrigado a abrir mão justamente daquelas melhorias que queria fazer desde o início. É um jogo engraçado, a política.
Daniel Cole (Ragdoll (Fawkes and Baxter, #1))
Não lhe fiz quaisquer perguntas, nem sequer a Himmler ou a Hitler, nem falei sobre isso com os meus amigos. Não fiz nenhuma investigação. Não queria saber o que estava a acontecer ali. Devia tratar-se de Auschwitz. Naquele momento, enquanto Hanke me alertava, toda a minha responsabilidade se tornou real. Pensei em tudo, especialmente nos momentos em que, nos julgamentos de Nuremberga, constatei perante o Tribunal Internacional que eu, como destacado membro da direção do Reich, tinha de assumir parte da responsabilidade por tudo o que acontecera, pois, a partir daquele momento, fiquei moralmente preso de forma irremediável aos crimes, porque, com medo de descobrir algo que me teria obrigado a ser consciente, fechei os olhos.
Albert Speer (Inside the Third Reich)
Eu limpo em mim toda a mesquinhez, inveja e avareza Eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, eu sou grato Eu limpo em mim todo e qualquer bloqueio que possa estar impedindo a abundância de entrar na minha vida Eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, eu sou grato E eu sou profundamente grato por retornar ao meu estado interno natural de riqueza, abundância e prosperidade Eu te amo, obrigado!
Catiele Souza (A Energia da Abundância (Lei da Atração na Prática Livro 3) (Portuguese Edition))
A grande maioria de nós não é capaz de escutar; sentimo-nos obrigado a julgar, pois escutar é muito perigoso. O primeiro requisito é a coragem, e nem sempre a temos
Joao Ricardo Mendes
Padre Cabral estava naquela primeira hora das honras em que as mínimas congratulações valem por odes. Tempo chega em que os dignificados recebem os louvores como um tributo usual, cara morta, sem agradecimentos. O alvoroço da primeira hora é melhor, esse estado da alma que vê na inclinação do arbusto, tocado do vento, um parabém da flora universal, traz sensações mais íntimas e finas que qualquer outro. Cabral ouviu as palavras de Capitu com infinito prazer. – Obrigado, Capitu, muito obrigado; estimo que você goste também. Papai está bom? E mamãe? A você não se pergunta, essa cara é mesmo de quem vende saúde. E como vamos de rezas?
Machado de Assis (Dom Casmurro)
Se a era dos dinossauros tinha sido o momento de maior orgulho na história da Terra até então, a sua sequência imediata foi, sem dúvida, o mais constrangedor. Depois que os dinossauros foram exterminados pelo gigantesco meteorito, a Terra foi dominada durante algum tempo por – veja só – grandes pássaros que não voavam. Com a maioria dos assustadores répteis mortos, os cientistas acreditam que os pássaros propriamente ditos – isto é, aqueles que podiam de fato voar – tenham descoberto que a comida passou a ser tão abundante e fácil de obter que eles podiam simplesmente saltar de um lado para o outro no chão até encontrá-la. Fartando-se de comida e se tornando cada dia mais burros, esses grandes pássaros, com o tempo, ficaram tão gordos e preguiçosos que literalmente não conseguiam mais se erguer do chão. A coisa permaneceu assim durante 20 milhões de anos, até que, finalmente, eles foram obrigados a dar lugar a criaturas que efetivamente faziam alguma coisa para viver. Esses novos e poderosos animais eram os mamíferos, cuja dominância tem permanecido insuperável até hoje.
Anonymous
É uma coisa ruim estar sempre combatendo”, disse ele a ela: Enquanto estou no meio daquilo fico atarefado demais para sentir qualquer coisa; mas logo depois a sensação é deplorável. É praticamente impossível pensar em glória. A mente e os sentimentos ficam exauridos. Fico desconfortável até mesmo no momento da vitória, e sempre digo que, depois de uma batalha perdida, o maior sofrimento é uma batalha vencida. Não apenas você perde amigos queridos com os quais convivia como é obrigado a deixar os feridos para trás. É certo que se tenta fazer o melhor por eles, mas como isso é pouco! Nesses momentos, qualquer sentimento em seu íntimo fica amortecido. Só agora estou começando a retomar meu estado de ânimo natural, mas não desejo mais combate algum
Bernard Cornwell (Waterloo: Chroniques D'Une Bataille Legendaire)
Outra imposição fascista mantida só no Brasil é o imposto sindical, que todos os funcionários são obrigados a pagar, até mesmo quem decide não se associar a sindicatos. A Itália aboliu essa herança fascista em 1970. Nós, não. “O
Leandro Narloch (Guia politicamente incorreto da história do mundo)
Meu caro amigo, não demos pretexto para nos julgarem, por pouco que seja! Caso contrário, eles nos deixam em pedaços. Somos obrigados às mesmas precauções que o domador. Se ele tem a infelicidade, antes de entrar na jaula, de cortar-se com a navalha, que banquete para as feras! Compreendi isso num relance, no dia em que me ocorreu a suspeita de que, talvez, eu não fosse tão digno de admiração. A partir de então, passei a ser desconfiado. Já que sangrava um pouco, estava totalmente perdido: iriam devorar-me.
