“
En un agujero en el suelo, vivía un hobbit. No un agujero húmedo, sucio,
repugnante, con restos de gusanos y olor a fango, ni tampoco un agujero seco,
desnudo y arenoso, sin nada en que sentarse o que comer: era un agujero-hobbit, y eso significa comodidad.
”
”
J.R.R. Tolkien (The Hobbit, or There and Back Again)
“
Sempre quis saber o que aconteceu com as crianças depois que voaram para longe...
Eram apenas gente de mentira, não de verdade.
Mas não significa que não tenham histórias.
”
”
Neil Gaiman
“
As separações são o que mais custa, Tim! É muito difícil aceitá-las, principalmente quando gostávamos dessa pessoa. A separação significa que depois disso nunca mais somos os mesmos, que perdemos qualquer coisa, uma parte de nós mesmo que nunca mais reencontramos nem pode ser substituída. Mas temos de passar por muitas separações, Tim, porque fazem parte da vida, tal e qual como conhecer pessoas novas.
”
”
Colleen McCullough (Tim (Grands romans))
“
Michel Foucault tem uma obra fantástica, Vigiar e punir, na qual afirma que essa sociedade de mercado em que vivemos só considera o ser humano útil quando está produzindo. Com o avanço do capitalismo, foram criados os instrumentos de deixar viver e de fazer morrer: quando o indivíduo para de produzir, passa a ser uma despesa. Ou você produz as condições para se manter vivo ou produz as condições para morrer. O que conhecemos como Previdência, que existe em todos os países com economia de mercado, tem um custo. Os governos estão achando que, se morressem todas as pessoas que representam gastos, seria ótimo. Isso significa dizer: pode deixar morrer os que integram os grupos de risco. Não é ato falho de quem fala; a pessoa não é doida, é lúcida, sabe o que está falando.
”
”
Ailton Krenak (O Amanhã Não Está à Venda)
“
Uma pessoa nunca é boa ou ruim per se, o que significa que amá-las ou odiá-las tem necessariamente em sua base um elemento subjetivo e talvez ilusionista.
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”
Alain de Botton (On Love)
“
TUS ACTOS SON TUS MONUMENTOS.
Este precepto significa que se nos debería recordar por las cosas que hacemos. Las cosas que hacemos son las cosas más importantes de todas. Son más importantes que lo que decimos o que nuestro aspecto. Las cosas que hacemos duran más que nuestras vidas. Las cosas que hacemos son como los monumentos que la gente construye para honrar a los héroes cuando ya han muerto. Son como las pirámides que construyeron los egipcios para honrar a los faraones. Pero en lugar de estar hechas de piedra, las cosass que hacemos están hechas de los recuerdos que la gente tiene de ti. Por eso tus actos son como tus monumentos. Están construidos con recuerdos y no con piedra.
”
”
R.J. Palacio (Wonder (Wonder, #1))
“
Tomei a amizade como uma versão adulta e vacinada do amor, o que significa que transferi para a casa dela a artilharia pesada do meu batalhão de afectos. Substituí o Príncipe Encantado pelo Amigo Maravilhoso que eras tu.
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”
Inês Pedrosa (Fazes-me Falta)
“
As minhas primeiras emoções tinham sido a melancolia mais pura e a compaixão mais sincera, mas na mesma proporção em que o desamparo de Bartleby crescia na minha fantasia, aquela melancolia se transformava em medo, e a compaixão, em repulsa. É tão verdadeiro e ao mesmo tempo tão terrivel o fato de que, ao vermos ou presenciarmos a miséria, os nossos melhores sentimentos são despertados até um cer
to ponto; mas, em certos casos especiais, não passam disso. Erram os que afirmam que é devido apenas ao egoísmo inerente ao coração humano. Na verdade, provém de uma certa impotência em remediar um mal excessivo e orgânico. Para uma pessoa sensivel, a piedade é quase sempre uma dor. Quando afinal percebe que tal piedade não significa um socorro eficaz, o bom senso compele a alma a desvencilhar-se dela. O que vi naquela manhã convenceu-me de que o escrivão era vítima de um mal inato e incurável. Eu podia dar esmolas ao seu corpo, mas o seu corpo não lhe doía; era a sua alma que sofria, e ela estava fora do meu alcance.
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”
Herman Melville (Bartleby the Scrivener)
“
Quando eu uso uma palavra', disse Humpty Dumpty num tom bastante desdenhoso, 'ela significa exatamente o que eu quero que signifique: nem mais nem menos
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Lewis Carroll (As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, part 1/2)
“
Este livro é o que é, o que significa que ele pode não ser o livro que você espera que seja.
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”
Caitlín R. Kiernan (The Drowning Girl)
“
Ser honesto não significa dizer tudo o que queremos, sempre que queremos. Significa que aquilo que escolhemos dizer é verdade.
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Veronica Roth
“
Casar-se de maneira geral significa colocar a mão dentro de um saco sem ver o que há dentro dele e esperar tirar uma enguia de um emaranhado de serpentes.
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Arthur Schopenhauer (L'arte di insultare)
“
...ser corajoso não significa não ter medo. Ser corajoso significa estar com medo, muito medo, mas mesmo assim fazer o que é certo.
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Neil Gaiman (Coraline)
“
Só quando alguém teu conhecido morre é que começas a apreciar a vida e o que ela significa
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Maria Capitão
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Quisiera aclarar algo, 100% de responsabilidad no quiere decir culpable o que seas un pecador. Significa que eres responsable por las memorias que pasan dentro tuyo.
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”
Mabel Katz (El Camino Mas Facil Edicion Especial)
“
se você considera qualquer homem em quem você não confia como você confia em si mesmo como sendo um amigo, você está muito enganado e você não entende o suficiente o que significa verdadeira amizade.
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Seneca (Cartas de um Estoico, Volume I (Portuguese Edition))
“
E o que significa a palavra qualidade? Para mim significa textura. Este livro tem poros. Tem feições. Este livro poderia passar pelo microscópio. Você encontraria vida sob a lâmina, emanando em profusão infinita. Quanto mais poros, quanto mais detalhes de vida fielmente gravados por centímetro quadrado você conseguir captar numa folha de papel, mais "literário" você será. Pelo menos essa é minha definição. Detalhes reveladores. Detalhes frescos. Os bons escritores quase sempre tocam a vida. Os medíocres apenas passam rapidamente a mão sobre ela. Os ruins a estupram e a deixam para as moscas. Entende agora por que os livros são odiados e temidos? Eles mostram os poros no rosto da vida. Os que vivem no conforto querem apenas rostos com cara de lua de cera, sem poros nem pêlos, inexpressivos.
”
”
Ray Bradbury (Fahrenheit 451)
“
Que las condiciones no sean a tu gusto o que no te sientas preparado todavía no significa que estés libre de actuar. Si quieres cobrar impulso, tendrás que crearlo ya poniéndote de pie y dando el primer paso.
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Ryan Holiday (El obstáculo es el camino: El arte inmemorial de convertir las pruebas en triunfo (Para estar bien) (Spanish Edition))
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Uma das bases do preconceito (talvez a mais visível) é a ignorância. Literal e etimologicamente, ignorar significa "não saber". O que não conhecemos nos provoca medo. Nos campos da Espiritualidade e da Religião não deveria haver espaço para o medo, mas, sim, para o respeito e o dialogo, seja interna ou externamente. No âmbito interno, cada vez mais se repensam responsabilidades e atitudes, a fim de se vivenciar a fraternidade, e não o autoritarismo e o "bullyng espiritual". No âmbito externo, o dialogo inter religioso se pauta tanto pela compreensão e pela caridade quanto pela consciência dos direitos individuais e civis
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Ademir Barbosa Júnior (O livro essencial de Umbanda)
“
Se nós retemos na memória aquilo que nos lembramos, e se nos é impossível, ao ouvir a palavra esquecimento, compreender o que ela significa, a não ser que nos lembremos, conclui-se que a memória retém o esquecimento.
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Augustine of Hippo
“
As mulheres sabem o que significa ter um corpo. Compreendem suas dificuldades e fragilidades, suas glórias e seus prazeres. Os homens tratam o corpo como coisa só sua. Cuidam dele privadamente, mesmo quando estão em público.
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Jeffrey Eugenides (Middlesex)
“
- Oh, morir -dijo restándole importancia-. Todos moriremos algún día. Él solo supo que la muerte le llegaría antes de lo previsto. Pero eso no significa que no fueran unos años felices para él o que no tuviera una vida feliz”.
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Hanya Yanagihara (A Little Life)
“
Meu nome é Alice, mas...'
'Um nome bem bobo!' Humpty Dumpty a interrompeu com impaciência. 'O que significa?'
'Um nome deve significar alguma coisa?' Alice perguntou ambiguamente
'Claro que deve', Humpty Dumpy respondeu com uma risada curta.
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Lewis Carroll
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Falamos com indignação ou com entusiasmo; falamos sobre opressão, crueldade, crime, devoção, abnegação, virtude e nada sabemos, além de palavras. Ninguém sabe o que significa sofrimento ou sacrifício – exceto, talvez, as vítimas do misterioso propósito dessas ilusões.
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Joseph Conrad ('An Outpost of Progress' and 'The Outstation')
“
Quando alguém está a viajar, tudo parece mais luminoso e mais agradável, o que não significa que seja mais luminoso e mais agradável, significa apenas que o lar terno e aprazível sofre em comparação com lugares desconhecidos aprimorados, com tudo o que têm de melhor à mostra.
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Catherynne M. Valente (The Girl Who Circumnavigated Fairyland in a Ship of Her Own Making (Fairyland, #1))
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A fotografia, mais recentemente, transformou-se num divertimento tão praticado como o sexo e a dança, o que significa que, como todas as formas de arte de massas, a fotografia não é praticada pela maioria das pessoas como arte. É sobretudo um rito social, uma defesa contra a ansiedade e um instrumento de poder.
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Susan Sontag (On Photography)
“
Penso no que a minha mãe me disse: que a pessoa deve sentir-se grata pelo que tem em vez de passar o tempo à procura do que pensa que quer. Aqui sentada no campus que ele frequentou noutros tempos, julgo que percebi finalmente o que ela queria dizer. Julgo que percebi finalmente o que significa desistir enquanto se vai na frente.
