Em Cioran Quotes

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We dread the future only when we are not sure we can kill ourselves when we want to.
Emil M. Cioran
If we could see ourselves as others see us, we would vanish on the spot.
Emil M. Cioran
And who was ever bold enough to do nothing because every action is senseless in infinity?
Emil M. Cioran
I feel safer with a Pyrrho than with a Saint Paul, for a jesting wisdom is gentler than an unbridled sanctity.
Emil M. Cioran (A Short History of Decay)
We are ourselves only by the sum of our failures.
Emil M. Cioran
An existence transfigured by failure.
Emil M. Cioran
The mind advances only if it has the patience to go in circles, in other words, to deepen.
Emil M. Cioran
Memory's one function is to help us regret
Emil M. Cioran
Nature's great mistake was to have been unable to confine herself to one "kingdom": juxtaposed with the vegetable, everything else seems inopportune, out of place. The sun should have sulked at the appearance of the first insect, and gone out altogether with the advent of the chimpanzee.
Emil M. Cioran
If attachment is an evil, we must look for its cause in the scandal of birth, for to be born is to be attached. Detachment then should apply itself to getting rid of the traces of this scandal, the most serious and intolerable.
Emil M. Cioran
Nothing sweeter than to drag oneself along behind events; and nothing more reasonable. But without a strong dose of madness, no initiative, no enterprise, no gesture. Reason: the rust of our vitality. It is the madman in us who forces us to adventure; once he abandons us, we are lost; everything depends on him, even our vegetative life; it is he who invites us, who obliges us to breathe, and it is also he who forces our blood to venture through our veins. Once he withdraws, we are alone indeed! We cannot be normal and alive at the same time.
Emil M. Cioran
Din cîte am observat, lumea din jur, omenirea, ca să spun vorbă mare, umanitatea (și în sens colectiv, dar și în sens distributiv) urăsc din răsputeri buna dispoziție. Nu voi pricepe niciodată de ce.... Am constatat (și constat zi de zi și clipă de clipă) că numita omenire scormonește, caută, dorește, vrea din tot sufletul și din toată inima și cu toate puterile să se simtă cît mai rău. Vrea să geamă sinistru. Să sufere. Să dispere pe culmi ca E.M. Cioran. Vorba unui hîtru: dacă nu se simte rău, nu se simte bine.
Valeriu Gherghel (Roata plăcerilor: de ce n-au iubit unii înţelepţi cărţile?)
A força explosiva da mais pequena mortificação. Todo o desejo vencido nos torna poderosos. Quanto mais nos afastamos dele, e a ele deixamos de aderir, melhor dominamos este mundo. A renúncia confere um poder infinito.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
Haven't people learnned yet that the time of superficial intellectual games is over, that agony is infinitely more important than syllogism, that a cry of despair is more revealing than the most subtle thought, and that tears always have deeper roots than smiles?
Emil M. Cioran (On the Heights of Despair)
Por muito que me esforce, não consigo desprezar todos esses séculos durante os quais nos dedicámos unicamente a dar uma última demão na definição de Deus.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
Só às crianças e aos loucos perdoamos que sejam francos connosco: os outros, caso tenham a audácia de os imitar, arrepender-se-ão mais cedo ou mais tarde de o terem feito.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
A negação nunca sai de um raciocínio mas sim de algo obscuro e antigo. Os argumentos vêm depois, para a justificar e apoiar. Todo o não surge do sangue.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
Tenho todos os defeitos dos outros e, no entanto, tudo o que eles fazem parece-me inconcebível.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
A única confissão sincera é aquela que fazemos indirectamente - ao falarmos dos outros.
Emil M. Cioran (The Trouble with Being Born)
I don't know how to make peace with things, were each moment to tear itself away from time to give me a kiss.
Emil M. Cioran
To have the vice of scruple - to be an automaton of remorse.
Emil M. Cioran
The idle apprehend more things, are deeper than the industrious: no task limits their horizon; born into an eternal Sunday, they watch-—and watch themselves watching. Sloth is a somatic skepticism, the way the flesh doubts. In a world of inaction, the idle would be the only ones not to be murderers. But they do not belong to humanity, and, sweat not being their strong point, they live without suffering the consequences of Life and of Sin. Doing neither good nor evil, they disdain—spectators of the human convulsion—the weeks of time, the efforts which asphyxiate consciousness. What would they have to fear from a limitless extension of certain afternoons except the regret of having supported a crudely elementary obviousness? Then, exasperation in the truth might induce them to imitate the others and to indulge in the degrading temptation of tasks. This is the danger which threatens sloth, that miraculous residue of paradise.