Albert Camus (The Fall)
Ocorre-me que a Pátria é uma terrível sina: além do risco de arcar com o destino individual, cada um de nós é obrigado a arcar com o destino da nação, que já tem uma longa história antes de nós, cheia de percalços e vícios que assaltam-nos sem clemência, impondo seus parâmetros e fazendo perguntas que não sabemos responder. Ser brasileiro resulta assim numa fôrma dentro da qual deve-se entrar: uma condenação à revelia.
João Silvério Trevisan (Ana em Veneza)
Não es obrigado a executar como eles; você é obrigado a executar como você
Bangambiki Habyarimana (A Grande Pérola da Sabedoria)
Ele pressente a sua posição no edifício do mundo, pressente e conhece os imortais, pressente e receia a possibilidade de um encontro consigo mesmo, sabe da existência daquele espelho, para o qual ele com tão extrema necessidade se veria obrigado a olhar, tendo no entanto um medo de morte de o fazer.
Hermann Hesse
Todo mundo será obrigado a se entrincheirar na próxima guerra. A pá será tão indispensável para um soldado quanto seu próprio fuzil.” [Ivan Bloch, banqueiro polonês que em 1890 profetizou como seria a seguinte grande guerra na Europa]
J. Eduardo Caamaño Justo (Manfred von Richthofen - O Barão Vermelho: A biografia do piloto mais famoso da Primeira Guerra Mundial (Portuguese Edition))
Acho que, nesta luminosa Montevidéu, os dois partidos que mais progrediram nestes últimos tempos são os dos maricas e o dos resignados. "Não se pode fazer nada", dizem as pessoas. Antes, só dava suborno quem queria conseguir algo ilícito. Vá lá. Mas, agora, também dá suborno quem quer conseguir algo lícito. E isso significa afrouxamento total. Mas a resignação não é toda a verdade. No princípio foi a resignação; depois, o abandono do escrúpulo; mais tarde, a conivência. Foi um ex-resignado que pronunciou a célebre frase: "Se os de cima roubam, eu também quero." Naturalmente, o ex-resignado tem uma desculpa para sua desonestidade: é a única forma de os outros não levarem vantagem sobre ele. Diz que se viu obrigado a entrar no jogo, porque, do contrário, seu dinheiro valia cada vez menos e eram mais numerosos os caminhos corretos que se lhe fechavam. Continua mantendo um ódio vingativo e latente contra aqueles pioneiros que o obrigaram a seguir esse rumo. Talvez seja esse, afinal, o mais hipócrita, já que nada faz para safar-se. Talvez seja também o mais ladrão, porque sabe perfeitamente que ninguém morre de honestidade.
Mario Benedetti (La tregua)
Demonstrações foram feitas no Paraguai (é claro que por ordem do governo) em favor do protesto. Um corpo de líderes de Assunção foi ao Palácio e declarou a sua adesão. Então, eles foram com um piquete de soldados do Palácio à Praça do Governo em procissão. Lá eles hastearam a bandeira paraguaia sob uma salva de 21 tiros, e depois toda a cidade se pôs a dançar, beber e tocar serenatas – sob ordens, é claro. Todos, classe alta e baixa, foram obrigados a assistir a estes festejos sob pena de serem denunciados à polícia como impatrióticos, o que na prática era banimentos para o interior para as mulheres e para os homens prisão. Grande comoção familiar não era uma desculpa para se ausentar das comemorações.
George Thompson (Guerra no Paraguai (Portuguese Edition))
o cata-vento tem obrigações legais deve catar o vento portanto quando o vento passa Diz-lhe logo atento espera aí preciso de te catar mas o vento w sempre a passar tem outras coisas em que pensar não está para ser catado no ar e vai passando desatento ao cata-vento sem se importar com o tristonho catador de vento obrigado legalmente a catar o vento então o cata-vento Senta-se no telhado aporrinhado e sem vento para legalizar o seu direito de ser elemento respeitado pelos elementos sentado no telhado Queixa-se isto não é vida
Mário-Henrique Leiria (Novos Contos do Gin)
Era uma vez uma jovem guerreira. Seu mestre lhe disse que deveria combater o medo. Ela não queria fazê-lo, pois isso lhe parecia agressivo demais, assustador e hostil. O mestre, entretanto, insistiu e deu-lhe instruções para essa batalha. O dia da luta chegou. A aluna ficou de um lado, e o medo, do outro. Ela se sentia muito pequena e o medo parecia grande e furioso. Cada um deles possuía suas armas. A jovem guerreira tomou coragem, caminhou na direção do medo, fez três prostrações e perguntou: “Tenho sua permissão para lutar contra você?”. O medo respondeu: “Obrigado por mostrar tanto respeito, a ponto de me pedir permissão”. A jovem guerreira disse: “Como posso derrotar você?”. O medo, então, retrucou: “Minhas armas consistem em falar rápido e chegar bem perto do seu rosto. Com isso, você fica completamente amedrontada e faz tudo o que eu mando. Se você não me obedecer, não tenho poder. Você pode me ouvir e sentir respeito. Posso até convencê-la. Mas se não fizer o que eu mando, não tenho nenhum poder”. Dessa forma, a jovem guerreira aprendeu a vencer o medo.