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Gayle Forman (Just One Day (Just One Day, #1))
“
Mientras ambos respiréis, siempre tendrás la esperanza de que esté ahí, al doblar la esquina o al subir a un autobús, o que vuelva a buscarte. Sin embargo, eso no significa que tengas que estar toda la vida esperando.El mundo es demasiado grande y puede que nunca volváis a encontraros. No hagas como yo, no persigas fantasmas eternamente
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NOT A BOOK
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Olavismo. 1. Estilo de pensamento filosófico muito peculiar, que substitui o argumento pelo xingamento e o conceito pelo palavrão. 2. Fruto da expansão dos meios tecnológicos de informação, que, utilizando selfies e vídeos autoproduzidos, deixam aparecer na rede pessoas como se fossem “professores” e “intelectuais”, posando nas telas ao terem no fundo estantes decoradas com livros mal lidos e mal compreendidos. 3. Nome de uma corrente de fake-pensamento. "4. Expressão oriunda da composição de “Olá” e “revanchismo”, combinando alguém que chega de repente para dar a ideia aos governantes sem ideias de en-direitar o país com rifles e rifas e quem se sentiu a vida toda complexado por nunca ter conseguido entender o que é uma ideia e muito menos uma filosofia. 5. Nome da corrente ideológica que seduz, encanta e lidera o bando de ressentidos do país. 6. Uma forma bem específica de saudosismo: saudades da era medieval, saudades da teocracia, saudades de D. Pedro, saudades dos bons costumes. 7. Modo borrágico de expressar opiniões que procuram, em tese, chocar o senso comum, mas que nada mais fazem além de corroborar o pior dos sensos (o qual, infelizmente, muitas vezes é comum e quase sempre predominou ao longo da história). 8. Movimento de desespero final de quem quer encontrar uma identidade para chamar de sua e um líder para chamar de seu. 9. Espécie de fanatismo religioso que cultua o ódio e a intolerância travestidos de intelectualismo. 10. Seita seguida por pessoas particularmente vulneráveis a uma retórica violenta e macabra, mas perigosamente sedutora. 11. Doutrina do ter-razão-em-tudo quando não se tem razão em nada. Atribuindo a base dessa doutrina do ter-razão-em-tudo ao filósofo alemão Arthur Schopenhauer, é fácil constatar como olavistas não possuem o menor conhecimento nem de alemão e nem de filosofia, tendo (mal) entendido o próprio nome de Schopenhauer como “chope raro”, que, bebido, gera mal-entendidos dos princípios básicos da erística e da dialética. Com bases em erros fundamentais, o olavismo derivado desse “chope raro” (confundido com Schopenhauer) desenvolveu uma errística dislética, que se vale de argumentos nefastos (do latim nefas que significa ilícito) para destruir as questões mais lícitas do pensamento, da sociedade e da cultura. 11. Tradução google para o português bolsonarista da tradução google para o inglês trumpista da tradução google russa do resumo dos clássicos da extrema direita europeia, assinada por Dugin, ideólogo de Putin.
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Luisa Buarque (Desbolsonaro de Bolso)
“
– Ele se inclinou e deu um beijo de leve nos lábios dela. – Eu tenho você – murmurou –, e não vou desperdiçar nem um segundo que temos juntos.
Os lábios de Kate se abriram num sorriso.
– O que isso significa?
– Significa que o amor não tem nada a ver com o medo de que tudo acabe, mas com encontrar alguém que o complete, que faça de você um ser humano melhor do que jamais sonhou ser.
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Julia Quinn (The Viscount Who Loved Me (Bridgertons, #2))
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Celebração das contradições/1
Como trágica ladainha a memória boba se repete. A memória, viva, porém, nasce a cada dia, porque ela vem do que foi e é contra o que foi.
Aufheben era o verbo que Hegel preferia, entre todos os verbos do idioma alemão. Aufheben significa, ao mesmo tempo, conservar e anular; e assim presta homenagem à história humana, que morrendo nasce e rompendo cria.
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Eduardo Galeano (The Book of Embraces)
“
PRODO -explicó- es algo que no podemos ver, que no distinguimos o que nuestra mente no nos deja observar porque creemos que es un problema de otro. Eso es lo que significa PRODO. Problema de Otro. El cerebro se limita solamente a perfilarlo, es como un punto ciego. Si se mira directamente no se ve, a menos que se sepa qué es exactamente. La única esperanza consiste en percibirlo por sorpresa con el rabillo del ojo.
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Douglas Adams (Life, the Universe and Everything (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy, #3))
“
Finalmente, há outro fato que se deve ter em mente como capaz de levar os sonhos a serem esquecidos, a saber, que a maioria das pessoas têm muito pouco interesse pelos seus sonhos. Qualquer um, como um pesquisador científico, que preste atenção aos seus sonhos por certo período de tempo, terá mais sonhos do que habitualmente - o que, sem dúvida, significa que ele se recorda dos seus sonhos com maior facilidade e frequencia.
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Sigmund Freud (The Interpretation of Dreams)
“
- O que você faz exatamente com um livro?
- Você lê.
- "Oh", disse ela. "E o que significa 'ler'?" Balancei a cabeça. Então comecei a virar as páginas do livro que estava segurando e disse: - "Essas marcações aqui representam sons. E os sons formam palavras. Você olha para as marcações e se lembra dos sons, e aí você pratica bastante, e elas começam a soar como se você estivesse ouvindo uma pessoa falando. Falando - mas em silêncio.
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Walter Tevis (Mockingbird)
“
Assim, se um disser: “Isso significa o que eu entendo”, e outro: “Não: o que eu entendo”, eu julgo mais pio dizer: “Por que não ambos, então, se ambos são verdadeiros, e se alguém enxergar nessas palavras um terceiro sentido, ou um quarto ou qualquer outro que seja verdadeiro, por que não acreditar que os viu todos aquele mediante o qual Deus uno temperou as Sagradas Escrituras para que as interpretações de muitos vissem nelas verdades diferentes?
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Agostinho de Hipona (Confissões)
“
Ele me revelou um lado melhor do meu ser. Quer dizer, não falo apenas do talento para literatura. Refiro-me principalmente à sensibilidade, à liberdade para sentir intensamente e não ter mais vergonha disso. Falo de chorar quando a vontade vem, de fazer um gesto de carinho quando isso é tudo o que importa. Falo de ser humano quando isso significa conhecer nossos defeitos e limites, cientes de que nós somos sempre capazes de nos aprimorar, capazes de aprender a ser mais gente!
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Camilo Gomes Jr. (Em memória)
“
Ficar concentrado em relação aos outros significa, antes de tudo, ser capaz de ouvir. Muitas pessoas ouvem as outras, e até dão conselhos, sem ouvir realmente. Não levam a sério o que a outra pessoa fala, nem também levam a sério suas próprias respostas. Em consequência, a conversação deixa-as cansadas. Têm a ilusão de que ficariam ainda mais fatigadas se ouvissem com concentração. A verdade, porém, é o oposto. Qualquer atividade, se feita de maneira concentrada, toma-nos mais despertos
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Erich Fromm (The Art of Loving)
“
-- Não brinco, não. Digo apenas o que percebi. Os conhecimentos podem ser transmitidos, mas nunca a sabedoria. Podemos achá-la; podemos vivê-la; podemos consentir em que ela nos norteie; podemos fazer milagres através dela. Mas não nos é dado pronunciá-la e ensiná-la. (...) Uma percepção me veio, ó Govinda, que talvez te afigure novamente como uma brincadeira ou uma bobagem. Reza ela: "O oposto de cada verdade é igualmente verdade". Isso significa: uma verdade só poderá ser comunicada e formulada por meio de palavras, quando for unilateral. Ora, unilateral é tudo quanto possamos apanhar pelo pensamento e exprimir pela palavra. Tudo aquilo é apenas um lado das coisas, não passa de parte, carece de totalidade, está incompleto, não tem unidade. Sempre que o augusto Gautama nas suas aulas nos falava do mundo, era preciso que o subdividisse em Sansara e Nirvana, em ilusão e verdade, em sofrimento e redenção. Não se pode proceder de outra forma. Não há outro caminho para quem quiser ensinar. Mas o próprio mundo, o ser que nos rodeia e existe no nosso íntimo, não é nunca unilateral. Nenhuma criatura humana, nenhuma ação é inteiramente Sansara nem inteiramente Nirvana. Homem algum é totalmente santo ou totalmente pecador. Uma vez que facilmente nos equivocamos, temos a impressão de que o tempo seja algo real. Não, Govinda, o tempo não é real, como verifiquei em muitas ocasiões. E se o tempo não é real, não passa tampouco de ilusão aquele lapso que nos parece estender-se entre o mundo e a eternidade, entre o tormento e a bem-aventurança, entre o Bem e o Mal.
”
”
Hermann Hesse (Siddhartha)
“
– O que viver no presente significa para você? – pergunto.
– Apenas que ficar se prendendo e planejando é besteira – ele diz. – Se você fica se prendendo no passado, não consegue seguir em frente. Se passa muito tempo planejando o futuro, você se empurra pra trás ou fica estagnada no mesmo lugar a vida toda. – Seus olhos encontram os meus. – Viva o momento – ele diz, como se estivesse dizendo algo sério – aqui, onde tudo está certo, vá com calma e limite suas más lembranças e você chegará ao seu destino, seja qual for, muito mais rápido e com menos acidentes de percurso.
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”
J.A. Redmerski (The Edge of Never (The Edge of Never, #1))
“
Isso significa que os pobres ficam mais pobres, os ricos ficam mais ricos, e a verdadeira divisão de classes é entre os que podem pedir dinheiro emprestado e os que não podem. Porque não importa o quanto uma pessoa ganhe, ela ainda não consegue dormir direito no fim do mês por conta da preocupação com dinheiro. Todos olham para o que seus vizinhos têm e se perguntam: “Como eles podem pagar por isso?”, porque todos estão vivendo além dos seus recursos. Portanto, nem mesmo pessoas realmente ricas se sentem realmente ricas, porque no final a única coisa que você pode comprar é uma versão mais cara de algo que você já tem. Com dinheiro emprestado.
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”
Fredrik Backman (Gente Ansiosa)
“
Quando uma solteirona solitária transfere sua afeição para animais, ou um solteirão se torna um entusiástico colecionador, quando um soldado defende um farrapo de pano colorido - uma bandeira - com o sangue de sua vida, quando a pressão extra de um aperto de mão significa bem-aventurança para aquele que ama, ou quando, em Otelo, um lenço perdido precipita uma explosão de cólera - tudo isso constitui exemplos de deslocamentos psíquicos, aos quais não levantamos nenhuma objeção. Mas, quando ouvimos que uma decisão quanto ao que alcançará nossa consciência e o que será mantido fora dela - o que pensaremos, em suma - tenha sido alcançada da mesma forma e sobre os mesmos princípios, temos a impressão de um fato patológico e, se tais coisas ocorrerem na vida de vigília, nós a descreveremos como erro de pensamento.
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Sigmund Freud (The Interpretation of Dreams)
“
Assim como no regime da criação, Shakti é o criador e Shiva é o testemunho de todo o jogo, no tantra a mulher tem o estado do guru e o homem do discípulo. A tradição tântrica é atualmente passada da mulher para o homem, na prática tântrica, é a mulher quem inicia. É só por seu poder que o ato de maithuna acontece. Todas as preliminares são feitas por ela. Ela coloca a marca na testa do homem e fala pra ele meditar. Na relação ordinária, quem controla é o homem e a mulher participa. Mas no tantra eles trocam de papéis. A mulher torna-se a operadora e o homem o seu intermédio. Ela tem que ser capaz de despertá-lo. então, no momento certo, ela deve criar o bindu para que ele possa praticar vajroli. Se o homem perde seu bindu, significa que a mulher não conseguiu realizar suas funções adequadamente.
