Em Cioran Quotes

We've searched our database for all the quotes and captions related to Em Cioran. Here they are! All 100 of them:

We dread the future only when we are not sure we can kill ourselves when we want to.
Emil M. Cioran
And who was ever bold enough to do nothing because every action is senseless in infinity?
Emil M. Cioran
If we could see ourselves as others see us, we would vanish on the spot.
Emil M. Cioran
I feel safer with a Pyrrho than with a Saint Paul, for a jesting wisdom is gentler than an unbridled sanctity.
Emil M. Cioran (A Short History of Decay)
We are ourselves only by the sum of our failures.
Emil M. Cioran
The mind advances only if it has the patience to go in circles, in other words, to deepen.
Emil M. Cioran
An existence transfigured by failure.
Emil M. Cioran
Memory's one function is to help us regret
Emil M. Cioran
Nature's great mistake was to have been unable to confine herself to one "kingdom": juxtaposed with the vegetable, everything else seems inopportune, out of place. The sun should have sulked at the appearance of the first insect, and gone out altogether with the advent of the chimpanzee.
Emil M. Cioran
Nothing sweeter than to drag oneself along behind events; and nothing more reasonable. But without a strong dose of madness, no initiative, no enterprise, no gesture. Reason: the rust of our vitality. It is the madman in us who forces us to adventure; once he abandons us, we are lost; everything depends on him, even our vegetative life; it is he who invites us, who obliges us to breathe, and it is also he who forces our blood to venture through our veins. Once he withdraws, we are alone indeed! We cannot be normal and alive at the same time.
Emil M. Cioran
If attachment is an evil, we must look for its cause in the scandal of birth, for to be born is to be attached. Detachment then should apply itself to getting rid of the traces of this scandal, the most serious and intolerable.
Emil M. Cioran
Din cîte am observat, lumea din jur, omenirea, ca să spun vorbă mare, umanitatea (și în sens colectiv, dar și în sens distributiv) urăsc din răsputeri buna dispoziție. Nu voi pricepe niciodată de ce.... Am constatat (și constat zi de zi și clipă de clipă) că numita omenire scormonește, caută, dorește, vrea din tot sufletul și din toată inima și cu toate puterile să se simtă cît mai rău. Vrea să geamă sinistru. Să sufere. Să dispere pe culmi ca E.M. Cioran. Vorba unui hîtru: dacă nu se simte rău, nu se simte bine.
Valeriu Gherghel (Roata plăcerilor: de ce n-au iubit unii înţelepţi cărţile?)
A força explosiva da mais pequena mortificação. Todo o desejo vencido nos torna poderosos. Quanto mais nos afastamos dele, e a ele deixamos de aderir, melhor dominamos este mundo. A renúncia confere um poder infinito.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
Haven't people learnned yet that the time of superficial intellectual games is over, that agony is infinitely more important than syllogism, that a cry of despair is more revealing than the most subtle thought, and that tears always have deeper roots than smiles?
Emil M. Cioran (On the Heights of Despair)
I don't know how to make peace with things, were each moment to tear itself away from time to give me a kiss.
Emil M. Cioran
Por muito que me esforce, não consigo desprezar todos esses séculos durante os quais nos dedicámos unicamente a dar uma última demão na definição de Deus.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
Só às crianças e aos loucos perdoamos que sejam francos connosco: os outros, caso tenham a audácia de os imitar, arrepender-se-ão mais cedo ou mais tarde de o terem feito.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
A negação nunca sai de um raciocínio mas sim de algo obscuro e antigo. Os argumentos vêm depois, para a justificar e apoiar. Todo o não surge do sangue.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
Tenho todos os defeitos dos outros e, no entanto, tudo o que eles fazem parece-me inconcebível.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
A única confissão sincera é aquela que fazemos indirectamente - ao falarmos dos outros.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
To have the vice of scruple - to be an automaton of remorse.