Pema Chödrön (Quando tudo se desfaz)
A energia modeladora dos afectos é um dos pilares fundamentais da estrutura do Universo e da sua linguagem. Somos o que sentimos, porque o que sentimos define a nossa percepção da existência. E haverá circunstâncias de desespero, nas quais acreditaremos que sem sentir não somos. (...) A nossa existência é definida em partes iguais por aquilo que sentimos e não sentimos. Sem alguns sentimentos, podemos ser incompletos mas somos. Cortar laços afectivos é um sacrifício ao qual, a dada altura, todos somos obrigados.
Manuel Alves (A Cativa)
– Nascemos em tempo de revolta. Dedicamo-nos a ela com entusiasmo, arriscamos as nossas vidas e a nossa juventude e, de repente, temos medo; a alegria inicial dá lugar aos verdadeiros desafios: o cansaço, a monotonia, as dúvidas sobre a própria capacidade. Reparamos que alguns amigos já desistiram. Somos obrigados a enfrentar a solidão, as surpresas com as curvas desconhecidas e, depois de alguns tombos sem ninguém por perto para nos ajudar, acabamos por nos perguntar se vale a pena tanto esforço.
Paulo Coelho
- E é aí - disse sentenciosamente o director, à guisa de contribuição ao que estava a ser dito - que está o segredo da felicidade e da virtude, gostar daquilo que se é obrigado a fazer. Tal é o fim de todo o condicionamento: fazer amar às pessoas o destino social a que não podem escapar.
Aldous Huxley (Brave New World)
(...) e ele você queria sublimar uma bobagem humana natural transformando-a num horror e então exorcizá-la com a verdade e eu foi para isolá-la do mundo barulhento para que o mundo fosse obrigado a fugir de nós e então seria como se o som dele nunca tivesse existido
William Faulkner (The Sound and the Fury)
A fome tornava esqueléticos os pobres e os ricos, e – quando já não havia mais animais para comer – comia-se toda a espécie de bicho morto e «outras coisas que só de falar causam calafrios», tendo havido quem se visse obrigado a ingerir carne humana. Os viajantes eram agredidos, abatidos, cortados em pedaços e cozidos, e aqueles que se deitavam ao caminho na esperança de fugir à fome eram degolados de noite e comidos por quem os hospedava. Havia quem atraísse crianças, mostrando-lhes um fruto ou um ovo, para as esganar e comer.
Anonymous
A Voz: Não queremos fazer mais mortos! Estamos defendendo a ordem e a tranquilidade da Nação! Estamos cumprindo ordens. Ordens. Ordens maiores que nós. Maiores que vocês. Em nome da lei, fazemos este apelo e esta advertência. Desçam daí e entreguem-se pacificamente. Não tentem resistir! Ou seremos obrigados a matar! Zé: Que ordem é esta que vocês estão defendendo? Que ordem nojenta é está que vocês estão defendendo? Que ordem de merda é essa? Que ordem, se já está podre? Podre como câncer! Podre! Ensanguentada e podre!
Consuelo de Castro (À Prova de Fogo)
quanto mais aprendia, mais obrigado me via a reconhecer a minha condição de criatura ridícula.
Fyodor Dostoevsky (The Dream of a Ridiculous Man)
Sam, O teu jardim cresceu e floresceu e foi lindo durante algum tempo. Adoeceu e morreu e a sua beleza permanece apenas na memória. Mas, sem ti, Essas flores talvez nunca tivessem conhecido a luz. Então, à nossa narradora, e mais adorada amiga, obrigado Pelas memórias. Pelas despedidas. Pelo Paraíso.
Lancali (I Fell in Love With Hope)
Para a Allison «Ela disse: "Perdoa-me por ser sonhadora." Ele pegou-lhe na mão e respondeu: "Perdoa-me por não ter estado aqui mais cedo para sonhar contigo."» - J. Iron Word Obrigado por tornares todos os meus sonhos realidade. O teu amor, Reed
Penelope Ward (Hate Notes)
Sim, senhor. Eu estou bem. Obrigado. Obrigado,
Cap Daniels (The Opening Chase (Chase Fulton #1))
La primicia de los portugueses en el vínculo nipón con Europa se refleja en la manera en que fueron distorsionando su agradecimiento, obrigado, hasta dar con la versión japonesa: arigato[529].
