O Pequeno Principe Quotes

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disse a raposa - Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos.
Antoine de Saint-Exupéry (O Pequeno Príncipe: Com ilustrações do autor (Portuguese Edition))
disse a raposa - Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
Antoine de Saint-Exupéry (O Pequeno Príncipe: Com ilustrações do autor (Portuguese Edition))
Os homens - disse o pequeno príncipe - embarcam nos trens, mas já não sabem mais o que procuram. Então eles se agitam, sem saber para onde ir. [...] E isso não leva a nada...
Antoine de Saint-Exupéry (O Pequeno Príncipe: Com ilustrações do autor (Portuguese Edition))
As pessoas grandes aconselharam-me a deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas e a dedicar-me de preferência à geografia, à história, à matemática, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma promissora carreira de pintor. Fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e e´cansativo, para as crianças, ficar toda hora explicando...
Antoine de Saint-Exupéry (O Pequeno Principe (Em Portugues do Brasil))
...pessoas grandes [...] adoram os números. [...] Se dizemos às pessoas grandes: " Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado...", elas não conseguem, de modo algum, fazer uma ideia da casa. É preciso dizer-lhes: "Vi uma casa de seiscentos mil reais." Então elas exclamam: "Que beleza!
Antoine de Saint-Exupéry (Pequeno Principe , O - Com Aquarelas Do Autor)
A flor, um dia, vira passar uma caravana: - Os homens? [...] Não se pode nunca saber onde se encontram. O vento os leva. Eles não têm raízes. Eles não gostam das raízes.
Antoine de Saint-Exupéry (O Pequeno Príncipe: Com ilustrações do autor (Portuguese Edition))
Justamente sempre acontecia uma pequena coisa que a desviava da torrente principal. Era tão vulnerável. Odiava-se por isso? Não, odiar-se-ia mais se já fosse um tronco imutável até a morte, apenas capaz de dar frutos mas não de crescer dentro de si mesma. Desejava ainda mais: renascer sempre, cortar tudo o que aprendera, o que vira, e inaugurar-se num terreno novo onde todo pequeno ato tivesse um significado, onde o ar fosse respirado como da primeira vez. Tinha a sensação de que a vida corria espessa e vagarosa dentro dela, borbulhando como um quente lençol de lavas.
Clarice Lispector (Near to the Wild Heart)
Stendhal, desde infância, amou as mulheres sensualmente; projetou nelas as aspirações de sua adolescência; imaginava-se de bom grado salvando de algum perigo uma bela desconhecida e conquistando-lhe o amor. Chegando a Paris, o que desejava mais ardentemente era "uma mulher encantadora; nós nos adoraremos, ela conhecerá minha alma"... Velho, escreve na poeira as iniciais das mulheres que mais amou. "Creio que foi o devaneio que preferi a tudo", confia-nos ele. E são imagens de mulheres que lhe alimentaram os sonhos; a lembrança delas anima as paisagens. "A linha de rochedos aproximando-se de Arbois, creio, e vindo de Dôle pela estrada principal, foi para mim uma imagem sensível e evidente da alma de Métilde." A música, a pintura, a arquitetura, tudo o que amou, amou-o com uma alma de amante infeliz; quando passeia em Roma, a cada página, uma mulher aparece; nas saudades, nos desejos, nas tristezas, nas alegrias que elas suscitaram-lhe, conheceu o gosto do próprio coração; a elas é que deseja como juizes. Freqüenta-lhes os salões, procura mostrar-se brilhante aos seus olhos, deveu-lhes suas maiores felicidades, suas penas; foram sua principal ocupação. Prefere seu amor a toda amizade e sua amizade à dos homens; mulheres inspiram seus livros, figuras de mulheres os povoam; é em grande parte para elas que escreve. "Corro o risco de ser lido em 1900 pelas almas que amo, as Mme Roland, as Mélanie Guibert..." As mulheres foram a própria subsistência de sua vida. De onde lhe veio esse privilégio? Esse terno amigo das mulheres, e precisamente porque as ama em sua verdade, não crê no mistério feminino; nenhuma essência define de uma vez por todas a mulher; a idéia de um "eterno feminino" parece-lhe pedante e ridículo. "Pedantes repetem há dois mil anos que as mulheres têm o espírito mais vivo e os homens, mais solidez; que as mulheres têm mais delicadeza nas idéias e os homens, maior capacidade de atenção. Um basbaque de Paris que passeava outrora pelos jardins de Versalhes concluía, do que via, que as árvores nascem podadas." As diferenças que se observam entre os homens e as mulheres refletem as de sua situação. Por exemplo, por que não seriam as mulheres mais romanescas do que seus amantes? "Uma mulher com seu bastidor de bordar, trabalho insípido que só ocupa as mãos, pensa no amante, enquanto este galopando no campo com seu esquadrão é preso se faz um movimento em falso." Acusam igualmente as mulheres de carecerem de bom senso. "As mulheres preferem as emoções à razão; é muito simples: como em virtude de nossos costumes vulgares elas não são encarregadas de nenhum negócio na família, a razão nunca lhes ê útil.. . Encarregai vossa mulher de tratar de vossos interesses com os arrendatários de duas de vossas propriedades; aposto que as contas serão mais bem feitas do que por vós." Se a História revela-nos tão pequeno número de gênios femininos é porque a sociedade as priva de quaisquer meios de expressão: "Todos os gênios que nascem mulheres estão perdidos para a felicidade do público; desde que o acaso lhes dê os meios de se revelarem, vós as vereís desenvolver os mais difíceis talentos." O pior handicap que devem suportar é a educação com que as embrutecem; o opressor esforça-se sempre por diminuir os que oprime; é propositadamente que o homem recusa às mulheres quaisquer possibilidades. "Deixemos ociosas nelas as qualidades mais brilhantes e mais ricas de felicidade para elas mesmas e para nós." Aos dez anos, a menina é mais fina e viva do que seu irmão; com vinte, o moleque é homem de espírito e a moça "uma grande idiota desajeitada, tímida e com medo de urna aranha"; o erro está na formação que teve. Fora necessário dar à mulher exatamente a mesma instrução que se dá aos rapazes.