Emil M. Cioran (A Short History of Decay)
Quando elevar a voz, seja em nome do céu, da cidade ou de outros pretextos, afaste-se dele: sátiro de nossa solidão, não perdoa que vivamos aquém de suas verdades e de seus arrebatamentos; quer fazer-nos compartilhar de sua histeria, de seu bem, impô-la a nós e desfigurar-nos.
Emil M. Cioran
O que torna os maus poetas ainda piores é o facto de apenas lerem poetas (tal como os maus filósofos apenas lêem filósofos), quando eles tirariam um proveito bem maior de um livro de botânica ou de geologia. Só nos enriquecemos se frequentarmos disciplinas afastadas da nossa. Isto só é verdade, claro está, nos domínios em que grassa o eu.
Emil M. Cioran
Why fear the nothing that is in store for us when it is no different from the nothing that preceded us?
Emil M. Cioran
The universe transformed into a Sunday afternoon . . . it is the very definition of ennui, and the end of the universe.
Emil M. Cioran
Η δύναμη μου είναι, οτι σε τίποτα δεν βρήκα απάντηση
Emil M. Cioran
The lot of the man who has rebelled too much is to have no energy left except for disappointment.
Emil M. Cioran
Refinement is the sign of deficient vitality, in art, in love, and in everything.
Emil M. Cioran
Every thought derives from a thwarted sensation.
Emil M. Cioran (DE L'INCONVENIENT D'ETRE NE (LES ESSAIS))
How does it happen that in life as in literature, rebellion, however pure, has something false about it, whereas resignation, however tainted with listlessness, always gives the impression of authenticity
Emil M. Cioran
An unbalanced soul seeks equilibrium. I seek a constitutional form to gather my thoughts. I wish to form a flexible personality. I desire to be gentle and fluid of mind. I wish to summon hidden personal powers, but I lack the knowledge and wisdom to do so. I lack a cohesive unifying spirit. I have yet to claim the authenticity of my life. I failed to accept that what anyone else thinks of me would not stave off an inevitable death. I have not claimed a purpose for living. I have not found a basic truth that I can live and die supporting. I failed to exert the resolute will to become who I aspire to be. I rejected abstract concepts and failed to endorse the systematic reasoning of philosophical studies. I indulged in the type of obsessive excessive self-analysis, which leads to the brink of personal destruction through self-objectification and artificial triumphs. Echoing the words of Romanian philosopher and writer E.M. Cioran (1911-1995), ‘I’ve invented nothing; I’ve simply been the secretary of my sensations.
Kilroy J. Oldster (Dead Toad Scrolls)
In our veins the macaques'blood runs. If we often thought of it, we would end up resigning. no more theology, no more metaphysics, - to as much say more divagations, no more arrogance, no more disproportion, nothing...
EM CIORAN
O espetáculo do homem - que vomitivo! O amor - um encontro de duas salivas... Todos os sentimentos extraem seu absoluto da miséria das glândulas. Não há nobreza senão na negação da existência, em um sorriso que domina paisagens aniquiladas.
Emil M. Cioran
Nostalgia de um mundo sem “ideal”, de uma agonia sem doutrina, de uma eternidade sem vida... O Paraíso... Mas não poderíamos existir um instante sem enganar-nos: o profeta em cada um de nós é o grão de loucura que nos faz prosperar em nosso vazio.
Emil M. Cioran (A Short History of Decay)
Só é saudável em nós aquilo pelo que não somos especificamente nós mesmos: são nossas aversões que nos individualizam; nossas tristezas que nos concedem um nome; nossas perdas que nos fazem possuidores de nosso eu. Só somos nós mesmos pela soma de nossos fracassos.
Emil M. Cioran (Breviário de Decomposição)
Todas as nossas humilhações provêm de que não podemos resolver-nos a morrer de fome. Pagamos caro esta covardia. Viver em função dos homens, sem vocação de mendigo! Rebaixar-se ante esses macacos engravatados, sortudos, enfatuados! Estar à mercê dessas caricaturas indignas até de desprezo!
Emil M. Cioran (A Short History of Decay)
Para um escritor, o progresso em direcção ao desprendimento e à libertação é um desastre sem precedentes: ele, mais do que ninguém, precisa dos seus defeitos: se triunfa sobre eles, está perdido. Ele que se abstenha portanto de se tornar melhor, pois, se o conseguir, arrepender-se-à amargamente.