Joaquín Barañao (Historia Universal Freak: Un relato desde el Big Bang hasta el presente, a través de 1300 curiosidades (Spanish Edition))
200 e 250 PPM: Você é um leitor lento. Esse é considerado o limite inferior da escala. Ainda há muito o que melhorar. Entre 250 e 280 PPM: Se o resultado dos seus cálculos lhe colocou nessa faixa, você se encontra na média do que a população costuma ler. E é claro que poderemos melhorar esse índice. Entre 280 e 300 PPM: Sua média é considerada alta e muitos leitores dinâmicos se encontram nessa faixa. Assim sendo, você já está acima de grande parte da população. Mas por que parar por aqui se sabemos que você pode melhorar ainda mais? Entre 300 e 400 PPM: Bem rápido e poucas pessoas conseguem ler acima de 300 PPM. Essa agora é uma zona de desafio constante e você vai estar sempre querendo ultrapassar ela. Acima de 400 PPM: Excelente nível. Quanto mais alto for sua taxa de PPM melhores serão suas habilidades de leitura dinâmica. O ideal é manter seus índices sempre acima desse grupo. Conforme dito anteriormente, isso traz inúmeros benefícios para você. Ficou satisfeito com seu resultado? Geralmente a maioria das pessoas não fica e tem o desejo de subir nessa escala da quantidade de palavras por minuto que consegue ler. Assim sendo, agora esse é o momento ideal para que você defina uma meta a alcançar! Imagine a quantidade de palavras por minuto que você deseja atingir. Porém tenha em mente que você está começando agora e o caminho pode ser longo, por causa disso é sempre bom ter metas realistas. Mas isso não significa que ela precise manter-se sempre a mesma. Logo após definida sua meta, chegou a hora de colocar sua leitura em prática. Conforme você verá mais à frente, é importante criar uma agenda de leitura e que ela seja algo prazeroso na sua vida. Isso porque a prática saudável de leitura vai influenciar positivamente na sua velocidade e compreensão do que você lerá. Nada do que é feito obrigado e por pressão produz efeitos muito positivos. Somado a tudo isso, estudos revelam que se você praticar entre 15 e 20 minutos por dia, aplicando as técnicas de leitura dinâmica você conseguirá chegar a cerca de 400 palavras por minuto da sua capacidade de leitura em poucos dias. Impressionante, não é mesmo? Depois de definir seu objetivo de velocidade de leitura, uma ferramenta importante e muito útil para monitorar seu desempenho e avanços é fazer um gráfico de cada dia de treino. Diariamente,
Edward W. Cooper (Leitura Dinâmica: Ultrapassando seus Limites: leia melhor e mais rápido com técnicas de leitura dinâmica e fixação (para estudo ou lazer) (Portuguese Edition))
A exegese contemplativa não é algo novo. Ela é o tipo de exegese que foi praticada durante a maior parte da vida da igreja. Isso significa que o remédio para a nossa vergonha exegética não é a inovação, mas a recuperação. A recuperação da exegese contemplativa não significa abandonar um único item atual de fato exegético ou visão. Tendo, como temos, a responsabilidade de proclamar e ensinar o texto da Escritura, somos obrigados a saber o máximo possível sobre ele, em todos os aspectos: gramatical, teológico, histórico. O pastor exegeticamente descuidado deveria ser processado, se houvesse uma maneira de fazê-lo, com a mesma diligência e os mesmos fundamentos usados para o cirurgião que utiliza um bisturi contaminado. A exegese contemplativa não ignora ou denigre a exegese técnica — é diligente quanto a ela. Todavia, como Melville dizia aos EUA mais de cem anos atrás, técnica não é cura; informação não é conhecimento. Há algo vivo num corpo, num livro.
Eugene H. Peterson (O Pastor segundo Deus: a integridade pastoral vista por vários ângulos)
Que não iremos de todo sair daqui, porque nos retiveram tanto tempo que o campo de trabalho já é uma aldeia sem torres de vigia e, embora continuemos de facto a não ser russos nem ucranianos, passámos a ser habitantes da terra por habituação. Ou que somos obrigados a ficar aqui durante tanto tempo que já não queremos partir, porque estamos convencidos de que lá em casa já ninguém está à nossa espera, porque há muito tempo vivem lá outras pessoas, porque todos foram expatriados, sabe-se lá para onde, e eles próprios já não encontram lugar em que se sintam em casa. (...) Ter desejos foi algo que nos tiraram no campo de trabalho. Não se tinha de decidir nada, nem tão pouco se queria. É certo que se desejava voltar para casa, mas deixava-se ficar esse desejo no passado, entregue à recordação. Não se ousava a nostalgia do futuro, julgava-se que a recordação já era nostalgia.
Herta Müller (Todo lo que tengo lo llevo conmigo)
—Obrigado por me mostrar o verdadeiro você. Eu não tinha ideia do que estava perdendo. —E o que foi isso? —Alguém verdadeiramente magnífico.
Ella Frank (Breaking News (Prime Time, #2))
In Obrigado, children grew up and left, adults stayed back and withered. Angelina continued to sing and shout, praising the Lord, pretending to speak in tongues. She did it effortlessly because it helped her forget a number of things—that her marriage was a sham, that she had been unable to hold on to her husband or bear him children, that her mother and brother had written her out of their lives, and that the only thing she could look forward to was Gilbert’s death, which would end this farce and let her go to her own grave with honesty.