No tantra se diz que Shiva é incapaz sem Shakti. Shakti é a sacerdotisa. Portanto, quando Vama marga é praticado, o homem deve ter uma atitude absolutamente tântrica com a mulher. Ele não pode comportar-se com ela como os homens geralmente fazem com outras mulheres. Normalmente, quando um homem olha uma mulher, ele torna-se apaixonado, mas durante o maithuna ele não deve. Ele deve vê-la como a mãe divina, a Devi, e aproximar-se dela como uma atitude de devoção e entrega, não com luxúria.
De acordo com o conceito tântrico, as mulheres são mais dotadas de qualidades espirituais e seria uma coisa sábia se elas assumissem posições elevadas na área social. Então, haveria maior beleza, compaixão, amor e compreensão em todas as esferas da vida. O que estamos discutindo aqui não é sociedade patriarcal versus matriarcal, mas tantra.
No relacionamento entre marido e mulher, por exemplo, há dependência e posse, enquanto que no tantra cada parceiro é independente, um para si mesmo. Outra coisa difícil na sadhana tântrica é cultivar a atitude de impassionalidade. O homem tem de se tornar praticamente um bramacharya, a fim de libertar a mente as emoções dos pensamentos sexuais e da paixão, que normalmente surgem na presença de uma mulher.
Ambos os parceiros devem ser absolutamente purificados e controlados interna e externamente antes de praticar o maithuna. É difícil para a pessoa comum compreender isto porque para a maioria das pessoas a relação sexual é o resultado da paixão e da atração emocional ou física, tanto para a procriação quanto para o prazer. É somente quando você está purificado que estes instintos sexuais estarão ausentes. Isto acontece porque, de acordo com a tradição, o caminho do Dakshina marga deve ser seguido por muitos anos antes do caminho do Vama marga poder ser iniciado. Então, a interação do maithuna não acontece por uma gratificação física. O propósito é muito claro – o despertar de sushumna, o aumento da energia de Kundalini no mooladhara chakra e a explosão nas áreas inconscientes do cérebro.
Se isto não ficar claro, quando você praticar os kriyas e sushumna se tornar ativa, você não será capaz de confrontar o despertar. Sua cabeça vai ficar quente e você nãos será capaz de controlar a paixão e o excitamento, porque você não tranqüilizou seu cérebro.
Portanto, em minha opinião, somente aqueles que são adeptos no yoga estão qualificados para o Vama marga. Este caminho não é para ser usado indiscriminadamente como um pretexto para a auto-indulgência. Ele se destina para os sadhakas maduros e chefes de família sérios, que são evoluídos, que têm praticado sadhana para despertar o potencial energético e atingir o samadhi Eles devem utilizar este caminho como um veículo para o despertar, caso contrário torna-se um caminho de queda.
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Satyananda Saraswati (Kundalini Tantra)
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A este propósito, pergunta-se muitas vezes: “Como pode afirmar-se que a matéria existiu sempre? Quando nasceu? Não é de admirar que se pergunte. Durante toda a sua vida, o homem constata que todas as coisas têm um começo e um fim, e pergunta a si próprio: quem criou a matéria? A ciência responde-lhe: A matéria existiu sempre em toda a eternidade. Como provar esta importante dedução? Muitos factos o confirmam. Por exemplo a lei da conservação da massa, enunciada por Lomonossov e Lavoiser: na natureza, nenhum corpo, nenhum elemento não poderia nem desaparecer sem deixar vestígios, nem aparecer do nada.
E se admitir que houve um tempo em que não havia matéria, ela não poderia ter aparecido de parte nenhuma, nem do nada. Mas como a matéria existe, isto significa que ela nunca nasceu, que sempre existiu e que existirá sempre. É eterna e imortal. Também nunca pôde ser criada: não se saberia criar o que não se saberia aniquilar.
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Alexander Spirkin (Dialectical Materialism)
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— Ótimo. — Kemmer se sentou. Um processo trabalhoso e doloroso, mas, quando Dan se mexeu para ajudar, Kemmer o dispensou com um gesto. — O que você chama de sonho duplo é bem conhecido para os psiquiatras e mereceu o interesse especial dos junguianos, que chamam de falso despertar. O primeiro sonho geralmente é lúcido, o que significa que o sonhador sabe que está sonhando... — Sim! — gritou Dan. — Mas o segundo... — O sonhador acredita estar acordado — disse Kemmer. — Jung deu grande importância a isso, chegando até a imputar poderes pré-cognitivos a esses sonhos... mas é claro que a gente é mais esperto que isso, não é, Dan? — Claro — concordou Dan. — O poeta Edgard Allan Poe descreveu o fenômeno do falso despertar muito antes de Carl Jung ter nascido. Escreveu: “Tudo o que vemos ou parecemos não passa de um sonho dentro de um sonho.” Será que respondi à sua pergunta? — Acho que sim. Obrigado. — Não tem de quê. Agora quero um pouco de suco. De maçã, por favor.
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Stephen King (Doutor Sono (O Iluminado, #2))
“
A primeira: você sabe por que livros como este são tão importantes? Porque têm qualidade. E o que significa a palavra qualidade? Para mim significa textura. Este livro tem poros. Tem feições. Este livro poderia passar pelo microscópio. Você encontraria vida sob a lâmina, emanando em profusão infinita. Quanto mais poros, quanto mais detalhes de vida fielmente gravados por centímetro quadrado você conseguir captar numa folha de papel, mais “literário” você será. Pelo menos, esta é a minha definição. Detalhes reveladores. Detalhes frescos. Os bons escritores quase sempre tocam a vida. Os medíocres apenas passam rapidamente a mão sobre ela. Os ruins a estupram e a deixam para as moscas. Entende agora por que os livros são odiados e temidos? Eles mostram os poros no rosto da vida. Os que vivem no conforto querem apenas rostos com cara de lua de cera, sem poros nem pelos, inexpressivos. Estamos vivendo num tempo em que as flores tentam viver de flores, e não com a boa chuva e o húmus preto.
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Ray Bradbury (FARENHIET 451)
“
-Sé qué quieres decir […], pero tal vez fueron realmente años felices para él. Era libre; tenía un trabajo que le gustaba, promocionaba a jóvenes bailarines, había dado un nuevo rumbo a la compañía y estaba preparando una de sus coreografías más importantes. Él y el bailarín danés…
-Erik Bruhn.
-Exacto. Él y Bruhn seguían juntos, o al menos lo estuvieron un tiempo más. Tenía lo que probablemente jamás había soñado: dinero, fama, libertad de creación, amor, amistad, y todavía era lo bastante joven para disfrutar de ello. […] A mí me parece una vida feliz.
Los dos se quedaron callados un rato.
-Pero estaba enfermo -dijo Willem al fin.
-Entonces no -le recordó Jude.- Al menos no de forma manifiesta.
-No, tal vez no. Pero se estaba muriendo.
Jude le sonrió.
-Oh, morir -dijo restándole importancia-. Todos moriremos algún día. Él solo supo que la muerte le llegaría antes de lo previsto. Pero eso no significa que no fueran unos años felices para él o que no tuviera una vida feliz.
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”
Hanya Yanagihara (A Little Life)
“
Apesar de tudo, de tal modo é diferente o mundo em que se vive durante o sono que aqueles que têm dificuldade em adormecer procuram antes de tudo sair do nosso. Depois de ter desesperadamente, durante horas, de olhos fechados, remoído pensamentos semelhantes aos que teriam de olhos abertos, recobram ânimo se se apercebem de que o minuto precedente esteve prenhe de um raciocínio em contradição formal com as leis da lógica e a evidência do presente; essa breve “ausência” significa que está aberta a porta pela qual poderão talvez escapar-se imediatamente da percepção do real, indo fazer alto mais ou menos longe dele, o que lhes dará um sono mais ou menos “bom”. Mas já está dado um grande passo quando voltamos as costas ao real, quando atingimos os primeiros antros em que as “autossugestões” preparam como feiticeiras a infernal beberagem das doenças imaginárias ou a recrudescência das doenças nervosas, e espiam a hora em que as crises emergidas durante o sono inconsciente se desencadearão com a força suficiente para fazê-lo cessar.
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”
Marcel Proust (The Guermantes Way)
“
Espírito" vem da palavra latina que significa "respirar", O que respiramos é o ar, que é certamente matéria, por mais fina que seja. Apesar do uso em contrário, não há na palavra "espiritual" nenhuma inferência necessária de que estamos falando de algo que não seja matéria (inclusive aquela de que é feito o cérebro), ou de algo que esteja fora do domínio da ciência. De vez em quando, sinto-me livre para empregar a palavra. A ciência não é só compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade. Quando reconhecemos nosso lugar na imensidão de anos-luz e no transcorrer das eras, quando compreendemos a complexidade, a beleza e a sutileza da vida, então o sentimento sublime, misto de júbilo e humildade, é certamente espiritual. Como também são espirituais as nossas emoções diante da grande arte, música ou literatura, ou de atos de coragem altruísta exemplar como os de Mahatma Gandhi ou Martin Luther King. A noção de que a ciência e a espiritualidade são de alguma maneira mutuamente exclusivas presta um desserviço a ambas.
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Carl Sagan (The Demon-Haunted World: Science as a Candle in the Dark)
“
O que vim fazer aqui? Vim ser terrível. Os senhores dizem que sou um monstro. Não, sou o povo. Sou uma exceção? Não, sou todo mundo. A exceção são os senhores. Os senhores são a quimera, e eu, a realidade. Sou o Homem. Sou o medonho Homem que Ri. Que ri do quê? Dos senhores. Dele mesmo. De tudo. O que é esse meu riso? É o crime dos senhores e é meu próprio suplício. Esse crime, eu lhes jogo na cara; esse suplício, eu lhes cuspo no rosto. Eu rio, e isso quer dizer: eu choro.
[...]
– Esse riso que está em meu rosto foi posto aí por um rei. Esse riso exprime a desolação universal. Esse riso significa ódio, silêncio forçado, raiva, desespero. Esse riso é um produto da tortura. Esse riso é um riso de violência. Se Satã tivesse esse riso, esse riso condenaria Deus. Mas o Eterno não se assemelha aos efêmeros; sendo o absoluto, ele é justo; e Deus abomina o que fazem os reis. Ah! Os senhores me consideram uma exceção! Eu sou um símbolo. Ó imbecis todo-poderosos, abram seus olhos. Eu encarno tudo. Represento a humanidade tal qual foi feita por seus mestres. O homem é um mutilado. O que fizeram a mim fizeram ao gênero humano.