Emil M. Cioran
Cada um de nós nasceu com uma dose de pureza, predestinada a ser corrompida pelo comércio com os homens, por esse pecado contra a solidão. Pois cada um de nós faz o impossível para não se ver entregue a si mesmo. O semelhante não é a fatalidade, mas tentação de decadência. Incapazes de guardar nossas mãos limpas e nossos corações intactos, nos sujamos ao contato de suores estranhos, chafurdamos sedentos de nojo e entusiastas de pestilência na lama unânime. E quando sonhamos mares convertidos em água benta, é tarde demais para mergulharmos neles, e nossa corrupção demasiado profunda nos impede de afogar-nos ali: o mundo infectou nossa solidão; as marcas dos outros em nós tornam-se indeléveis.
Emil M. Cioran
A fonte de nossos atos reside em uma propensão inconsciente a nos considerar o centro, a razão e o resultado do tempo. Nossos reflexos e nosso orgulho transformam em planeta a parcela de carne e de consciência que somos. Se tivéssemos o justo sentido de nossa posição no mundo, se comparar fosse inseparável de viver, a revelação de nossa ínfima presença nos esmagaria. Mas viver é estar cego em relação às suas próprias dimensões.
Emil M. Cioran
Quem não conhece o tédio encontra-se ainda na infância do mundo, quando as idades esperavam para nascer; permanece fechado para este tempo fatigado que se sobrevive, que ri de suas dimensões e sucumbe no limiar de seu próprio... porvir, arrastando com ele a matéria, subitamente elevada a um lirismo de negação. O tédio é o eco em nós do tempo que se dilacera..., a revelação do vazio, o esgotamento desse delírio que sustenta - ou inventa - a vida...
Emil M. Cioran
Jamais o espírito hesitante, afligido pelo hamletismo, foi pernicioso: o princípio do mal reside na tensão da vontade, na inaptidão para o quietismo, na megalomania prometeica de uma raça que se arrebenta de tanto ideal, que explode sob suas convicções e que, por haver-se comprazido em depreciar a dúvida e a preguiça - vícios mais nobres do que todas as suas virtudes - , embrenhou-se em uma via de perdição, na história, nesta mescla indecente de banalidade e apocalipse...
Emil M. Cioran
Somente tem valor aquilo que surge da inspiração, do fundo irracional de nosso ser, aquilo que brota do ponto central da nossa subjetividade. Todo produto exclusivo do esforço e do trabalho é desprovido de valor, assim como todo produto exclusivo da inteligência é estéril e desinteressante. Em contraste, enfeitiça-me o espetáculo da projeção bárbara e espontânea da inspiração, a efervescência dos estados de alma, do lirismo essencial e de tudo aquilo que é tensão interior - todas as coisas que fazem da inspiração a única realidade viva na ordem da criação.
Emil M. Cioran (On the Heights of Despair)
Mesmo quando se afasta da religião o homem permanece submetido a ela; esgotando-se em forjar simulacros de deuses, adota-os depois febrilmente: sua necessidade de ficção, de mitologia, triunfa sobre a evidência e o ridículo. Sua capacidade de adorar é responsável por todos os seus crimes: o que ama indevidamente um deus obriga os outros a amá-lo, na espera de exterminá-los se se recusam. Não há intolerância, intransigência ideológica ou proselitismo que não revelem o fundo bestial do entusiamo. Que perca o homem sua faculdade de indiferença: torna-se um assassino virtual: que transforme sua ideia em deus: as consequências são incalculáveis.
Emil M. Cioran (Breviario de los vencidos)
Agora deveria reescrever todo o artigo tornando bem claro que os clássicos servem para compreender quem somos e aonde chegámos e por isso os italianos são indispensáveis precisamente para os compararmos com os estrangeiros, e os estrangeiros são indispensáveis precisamente para os compararmos com os italianos. Depois deveria reescrevê-lo mais uma vez para não se pensar que os clássicos devem ser lidos porque “servem” para alguma coisa. A única razão que se pode aduzir é que ler os clássicos é melhor que não ler os clássicos. E se alguém objetar que não vale a pena ter tanto trabalho, citarei Cioran (não é um clássico, pelo menos por agora, mas sim um pensador contemporâneo que só neste momento se começa a traduzir em Itália): “Enquanto lhe preparavam a cicuta, Sócrates pôs-se a aprender uma ária na flauta. “Para que te servirá?” perguntaram-lhe. “Para saber esta ária antes de morrer””.