Emil M. Cioran
The idle apprehend more things, are deeper than the industrious: no task limits their horizon; born into an eternal Sunday, they watch-—and watch themselves watching. Sloth is a somatic skepticism, the way the flesh doubts. In a world of inaction, the idle would be the only ones not to be murderers. But they do not belong to humanity, and, sweat not being their strong point, they live without suffering the consequences of Life and of Sin. Doing neither good nor evil, they disdain—spectators of the human convulsion—the weeks of time, the efforts which asphyxiate consciousness. What would they have to fear from a limitless extension of certain afternoons except the regret of having supported a crudely elementary obviousness? Then, exasperation in the truth might induce them to imitate the others and to indulge in the degrading temptation of tasks. This is the danger which threatens sloth, that miraculous residue of paradise.
Emil M. Cioran (A Short History of Decay)
Quando elevar a voz, seja em nome do céu, da cidade ou de outros pretextos, afaste-se dele: sátiro de nossa solidão, não perdoa que vivamos aquém de suas verdades e de seus arrebatamentos; quer fazer-nos compartilhar de sua histeria, de seu bem, impô-la a nós e desfigurar-nos.
Emil M. Cioran
O que torna os maus poetas ainda piores é o facto de apenas lerem poetas (tal como os maus filósofos apenas lêem filósofos), quando eles tirariam um proveito bem maior de um livro de botânica ou de geologia. Só nos enriquecemos se frequentarmos disciplinas afastadas da nossa. Isto só é verdade, claro está, nos domínios em que grassa o eu.
Emil M. Cioran
Η δύναμη μου είναι, οτι σε τίποτα δεν βρήκα απάντηση
Emil M. Cioran
Why fear the nothing that is in store for us when it is no different from the nothing that preceded us?
Emil M. Cioran
Refinement is the sign of deficient vitality, in art, in love, and in everything.
Emil M. Cioran
The lot of the man who has rebelled too much is to have no energy left except for disappointment.
Emil M. Cioran
Every thought derives from a thwarted sensation.
Emil M. Cioran (DE L'INCONVENIENT D'ETRE NE (LES ESSAIS))
The universe transformed into a Sunday afternoon . . . it is the very definition of ennui, and the end of the universe.
Emil M. Cioran
How does it happen that in life as in literature, rebellion, however pure, has something false about it, whereas resignation, however tainted with listlessness, always gives the impression of authenticity
Emil M. Cioran
An unbalanced soul seeks equilibrium. I seek a constitutional form to gather my thoughts. I wish to form a flexible personality. I desire to be gentle and fluid of mind. I wish to summon hidden personal powers, but I lack the knowledge and wisdom to do so. I lack a cohesive unifying spirit. I have yet to claim the authenticity of my life. I failed to accept that what anyone else thinks of me would not stave off an inevitable death. I have not claimed a purpose for living. I have not found a basic truth that I can live and die supporting. I failed to exert the resolute will to become who I aspire to be. I rejected abstract concepts and failed to endorse the systematic reasoning of philosophical studies. I indulged in the type of obsessive excessive self-analysis, which leads to the brink of personal destruction through self-objectification and artificial triumphs. Echoing the words of Romanian philosopher and writer E.M. Cioran (1911-1995), ‘I’ve invented nothing; I’ve simply been the secretary of my sensations.
Kilroy J. Oldster (Dead Toad Scrolls)
In our veins the macaques'blood runs. If we often thought of it, we would end up resigning. no more theology, no more metaphysics, - to as much say more divagations, no more arrogance, no more disproportion, nothing...
EM CIORAN
O espetáculo do homem - que vomitivo! O amor - um encontro de duas salivas... Todos os sentimentos extraem seu absoluto da miséria das glândulas. Não há nobreza senão na negação da existência, em um sorriso que domina paisagens aniquiladas.
Emil M. Cioran
Nostalgia de um mundo sem “ideal”, de uma agonia sem doutrina, de uma eternidade sem vida... O Paraíso... Mas não poderíamos existir um instante sem enganar-nos: o profeta em cada um de nós é o grão de loucura que nos faz prosperar em nosso vazio.