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Victor Hugo (The Man Who Laughs)
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Façamos um pequeno cálculo. Como integrante da espécie humana, tenho uma identidade genética específica. Existem cerca de trina mil genes ativos no genoma humano. Cada um tem pelo menos duas variantes, ou "alelos", de modo que o número de identidades geneticamente distintas que o genoma pode codificar é de pelo menos dois elevado à trigésima milésima potência - o que equivale mais ou menos ao número um seguido de dez mil zeros. É o número de pessoas possíveis permitido pela estrutura do nosso DNA.
E quantas dessas pessoas possíveis chegaram realmente a existir? Estima-se que cerca de quarenta bilhões de seres humanos nasceram desde o surgimento de nossa espécie. Vamos arredondar para cem bilhões, só para ficar numa estimativa moderada. Isso significa que a fração de seres humanos geneticamente possíveis que nasceram é menor que 0,00000... 000001 (acrescente cerca de 9.979 zeros a mais no intervalo). A esmagador a maioria desses seres humanos geneticamente possíveis é de fantasmas que não nasceram. Foi essa a fantástica loteria que eu - e você - tivemos de ganhar para aparecer no cenário".
Jim Holt - Por Que o Mundo Existe?
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Jim Holt (Why Does the World Exist?: An Existential Detective Story)
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Duas vezes foi criado o mundo: quando passou do nada para o existente; e quando, alçado a um passo mais sutil, fez-se palavra. O caos, portanto, não cessou com o aparecimento do universo; mas quando a consciência do homem, nomeando o criado, recriando-o, portanto, separou, ordenou, uniu. A palavra, porém, não é o símbolo ou reflexo do que significa, função servil, e sim o seu espírito, o sopro na argila. Uma coisa não existe realmente enquanto não nomeada: então, investe-se da palavra que a ilumina e, logrando identidade, adquire igualmente estabilidade. Porque nenhum gêmeo é igual a outro; só o nome gêmeo é realmente idêntico ao nome gêmeo. Assim, gêmea inumerável de si mesma, a palavra é o que permanece, é o centro, é a invariante, não se contagiando da flutuação que a circunda e salvando o expresso das transformações que acabariam por negá-lo. Evocadora a ponto de um lugar, um reino, jamais desaparecer de todo, enquanto subsistir o nome que os designou (Byblos, Carthago, Suméria), a palavra, sendo o espírito do que - ainda que só imaginariamente - existe, permanece ainda, por incorruptível, como o esplendor do que foi, podendo, mesmo transmigrada, mesmo esquecida, ser reintegrada em sua original clareza. Distingue, fixa, ordena e recria: ei-la.
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Osman Lins
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Quando visitamos empresas, geralmente nos deparamos com o banner de valores. E, em alguns, podemos ler: HONESTIDADE, CRIATIVIDADE, TRANSPARÊNCIA; em seguida, o invariável: FOCO NO RESULTADO. Um fato interessante é que a palavra foco inevitavelmente vem acompanhada da palavra resultado, como se fosse uma obviedade. Não sei também se você, Cortella, já refletiu sobre a bobagem que é fazer uma lista em que um dos itens tem a palavra foco. Porque nesse caso ficam anulados os outros itens. Se o oftalmologista diz: “Foque a terceira letra”, todas as outras letras perdem o foco. Cortella – Na escola é o plano pedagógico que costuma ficar em evidência para que todos possam vê-lo. Clóvis – Toda vez que o foco está em alguma coisa, fica descaracterizada a ideia de complexidade, diversidade, pluralidade. O que quero dizer com isso? Se houver um conflito entre honestidade e resultado – conflito mais do que provável, porque é possível, para fazer uma venda a qualquer preço, mentir sobre o produto ou sobre o serviço prestado –, então, a resposta está no banner: o foco é no resultado. Se houver conflito com qualquer outro valor, o foco está no resultado. E isso significa o quê? Fazer o que for preciso para obter resultado, mesmo que isso implique mentir, enganar, ludibriar e assim por diante.
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Anonymous
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A história de uma família parece mais com um mapa topográfico do que com um romance, e uma biografia é a soma de todas as eras geológicas que você atravessou. Escrever-se a si mesma significa lembrar que você nasceu com raiva e que foi um despejo de lava denso e contínuo, antes que sua crosta endurecesse e rachasse para deixar aflorar uma espécie de amor, ou que a força inútil do perdão viesse polir e achatar qualquer formação de um vale em você. Reler-se a si mesma significa inventar aquilo pelo que você passou, detectar cada estrato de que está composta: os cristais de júbilo ou de solidão no fundo, as consequências de uma lembrança que evaporou, tudo o que foi escavado e depois inundado, apenas para se dar conta de que não é verdade que o tempo cura — há uma fratura que jamais será preenchida. A única coisa que o tempo faz é carregar consigo o pó e ervas daninhas, de modo que aquela fissura seja coberta até se transformar numa paisagem distinta, distante, quase de fábula, na qual se fala um idioma que não se conhece mais, tão verossímil quanto o élfico. Paisagens sobre as ruinas da sua família, e você se dá conta de que algumas palavras foram apagadas, mas outras salvas, algumas desapareceram, enquanto outras farão sempre parte da sua reverberação, e então finalmente se chega à margem do seu pai e da sua mãe, depois de anos acreditando que morrer ou enlouquecer fosse o único jeito de estar à altura deles. É lá então que você entende que tudo no seu sangue é uma chamada e você é somente eco de uma mitologia pregressa.
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Claudia Durastanti (La straniera)
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A vida não é tão original assim, sabe? Tem esse jeito misterioso de nos lembrar que, mesmo sem um Deus, em retrospecto pode haver um lampejo de esplendor no modo como o destino dá suas cartas. Ele não oferece as cinquenta e duas; ele dá, digamos, umas quatro ou cinco, que, no fim, são as mesmas com as quais nossos pais e avós e bisavós jogaram, já bem gastas e dobradas. A escolha de sequências é limitada: em algum momento, as cartas vão se repetir, raramente, na mesma ordem, mas sempre segundo um padrão que parece misteriosamente familiar. Às vezes, a última nem chega a ser jogada por aquele cuja vida terminou. O destino nem sempre respeita o que acreditamos ser o fim de uma vida. Ele dará a última cartada da sua existência para aqueles que ainda estão por vir. É por isso que eu acho que todas as vidas são condenadas a permanecer inacabadas. Essa é a verdade deplorável com a qual todo mundo precisa conviver. Chegamos ao fim e nossa vida não se conclui, não chega nem perto disso! Deixamos por toda parte projetos que mal começamos, questões malresolvidas. Viver significa morrer com vários arrependimentos entalados na garganta. Como diz o poeta francês: Le temps d’apprendre à vivre il est déjà trop tard, até aprendermos a viver, já é tarde demais. Mas, ainda assim, deve existir alguma alegriazinha em descobrir que cada um de nós está em posição de completar as vidas de outras pessoas, de fechar o livro-razão que elas deixaram aberto e jogar por elas sua última cartada. O que poderia ser mais gratificante do que saber que sempre caberá a outra pessoa completar e concluir nossa vida? Alguém que amamos e que nos ama o bastante.
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André Aciman (Find Me (Call Me By Your Name, #2))
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Não é com a mente aquisitiva e possessiva, acumulação de conhecimentos intelectuais, que se chega à Sabedoria. A mente aquisitiva aumenta a erudição, mas a Sabedoria não é erudição. Pode-se ser erudito e não sábio, e sábio sem ser erudito. Nossa mente, através dos tempos, adquiriu grande experiência em defender e proteger o eu, criando um sistema de segurança em todos os setores de nossa atividade: física, material, econômica, afetiva e intelectual, através de nossos apegos a conceitos, credos, teorias, sistemas filosóficos etc. Essas acumulações nada significam, são limitações do nosso pensamento vinculado a condicionamentos. É imprescindível que a mente possa receber o novo, o desconhecido, sem pretender amoldá-lo, ajustá-lo aos condicionamentos do passado.
O apego às acumulações do passado, significa condicionamento ao tempo, e jamais, dentro do tempo, se poderá compreender o Eterno (Incondicionado). Só quando a mente se libertar de toda e qualquer acumulação do passado, o pensamento poderá ser criador, capaz de reto pensar e chegar à Sabedoria.
Pela ignorância, a idéia de apego surge no homem comum não esclarecido, porque o ego, pela insatisfatoriedade, tende sempre a se preencher, se completar e se expandir. Assim, preenchemos e completamos nosso ego psicologicamente pela esposa, filhos (os filhos pelos pais), amigos, pelo clube a que pertencemos, pelo país em que vivemos etc. Todos nós nos completamos psicologicamente porque somos dependentes uns dos outros. Porém esta união, que nos completa, que nos traz felicidade, é algo muito precário. Pela natureza impermanente desta existência, não se pode manter esta união e felicidade indefinidamente, mais cedo ou mais tarde há uma separação inevitável e isto é sofrimento.
Porém, quando, pelo autoconhecimento e progresso espiritual, vamos compreendendo gradativamente as Quatro Nobres Verdades, os fenômenos que caracterizam a existência (Impermanência, Insatisfatoriedade e Impessoalidade), o que é a Sabedoria, então não vamos mais nos completar psicologicamente. Continuaremos a amar os outros de uma maneira mais correta, e o apego irá se manifestando cada vez mais fracamente.
O amor no homem comum está sempre ligado ao apego, há sempre a idéia de propriedade: "meu filho", "meu marido", "minha esposa", "meu pai", etc. Este amor é inseparável do apego.
Quando, pelo desenvolvimento da Sabedoria, vamos ganhando essa capacidade de amar sem nos apegar, há verdadeira felicidade, porque amamos sem nos escravizar aos outros e às coisas. Gradativamente, nos tornamos a nossa própria lanterna, não mais dependendo dos outros para nos completar psicologicamente.
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Georges da Silva (Budismo: Psicologia do Autoconhecimento)
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O outro não é apenas um duplo especular, ao modo de um espelho do Eu. Para começar, o outro tem dois olhos, não apenas um. Então em qual ponto de vista devemos nos colocar? Se os olhos piscam ao mesmo tempo, a imagem permanece ainda que não esteja em presença. Mas, se alternamos o piscar entre um olho e outro, o objeto começa a se movimentar, em função de um efeito de ilusão chamado paralaxe. Ou seja, o fato de nós termos uma visão binocular e supormos no outro um único ponto de vista corresponde a uma diferença estrutural entre o eu e o outro. Isso ocorre também porque há um ponto de ausência na visão, bem no centro do cone ótico, chamado mácula. Além disso, a visão, tomada nesse sentido geométrico, equivale à audição, não à escuta. Para escutar e não só ouvir, assim como olhar e não só ver, é preciso subtrair a representação antecipada que fazemos do outro, da imagem, e que não é uma ilusão ótica, mas uma ilusão cognitiva. Quando alguém começa a aprender a arte do desenho, uma das primeiras lições, e talvez a mais importante, no sentido inaugural, é que você deve se ater ao que objetivamente está vendo, não ao que se “sabe” sobre o formato de uma maçã ou das arestas de um cubo.