Italo Calvino (Why Read the Classics?)
Semiotiek 211 was een specialistisch vak dat werd gedoceerd door een voormalige rebel van het instituut Engelse taal- en letterkunde. Michael Zipperstein was tweeëndertig jaar geleden als aanhanger van het New Criticism naar Brown gekomen. Hij had drie generaties studenten de gewoonte bijgebracht teksten zorgvuldig te lezen, te analyseren en te interpreteren zonder aandacht voor de biografie van de auteur, totdat hij in 1975 tijdens een sabbatical in Parijs een levensveranderende openbaring kreeg: tijdens een diner maakte hij kennis met Roland Barthes en bij de cassoulet werd hij tot het nieuwe geloof bekeerd. [...] Hij bedolf zijn studenten onder de leeslijsten: naast de grote semiotische kanonnen - Derrida, Eco, Barthes - moesten ze zich voor Semiotiek 211 door hele stapels achtergrondteksten heen worstelen, van Sarrasine van Balzac tot bundels van Semiotext(e) tot gefotokopieerde capita selecta van E.M. Cioran, Robert Walser, Claude Lévi-Strauss, Peter Handke en Carl van Vechten. [...] Door dat esoterische onderzoek, en door Zippersteins kale goeroehoofd en witte baard, kregen zijn studenten het gevoel dat ze geestelijk waren doorgelicht en nu - althans twee uur lang op dinsdagmiddag - deel uitmaakten van een literaire elite.
Jeffrey Eugenides
Penetrating the literary inferno, you will come to learn its artifices and its arsenic; shielded from the immediate, that caricature of yourself, you will no longer have any but formal experiences, indirect experiences; you will vanish into the Word. Books will be the sole object of your discussions. As for literary people, you will derive no benefit from them. But you will find this out too late, after having wasted your best years in a milieu without density or substance. The literary man? An indiscreet man, who devaluates his miseries, divulges them, tells them like so many beads: immodesty - the sideshow of second-thoughts - is his rule; he offers himself. Every form of talent involves a certain shamelessness. Only sterility is truly distinguished - the man who effaces himself along with his secret, because he disdains to parade it: sentiments expressed are an agony for irony, a slap at humor. To keep one's secret is the most fruitful of activities. It torments, erodes, threatens you. Even when confession is addressed to God, it is an outrage against ourselves, against the mainspring of our being. The apprehensions, shames, fears from which both religious and profane therapeutics would deliver us constitute a patrimony we should not allow ourselves to be dispossessed of, at any cost. We must defend ourselves against our healers and, even if we die for it, preserve our sickness and our sins. The confessional? a rape of conscience perpetrated in the name of heaven. And that other rape, psychological analysis! Secularized, prostituted, the confessional will soon be installed on our street corners: except for a couple of criminals, everyone aspires to have a public soul, a poster soul.
Emil M. Cioran
Nestas condições, sobre quem extravasar o ódio? Ninguém é responsável de ser e ainda menos de ser o que é. Ferido pela existência, cada um sofre como um animal as consequências que derivam disso. Sendo assim, em um mundo no qual tudo é odioso, o ódio torna-se mais vasto que o mundo e, por haver superado seu objeto, se anula.
Emil M. Cioran (A Short History of Decay)
Llegados a cierta edad, se debería cambiar de nombre y refugiarse en un rincón perdido donde nadie conociera a nadie, donde no recibiera uno a amigos ni a enemigos, donde fuera posible llevar la vida de un malhechor exhausto.
CIORAN E.M.
Si se ven negras las cosas es porque uno las sopesa en la oscuridad, porque en general los pensamientos son fruto de vigilias, es decir, de oscuridad.
CIORAN E.M.
Habría que repetirse cada día: soy uno de esos que, por millones, se arrastran sobre la superficie de la Tierra. Uno más solamente. Esa banalidad justifica cualquier conclusión, cualquier conducta o acto: libertinaje, castidad, suicidio, trabajo, crimen, pereza o rebeldía. … De lo que se concluye que cada cual tiene razón en hacer lo que hace.
CIORAN E.M.
Todo fenómeno es una versión degradada de otro fenómeno más vasto: el tiempo, una tara de la eternidad; la historia, una tara del tiempo; la vida, otra tara, de la materia. ¿Qué sería entonces lo normal, lo sano? ¿Acaso la eternidad? Ella misma no es más que una tara de Dios.
CIORAN E.M.
Aniquilar da un sentimiento de poder y anima algo oscuro, original, en nosotros
CIORAN E.M.
