Noite De Ano Novo Quotes

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Era o último dia do ano e para muitos, o único que realmente importava. Tudo o que não fora feito durante o ano, transformar-se -ia num novo desejo, quando a meia-noite fosse anunciada e as passas consumidas de forma pensativa. Brindavam ao ano e à vida que deixavam para trás, dando as boas novas a um ano diferente, com novos conhecimentos, novos projectos e novas aventuras. E por um motivo que ainda não sabia descodificar, ninguém queria estar sozinho na última noite do ano. Era um dia como tantos outros, apenas com a diferença de um número no final do calendário, mas estar sozinho naquela noite era como um mau presságio para o ano que se avizinhava.
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Carina Rosa (As Gotas de um Beijo)
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Se houver dor, cuida dela, e se houver chama, não a desprezes, não sejas brutal com ela. A abstinência do que gostamos pode ser algo terrível quando nos deixa acordados, durante a noite, e ver como os outros se esquecem de nós mais depressa do que gostaríamos de ser esquecidos não é melhor. Arrancamos tanto de nós próprios só para nos curarmos de coisas, mais depressa do que deveríamos, que entramos em falência por volta dos trinta anos e temos menos para oferecer de cada vez que começamos com alguém novo. Mas tentarmos não sentir nada, porque temos medo de sentir alguma coisa? Que desperdício!
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André Aciman (Call Me By Your Name (Call Me By Your Name, #1))
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Durante o segundo ano sofreu uma mudança. Tinha-se mudado para dentro do colégio e este começou a assimilá-lo. Talvez passasse os dias como dantes, mas quando os portões se fechavam sobre ele à noite iniciava-se um novo processo. Mesmo quando ainda era caloiro fez a importante descoberta de que os homens crescidos comportam-se educadamente uns com os outros, se não houver qualquer motivo em contrário. (...) As atitudes dos professores eram mais extraordinárias ainda. Maurice estava mesmo só a precisar de um ambiente assim para acalmar. Não lhe agradava ser bruto e grosseiro. Era contra a sua natureza. Mas isso tinha sido necessário no colégio ou ele não teria aguentado, e julgara que comportamentos assim seriam ainda mais necessários no maior campo de batalha que era a Universidade. ----------------------------------------------------- p.32, MAURICE, E.M. FORSTER
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E.M. Forster (Maurice)
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Nunca te contei isso, pai, mas eu estava completamente bêbado uma noite, tinha acabado de vomitar em frente à estátua de Pasquino e não poderia estar mais atordoado. Aqui, encostado contra este muro, eu soube, por mais bêbado que estivesse, que essa, com Oliver me abraçando, era a minha vida, que tudo o que tinha acontecido antes com outras pessoas não era nem um esboço grosseiro ou a sombra de um rascunho do que estava acontecendo naquele momento. Dez anos depois, quando olho para este muro e este poste velho, estou com ele de novo e juro, nada mudou. Em trinta, quarenta, cinquenta anos não vai ser diferente. Conheci muitas mulheres e ainda mais homens em minha vida, mas o que está gravado neste muro ofusca todas as pessoas que conheci. Quando venho aqui, posso estar sozinho ou com pessoas, com vocês, por exemplo, mas sempre estou com ele. Se eu ficasse olhando para este muro durante uma hora, estaria com ele durante uma hora. Se eu falasse com este muro, ele responderia. — O que ele diria? — perguntou Miranda, completamente envolvida na ideia de Elio com o muro. — O que ele diria? Sem sombra de dúvida: “Procure por mim, me encontre”. — E o que você diz? — Eu digo a mesma coisa. “Procure por mim, me encontre”. E nós dois ficamos felizes. Agora você sabe.
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André Aciman (Find Me (Call Me By Your Name, #2))
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Um novo ano vem chegando... A meia-noite passou, e a tempestade continua uivando como uma matilha de lobos feridos de morte. E a chuva cai com força sobre nós como um feixe de lanças chispantes. Mas nós estamos aqui quietos e pacientes e fitamos as trevas com olhos febris.
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Rilke Maria Rainer (Letters to a Young Poet)
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As lágrimas de Prajapati Segundo a sabedoria dos mitos, o deu Prajapati nasceu do turbilhão das águas primordiais, chorando convulsivamente por estar sozinho e por não saber ao certo a razão por que tinhas vindo ao mundo. Das lágrimas que verteu nesse choro convulsivo de criança abandonada à sua sorte nasceu a Terra e muitos dos seres que passaram a povoá-la. Mas lágrimas houve que foram arrastadas pelo vento para muito longe. Dessas lágrimas nasceu o céu e nasceram as nuvens. Foi também das suas lágrimas que nasceram as pessoas e os espíritos, a noite e o dia, as estações do ano e também a morte, a única entidade capaz de pôr fim a muitos dos seres nascidos das copiosas lágrimas de Prajapati. Diz-se que, ainda hoje, sempre que uma criança acabada de nascer irrompe num violento choro, há quem se interrogue sobre a possibilidade de ser um descendente de Prajapanti, com poderes bastantes para transformar as lágrimas da solidão primordial numa miríade de novos seres terrestres e celestes.
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José Jorge Letria (Lendas e contos indianos)