Lindsay Pereira (Gods and Ends)
Não procure ser coerente o tempo todo. Afinal, São Paulo disse que “a sabedoria do mundo é loucura diante de Deus”. Ser coerente é usar sempre a gravata combinando com a meia. É ser obrigado a ter, amanhã, as mesmas opiniões que tinha hoje. E o movimento do mundo — onde fica? Desde que você não prejudique ninguém, mude de opinião de vez em quando, e caia em contradição sem se envergonhar disso. Você tem este direito. Não importa o que os outros pensem — porque eles vão pensar de qualquer maneira. Por isso, relaxe. Deixe o Universo se movimentar à sua volta, descubra a alegria de ser uma surpresa para você mesmo. “Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios”, diz São Paulo.
Paulo Coelho (Maktub)
Quem dá muito espera muito em troca. Pra fazer o que eu quero, onde eu quero, quando eu quero, com quem eu quero, só sendo dona de mim. Ninguém está obrigado a nada pra não achar que pode me obrigar a alguma coisa.
Carla Madeira (Tudo é Rio)
Um paciente de 32 anos procurou o terapeuta Richard Crowley: — Não consigo parar de chupar o dedo — disse. — Não ligue para isso — respondeu Crowley. — Mas chupe um dedo diferente a cada dia da semana. A partir deste momento o paciente — toda vez que levava a mão à boca — era instintivamente obrigado a escolher o dedo que devia ser objeto de sua atenção naquele dia. Antes que a semana terminasse, estava curado. — Quando o mal torna-se um hábito, fica difícil lidar com ele — conta Richard Crowley. — Mas, quando ele passa a nos exigir atitudes novas, decisões, escolhas, então temos consciência de que não vale tanto esforço.
Paulo Coelho (Maktub)
Comecei a duvidar seriamente da convicção fundamental de Man Yaya, segundo a qual a vida era um presente. A vida só seria um presente se cada um de nós pudesse escolher o ventre que nos carregaria. Mas, ser jogado na carne de uma miserável, de uma egoísta, de uma cadela que se vingará de nós pelos reveses de sua própria vida, de ser parte da horda de explorados, dos humilhados, daqueles que são obrigados a um nome, a uma língua, a crenças, ah, que calvário!
Maryse Condé (Eu, Tituba: Bruxa negra de Salem)
Eu estou onde estou porque todos os meus planos deram errado”. Isso é absolutamente verdadeiro. As pontes que construía para chegar aonde eu queria ruíam uma após a outra. Eu era então obrigado a procurar caminhos não pensados. E aconteceu, por vezes, que nem mesmo segui, por vontade própria, os caminhos alternativos à minha frente. Escorreguei. A vida me empurrou. Fui literalmente obrigado a fazer o que não queria.
Rubem Alves (Se eu pudesse viver minha vida novamente (Portuguese Edition))
Por vezes, um governante autoritário vindo de fora fazia a vida urbana retroceder. Foi o caso da dinastia amorita dos Lim — Yaggid-Lim, Yahudun-Lim e Zimri-Lim —, que dominou grande parte do Eufrates sírio na mesma época em que Mashkan-shapir prosperava no extremo sul. Os Lim decidiram instalar seu centro de operações na antiga cidade de Mari (atual Tell Hariri, no trecho sírio do Eufrates) e ocupar as edificações governamentais existentes em seu centro. A chegada dos Lim parece ter desencadeado um êxodo maciço da população de Mari, que se dispersou por povoados menores ou, juntando-se a pastores itinerantes, por toda a estepe síria. Antes do saque de Mari por Hamurabi da Babilônia, em 1761 a.C., a última “cidade” dos reis amoritas nada mais continha do que a residência real, o harém, os templos adjacentes e um punhado de edifícios públicos.60 Uma correspondência escrita nesse período comprova a antipatia entre uma monarquia arrivista desse tipo e o poder estabelecido das assembleias urbanas. Cartas enviadas a Zimri-Lim por Terru — senhor da antiga capital hurrita de Urkesh (atual Tell Mozan) — retratam sua impotência diante dos conselhos e assembleias da cidade. Em certa ocasião, Terru conta a Zimri-Lim: “Como estou sujeito à vontade de meu senhor, os moradores da vila me desprezam, e duas ou três vezes escapei por pouco da morte nas mãos deles”. Assim responde o rei em Mari: “Não sabia que os moradores de sua vila o desprezam por minha causa. Você pertence a mim, mesmo que a vila de Urkesh pertença a outro”. Tudo isso chegou ao fim quando Terru confessou que fora obrigado a fugir por causa da opinião pública (“a boca de Urkesh”) e a buscar abrigo numa vila próxima.61 Portanto, longe de dependerem de governantes para gerenciar a vida urbana, a maioria dos moradores de cidades estava organizada em unidades autônomas, capazes de se governar e de reagir a superiores injuriosos, fosse expulsando-os, fosse abandonando eles mesmos a cidade. Nada disso responde necessariamente ao questionamento de “qual era a natureza do governo nas cidades mesopotâmicas antes do surgimento da realeza” (embora seja muito sugestivo). Em vez disso, as respostas dependem, numa medida um tanto preocupante, de descobertas feitas num único sítio: a cidade de Uruk — a atual Warka, e a Erech da Bíblia —, cuja mitologia posterior inspirou a busca original de Jacobsen por uma “democracia primitiva”.62
David Graeber (O despertar de tudo: Uma nova história da humanidade (Portuguese Edition))
Ignorância virtuosa” é um termo que já foi usado para descrever a recusa de se pesquisar sobre armas nucleares, por exemplo, ou pelo menos de se divulgar publicamente os resultados. Outras características positivas de diferentes tipos de ignorância têm sido enfatizadas por sociólogos e antropólogos, que escreveram sobre suas diversas “funções sociais” ou “regimes”. Os sacerdotes, por exemplo, são obrigados a guardar os segredos do confessionário, enquanto os médicos juram respeitar a privacidade de seus pacientes. A democracia é protegida no sigilo das cédulas de votação. É o anonimato que permite aos examinadores avaliar trabalhos sem preconceitos e aos participantes da revisão por pares dizer exatamente o que pensam sobre o trabalho de seus colegas. As negociações secretas permitem que os governos façam concessões ao outro lado que seriam impossíveis sob as luzes da publicidade. A informação produz não apenas benefícios, mas também perigos.