En su conjunto, que la historia de Francia parece una historia por encargo, una historia escenificada: todo en ella es perfecto desde el punto de vista teatral. Es una representación, un conjunto de gestos, de acontecimientos que, más que experimentarse, se miran: un espectáculo de diez siglos. De ahí la impresión de frivolidad que, visto de lejos, da también el período del Terror.
CIORAN E.M.
El Occidente: una podredumbre que huele bien, un cadáver perfumado.
CIORAN E.M.
Mi visión del futuro es tan precisa que, si tuviera hijos, los estrangularía en el acto.
CIORAN E.M.
Cuando se introdujo la electricidad en mi pueblo natal, después de la guerra del catorce, primero se produjo un murmullo general, y después una desolación muda. Pero cuando la instalaron en las iglesias (había tres) todos se persuadieron de la llegada del Anticristo y del fin de los tiempos. Esos campesinos de los Cárpatos habían visto claramente, habían visto lejos. Ellos, que salían de la prehistoria, sabían ya entonces lo que los civilizados empiezan a saber hoy.
CIORAN E.M.
Según parece, los monos que viven en grupo rechazan a aquellos que han tenido de alguna manera contacto con los humanos.
CIORAN E.M.
La fuerza de ese jefe de Estado es la de ser quimérico y cínico. Un soñador sin escrúpulos.
CIORAN E.M.
Usted está contra todo lo que se ha hecho desde la última guerra —me decía aquella señora muy al día. —Se equivoca usted de fecha. Estoy contra todo lo que se ha hecho desde Adán.
CIORAN E.M.
cuando se trata de explicar la seguridad y el triunfo de los «malos», su solidez y competencia. Habiéndose preparado con anterioridad, no es sorprendente que se repartan la Tierra: la conquistaron antes de encontrarse en ella…
CIORAN E.M.
El apetito de destrucción está tan arraigado en nosotros que nadie logra extirparlo. Forma parte de la constitución de cada ser, siendo el fondo mismo del ser seguramente demoníaco.
CIORAN E.M.
La Historia, propiamente hablando, no se repite, pero como las ilusiones de que es capaz el hombre son muy limitadas, regresan siempre bajo otro aspecto, dando así a una mamarrachada archidecrépita un aspecto de novedad y un barniz trágico.
CIORAN E.M.
La vida no se tornará soportable más que en el seno de una humanidad a la que no le quede ya ninguna ilusión, una humanidad completamente desengañada y feliz de estarlo.
CIORAN E.M.
Todo lo que he podido sentir y pensar se confunde con un ejercicio de anti–utopía.
CIORAN E.M.
Me conmueve, me trastorna incluso, encontrarme con un inocente. ¿De dónde viene? ¿Qué busca? ¿Su aparición no anuncia algún acontecimiento enojoso? Es una sensación muy particular la de encontrarse con alguien a quien no sabríamos llamar nuestro semejante.
CIORAN E.M.
Allí donde los civilizados hicieron su aparición por primera vez, los indígenas los consideraron seres maléficos, fantasmas, espectros. ¡Nunca seres vivos! Intuición sin paralelo, atisbo profético, si lo hubo.
CIORAN E.M.
Si todos hubiésemos «comprendido», la Historia habría cesado hace tiempo. Pero estamos fundamentalmente, biológicamente incapacitados para «comprender». E incluso si todos comprendieran, salvo uno, la Historia se perpetuaría por su culpa, por culpa de su ceguera. A causa de una sola ilusión.
CIORAN E.M.
Fulano sostiene que nos encontramos al cabo de un «ciclo cósmico» y que todo estallará pronto. No le cabe la menor duda. Al mismo tiempo es padre de familia, y de una familia numerosa. Con certezas como las suyas, ¿qué aberración le empujó a echar hijo tras hijo, en un mundo perdido?
CIORAN E.M.
la Vida, regalo ofrecido a los vivos por los obsesos de la muerte... Como la dirección de nuestros pensamientos no es la de nuestros corazones, cultivamos una inclinación secreta por todo lo que pisoteamos.
CIORAN E.M.
El veneno de un La Rochefoucauld o de un Chamfort, fue la revancha que tomaron contra un mundo esculpido por los brutos. Toda amargura esconde una venganza y se traduce en un sistema: el pesimismo, esa crueldad de los vencidos que no pueden perdonar al mundo el haber traicionado su espera.
CIORAN E.M.