Simone de Beauvoir (The Second Sex)
O que tenho em mente é: deveríamos admitir que só nos realizamos no amor se cultivarmos uma multiplicidade de formas e tirarmos proveito de suas muitas fontes. Assim, deveríamos fomentar nossa philia com amizades profundas, fora de nosso relacionamento principal, e abrir espaço para que nosso amado faça o mesmo, sem nos ressentir do tempo que ele passa longe de nós. Podemos procurar as alegrias de ludus não apenas no sexo, mas em outras formas de divertimento, desde dançar tango e representar num teatro amador a rir com os filhos em volta da mesa de jantar. E devemos reconhecer que nos deixar tomar demais pelo amor-próprio, ou limitar nosso amor apenas a um pequeno círculo de pessoas, não será suficiente para satisfazer a necessidade interna de nos sentir parte de um todo mais amplo. Deveríamos todos, portanto, dar lugar para agape em nossa vida, e transformar o amor numa dádiva para estranhos. É assim que chegamos a um ponto no qual nossas vidas parecem abundantes de amor.
Roman Krznaric (Sobre a arte de viver: Lições da história para uma vida melhor (Portuguese Edition))
Procurar-se-á em vão na Carta das Nações Unidas o fundamento da autoridade reclamada por Washington para usar a força e a violência com vistas à consecução do “interesse nacional”, tal como definido pelas pessoas imortais que lançam sobre a sociedade essa sombra chamada “política”, na evocativa frase de John Dewey. O U.S. Code define muito claramente o crime de “terrorismo”, para o qual a legislação prevê severas penas. Mas não encontraremos nenhuma frase que exima de punição “os arquitetos do poder” por suas práticas de terror de Estado, para não falar de seus monstruosos clientes (visto que desfrutam das boas graças de Washington): Suharto, Saddam Hussein, Mobutu, Noriega e outros, grandes e pequenos. Como denunciam, ano após ano, as principais organizações de direitos humanos, praticamente toda a ajuda externa americana é ilegal, do principal recebedor até o último da lista, porque a lei proíbe ajuda a países que praticam a “tortura sistemática”. A lei pode ser essa, mas qual será o seu significado?
Noam Chomsky
A família tem de manter-se acima dos casos pessoais, particulares, infinitamente pequenos no conjunto do viver social. Torna-lá instável, transformar o casamento "instituição moral, social e, no sentido puramente positivo ou humano da palavra, religiosa "em ligação transitória, flácida e modificável, é atentar contra os mais altos princípios da moral social. "Conservar é progredir." Bem compreendida esta afirmação, vê-se que o casamento só produzirá os seus frutos bons quando não estiver à mercê dos caprichos, na falta de educação, da falta de carácter da maior parte da gente. A leviandade com que se contrai matrimónio é a causa principal se não única, do seu mau sucesso. Porque se há-de responsabilizar o organismo colectivo pelas asneiras de um dos órgãos? Estudos Sociológicos, (1913). P. 132.
Alfredo Pimenta
A melhor e mais aproximada forma de expressão que podemos utilizar [para explicar o louco] talvez seja esta: a sua mente move-se em um círculo perfeito, porém diminuto. Um círculo pequeno é perfeitamente tão infinito quanto um círculo grante. Embora ele seja tão infinito, não é tão grande. Da mesma forma, a explicação de um louco é tão completa quanto a de uma pessoa sã, mas não é tão abrangente. Um bala de canhão pode ser tão redonda quanto o mundo, mas não é o mundo. Há uma coisa a que podemos chamar de 'universalidade restrita', como há uma coisa a que podemos chamar uma 'eternidade pequena e comprimida'. Poderemos verificar isso em muitas das religiões modernas. Ora, falando superficial e empiricamente, podemos afirmar que a mais forte e mais evidente marca de loucura é esta combinação de uma completude lógica com uma contração espiritual. A teoria de um lunático explica muitas coisas, mas não as explica de forma ampla. Isso quer dizer que, se tivermos de lidar com uma mente que esteja se tornando mórbida, devemos nos esforçar não tanto por lhe apresentar argumentos, mas por fornecer-lhe ar e convencê-la de que há algo muito mais límpido e mais refrescante fora da asfixia de um simples argumento. [...] Não procure discutir com os doidos como quem discute com hereges, mas procura, unicamente, quebrar-lhes o encanto, como se tratasse de um feitiço. [...] Não é bastante que o infeliz deseje a verdade: é necessário que deseje a saúde. Nada pode salvá-lo senão um desejo cego pela normalidade, como o de um animal feroz. Um homem não pode refletir sobre o mal mental que o acomete, porque é exatamente o próprio órgão do pensamento que está doente, indisciplinável e, por assim dizer, independente. Apenas poderá ser salvo pela vontade ou pela Fé. No momento em que a sua razão se move, move-se dentro da velha rotina circular e andará sempre à volta do seu círculo lógico, exatamente como um homem em um vagão de terceira classe do 'Inner Circle' andará sempre à roda do 'Inner Circle', até que se resolva a executar o voluntário, vigoroso e místico ato de descer em Gower Street. A decisão é, neste caso, o principal fator: uma porta deve ser fechada para sempre. Todo remédio será um remédio desesperado. Toda cura será uma cura milagrosa. Curar um louco não é discutir com um filósofo: é deitar fora um demônio.
G.K. Chesterton (Orthodoxy)