Emil M. Cioran (A Short History of Decay)
Só é saudável em nós aquilo pelo que não somos especificamente nós mesmos: são nossas aversões que nos individualizam; nossas tristezas que nos concedem um nome; nossas perdas que nos fazem possuidores de nosso eu. Só somos nós mesmos pela soma de nossos fracassos.
Emil M. Cioran (Breviário de Decomposição)
Todas as nossas humilhações provêm de que não podemos resolver-nos a morrer de fome. Pagamos caro esta covardia. Viver em função dos homens, sem vocação de mendigo! Rebaixar-se ante esses macacos engravatados, sortudos, enfatuados! Estar à mercê dessas caricaturas indignas até de desprezo!
Emil M. Cioran (A Short History of Decay)
Para um escritor, o progresso em direcção ao desprendimento e à libertação é um desastre sem precedentes: ele, mais do que ninguém, precisa dos seus defeitos: se triunfa sobre eles, está perdido. Ele que se abstenha portanto de se tornar melhor, pois, se o conseguir, arrepender-se-à amargamente.
Emil M. Cioran
Cada um de nós nasceu com uma dose de pureza, predestinada a ser corrompida pelo comércio com os homens, por esse pecado contra a solidão. Pois cada um de nós faz o impossível para não se ver entregue a si mesmo. O semelhante não é a fatalidade, mas tentação de decadência. Incapazes de guardar nossas mãos limpas e nossos corações intactos, nos sujamos ao contato de suores estranhos, chafurdamos sedentos de nojo e entusiastas de pestilência na lama unânime. E quando sonhamos mares convertidos em água benta, é tarde demais para mergulharmos neles, e nossa corrupção demasiado profunda nos impede de afogar-nos ali: o mundo infectou nossa solidão; as marcas dos outros em nós tornam-se indeléveis.
Emil M. Cioran
A fonte de nossos atos reside em uma propensão inconsciente a nos considerar o centro, a razão e o resultado do tempo. Nossos reflexos e nosso orgulho transformam em planeta a parcela de carne e de consciência que somos. Se tivéssemos o justo sentido de nossa posição no mundo, se comparar fosse inseparável de viver, a revelação de nossa ínfima presença nos esmagaria. Mas viver é estar cego em relação às suas próprias dimensões.
Emil M. Cioran
Quem não conhece o tédio encontra-se ainda na infância do mundo, quando as idades esperavam para nascer; permanece fechado para este tempo fatigado que se sobrevive, que ri de suas dimensões e sucumbe no limiar de seu próprio... porvir, arrastando com ele a matéria, subitamente elevada a um lirismo de negação. O tédio é o eco em nós do tempo que se dilacera..., a revelação do vazio, o esgotamento desse delírio que sustenta - ou inventa - a vida...
Emil M. Cioran
Jamais o espírito hesitante, afligido pelo hamletismo, foi pernicioso: o princípio do mal reside na tensão da vontade, na inaptidão para o quietismo, na megalomania prometeica de uma raça que se arrebenta de tanto ideal, que explode sob suas convicções e que, por haver-se comprazido em depreciar a dúvida e a preguiça - vícios mais nobres do que todas as suas virtudes - , embrenhou-se em uma via de perdição, na história, nesta mescla indecente de banalidade e apocalipse...
Emil M. Cioran
Somente tem valor aquilo que surge da inspiração, do fundo irracional de nosso ser, aquilo que brota do ponto central da nossa subjetividade. Todo produto exclusivo do esforço e do trabalho é desprovido de valor, assim como todo produto exclusivo da inteligência é estéril e desinteressante. Em contraste, enfeitiça-me o espetáculo da projeção bárbara e espontânea da inspiração, a efervescência dos estados de alma, do lirismo essencial e de tudo aquilo que é tensão interior - todas as coisas que fazem da inspiração a única realidade viva na ordem da criação.