Quien ama no examina el amor, quien actúa no medita sobre la acción: si estudio a mi «prójimo» es que ha dejado de serlo, y yo dejo de ser «yo» si me analizo: me convierto en objeto, de igual rango que los otros.
CIORAN E.M.
esas caricaturas, indignas hasta de desprecio!
CIORAN E.M.
ningún acontecimiento surge de la duda, pero todas las consideraciones sobre los acontecimientos conducen a ella y la justifican. Es tanto como decir que la tolerancia —bien supremo de la tierra— es también al mismo tiempo el mal. Admitir todos los puntos de vista, las creencias más dispares, las opiniones más contradictorias, presupone un estado general de cansancio y esterilidad. Las colectividades no se consolidan más que bajo las tiranías, y se desagregan en un régimen de clemencia; entonces, en un sobresalto de energía, se ponen a estrangular sus libertades, y a adorar a sus carceleros plebeyos o coronados. Las épocas de espanto predominan sobre las de calma; el hombre se irrita mucho más por la ausencia que por la profusión de sucesos; así la Historia es el sangrante producto de su rechazo del aburrimiento.
CIORAN E.M.
El público se reclama de ella; el nihilismo de bulevar y la amargura de los mirones se sacian con ella. Pensador sin destino, infinitamente vacío y maravillosamente amplio, explota su pensamiento, lo quiere en todos los labios.
CIORAN E.M.
Su habilidad para entrarles de frente a los grandes problemas desconcierta: todo es notable en ella, salvo la autenticidad. Profundamente apoético, si habla de la nada, carece de su estremecimiento; sus ascos son reflexivos; sus exasperaciones, dominadas y como inventadas a posteriori; pero su voluntad, sobrenaturalmente eficaz, es al mismo tiempo tan lúcida, que podría ser poeta si lo quisiera, y, añadiría yo, santo, si se empeñase... Al no tener ni preferencias ni prevenciones, sus opiniones son accidentes; uno lamenta que él crea en ellas: sólo interesa el decurso de su pensamiento. Si le oyese predicar en un púlpito, no me sorprendería, hasta tal punto es cierto que se pone por encima de todas las verdades, que las domina y que ninguna le es necesaria ni orgánica.
CIORAN E.M.
Hijo de una época, expresa sus contradicciones, su inútil hormigueo; y cuando se lanza a conquistarla, pone en ello tanta consecuencia y tanta obstinación que su éxito y su fama igualan a los de la espada y rehabilitan el espíritu por medios que, hasta ahora, eran odiosos o desconocidos.
CIORAN E.M.
no hay universalidad que no sea su máscara: hasta la lógica, todo le es pretexto para la autobiografía;
CIORAN E.M.
No veo por todas partes más que bestezuelas con ideal que se aborregan para balar sus esperanzas.. En búsqueda de un auténtico solitario, paso revista a las épocas, y al único que encuentro y envidio es al Diablo... La razón le excluye, el corazón le implora... Espíritu de la mentira, Príncipe de las Tinieblas, el Maldito, el Enemigo
CIORAN E.M.
Efigie del Fracasado: Deseoso de encontrarlo todo sin importancia, lo logra fácilmente, pues toda la multitud de las evidencias está ampliamente de su lado. En la batalla de los argumentos vence siempre, del mismo modo que es siempre vencido en la acción: tiene «razón», lo rechaza todo y todo le rechaza. Ha comprendido prematuramente lo que no se debe comprender para vivir y como su talento era demasiado lúcido respecto a sus propias funciones, lo ha desperdiciado por miedo a que fluyese en la bobería de una obra. Lleva la imagen de lo que hubiera podido ser como un estigma o una aureola, enrojece y se congratula de la excelencia de su esterilidad, por siempre extraño a las seducciones ingenuas, único liberto entre los ilotas del Tiempo. Extrae su libertad de la inmensidad de sus incumplimientos; es un dios infinito y lastimoso a quien ninguna creación limita, a quien ninguna criatura adora, y a quien nadie disculpa. El desprecio que derramó sobre los otros le es devuelto por éstos. Sólo expía los actos que no ha efectuado, cuyo número excede sin embargo el cálculo de su orgullo dolorido. Pero finalmente, a guisa de consolación, y al término de una vida sin títulos, lleva su inutilidad como una corona.
CIORAN E.M.