Isso significa que, para que os dois olhos colaborem na apreensão de uma única imagem, é preciso pensar a partir do quadro, colocar-se no lugar do outro, mas também supor o que o quadro “ignora” sobre sua própria composição. Por exemplo, o tamanho, a disposição e a distribuição dos volumes impõem involuntariamente ao observador que se coloque no ponto exato em que o quadro forma uma boa imagem. Se nos colocamos a menos de um palmo ou a mais de cem metros da Mona Lisa, sua experiência estética simplesmente será outra. Ocorre que, nesse ponto, ao qual nos ajustamos automaticamente – como ajustamos a distância exata à qual um bebê é capaz de formar seu foco visual, sem que ninguém tenha nos ensinado isso –, emerge outro fenômeno: nos vemos sendo vistos. Nossa percepção é a de que fazemos parte da tela e estamos imersos no espaço do museu. Ou seja, recebemos nossa própria imagem, que nos enxerga ali onde não nos vemos. É assim também com a escuta. Reconhecemos o que o outro não escuta, o que ele mesmo diz, e não adianta simplesmente dizer isso, gritar ou se exasperar, porque ele não escuta. E isso acontece porque, no fundo, “não pode escutar”, pois aquilo foi feito para ficar nessa zona cinzenta do não escutado.
Não obstante, há restos – penumbras, zonas de transição, rastros daquilo que não se escuta perfeitamente –, mas que se denunciam como ruídos, particularmente em distorções, exageros, inibições e excepcionalidades da sua expressividade. O senso comum tenta eliminar tais ruídos entendendo que atrapalham a funcionalidade das relações. A psicanálise dá atenção a essas bobagens e imperfeições comunicativas, pois presume que nelas falta o que não pode ser realmente escutado e que de fato está determinando impasses relacionais.
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Christian Dunker (A arte de amar (Portuguese Edition))
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A Etimologia tentou separar duas raízes: de um lado a raiz-lua que, com men (lua) e mensis (mes) pertence a raíz ma do sacrifício mas; e de outro, a raiz sânscrita manas, com menos (grego), mens (latim) etc., que representa o espirito por excelência.
Da raiz-espírito brota uma ampla ramificação de sentidos espirituais significativos: menos, espirito, coração, alma, coragem, ardor; menoinan, considerar, meditar, desejar; memona, ter em mente, pretender; mainomai pensar e também perder-se em pensamentos e delirar, a qual pertence mania, loucura, possessão e também manteia, profecia. Outros ramos da mesma raiz-espírito são menis, menos, raiva, menuo, indicar, revelar; meno, permanecer, demorar-se, manthano, aprender; menini, lembrar; e mentiri, mentir. Todas essas raízes-espírito originam-se de uma raiz original sânscrita Mati-h, que significa pensamento, intenção.
Em nenhum lugar, seja ele qual for, essa raiz foi colocada em oposição a raiz-lua, men, lua; mensis, mes; mas, que e ligado a ma, medir. Dessa raiz origina-se não só matra-m, medida, mas também metis, inteligência, sabedoria; matiesthai, meditar, ter em mente, sonhar; e, mais ainda, para nossa surpresa, verificamos que essa raiz-lua, pretensamente oposta a raiz-espírito, e da mesma maneira derivada da raiz sânscrita mati-h, significando medida, conhecimento.
Em conseqüência, a única raiz arquetípica subjacente a esses significados e espírito-lua, que se expressa em todas as suas ramificações diversificadas, revelando-nos assim sua natureza e seu significado primordial. O que emana do espírito-lua e um movimento emocional relacionado de perto com as atividades do inconsciente. Na erupção ativa e um espirito igneo: coragem, cólera, possessão e ira; sua auto-revelação conduz a profecia, cogitação e mentira, mas também a poesia. Junto com essa produtividade ignea, no entanto, coloca-se outra atitude mais “ medida “ que medita, sonha, espera e deseja, hesita e se retarda, que se relaciona com a memória e o aprendizado, e cujo efeito e a moderação, a sabedoria e o significado.
Discutindo o assunto em outro lugar, mencionei, como uma atividade primaria do inconsciente, o Einfall, isto e, o pressentimento ou o pensamento que “ estala “ na cabeça. O aparecimento de conteúdos espirituais que penetram na consciência com suficiente forca persuasiva para fascina-la e controla-la, representa provavelmente a primeira forma de emergência do espirito no homem. Enquanto numa consciência ampliada e num ego mais forte esse fator emergente e introjetado e concebido como uma manifestação psíquica interna, no começo parece atingir a psique “ de fora “, como uma revelação sagrada e uma mensagem numinosa dos “ poderes “ ou deuses. O ego, ao experimentar esses conteúdos como vindos de fora, mesmo quando os chama de intuitos ou inspirações, recebe o fenômeno espiritual espontâneo com a atitude característica do ego da consciência matriacal. Porque ainda e verdade, como sempre foi, que as revelações do espírito-lua são recebidas mais facilmente quando a noite anima o inconsciente e provoca a introversão do que a luz brilhante do dia.
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Erich Neumann (The Fear of the Feminine and Other Essays on Feminine Psychology)
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Três coisas estão faltando. A primeira: você sabe por que livros como este são
tão importantes? Porque têm qualidade. E o que significa a palavra qualidade? Para mim
significa textura. Este livro tem poros. Tem feições. Este livro poderia passar pelo
microscópio. Você encontraria vida sob a lâmina, emanando em profusão infinita. Quanto
mais poros, quanto mais detalhes de vida fielmente gravados por centímetro quadrado você
conseguir captar numa folha de papel, mais “literário” você será. Pelo menos, esta é a minha
definição. Detalhes reveladores. Detalhes frescos. Os bons escritores quase sempre tocam a
vida. Os medíocres apenas passam rapidamente a mão sobre ela. Os ruins a estupram e a
deixam para as moscas. Entende agora por que os livros são odiados e temidos? Eles mostram
os poros no rosto da vida. Os que vivem no conforto querem apenas rostos com cara de lua
de cera, sem poros nem pelos, inexpressivos. Estamos vivendo num tempo em que as flores
tentam viver de flores, e não com a boa chuva e o húmus preto. Mesmo os fogos de artifício,
apesar de toda a sua beleza, derivam de produtos químicos da terra. No entanto, de algum
modo, achamos que podemos crescer alimentando-nos de flores e fogos de artifício, sem
completar o ciclo de volta à realidade. Você conhece a lenda de Hércules e Anteu, o
gigantesco lutador cuja força era invencível desde que ele ficasse firmemente plantado na
terra? Mas quando Hércules o ergueu no ar, deixando-o sem raízes, ele facilmente pereceu.
Se não existe nessa lenda nenhuma lição para nós hoje, nesta cidade, em nosso tempo, então
sou um completo demente. Bem, aí temos a primeira coisa de que precisamos. Qualidade,
textura da informação.
— E a segunda?
— Lazer.
— Ah, mas já temos muitas horas de folga.
— Horas de folga, sim. Mas e tempo para pensar? Quando você não está dirigindo a cento
e sessenta por hora, numa velocidade em que não consegue pensar em outra coisa senão no
perigo, está praticando algum jogo ou sentado em algum salão onde não pode discutir com o
televisor de quatro paredes. Por quê? O televisor é “real”. É imediato, tem dimensão. Diz o
que você deve pensar e o bombardeia com isso. Ele tem que ter razão. Ele parece ter muita
razão. Ele o leva tão depressa às conclusões que sua cabeça não tem tempo para protestar:
“Isso é bobagem!”.
— Somente a “família” é “gente”.
— Como disse?
— Minha mulher diz que os livros não são “reais”.
— Graças a Deus que não. Você pode fechá-los e dizer: “Espere um pouco aí”. Você faz
com eles o papel de Deus. Mas quem consegue se livrar das garras que se fecham em torno
de uma pessoa que joga uma semente num salão de tevê? Ele dá a você a forma que ele
quiser! É um ambiente tão real quanto o mundo. Ele se torna a verdade e é a verdade. Os
livros podem ser derrotados com a razão. Mas com todo o meu conhecimento e ceticismo,
nunca consegui discutir com uma orquestra sinfônica de cem instrumentos, em cores, três
dimensões, e ao mesmo tempo estar e participar desses incríveis salões. Como você vê, meu
salão não passa de quatro paredes de gesso. E veja. — Faber exibiu dois pequenos tampões de
borracha. — Para minhas orelhas, quando ando nos jatos subterrâneos.
— O Dentifrício Denham; eles não tecem, nem fiam — disse Montag, os olhos cerrados.
— E para onde vamos? Os livros nos ajudariam?
— Só se nos fosse dada a terceira coisa necessária. A primeira, como eu disse, é a
qualidade da informação. A segunda, o lazer para digeri-la. E a terceira, o direito de realizar
ações com base no que aprendemos da interação entre as duas primeiras.
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Ray Bradbury (Fahrenheit 451)
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Explicação da parábola do semeador — 11Eis, pois, o que significa essa parábola: A semente é a palavra de Deus. 12Os que estão ao longo do caminho são os que ouvem, mas depois vem o diabo e arrebata-lhes a Palavra do coração, para que não creiam e não sejam salvos. 13Os que estão sobre a pedra são os que, ao ouvirem, acolhem a Palavra com alegria, mas não têm raízes, pois crêem apenas por um momento e na hora da tentação desistem. 14Aquilo que caiu nos espinhos são os que ouviram, mas, caminhando sob o peso dos cuidados, da riqueza e dos prazeres da vida, ficam sufocados e não chegam à maturidade. 15O que está em terra boa são os que, tendo ouvido a Palavra com coração nobre e generoso, conservam-na e produzem fruto pela perseverança. Como
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Various (Bíblia de Jerusalém: Bíblia Sagrada)
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Explicação da parábola do semeador — 11Eis, pois, o que significa essa parábola: A semente é a palavra de Deus. 12Os que estão ao longo do caminho são os que ouvem, mas depois vem o diabo e arrebata-lhes a Palavra do coração, para que não creiam e não sejam salvos. 13Os que estão sobre a pedra são os que, ao ouvirem, acolhem a Palavra com alegria, mas não têm raízes, pois crêem apenas por um momento e na hora da tentação desistem. 14Aquilo que caiu nos espinhos são os que ouviram, mas, caminhando sob o peso dos cuidados, da riqueza e dos prazeres da vida, ficam sufocados e não chegam à maturidade. 15O que está em terra boa são os que, tendo ouvido a Palavra com coração nobre e generoso, conservam-na e produzem fruto pela perseverança. Como receber e transmitir o ensinamento de Jesus — 16Ninguém acende uma lâmpada para a cobrir com um recipiente, nem para colocá-la debaixo da cama; ao contrário, coloca-a num candelabro, para que aqueles que entram vejam a luz. 17Pois nada há de oculto que não se torne manifesto, e nada em segredo que não seja conhecido e venha à luz do dia. 18Cuidai, portanto, do modo como ouvis! Pois ao que tem, será dado; e ao que não tem, mesmo o que pensa ter, lhe será tirado".