Emil M. Cioran (On the Heights of Despair)
Mesmo quando se afasta da religião o homem permanece submetido a ela; esgotando-se em forjar simulacros de deuses, adota-os depois febrilmente: sua necessidade de ficção, de mitologia, triunfa sobre a evidência e o ridículo. Sua capacidade de adorar é responsável por todos os seus crimes: o que ama indevidamente um deus obriga os outros a amá-lo, na espera de exterminá-los se se recusam. Não há intolerância, intransigência ideológica ou proselitismo que não revelem o fundo bestial do entusiamo. Que perca o homem sua faculdade de indiferença: torna-se um assassino virtual: que transforme sua ideia em deus: as consequências são incalculáveis.
Emil M. Cioran (Breviario de los vencidos)
Agora deveria reescrever todo o artigo tornando bem claro que os clássicos servem para compreender quem somos e aonde chegámos e por isso os italianos são indispensáveis precisamente para os compararmos com os estrangeiros, e os estrangeiros são indispensáveis precisamente para os compararmos com os italianos. Depois deveria reescrevê-lo mais uma vez para não se pensar que os clássicos devem ser lidos porque “servem” para alguma coisa. A única razão que se pode aduzir é que ler os clássicos é melhor que não ler os clássicos. E se alguém objetar que não vale a pena ter tanto trabalho, citarei Cioran (não é um clássico, pelo menos por agora, mas sim um pensador contemporâneo que só neste momento se começa a traduzir em Itália): “Enquanto lhe preparavam a cicuta, Sócrates pôs-se a aprender uma ária na flauta. “Para que te servirá?” perguntaram-lhe. “Para saber esta ária antes de morrer””.
Italo Calvino (Why Read the Classics?)
Semiotiek 211 was een specialistisch vak dat werd gedoceerd door een voormalige rebel van het instituut Engelse taal- en letterkunde. Michael Zipperstein was tweeëndertig jaar geleden als aanhanger van het New Criticism naar Brown gekomen. Hij had drie generaties studenten de gewoonte bijgebracht teksten zorgvuldig te lezen, te analyseren en te interpreteren zonder aandacht voor de biografie van de auteur, totdat hij in 1975 tijdens een sabbatical in Parijs een levensveranderende openbaring kreeg: tijdens een diner maakte hij kennis met Roland Barthes en bij de cassoulet werd hij tot het nieuwe geloof bekeerd. [...] Hij bedolf zijn studenten onder de leeslijsten: naast de grote semiotische kanonnen - Derrida, Eco, Barthes - moesten ze zich voor Semiotiek 211 door hele stapels achtergrondteksten heen worstelen, van Sarrasine van Balzac tot bundels van Semiotext(e) tot gefotokopieerde capita selecta van E.M. Cioran, Robert Walser, Claude Lévi-Strauss, Peter Handke en Carl van Vechten. [...] Door dat esoterische onderzoek, en door Zippersteins kale goeroehoofd en witte baard, kregen zijn studenten het gevoel dat ze geestelijk waren doorgelicht en nu - althans twee uur lang op dinsdagmiddag - deel uitmaakten van een literaire elite.
Jeffrey Eugenides
Penetrating the literary inferno, you will come to learn its artifices and its arsenic; shielded from the immediate, that caricature of yourself, you will no longer have any but formal experiences, indirect experiences; you will vanish into the Word. Books will be the sole object of your discussions. As for literary people, you will derive no benefit from them. But you will find this out too late, after having wasted your best years in a milieu without density or substance. The literary man? An indiscreet man, who devaluates his miseries, divulges them, tells them like so many beads: immodesty - the sideshow of second-thoughts - is his rule; he offers himself. Every form of talent involves a certain shamelessness. Only sterility is truly distinguished - the man who effaces himself along with his secret, because he disdains to parade it: sentiments expressed are an agony for irony, a slap at humor. To keep one's secret is the most fruitful of activities. It torments, erodes, threatens you. Even when confession is addressed to God, it is an outrage against ourselves, against the mainspring of our being. The apprehensions, shames, fears from which both religious and profane therapeutics would deliver us constitute a patrimony we should not allow ourselves to be dispossessed of, at any cost. We must defend ourselves against our healers and, even if we die for it, preserve our sickness and our sins. The confessional? a rape of conscience perpetrated in the name of heaven. And that other rape, psychological analysis! Secularized, prostituted, the confessional will soon be installed on our street corners: except for a couple of criminals, everyone aspires to have a public soul, a poster soul.