Peter Burke (Ignorância: Uma história global (Portuguese Edition))
força do meu livre-arbítrio, invoco a presença dos seres de luz, pedindo que atuem na minha essência, limpando e transmutando toda interferência energética nociva, consciente ou inconscientemente, obrigado.
Bruno J. Gimenes (Decisões: Encontrando a Missão da sua Alma (Portuguese Edition))
Pratique diariamente o exercício do perdão. Exemplo: “Eu, fulano de tal, em nome da divindade que há em mim, invoco a presença da luz celestial para testemunhar que, neste instante, eu perdoo e peço perdão a todas as formas de vida com as quais tive conflitos, inconsciente ou conscientemente, obrigado”.
Bruno J. Gimenes (Decisões: Encontrando a Missão da sua Alma (Portuguese Edition))
...Estou ao volante e, pelo retrovisor, observo um automóvel que vem atrás de mim. A luzinha da esquerda pisca e todo o automóvel emite ondas de impaciência. O condutor espera o ensejo de me ultrapassar; espreita esse momento como uma ave de rapina espreita um pardal. Véra, a minha mulher, diz-me: “Todos os cinquenta minutos morre um homem nas estradas de França. Olha para eles, para estes doidos todos que correm à nossa volta. São os mesmos que sabem mostrar-se de uma prudência extraordinária quando vêem assaltar uma velha na rua, mesmo diante dos olhos. Como é que podem não ter medo quando estão ao volante?” Que responder? Talvez o seguinte: o homem inclinado para a frente na sua motorizada só pode concentrar-se no segundo presente do seu voo; agarra-se a um fragmento do tempo cortado tanto do passado como do futuro; agarra-se à continuidade do tempo; está fora do tempo; por outras palavras, está no estado de êxtase; nesse estado, nada sabe da sua idade, nada da mulher, nada dos filhos, nada das preocupações e, portanto, não tem medo, porque a fonte do medo está no futuro, e quem se liberta do futuro nada tem a temer. A velocidade é a forma do êxtase com que a revolução técnica presenteou o homem. Ao contrário do motociclista, quem corre a pé continua presente no seu corpo, obrigado ininterruptamente a pensar nas suas bolhas, no seu ofegar; quando corre sente o seu peso, a sua idade, mais consciente do que nunca de si próprio e da sua vida. Tudo muda quando um homem delega a faculdade da velocidade numa máquina: a partir de então, o seu próprio corpo sai do jogo e ele entrega-se a uma velocidade que é incorpórea, imaterial, velocidade pura, velocidade em si mesma, velocidade êxtase. Curiosa aliança: a fria impessoalidade da técnica e as chamas do êxtase. Estou a lembrar-me dessa americana que, há trinta anos, expressão severa e entusiástica, qual apparatchik do erotismo, me deu uma aula (glacialmente teórica) sobre a libertação sexual; a palavra que se repetia mais vezes no seu discurso era a palavra orgasmo; contei: quarenta e três vezes. O culto do orgasmo; o utilitarismo puritano projectado na vida sexual; a eficácia contra a ociosidade; a redução do coito a um obstáculo que se deve ultrapassar o mais depressa possível para se chegar a uma explosão extática, único verdadeiro alvo do amor e do universo. Porque terá desaparecido o prazer da lentidão? Ah, onde estão os deambuladores de outrora? Onde estão esses heróis indolentes das canções populares, esses vagabundos que preguiçam de moinho em moinho e dormem ao relento? Terão desaparecido com os caminhos campestres, com os prados e as clareiras, com a natureza? Há um provérbio checo que descreve a sua ociosidade por meio de uma metáfora: contemplam as janelas de Deus. Quem contempla as janelas de Deus não se aborrece; é feliz. No nosso mundo, a ociosidade transformou-se em desocupação, o que é uma coisa muitíssimo diferente: o desocupado sente-se frustrado, aborrece-se, procura constantemente o movimento que lhe faz falta. Olho para o retrovisor: sempre o mesmo automóvel que não consegue ultrapassar-me por causa da circulação em sentido contrário. Ao lado do condutor, está sentada uma mulher; porque é que o homem não lhe conta alguma coisa engraçada? Porque não lhe põe a palma da mão no joelho? Em vez disso, amaldiçoa o automobilista que, à sua frente, não vai suficientemente depressa, e também a mulher não pensa em tocar com a mão o condutor, conduz mentalmente ao mesmo tempo que ele e como ele amaldiçoa-me. E eu penso nessa outra viagem de Paris para um solar no campo, que teve lugar há mais de duzentos anos, na viagem da Senhora de T. e do jovem cavaleiro que a acompanhava. É a primeira vez que estão tão perto um do outro, e a indizível atmosfera sensual que os envolve nasce justamente da lentidão do ritmo: balouçados pelo movimento da carruagem, os dois corpos tocam-se, primeiro sem o saberem, depois sabendo-o, e a história principia.