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Various (Bíblia de Jerusalém: Bíblia Sagrada)
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Os Maníacos, pensou, estão lutando contra a Terra; Mageboom, representando a CIA, está ocupado atirando em Hentman. Minha ex- esposa está lutando contra mim. E Hentman é meu inimigo. Logicamente, o que isto significa para mim? Deve ser possível formar uma equação racional, extraída desta confusão barroca; com certeza ela pode ser simplificada. Se os Maníacos estão à frente na ofensiva contra a Terra, e Hentman está lutando contra a Terra, então os Maníacos e Hentman são aliados. Hentman está contra mim, portanto sou inimigo dele e aliado da Terra. Mary está lutando contra mim e eu estou contra Hentman, assim Mary é aliada de Hentman, consequentemente inimiga da Terra. Entretanto, Mary lidera a força de trabalho dos psicólogos que pousaram aqui; ela veio como representante da Terra. Então, logicamente Mary é ao mesmo tempo inimiga e aliada da Terra.
Era impossível construir uma equação… havia muitos participantes na luta, cometendo desatinos demais, alguns, como no caso de Mary, por conta própria.
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Philip K. Dick (Clans of the Alphane Moon)
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O público quer saber como é estar vivo na ponta da faca do agora. O que significa ser um ser humano hoje?
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Robert McKee (Story: Substance, Structure, Style, and the Principles of Screenwriting)
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O que “uma vida melhor” significa varia muito entre os garimpeiros, mas talvez eles desejem apenas uma vida sob rédeas, uma vida livre da dor e das surpresas desagradáveis do destino. Infelizmente, para eles, a vida insiste em seguir seu próprio ritmo. E assim também o faz a morte.
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Fernanda Castro (Lágrimas de carne)
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— Eu tinha mil coisas decoradas para dizer a você neste momento, mas não consigo pensar em nenhuma. O que você significa para mim, Chelsea, desafia a linguagem. Não pode ser resumido em palavras ou reduzido a um minuto de discurso. Só sei que te amo com todo meu coração e minha alma e que esse sentimento é ilimitado.
Enquanto meu coração estiver batendo, só vai bater por você.
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Penelope Ward (Neighbor Dearest)
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O último será o primeiro; e o primeiro, o último.” O que isso significa, e como isso funciona? Em uma corrida, por exemplo, a única maneira de o primeiro ser o último; e o último, o primeiro, é todos cruzarem a linha de chegada ao mesmo tempo. Se todos cruzarem a linha de chegada exatamente no mesmo momento, o primeiro será o último; e o último, o primeiro. Todos terminam empatados.
O céu não é uma recompensa por um serviço longo ou um trabalho duro. Algumas pessoas servem a Cristo durante toda a sua vida; outros, durante pouco tempo. Todos nós entramos na mesma vida eterna. Todos nós recebemos as mesmas bênçãos espirituais no céu.
Se isso lhe parece injusto, lembre-se de que isso é muito mais do que qualquer um de nós merece. Os benefícios do Reino são iguais para todos porque fomos remidos apenas pela graça de Deus, e por nada além disso. Isso são notícias verdadeiramente boas para você e para mim; não precisamos merecer nosso acesso ao reino. O céu não se baseia em nosso mérito.
Em As parábolas de Jesus comentadas por John MacArthur: Os mistérios do Reino de Deus revelados nas histórias contadas pelo Salvador
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John F. MacArthur Jr.
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Elas dizem que aprenderam a contar com a própria força. Dizem que sabem o que significa estarem juntas. Dizem que aquelas que reivindicam uma nova língua primeiro se deparam com a violência. Dizem que aquelas que querem transformar o mundo primeiro se apoderam de fuzis. Dizem que começam do zero. Dizem que um novo mundo está surgindo.
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Monique Wittig (Les Guérillères)
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Há cerca de dez anos, aprendi uma grande lição. O telefone sempre tocava aos domingos, quando eu tinha reservado aquele dia só para mim. Eu atendia e acabava ficando irritada com quem quer que tivesse ligado. Em uma dessas ocasiões, Stedman me disse: “Se não quer falar, por que continua a atender o telefone?” Foi uma revelação: só porque o aparelho está tocando, não significa que eu precise atender. Eu tenho o controle sobre o que fazer com o tempo. Todos temos, mesmo quando parece que não. Proteja o seu tempo. A sua vida é feita dele.
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Oprah Winfrey (What I Know for Sure)
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- Está bem, esquece a pergunta. E a citação em latim acima do teu coração? O que significa?
- Mente sobre uma coisa, mentirás sobre todas. - Beijei-lhe os lábios antes que me perguntasse mais alguma coisa. Começava a questionar porque é que ela não queria ser jornalista em vez de bailarina.
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Whitney G. (Reasonable Doubt: Volume 1 (Reasonable Doubt, #1))
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El rol primero de una mujer es ser esposa, madre y ama de casa. El papel primero del hombre es ser guía, protector y proveedor. Esto no significa que la mujer no pueda tener un trabajo o que el hombre no deba cocinar o cambiar un pañal.
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Henry Makow (Estafa Cruel - Feminismo y el Nuevo Orden Mundial (Spanish Edition))
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Estrutura curiosa a pele, vocês já pensaram?
A nossa pele é a única estrutura capaz de separar o nosso interior do mundo aqui fora. Ela significa sinal vermelho, pare, não prossiga. Mas o que acontece quando algum intruso ignora o sinal vermelho e permeia essa barreira até o nosso interior? Estou falando da imposição tirana ao toque, do desrespeito aos sinais de mantenha a distância. É uma intrusão que vai além da violação física. É uma intrusão que vai pele adentro e parece nunca mais sair e, acredite, você pode esfregar o quanto quiser.
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Cristiane Barausse (Outro Plano (Portuguese Edition))
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Todos tenemos una persona que lo significa todo para nosotros o que fue el primero que nos influyó, nos formó o nos dirigió. Nadie logra el éxito solo. Nadie.
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Gary Keller (Lo único: La sencilla y sorprendente verdad que hay detrás del éxito (Spanish Edition))
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Uma das melhores formas de contornar as nossas inseguranças é a busca por conhecimento e reconhecer a necessidade dele, permitindo-se assumir o “eu não sei”, fator importante para a evolução. Por isso, em parte, a insegurança se torna positiva, no sentido de nos mover rumo à evolução. Ser bom em alguma coisa não significa ser bom desde o princípio, apenas que existe um aprendizado no processo e, para encará-lo, é preciso haver um ponto de partida. O fato de você ter deficiências e precisar aprender muito não o impede de iniciar um novo projeto. Pois através dele que você encontrará motivação para aprender. Portanto, a busca por evolução constante e formação técnica não deve ser impeditivo, mas, sim, um meio para praticar a economia da paixão.
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Marcelo Pimenta (Economia da Paixão: Como ganhar dinheiro e viver mais e melhor fazendo o que ama (Portuguese Edition))
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Todos los organismos, incluidos los seres humanos, han sido diseñados por la selección natural para reaccionar a su entorno en modos que conduzcan a una «mejora» (según los criterios de la propia selección natural) de las cosas, lo cual significa que, en mayor o menor medida, casi siempre estamos escudriñando el horizonte en busca de cosas que nos hagan infelices, que nos incomoden o que no nos satisfagan,
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Robert Wright (Por qué el budismo es verdad: La ciencia y flosofía de la meditación y la iluminación (Budismo tibetano) (Spanish Edition))
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quando discutimos sustentabilidade, é necessário, sim, olhar para o consumo, principalmente o consumismo como ideologia dominante e o padrão de consumo de países abastados, que se baseia numa noção de qualidade de vida que mais se preocupa com a quantidade de coisas que alguém deve ter do que com a qualidade do tempo com a família e o acesso pleno à saúde.7 Isso exige pautar outra visão sobre o que de fato é, ou pode ser, uma vida abundante. Como são vários padrões de consumo diferentes distribuídos de forma desigual ao redor do mundo, não adianta fazer uma abordagem simplesmente focada no consumo. É necessário mexer na produção, em especial no sistema econômico que alimenta um ciclo de produção infinita, para consumo infinito, para acumulação infinita por parte dos donos dos meios de produção. Isso significa que, enquanto alteramos formas de consumir, a produção segue em parte como antes e em parte se adapta a novas demandas de mercado. A produção como um todo não passa a ser sustentável com essa mudança na demanda, mas cria um nicho de produção “verde” desde que seja, na maioria, atrelada a lucro. A contradição do sistema é mantida e, se a contradição sistêmica persevera, não há como fugir, individualmente, da contradição formal e simbólica de ser contra a ordem vigente enquanto ela vigora.
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Sabrina Fernandes (Se quiser mudar o mundo: Um guia político para quem se importa)
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olhos de Sofia estavam rasos de lágrimas. Ela não desejava nada daquilo, seu impulso era procurar atender a suas vontades, seus desejos, como reencontrar Acabe, e descansar, se refazer bem devagar. Mas Emílio conhecia bem os impulsos negativos dela, e ponderou: – Você vai aprender a controlar seus impulsos negativos, renovar seus valores, reconstruir suas crenças em bases verdadeiras. Vai descobrir como as leis divinas regem o universo em imenso amor e passará a amá-las, confiar e se submeter a elas, para que seja realmente feliz. Você é forte, tem muita intensidade em tudo o que faz e a que se dedica. É inteligente, já desenvolveu muito seu intelecto, mas precisa aprender a amar e a ser humilde. – Ele abriu um sorriso iluminado e finalizou: – Você vai aprender a ser feliz de verdade, Sofia. Prometo. Ao toque da energia serena e amorosa de Emílio, ela sorriu e concordou. – Está certo. O que devo fazer? – Entregue-se. – O que isso significa? – Desista de tentar controlar a tudo e a todos. Aprenda a confiar em
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Sandra Carneiro (Todas as flores que eu ganhei (Portuguese Edition))
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Eis o que eu penso. A morte jamais deveria causar infelicidade. O destino de todos nós é morrer um dia. A razão deste meu pensamento é simples: se a morte de uma pessoa for motivo de infelicidade, isso significa que nós, seres humanos, nascemos para ser infelizes. Muito pelo contrário, isso está longe de ser verdade. As pessoas sempre nascem para ser felizes. Sempre.