Emil M. Cioran
Aşırı hassas yalnızlıklarımız, ötekiler için ne cehennemdir! Ama hep onlar için. bazen de kendimiz için icat ederiz görünümlerimizi
CIORAN E.M.
Las criaturas se lanzan hacia un arquetipo de fealdad y suspiran por un ideal de deformidad... Universo de la mueca, júbilo del topo, de la hiena y del piojo... No más horizontes, salvo para los monstruos y la tiña. Todo se encamina hacia lo repulsivo y gangrenoso
CIORAN E.M.
Naturalezas voluntariosas, desenfrenadas, explotan su propio desequilibrio con habilidad y violencia. El Salvador, su modelo, fue un ejemplo de ambición y de audacia, un conquistador sin rival: su fuerza de insinuación, su poder de identificarse con las insuficiencias y las taras del alma le permitieron establecer un reino como ninguna espada soñó jamás. Apasionado con método: esta habilidad es la que imitaron los que le tomaron por ideal. Pero el sabio, desdeñoso del drama y del fasto, se siente tan lejos del santo como del regalón, ignora lo novelesco y se compone un equilibrio de desengaño y desinterés.
CIORAN E.M.
La amargura, principio de tu determinación, tu modo de actuar y de comprender, es el único punto fijo en tu oscilación entre el asco del mundo y la piedad por ti mismo.
CIORAN E.M.
el hombre está expuesto a dos tentaciones: la imbecilidad y la santidad: infra-hombre o super-hombre, pero jamás él mismo. Pero en tanto que no padece miedo de ser menos que lo que es, la perspectiva de ser más le aterroriza. Empeñado en el dolor, teme su desenlace: ¿cómo aceptaría hundirse en ese abismo de perfección que es la santidad, y perder en él su propio control? Resbalar hacia la imbecilidad o hacia la santidad, es dejarse arrastrar fuera de sí. Sin embargo, no se teme la pérdida de conciencia que implica la aproximación a la idiotez, mientras que la perspectiva de la perfección es inseparable del vértigo.
CIORAN E.M.
Desaparecer en una luz trascendente... Más vale encaminarse hacia el absoluto de las tinieblas, hacia las dulzuras de la imbecilidad...
CIORAN E.M.
Qué limpidez en el Arte de la Apariencia, en la indiferencia a nuestros fines y a nuestros desastres!
CIORAN E.M.
El verdadero saber se reduce a las vigilias en las tinieblas: sólo el conjunto de nuestros insomnios nos distingue de los animales y de nuestros semejantes. ¿Qué idea rica o extraña fue nunca fruto de un durmiente? ¿Es bueno vuestro sueño? ¿Son apacibles vuestros sueños?: engrosáis la turba anónima. El día es hostil a los pensamientos, el sol los obscurece; sólo florecen en plena noche... Conclusión del saber nocturno: quien llega a una conclusión tranquilizadora sobre lo que sea, da pruebas de imbecilidad o de falsa caridad.
CIORAN E.M.
A favor de idiotas futuros, exultando sobre nuestras penas y bailoteando sobre nuestras cenizas? La visión de un desenlace paradisíaco supera, por su absurdo, las peores divagaciones de la esperanza.
CIORAN E.M.
La vanidad tiene un atisbo de genio: ahí tenéis al gran orgulloso, que se pliega mal a la muerte y la siente como una ofensa personal. El mismo Buda, superior a todos los sabios, no fue más que un presumido a escala divina. Descubrió la muerte, su muerte, y, herido, renunció a todo e impuso su renuncia a los otros. Así, los sufrimientos más terribles y más inútiles nacen del orgullo maltrecho, el cual, para hacer frente a la Nada, la transforma, por venganza, en Ley.