Vuestra soberbia excede en refinamiento todas las ambiciones del siglo. ¿Qué sueño de gloria, comparado con el vuestro, no se revela engaño y humo? Vuestra fe no es más que un delirio de grandeza tolerado por la comunidad, gracias a que utiliza caminos camuflados; pero vuestro polvo es vuestra única obsesión: golosos de lo intemporal, perseguís al tiempo que lo dispersa. Sólo el más allá es lo bastante espacioso para vuestras apetencias; la tierra y sus instantes os parecen demasiado frágiles. La megalomanía de los conventos supera todo lo que jamás imaginaron las fiebres suntuosas de los palacios. Quien no consiente su nada, es un enfermo mental. Y el creyente, entre todos, es el menos dispuesto a consentir. La voluntad de durar, llevada hasta tal punto, me espanta. Me niego a la seducción malsana de un Yo indefinido. Quiero revolcarme en mi mortalidad. Quiero seguir siendo normal.»
CIORAN E.M.
La humanidad no ha adorado más que a los que la hicieron perecer. Los reinos o los ciudadanos que se extinguieron apaciblemente no figuran en la historia, ni tampoco el príncipe sensato, en todo tiempo despreciado por sus súbditos; la multitud gusta de lo novelesco incluso a sus expensas, pues el escándalo de las costumbres constituye la trama de la curiosidad humana y la corriente subterránea de todo suceso. La mujer infiel y el cornudo proveen a la comedia y a la tragedia, sin excluir la epopeya, de la casi totalidad de sus temas. Como la honestidad no tiene ni biografía ni encanto, desde la Ilíada hasta el sainete sólo el brillo del deshonor ha divertido e intrigado
CIORAN E.M.
la música procede no de las malicias del intelecto, sino de los matices tiernos o vehementes de la ingenuidad, estupidez de lo sublime, irreflexión de lo infinito... Como el rasgo de ingenio no tiene equivalente sonoro, es denigrar a un músico llamarle inteligente. Este atributo le disminuye y no tiene lugar en esa cosmogonía lánguida donde, a modo de dios ciego, improvisa universos. Si fuera consciente de su don, de su genio, sucumbiría al orgullo; pero es irresponsable; nacido en el oráculo, no puede comprenderse a sí mismo. A los estériles toca interpretarle: él no es crítico, como Dios no es teólogo.
CIORAN E.M.
Quien ya no tiene lágrimas para la música, quien ya no vive más que del recuerdo de las que vertió, está perdido: la estéril clarividencia dio buena cuenta del éxtasis del que surgían mundos...
CIORAN E.M.
La mascarada arrastra todo lo que vive, desde el troglodita hasta el escéptico. Como sólo el respeto de las apariencias nos separa de las carroñas, precisar el fondo de las cosas y de los seres es perecer; atengámonos a una nada más agradable: nuestra constitución no tolera más que una cierta dosis de verdad... la vida no tiene sentido, no puede tenerlo. Deberíamos matarnos inmediatamente si una revelación imprevista nos persuadiese de lo contrario. Si desapareciese el aire, aún respiraríamos; pero nos ahogaríamos en cuanto se nos quitase el gozo de la inanidad...
CIORAN E.M.
Cuando uno no puede librarse de sí mismo, se deleita devorándose. En vano se llamaría al Señor de las Sombras, el dispensador de una maldición precisa: se está enfermo sin enfermedad y se es réprobo sin vicios. La melancolía es el estado soñado del egoísmo: ningún objeto fuera de sí mismo, no más motivos de odio o de amor, sino esa misma caída en un fango languideciente, ese mismo revolverse de condenado sin infierno, esas mismas reiteraciones de un ardor de perecer...
CIORAN E.M.
A fin de cuentas, uno sigue como todo el mundo, fingiendo atarearse; uno se resigna a tal extremo gracias a los recursos del artificio, entendiendo que es menos ridículo simular la vida que vivirla. Mientras que los hombres sientan pasión por la sociedad, reinará en ella un canibalismo disfrazado.
CIORAN E.M.
El alejandrinismo es un período de sabias negaciones, un estilo de inutilidad y de rechazo, un paseo de erudición y sarcasmo a través de la confusión de los valores y las creencias. Una civilización evoluciona de la agricultura a la paradoja. Entre estos dos extremos se desenvuelve el combate entre la barbarie y la neurosis: de aquí resulta el equilibrio inestable de las épocas creadoras. Tal combate se aproxima a su fin: Es ahora cuando toca al individuo desengañado florecer en el vacío y al vampiro intelectual abrevarse en la sangre viciada de las civilizaciones.
CIORAN E.M.
hay un cansancio para el que el mismo futuro es un cementerio, un cementerio virtual como todo lo que espera llegar a ser.