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Toshikazu Kawaguchi (Antes que o Café Esfrie 3: A morte não precisa ser o fim da vida (Portuguese Edition))
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(…) Contemplando o rio, Iñe-e e o menino sentiram, cada um ao seu modo, um sentimento assombroso de não estarem no lugar certo e ficaram ambos tão agitados que o passeio fora encurtado. Mas por maravilhoso que fosse, o rio de algum modo soube compreender Iñe-e, porque todos os rios sabem todas as línguas do mundo, e desde aquele dia sua voz inaudível à maioria chegava, não obstante, aonde quer que ela estivesse.
A menina, entretida no silêncio que era seu, começou a perceber a voz densa do rio, apurando aos ouvidos, colocando-os entre as conchas das mãos, para escutá-lo melhor, tentando entender o que dizia. A voz atravessava distâncias, grossas paredes, massas de ar gelado. No começo, não havia nenhum som que pudesse distinguir como palavra, fluss-fluss-fluss, era o que ouvia, som comum de correnteza. Mas não demorou para que as águas se fizessem minimamente inteligíveis.
Pode me chamar de rio, odo, Fluss, river, rivière, flumine, fluxo de água rasgando a terra com a trajetória de sangue em um corpo animal. Pode me chamar de água. E água é tudo e está em tudo que compõe este mundo. Aqui, neste lugar, me chamam Isar, Isar Fluss. Esse nome significa torrente, e por ser torrente um nome de mulher eu sou Isar, rio-fêmea. E, embora os homens pouco atentem a isso quando nos nomeiam, há outros rios fêmea como eu, como o seu Paranáhuazú. Fossem as mulheres a dar nomes às coisas, cidades, rios, passagens, montanhas, talvez percebessem melhor que nem tudo no mundo é definido como macho.
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Micheliny Verunschk (O Som do Rugido da Onça)
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(…) Contemplando o rio, Iñe-e e o menino sentiram, cada um ao seu modo, um sentimento assombroso de não estarem no lugar certo e ficaram ambos tão agitados que o passeio fora encurtado. Mas por maravilhoso que fosse, o rio de algum modo soube compreender Iñe-e, porque todos os rios sabem todas as línguas do mundo, e desde aquele dia sua voz inaudível à maioria chegava, não obstante, aonde quer que ela estivesse.
A menina, entretida no silêncio que era seu, começou a perceber a voz densa do rio, apurando aos ouvidos, colocando-os entre as conchas das mãos, para escutá-lo melhor, tentando entender o que dizia. A voz atravessava distâncias, grossas paredes, massas de ar gelado. No começo, não havia nenhum som que pudesse distinguir como palavra, fluss-fluss-fluss, era o que ouvia, som comum de correnteza. Mas não demorou para eu as águas se fizessem minimamente inteligíveis.
Pode me chamar de rio, odo, Fluss, river, rivière, flumine, fluxo de água rasgando a terra com a trajetória de sangue em um corpo animal. Pode me chamar de água. E água é tudo e está em tudo que compõe este mundo. Aqui, neste lugar, me chamam Isar, Isar Fluss. Esse nome significa torrente, e por ser torrente um nome de mulher eu sou Isar, rio-fêmea. E, embora os homens pouco atentem a isso quando nos nomeiam, há outros rios fêmea como eu, como o seu Paranáhuazú. Fossem as mulheres a dar nomes às coisas, cidades, rios, passagens, montanhas, talvez percebessem melhor que nem tudo no mundo é definido como macho.
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Micheliny Verunschk (O Som do Rugido da Onça)
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O livro faz-nos sentir. Depois tens de descobrir os sentimentos por ti. Tens de refletir. Discutir. Reler. E se o fizeres como deve ser, tens uma catarse. Que deve fazer-te sentir melhor. É uma depuração da alma! Uma purificação. É o que o termo catarse significa em grego.
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Matthew Quick in As Coisas Mais Delicadas
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Pergunte aos melhores vendedores o que é preciso para ser um grande vendedor. Eles sempre vão dizer que ajuda muito quando se acredita de verdade no produto que se está vendendo. O que uma crença tem a ver com vender? Simples. Quando vendedores acreditam de verdade naquilo que estão vendendo, as palavras que saem de sua boca são autênticas. Quando a crença entra na equação, o vendedor exala paixão. É esta autenticidade que produz os relacionamentos nos quais se baseiam as melhores organizações de venda. Relacionamentos também constroem confiança. E com a confiança vem a fidelidade. A ausência de um Círculo Dourado equilibrado significa ausência de autenticidade, o que por sua vez significa que os relacionamentos não são fortes e que não há confiança. E você está de volta ao ponto de partida, vendendo com base em preço, serviço, qualidade ou recursos.
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Simon Sinek (Comece pelo porquê: Como grandes líderes inspiram pessoas e equipes a agir)
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Os mass media estão ao lado do poder na manipulação das massas ou estão ao lado das massas na liquidação do sentido, na violência exercida contra o sentido e o fascínio? São os media que induzem as massas ao fascínio, ou são as massas que desviam os tuedia para o espectaeular? Mogadiscio-Stammheim: os media assumem-se como veículo da condenação moral do terrorismo e da exploração do medo com fins políticos, mas simultaneamente, na mais completa ambiguidade, difundem o fascínio bruto do acto terrorista, são eles próprios terroristas, na medida em que caminham para o fascínio (eterno dilema moral, ver Umberto Eco: como não falar do terrorismo, como encontrar um bom uso dos media — ele não existe). Os media carregam consigo o sentido e o
contra-sentido, manipulam em todos os sentidos ao mesmo tempo, nada pode controlar este processo, veiculam a simulação interna ao sistema e a simulação destruidora do sistema, segundo uma lógica absolutamente moebiana e circular — e está bem assim. Não há alternativa, não há resolução lógica. Apenas uma exacerbação lógica e uma resolução catastrófica.
Com um correctivo. Estamos em face deste sistema numa situação dupla e insolúvel «double bind» — exactamente como as crianças perante as exigências do universo adulto. São simultaneamente intimidados a constituir-se como sujeitos autónomos, responsáveis, livres e conscientes, e a constituir-se como objectos submissos, inertes, obedientes, conformes. A criança resiste em todos os planos, e a uma exigência contraditória responde também com uma estratégia dupla. A exigência de ser objecto opõe todas as práticas da desobediência, da revolta, da emancipação, em suma, toda uma reivindicação de sujeito. À exigência de ser sujeito opõe, de maneira igualmente obstinada e eficaz, uma resistência de objecto, isto é, exactamente o oposto: infantilismo, hiperconformismo, dependência total, passividade, idiotia. Nenhuma das suas estratégias tem mais valor objectivo que a outra. A resistência-sujeito é hoje em dia unilateralmente valorizada e tida por positiva — do mesmo modo que na esfera política só as práticas de libertação, de emancipação, de expressão, de constituição como sujeito político, as que são tidas por válidas e subversivas. Isso significa que se ignora o impacte igual, e sem dúvida muito superior, de todas as práticas objecto, de renúncia à posição de sujeito e de sentido - exactamente as práticas de massa — que enterramos sob o termo depreciativo de alienação e de passividade. As práticas libertadoras respondem a unta das vertentes do sistema, ao ultimato constante que nos é dirigido de nos constituirmos em puro objecto, mas não respondem à outra sua exigência, a de nos constituirmos em sujeitos, de nos libertarmos, de nos exprimirmos a todo o custo, de votar, de produzir, de decidir, de falar, de participar, de fazer o jogo — chantagem e ultimato tão grave como o outro, mais grave, sem dúvida, hoje em dia. A um sistema cujo argumento é de opressão e de repressão, a resistência estratégica é de reivindicação libertadora do sujeito. Mas isto reflecte sobretudo a fase anterior do sistema e, se ainda nos confrontamos com ela, já não é o terreno estratégico: o argumento actual do sistema é de maximalização da palavra, de produção máxima de sentido. A resistência estratégica, pois, é de recusa de sentido e de recusa da palavra — ou da simulação hiperconformista aos próprios mecanismos do sistema, que é uma forma de recusa e de não aceitação. É o que fazem as massas: remetem para o sistema a sua própria lógica reduplicando-a, devolvem, como um espelho, o sentido sem o absorver. Esta estratégia (se é que ainda se pode falar de estratégia) leva a melhor hoje em dia, porque é essa fase do sistema que levou a melhor.
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Jean Baudrillard (Simulacra and Simulation)
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Civilização não significa mais acumulação de capital em si; na verdade, significa o que a acumulação de capital permite humanos atingirem, o florescimento e a liberdade para buscar maiores sentidos na vida quando suas necessidades básicas estão asseguradas e os perigos mais imediatos estão sob controle. Existem
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Saifedean Ammous (O Padrão Bitcoin (Edição Brasileira): A Alternativa Descentralizada ao Banco Central (Portuguese Edition))
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Uma das leis fundamentais da economia é a lei da diminuição da utilidade marginal, o que significa que adquirir mais de qualquer bem reduz a utilidade marginal de cada unidade extra deste bem. Dinheiro, que não é guardado por si só, mas para ser trocado por outros bens, terá sua utilidade marginal diminuída num ritmo menor que qualquer outro bem, porque ele sempre pode ser trocado por outro bem.
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Saifedean Ammous (O Padrão Bitcoin (Edição Brasileira): A Alternativa Descentralizada ao Banco Central (Portuguese Edition))
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200 e 250 PPM: Você é um leitor lento. Esse é considerado o limite inferior da escala. Ainda há muito o que melhorar. Entre 250 e 280 PPM: Se o resultado dos seus cálculos lhe colocou nessa faixa, você se encontra na média do que a população costuma ler. E é claro que poderemos melhorar esse índice. Entre 280 e 300 PPM: Sua média é considerada alta e muitos leitores dinâmicos se encontram nessa faixa. Assim sendo, você já está acima de grande parte da população. Mas por que parar por aqui se sabemos que você pode melhorar ainda mais? Entre 300 e 400 PPM: Bem rápido e poucas pessoas conseguem ler acima de 300 PPM. Essa agora é uma zona de desafio constante e você vai estar sempre querendo ultrapassar ela. Acima de 400 PPM: Excelente nível. Quanto mais alto for sua taxa de PPM melhores serão suas habilidades de leitura dinâmica. O ideal é manter seus índices sempre acima desse grupo. Conforme dito anteriormente, isso traz inúmeros benefícios para você. Ficou satisfeito com seu resultado? Geralmente a maioria das pessoas não fica e tem o desejo de subir nessa escala da quantidade de palavras por minuto que consegue ler. Assim sendo, agora esse é o momento ideal para que você defina uma meta a alcançar! Imagine a quantidade de palavras por minuto que você deseja atingir. Porém tenha em mente que você está começando agora e o caminho pode ser longo, por causa disso é sempre bom ter metas realistas. Mas isso não significa que ela precise manter-se sempre a mesma. Logo após definida sua meta, chegou a hora de colocar sua leitura em prática. Conforme você verá mais à frente, é importante criar uma agenda de leitura e que ela seja algo prazeroso na sua vida. Isso porque a prática saudável de leitura vai influenciar positivamente na sua velocidade e compreensão do que você lerá. Nada do que é feito obrigado e por pressão produz efeitos muito positivos. Somado a tudo isso, estudos revelam que se você praticar entre 15 e 20 minutos por dia, aplicando as técnicas de leitura dinâmica você conseguirá chegar a cerca de 400 palavras por minuto da sua capacidade de leitura em poucos dias. Impressionante, não é mesmo? Depois de definir seu objetivo de velocidade de leitura, uma ferramenta importante e muito útil para monitorar seu desempenho e avanços é fazer um gráfico de cada dia de treino. Diariamente,
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Edward W. Cooper (Leitura Dinâmica, Ultrapassando seus Limites: leia melhor e mais rápido com técnicas de leitura e fixação (Portuguese Edition))
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O que então eu vivia, durante os meus improvisos, era um êxtase. O que é o êxtase? O rapaz que bate no teclado sente um entusiasmo ( um desgosto, uma alegria) e a emoção eleva-se a um tal grau de intensidade que se torna insustentável: o rapaz foge para um estado de cegueira e de ensurdecimento em que tudo é esquecido, onde nos esquecemos até de nós próprios, Pelo êxtase. a emoção atinge o seu paroxismo, e assim, simultaneamente, a sua negação (o seu esquecimento).