CIORAN E.M.
Epitafio «Tuvo el orgullo de no mandar jamás, de no disponer de nada ni de nadie. Sin subalternos, sin amos, no dio ni recibió órdenes. Excluido del imperio de las leyes, y como si fuera anterior al bien y al mal, no hizo padecer nunca a nadie. En su memoria se borraron los nombres de las cosas; miraba sin percibir, escuchaba sin oír: los perfumes y aromas se desvanecían al aproximarse a los orificios de su nariz y a su paladar. Sus sentidos y sus deseos fueron sus únicos esclavos: de tal modo que apenas sintieron, apenas desearon. Olvidó dicha y desdicha, sed y temores; y si en alguna ocasión volvía a acordarse de ellos, desdeñaba nombrarlos y rebajarse así a la esperanza o la nostalgia. El gesto más ínfimo le costaba más esfuerzos que los que cuestan a otros fundar o derribar un imperio. Pues nació cansado de nacer, se quiso sombra: ¿cuándo vivió entonces?
CIORAN E.M.
Teoría de la Bondad Puesto que para usted no hay último criterio ni irrevocable principio, y ningún dios, ¿qué es lo que le impide perpetrar todos los crímenes?»
CIORAN E.M.
Vengarse presupone una vigilancia de cada instante y un espíritu sistemático, una continuidad costosa, mientras que la indiferencia del perdón y del desprecio hace las horas gratamente vacías. Tras haber elegido la flema del imbécil y la apatía del ángel, me excluí de los actos y, como la bondad es incompatible con la vida, me he podrido para ser bueno.
CIORAN E.M.
En tanto que hace falta a un pensador —para disociarse del mundo— una inmensa tarea de interrogaciones, el privilegio de una tara confiere de golpe un destino singular. El Vicio —dispensador de soledad— ofrece a aquel a quien marca la excelencia de una condición separada no se acepta, se justifica ante sí mismo constantemente, se inventa razones, escindido entre la vergüenza y el orgullo; sin embargo —fervientes de las estupideces de la procreación— marchamos con el rebaño.
CIORAN E.M.
hombre, de este animal desertor de la zoología, que se enriquece con todas sus insuficiencias, con todas sus imposibilidades. Suprimid las taras y los vicios, quitad las preocupaciones carnales, y no volveréis a encontrar almas
CIORAN E.M.
el pensador envidia las posibilidades de conocer abiertas a quien es contra natura; cree —no sin repulsión— en los privilegios de los «monstruos»...
CIORAN E.M.
Un placer natural, obtenido en lo evidente, se anula en sí mismo, se destruye en sus medios, expira en su actualidad, mientras que una sensación insólita es una sensación pensada, una reflexión sobre los reflejos. El vicio alcanza su grado más alto de conciencia
CIORAN E.M.
El Corruptor Arquitecto, hubiera construido un templo a la Ruina; predicador, revelado la farsa de la oración; rey, enarbolado el emblema de la rebelión. Como los hombres incuban un secreto deseo de repudiarse, hubiera estimulado en todas partes la infidelidad a uno mismo, hundido a la inocencia en el estupor, multiplicado los traidores a sí mismos, impedido a las multitudes acurrucarse en el pudridero de sus certidumbres.»
CIORAN E.M.
«Aceptad un yugo, nos repiten, y seréis felices; sed algo y os libraréis de vuestras penas.» En efecto, en este mundo todo es oficio: profesionales del tiempo, funcionarios de la respiración, dignatarios de la esperanza, un puesto nos espera desde antes de nacer
CIORAN E.M.
Se os perdona todo, con tal de que tengáis un oficio, un subtítulo bajo vuestro nombre, un sello sobre vuestra nada. Nadie tiene la audacia de gritar: «¡No quiero hacer nada!»; se es más indulgente con un asesino que con un espíritu liberado de los actos.
CIORAN E.M.