Milan Kundera (Slowness)
«Passamos o tempo a criar coisas para não nos mexermos, carros para não termos de andar, controlos remotos para não nos levantarmos do sofá, e depois pagamos um ginásio. Pagamos porque criamos utensílios que nos permitem evitar actividades físicas. Usamos o elevador, vamos de carro para o trabalho, lugar onde, durante oito horas diárias, suamos para não ter de fazer qualquer actividade física. E é exactamente por isso, devido a essa extrema sedentarização, que nos vemos obrigados a mexer-nos. Para isso, basta pagar por uma coisa que evitamos a todo o custo e pela qual trabalhamos tantas horas diárias durante tantos anos: esforço físico. Passar essas oito horas diárias num escritório acinzentado, sentados, e ainda pagar para fazer exercício físico é uma excelente parábola da vida moderna.» O
Afonso Cruz (O Macaco Bêbedo Foi à Ópera: Da Embriaguez à Civilização)
Quando nossas vidas estão em fluxo, talvez seja inevitável que, apesar do conforto de nossas camas, sejamos obrigados a ficar acordados lutando com nossas ansiedades, não importa se grandes ou pequenas, se reais ou imaginárias.
Amor Towles (Um cavalheiro em Moscou (Portuguese Edition))
Uma das razões da doutrina progressista é que as coisas tendem, naturalmente, a tornar-se melhores. Mas a única razão para sermos progressivos é que as coisas tendem, naturalmente, a tornar-se piores. A corrupção nas coisas não é, apenas, o melhor argumento para ser progressista: é, também, o único argumento contra ser conservador. [...] Todo o conservadorismo baseia-se na ideia de que, se deixarmos as coisas entregues a si mesmas, elas ficarão como estão. Mas não é isso o que acontece. Se deixarmos uma coisa entregue a si mesma, a deixaremos entregue a uma torrente de mudanças. Um poste branco abandonado logo ficará preto. Se quisermos que ele se conserve branco, temos de estar sempre repintando-o; isto é, somos obrigados a fazer sempre uma revolução. É necessária uma vigilância quase sobrenatural por parte de todos os cidadãos, devido à terrível rapidez com que as instituições humanas envelhecem.
G.K. Chesterton (Orthodoxy)
Como amigo, o capricorniano é leal, mas antissocial. Por isso, se você foi escolhido por esse chifrudinho, sinta-se grato. Por não gostar de pessoas que não sejam as que ele escolheu, ele evita festas, muvuca e, se aceitar um convite seu, é provável que passe meses reclamando por ter sido obrigado a socializar. Está buscando um conselheiro e um amigo que o ajude a colocar os pés nos chão? O capricorniano é justamente essa pessoa!
Mariana Sanches (Astrologia da Depressão: Tudo o que você NÃO gostaria de saber sobre o seu signo, mas resolvemos contar assim mesmo (Portuguese Edition))
Bem sei que te amo perdidamente; no entanto, não lamento a violência dos impulsos do meu coração; habituei-me à sua tirania, e já não poderia viver sem este prazer que vou descobrindo: amar-te entre tanta mágoa. O que me desgosta e atormenta é o ódio e a aversão que ganhei a tudo. A família, os amigos e este convento são-me insuportáveis. Tudo o que seja obrigado a ver, tudo o que inadiavelmente tenha de fazer, me é odioso. Tão ciosa sou da minha paixão que julgo dizerem-te respeito todas as minhas acções e todas as minhas obrigações. Sim, tenho escrúpulo de não serem para ti todos os momentos da minha vida. Ai!, que seria de mim sem tanto ódio e tanto amor a encher-me o coração? Conseguiria eu sobreviver ao que obsessivamente me preocupa, para levar uma existência tranquila e sem cuidados? Tal vazio e tal insensibilidade não me convém.
Mariana Alcoforado (The Letters Of A Portuguese Nun)
por falta de tempo e de reflexão, somos obrigados a amar sem saber.