O êxtase significa estar "fora de si", como ensina a etimologia da palavra grega: acção de sair da sua posição (stasis). Estar "fora de si" não significa que estejamos fora do momento presente à maneira de um sonhador que se evade para o passado ou para o futuro. Exactamente o contrário: o êxtase é a identificação absoluta com o instante presente, esquecimento total do passado e do futuro.
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Milan Kundera (Les testaments trahis)
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Há algo a ser meditado, especialmente quando se fala sobre felicidade. E de Pope eu gosto demais de uma frase. Disse ele: 'Algumas pessoas nunca saberão tudo, porque entendem tudo muito depressa'. Isso me lembra aquilo que um dia Guimarães Rosa produziu ao dizer: 'Não convém fazer escândalo de começo, só aos poucos é que o escuro é claro'. Isso é um sinal de inteligência imensa de alguém que conseguiu observar a vida e olhar um pouco o que significa existir. Não convém fazer escândalo de começo, só aos poucos o escuro é claro…
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Mario Sergio Cortella (Felicidade: Modos de Usar)
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Mas quando os cuidadores ignoram as necessidades da criança, ou até suportam mal a sua existência, ela aprende a antecipar a rejeição e a frieza. Faz o que pode para bloquear a hostilidade ou a negligência da mãe, como se isso não tivesse importância, mas o seu corpo permanecerá, provavelmente, num estado de alerta, preparado para suster alguns golpes, privações ou abandono. A dissociação significa saber e não saber ao mesmo tempo.
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Bessel van der Kolk (The Body Keeps the Score: Brain, Mind, and Body in the Healing of Trauma)
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Da fé na criação se segue o caráter de totalidade da esperança cristã. O que é salvo é a criatura homem, a totalidade e unidade da pessoa, que se manifesta em nossa vida corpórea.. “Os fios de cabelo de vossa cabeça estão todos contados” (Mt 10:30). Isso não significa que não haja nada transitório no homem, mas, sim, que é precisamente na superação do transitório que o permanente adquire sua forma.
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Bento XVI (Escatologia - Morte e Vida Eterna)
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Um dia você pode se surpreender sorrindo para a voz dentro da cabeça, como sorriria para as travessuras de uma criança. Isso significa que você não está mais levando tão a sério o que vai pela mente, pois o seu eu interior não depende dela.
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Eckhart Tolle (Praticando o Poder do Agora: Ensinamentos essenciais, meditações e exercícios de O Poder do Agora)
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Se o seu parceiro continua identificado com a mente e com o sofrimento, mas você já se libertou deles, vai ser um grande desafio. Não para você, mas para ele. Não é fácil conviver com uma pessoa iluminada, ou melhor, é tão fácil que o ego acha extremamente ameaçador. Lembre-se de que o ego precisa de problemas, disputas e “inimigos” para fortalecer o sentido de separação de onde tira a sua identidade. A mente do parceiro não iluminado ficará profundamente frustrada porque não encontrará resistência às suas posições rígidas, o que significa que ela vai se tornar insegura e enfraquecida, além de haver “perigo” de essas posições desabarem todas juntas, resultando na perda do eu interior. O sofrimento do corpo pedirá uma resposta, mas não irá obtê-la. Sua necessidade de discussões, dramas e disputas não estará sendo atendida.
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Eckhart Tolle (Praticando o Poder do Agora: Ensinamentos essenciais, meditações e exercícios de O Poder do Agora)
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Gabi apoia-se em meus ombros, investigando a parte de minha tatuagem que aparece pela manga da regata. A rosa dos ventos em aquarela. Sua unha longa raspa em meu peito, inspecionando o desenho. Eu fico congelado. Minhas mãos pesam em sua cintura enquanto o resto do meu corpo responde a vaga noção de que Gabrielle está nos meus braços. - Não tem o "N". - constata, experimentando-me. Perto demais. - Han? - balbucio, embora saiba exatamente do que se trata. - É uma rosa dos ventos, não é? Tem todas as outras direções. - seu toque macio desliza pelas outras letras ao redor da minha tatuagem - Mas não tem o "N". Por que não tem o Norte? É intencional? - Está me perguntando o que minha tatuagem significa? - desço o rosto para assistir seus olhos adoráveis revirando-se ao espremer os lábios em teimosia - É só algo que ouvi há um tempo. - respondo sua pergunta não feita, tentando livrar minha mente de pensamentos libidinosos - "Quando você perde o Norte, descobre que pode ir em qualquer direção". - explico, as palavras secas estalando em minha língua.
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Julianna Costa (Impostor (Portuguese Edition))
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ChatGPT tende à esquerda; outras IAs tendem à direita. Isso não significa que não possa confiar nas informações do chat. Isso significa que o bot tenderá a falar de forma mais suave com pessoas da esquerda/direita.
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Jorge Guerra Pires (Desinformação, infodemia, discurso de ódio, e fake news : Saiba o que são e como se informar online de forma saudável (Inteligência Artificial, Democracia, e Pensamento Crítico) (Portuguese Edition))
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Como você prova para uma criança que o homem-aranha é ficção?
Uma forma é mostrar para ele que existe uma pessoa por trás das estórias, imaginação humana. Mesmo se aplica à bíblia, foram pessoas que escreveram, não foi Deus.
Poderia apontar a impossibilidade, uma vez que misturar a genética humana e das aranhas é impossível. Vamos lembrar que a toda a população da terra veio de duas pessoas, somente: Adão e Eva, que depois tiveram filhos. Geneticamente, pessoas próximas quando têm filhos, existem inúmeras complicações genéticas, devido ao alto grau de parentesco, da proximidade genética. Homem-aranha faz mais sentido do que Adão e Eva: o nosso código genético é o mesmo das aranhas, o que muda são os genes expressados. Isso significa que em teoria podemos sim nos transformamos em aranhas. Estudos prometem explorar a capacidade das salamandras de regenerar membros.
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Jorge Guerra Pires (Ciência para não cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional (Vol. II: Religião) (Inteligência Artificial, Democracia, e Pensamento Crítico) (Portuguese Edition))
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Pedimos para que fraternizeis uns com os outros! Isto significa respeitar o que é diferente valorizando a livre iniciativa! Pois não está escrito que para ser fraterno é necessário ter esta ou aquela religião, mas sim, para ser fraterno é necessário olhar para o Deus do outro de maneira humilde lembrando que há cidadãos ateus moralmente mais adiantados que muitos deístas assumidos.
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Ramatís (Resgate nos Umbrais (Portuguese Edition))
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um fio de amarrar peixes tem cheiro de peixe.” Quer gostemos disso ou não, somos naturalmente influenciados pelo ambiente. Pergunte-se: “Eu quero seguir o exemplo de quem? Essa pessoa está próxima fisicamente ou mentalmente?” * Se ajudamos alguém esperando receber algo em troca, isso não é dar; é emprestar. A verdadeira dádiva não espera nada em troca. Isso também significa que abrimos mão do controle sobre o que damos.
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Haemin Sunim (As coisas que você só vê quando desacelera: Como manter a calma em um mundo frenético (Portuguese Edition))
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Quien renuncia a cosas consideradas indispensables en la sociedad en que vive tiene más posibilidades de vislumbrar lo que de verdad es esencial, o que a veces nos puede salvar. Llevar consigo una diferencia, una anomalía, un algo menos —lo que puede querer decir que uno se siente un poco perdido— significa a menudo encontrar una clave de lectura útil que la presunta normalidad no nos deja ver.
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Franco Michieli (La vocazione di perdersi: Piccolo saggio su come le vie trovano i viandanti)
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Aceptar una experiencia no significa que esta represente nuestra preferencia o que estemos de acuerdo con ella.
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Lise Bourbeau (Las 5 heridas que impiden ser uno mismo)
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Deus tem sempre, em sua essência, o atributo do artista. Dar vida ao inerte, dar forma ao informe, dar significação ao que nada significa, é criar, é tornar real o que apenas era sonho, desejo. O artista é um criador. E Deus, em quase todas as concepções religiosas que aceitam a criação, é sempre um grande esteta, um grande amante da beleza, da perfeição, porque é o artista supremo.
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Mário Ferreira dos Santos (Filosofia e Cosmovisão)
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Eu não sou um capitalista, Eu não sou comunista, Eu não sou socialista, Eu não sou um tradicionalista. Uma espécie infantil e clinicamente sectária como a sua não consegue entender o que eu sou. Isso significa que não sou da mesma espécie que você?
Claro que sou, mas de uma dimensão diferente, de uma dimensão diferente no tempo, de uma dimensão diferente na mente, onde o intelecto é apenas uma ferramenta, não uma tortura - onde a fé é apenas uma escolha, não uma obrigação - onde o dinheiro é apenas um meio, não um patrão - onde a unidade é fundamental, não a ficção.
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Abhijit Naskar (Monge Cientista (Portuguese Edition))
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Nas pernas escuras da moça havia muitas cicatrizes brancas pequeninas. E pensei: Será que essas cicatrizes estão no seu corpo inteiro, como as luas e estrelas no seu vestido? Achei que isso também seria bonito, e peço-lhe neste instante que faça o favor de concordar comigo que uma cicatriz nunca é feia. Isto é o que aqueles que produzem as cicatrizes querem que pensemos. Mas você e eu temos de fazer um acordo e desafiá-los. Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser nosso segredo. Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma num morto. Uma cicatriz significa: “Eu sobrevivi.
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Anonymous