CIORAN E.M.
Aspiro a las noches del idiota, a sus sufrimientos minerales, a la dicha de gemir con indiferencia, como si fueran los gemidos de otro, a un calvario en donde se es extraño a uno mismo, donde los gritos propios vienen de otra parte, a un infierno anónimo donde se baila y se ríe mientras se destruye uno. Vivir y morir en tercera persona..., exilarme en mí mismo, disociarme de mi nombre, distraído por siempre del que fui..., alcanzar, finalmente —puesto que la vida sólo es tolerable a ese precio—, la sabiduría de la demencia...
CIORAN E.M.
el Altísimo ruin y usurero. El es quien implanta en uno el terror del próximo día; no hay que asombrarse de que la misma religión sea una forma de este terror.
CIORAN E.M.
solitarios se despojaban de todo, para identificarse con ellos mismos: en el desierto o en la calle, gozando parejamente de su desapego, alcanzaban la suprema fortuna: igualaban a los muertos...
CIORAN E.M.
Entre los Sarnosos Para consolarme de los remordimientos de la pereza, tomo el camino de los bajos fondos, impaciente por envilecerme y encanallarme. Conozco a esos mendigos grandilocuentes, apestosos, sarcásticos; zambulléndome en su suciedad, gozo con su aliento fétido no menos que con su labia.
CIORAN E.M.
la realización negativa del hombre, helo aquí al desnudo a este ser que pretende tener una ascendencia divina, lamentable falsificador del absoluto... Ahí debía acabar, en esta imagen que se le parece, barro en el que jamás ningún dios puso la mano, bestia que ningún ángel altera, infinito procreado entre gruñidos, alma surgida de un espasmo... Contemplo la sorda desesperación de los espermatozoides llegados a su término, los rostros fúnebres de la especie. Me tranquilizo: aún tengo camino por delante... Después, tengo miedo: ¿también yo voy a caer tan bajo? Y odio a esa vieja desdentada, a ese poetastro sin versos, a esos impotentes en amor o en negocios, a esos modelos del deshonor del espíritu o de la carne...
CIORAN E.M.
Los ojos del hombre me aterran; quise sacar del contacto con esos despojos un renuevo de orgullo: me llevo un estremecimiento semejante al que experimentaría un vivo que, para congratularse de no estar muerto, fanfarronease en un ataúd...
CIORAN E.M.
Sobre un empresario de ideas Lo abarca todo, y en todo tiene éxito; no hay nada de lo que no sea contemporáneo. Tanto vigor en los artificios del intelecto, tanta facilidad en abordar todos los sectores del espíritu y de la moda —desde la metafísica hasta el cine— deslumbra, debe deslumbrar. Ningún problema se le resiste, no hay fenómeno que le sea extraño, ninguna tentación le deja indiferente. Es un conquistador, que sólo tiene un secreto: su falta de emoción;
CIORAN E.M.
Entristecerse, como Léon Bloy, porque no somos santos es desear la desaparición de la humanidad... ¡ en nombre de la fe! ¡Cuán positivo parece, por el contrario, el diablo, ya que constriñéndose a fijarnos en nuestras imperfecciones, trabaja —pese a él y traicionando su esencia— en conservarnos!
CIORAN E.M.
Las criaturas se lanzan hacia un arquetipo de fealdad y suspiran por un ideal de deformidad... Universo de la mueca, júbilo del topo, de la hiena y del piojo... No más horizontes, salvo para los monstruos y la tiña. Todo se encamina hacia lo repulsivo y gangrenoso
CIORAN E.M.
Naturalezas voluntariosas, desenfrenadas, explotan su propio desequilibrio con habilidad y violencia. El Salvador, su modelo, fue un ejemplo de ambición y de audacia, un conquistador sin rival: su fuerza de insinuación, su poder de identificarse con las insuficiencias y las taras del alma le permitieron establecer un reino como ninguna espada soñó jamás. Apasionado con método: esta habilidad es la que imitaron los que le tomaron por ideal. Pero el sabio, desdeñoso del drama y del fasto, se siente tan lejos del santo como del regalón, ignora lo novelesco y se compone un equilibrio de desengaño y desinterés.
CIORAN E.M.
España "Cada pueblo traduce en el devenir y a su manera los atributos divinos; el ardor de España permanece, sin embargo, único." "Teme a España como teme a Rusia: en ambos sitios multiplica los ateos." "Toda santidad es más o menos española: si Dios fuera Cíclope, España le serviría de ojo.
CIORAN E.M.