Multiplicando las posibilidades de someterse, abdicando de su libertad, matando en sí mismo el vagabundo, así es como el hombre ha refinado su esclavitud y se ha enfeudado a los fantasmas. Incluso sus desprecios y rebeliones, no los ha cultivado más que para ser dominado por ellos, siervo que es de sus actitudes, de sus gestos y de sus humores. Salido de las cavernas, guarda de ellas la superstición; era su prisionero, se ha convertido en su arquitecto. Perpetúa su condición primitiva con mayor invención y sutileza; pero en el fondo, aumentando o disminuyendo su caricatura, se plagia desvergonzadamente. Charlatán movido por hilos, sus contorsiones, sus muecas, aún engañan...
CIORAN E.M.
Disciplina de la atonía Sin deseos, sin horas en las que hacerlos surgir, no tengo sino la certeza de haberme sobrevivido desde siempre, feto roído por una idiotez omnisciente antes incluso de que sus párpados se abriesen,
CIORAN E.M.
El hombre debería crearse otra ilusión de realidad e inventar con este fin otras palabras, puesto que las suyas carecen de sangre, y, en tal fase de la agonía, ya no hay transfusión posible.
CIORAN E.M.
El veneno de un La Rochefoucauld o de un Chamfort, fue la revancha que tomaron contra un mundo esculpido por los brutos. Toda amargura esconde una venganza y se traduce en un sistema: el pesimismo, esa crueldad de los vencidos que no pueden perdonar al mundo el haber traicionado su espera.
CIORAN E.M.
Sobre un empresario de ideas Lo abarca todo, y en todo tiene éxito; no hay nada de lo que no sea contemporáneo. Tanto vigor en los artificios del intelecto, tanta facilidad en abordar todos los sectores del espíritu y de la moda —desde la metafísica hasta el cine— deslumbra, debe deslumbrar. Ningún problema se le resiste, no hay fenómeno que le sea extraño, ninguna tentación le deja indiferente. Es un conquistador, que sólo tiene un secreto: su falta de emoción;
CIORAN E.M.
El crimen brilla en sus pupilas; sus manos se crispan en vano para estrangular; la vida se trasmite como una lepra: demasiadas criaturas para un solo asesino. Está en la naturaleza de quien no puede matarse el querer vengarse contra todo lo que se complace en existir. Y por no lograrlo, se aburre como un condenado al que la imposible destrucción irrita. Satán arrinconado, llora, se da golpes de pecho, se cubre la cabeza;
CIORAN E.M.
Nosotros: los trogloditas. sólo los medios de nuestra curiosidad —pura o criminal— han cambiado, y —con reflejos disfrazados— somos más diversamente rapaces. La idea de progreso hace de todos nosotros fatuos sobre las cimas del tiempo; pero no existen tales cimas: el troglodita que temblaba de espanto en las cavernas, tiembla aún en los rascacielos. Nuestro capital de desdicha se mantiene intacto a través de las edades; empero tenemos una ventaja sobre nuestros ancestros: el de haber invertido mejor ese capital, al haber organizado mejor nuestro desastre.
CIORAN E.M.
Sólo a los niños y a los locos les perdonamos su franqueza: los demás, si tienen la audacia de imitarlos, se arrepentirán tarde o temprano.
CIORAN E.M.
No es posible decir nada de nada. Por ello es ilimitada la cantidad de libros.
CIORAN E.M.
No teníamos nada que decirnos, y, mientras yo profería palabras ociosas, sentía que la tierra se hundía en el espacio, y yo con ella, a una velocidad que me producía vértigo.
CIORAN E.M.
Deshacer, des–crear, es la única tarea que el hombre puede asignarse si aspira, como todo lo indica, a distinguirse del Creador.
CIORAN E.M.
Haber cometido todos los crímenes: salvo el de ser padre.
CIORAN E.M.
Confesamos nuestras penas a otra persona sólo para hacerla sufrir, para que cargue con ellas.
CIORAN E.M.