Albert Camus
Propositalmente não fiz citações e nem coloquei links no post, meu objetivo era não dar um ar acadêmico a reflexões que não são acadêmicas. Porém me sito obrigado a fazer alguns registros, os conceitos de liberdade negativa e liberdade positiva estão em Isaiah Berlin em uma palestra chamada “Dois Conceitos de Liberdade” e foram muito bem usados por José Guilherme Merquior na análise histórica que fez do liberalismo no livro O Liberalismo Antigo e Moderno. A defesa do individualismo, inclusive o amar ao próximo versus o amar a tribo, eu tomei emprestada de Karl Popper, especificamente de Sociedade Aberta e seus Inimigos. A dialética infinita ou dialética que não gera uma síntese é muito bem explicada por Olavo de Carvalho em Jardim das
Roberto Ellery (Anotações de um Reformista no País dos Incentivos: Posts sobre reformas, investimento, produtividade, liberalismo e outros temas chatos. (Portuguese Edition))
O dr. Victor Frankenstein finalmente procurou um advogado. Que o recebeu com surpresa, e depois se desculpou: -É que eu vi o nome "Frankenstein" na minha agenda e pensei... -Que era eu o monstro, não é? Todo mundo se engana. Frankenstein sou eu, não o monstro que eu criei. Ele não tem nome, mas se apresenta como Frankenstein, e está fazendo uma carreira artística de sucesso, ganhando muito dinheiro. É sobre isso que vim consultá-lo. - O senhor quer que... - Que ele pare de usar o nome Frankenstein. E me pague por ter usado o nome sem a minha permissão, todos esses anos. Quero meus direitos de criador! Fui eu que juntei e costurei as partes do seu corpo, fui eu que dei vida ao monstro. Tudo sem receber um tostão! Ou, ao menos, um muito obrigado".
Luis Fernando Verissimo (Ironias do Tempo (Em Portugues do Brasil))
Nenhum deles era descendente de escravos, mas de povos poderosos, de reis, rainhas e guerreiros que foram arrastados de suas terras para suprir a ambição de outrem. Não eram escravos. Foram transformados e obrigados.
Carol S. Camargo (Um Amigo do Outro Lado)
Uma maneira cómoda de travar conhecimento com uma cidade é descobrir como lá se trabalha, como se ama e como se morre. Na nossa pequena cidade, talvez por efeito do clima, tudo se faz ao mesmo tempo, com o mesmo ar frenético e distante. Ou seja, as pessoas aborrecem-se e aplicam-se a criar hábitos. Os nossos concidadãos trabalham muito, mas apenas para enriquecerem. Interessam-se principalmente pelo comércio e ocupam-se, em primeiro lugar, segundo a sua própria expressão, em fazer negócios. Naturalmente, têm gosto pelos prazeres simples, gostam das mulheres, do cinema e dos banhos de mar. Porém, muito sensatamente, reservam os prazeres para os domingos e os sábados à noite, procurando nos outros dias da semana ganhar muito dinheiro. À tarde, quando saem dos escritórios, reúnem-se a uma hora fixa nos cafés, passeiam na mesma avenida ou põem-se às varandas. Os desejos dos mais novos são violentos e breves, enquanto os vícios dos mais velhos não vão além das associações de bolómanos, os banquetes das amicales e as assembleias onde se joga forte sobre a sorte das cartas. Dir-se-á que nada disso é peculiar à nossa cidade e que, em suma, todos os nossos contemporâneos são assim. Sem dúvida, nada há de mais natural, hoje em dia, do que ver as pessoas trabalharem de manhã à noite e perderem em seguida, a jogar às cartas, no café, ou a dar à língua, o tempo que lhes resta para viverem. Mas há cidades e países onde as pessoas têm, de tempos a tempos, a suspeita de que existe mais alguma coisa. Isso, em geral, não lhes modifica a vida. Simplesmente houve essa suspeita, e sempre é um ganho. Orão, pelo contrário, é uma cidade sem suspeitas, ou seja, uma cidade inteiramente moderna. Não é, pois, necessário precisar a maneira como se ama entre nós. Os homens e as mulheres ou se devoram rapidamente no chamado ato do amor ou se entregam a um longo hábito entre dois. Também isso não é original. Em Orão, como no resto do mundo, por falta de tempo e de reflexão, é-se obrigado a amar sem o saber. O que é mais original na nossa cidade é a dificuldade que lá se encontra em morrer. Dificuldade, aliás não é o termo exato: seria mais justo falar em desconforto. Nunca é agradável estar doente, mas há cidades e países onde nos amparam na doença e onde se pode, de certo modo, deixar correr. Um doente precisa de ternura, gosta de se sentir apoiado em qualquer coisa, o que é bastante natural. Em Orão, porém, os excessos do clima, a importância dos negócios que lá se tratam, a insignificância da paisagem, a rapidez do crepúsculo e a qualidade dos prazeres, tudo exige boa saúde. Um doente, lá, encontra-se muito só. Como pensar então naquele que vai morrer, apanhado na armadilha por detrás das paredes crepitantes do calor, enquanto no mesmo minuto toda uma população, ao telefone ou nos cafés, fala de letras de câmbio, de mercadorias recebidas ou de descontos? Compreender-se-á o que há de desconfortável na morte, mesmo moderna, quando ela sobrevém num lugar tão árido.
Albert Camus (The Plague)
Agradecimentos de J.D. Por fim, à minha pessoa preferida, a minha esposa, Dayna. Posso ter uma cabeça cheia de histórias, mas a nossa história está sempre no cimo da pilha. Obrigado por seres quem és.
Dacre Stoker & J.D. Barker (Dracul)