Con respecto a la muerte oscilo sin cesar entre el «misterio» y la «nada», entre las Pirámides y la Morgue.
CIORAN E.M.
cuántas veces no me he detenido en la irrealidad del mundo y, por lo tanto, en la del yo? No me he convertido en otro hombre, pero me quedó, es cierto, el sentimiento de que mi yo no es real de ninguna forma y de que, perdiéndolo, no pierdo nada, salvo algo, salvo todo.
CIORAN E.M.
Levantarse, acicalarse y después esperar alguna variante imprevista de tedio o de horror.
CIORAN E.M.
El Tiempo, fecundo en recursos, mucho más imaginativo y caritativo de lo que se piensa, posee una extraordinaria capacidad de ayuda al procurarnos, en cualquier momento, alguna nueva humillación.
CIORAN E.M.
la pasión por la improductividad: ¿qué sentido tiene sobresalir en un mundo de locos, hundido en la estupidez o el delirio? ¿Para quién prodigarse y con qué fin?
CIORAN E.M.
Mirar sin comprender: eso es el paraíso. El infierno será, pues, el lugar donde se comprende, donde se comprende demasiado…
CIORAN E.M.
La mínima variación atmosférica pone en entredicho mis proyectos, por no decir mis convicciones. Esta forma de dependencia, la más humillante que existe, no deja de deprimirme disipando al mismo tiempo las pocas ilusiones que me quedaban sobre mis posibilidades de ser libre, o, sencillamente, sobre la libertad. ¿De qué sirve pavonearse si se está a merced de lo Húmedo y de lo Seco? Se desearía una esclavitud menos lamentable y dioses de otra ralea.
CIORAN E.M.
Las ventajas de un estado de eterna virtualidad me parecen tan considerables que, cuando las enumero, no deja de asombrarme que el paso al ser haya podido producirse.
CIORAN E.M.
No merece la pena matarse: siempre se mata uno demasiado tarde.
CIORAN E.M.
Cuando se sabe de manera absoluta que todo es irreal, no tiene ningún sentido fatigarse para demostrarlo.
CIORAN E.M.
Si se ven negras las cosas es porque uno las sopesa en la oscuridad, porque en general los pensamientos son fruto de vigilias, es decir, de oscuridad.
CIORAN E.M.
La calle es más tranquilizadora porque se piensa menos en uno mismo, y porque en ella todo se debilita y se deteriora, empezando por el desasosiego.
CIORAN E.M.
«Hay que estar ebrio o loco —decía Sieyès— para hablar bien las lenguas conocidas». Hay que estar ebrio o loco, agregaría yo, para atreverse a utilizar las palabras, cualquier palabra.
CIORAN E.M.
Ser objetivo es tratar al prójimo como se trata a un objeto, a un muerto, es comportarse con él como un sepulturero.
CIORAN E.M.
Emily Brontë. Todo lo que emana de Ella tiene la particularidad de conmoverme.
CIORAN E.M.
«¿Qué esperas para entregarte?». Cada enfermedad nos envía una intimación disfrazada de pregunta. Nos hacemos los sordos sin dejar de pensar que la farsa está demasiado vista y que la próxima vez habrá que tener por fin el valor de capitular.
CIORAN E.M.
Todo fenómeno es una versión degradada de otro fenómeno más vasto: el tiempo, una tara de la eternidad; la historia, una tara del tiempo; la vida, otra tara, de la materia. ¿Qué sería entonces lo normal, lo sano? ¿Acaso la eternidad? Ella misma no es más que una tara de Dios.
CIORAN E.M.
Mientras más avanzo, menos reacciono frente al delirio. Ya sólo me gustan, entre los pensadores, los volcanes apagados.
CIORAN E.M.
Si no tenía el presentimiento del personaje insustancial en que iba a convertirme, sabía, en cambio, que pasara lo que pasara, la Perplejidad no me abandonaría
CIORAN E.M.
Aniquilar da un sentimiento de poder y anima algo oscuro, original, en nosotros
CIORAN E.M.