Conversas Entre Amigos Quotes

We've searched our database for all the quotes and captions related to Conversas Entre Amigos. Here they are! All 5 of them:

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Poderia ter me esforçado mais para me envolver, mas é provável que me ressentisse por ter de me esforçar para ser notada.
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Sally Rooney (Conversas Entre Amigos)
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Odiava que tudo o que eu fazia fosse tão feio, mas também me faltava coragem de encarar o quanto era feio.
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Sally Rooney (Conversas Entre Amigos)
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Eu espero alguém que não desista de mim mesmo quando já não tem interesse. Espero alguém que não me torture com promessas de envelhecer comigo, mas sim que realmente envelheça comigo. Espero alguém que se orgulhe do que escrevo, que me faça ser mais amigo dos meus amigos e mais irmão do meu irmão. Espero alguém que não tenha medo do escândalo, mas tenha medo da indiferença. Espero alguém que ponha bilhetinhos dentro daqueles livros que vou ler até o fim. Espero alguém que se arrependa rápido de suas grosserias e me perdoe sem querer. Espero alguém que me avise que estou repetindo a roupa na semana. Espero alguém que nunca abandone a conversa quando não sei mais o que falar. Espero alguém que, nos jantares entre os amigos, dispute comigo para contar primeiro como nos conhecemos. Espero alguém que goste de dirigir para nos revezarmos em longas viagens. Espero alguém disposto a conferir se a porta está fechada e o fogão desligado, se meu rosto está aborrecido ou esperançoso. Espero alguém que prove que amar não é contrato, que o amor não termina com nossos erros. Espero alguém que não se irrite com a minha ansiedade. Espero alguém que possa criar toda uma linguagem cifrada para que ninguém nos recrimine. Espero alguém que arrume ingressos de teatro de repente, que me sequestre ao cinema, que cheire meu corpo suado depois de uma corrida como se ainda fosse perfume. Espero alguém que não largue as mãos dadas nem para coçar o rosto. Espero alguém que me olhe demoradamente quando estou distraído, que me telefone para narrar como foi seu dia. Espero alguém que procure um espaço acolchoado em meu peito. Espero alguém que minta que cozinha e só diga a verdade depois que comi. Espero alguém que leia uma notícia, veja que haverá um show de minha banda predileta, e corra para me adiantar por e-mail. Espero alguém que ame meus filhos como se estivesse reencontrando minha infância e adolescência fora de mim. Espero alguém que fique me chamando para dormir, que fique me chamando para despertar, que não precise me chamar para amar. Espero alguém com uma vocação pela metade, uma frustração antiga, um desejo de ser algo que não se cumpriu, uma melancolia discreta, para nunca ser prepotente. Espero alguém que tenha uma risada tão bonita que terei sempre vontade de ser engraçado. Espero alguém que comente sua dor com respeito e ouça minha dor com interesse. Espero alguém que prepare minha festa de aniversário em segredo e crie conspiração dos amigos para me ajudar. Espero alguém que pinte o muro onde passo, que não se perturbe com o que as pessoas pensam a nosso respeito. Espero alguém que vire cínico no desespero e doce na tristeza. Espero alguém que curta o domingo em casa, acordar tarde e andar de chinelos, e que me pergunte o tempo antes de olhar para as janelas. Espero alguém que me ensine a me amar porque a separação apenas vem me ensinando a me destruir. Espero alguém que tenha pressa de mim, eternidade de mim, que chegue logo, que apareça hoje, que largue o casaco no sofá e não seja educada a ponto de estendê-lo no cabide. Espero encontrar uma mulher que me torne novamente necessário.
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FabrĂ­cio Carpinejar
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Tenho um amigo cuja companheira, Rosa, era babá para uma família chique do 16º arrondissement de Paris. Mas ela quer ser professora de espanhol. Ela deixa essa família, anunciando sua decisão. Infelizmente seu projeto profissional vai por água abaixo e ela precisa voltar a ser babá. Ela encontra uma nova família em busca de alguém, mas que gostaria de conversar com a família anterior para saber como Rosa se comporta com as crianças, conhecer suas «referências». Ela não pode telefonar para a família que ela abandonou dizendo que está prestes a começar um novo trabalho. Meu amigo me liga para pedir que eu interprete, ao telefone, a mãe da família do 16º. Eu nego — sou péssima atriz. É finalmente Lila, uma outra amiga, que faz o papel ao telefone e que mantém esse diálogo improvável: ela é mãe em uma família com muitos filhos que vive no 16º arrondissement, ela descreve a vida deles, as atividades das crianças, dá detalhes, agrada a interlocutora. Ela entra no jogo dessa vida que ela não tem e que inventa durante a conversa. Na vida, Lila faz filmes que tomam o real de empréstimo, mas que se parecem com ficções. Ao inserir cenas escritas e interpretadas em situações reais, ela busca produzir emoções que os métodos do documentário não conseguiriam obter sozinhos. Essa mistura reorganiza as relações sociais ou joga luz sobre elas de um jeito diferente. Seus personagens desempenham frequentemente atitudes combativas, que recusam as determinações. Essa história de babá é interessante pois coloca Lila em uma situação de escrita e de jogo que ela conhece bem, em que a palavra é colocada numa partilha entre realidade e ficção, abrindo assim pistas políticas. No
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Clara Schulmann (Cizânias - Vozes de mulheres (Portuguese Edition))
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(...) a memória, para poder funcionar bem, precisa de um treino incessante: se as recordações não são evocadas, uma vez mais e outra vez ainda, nas conversas entre amigos, vão-se embora.
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Milan Kundera (Ignorance)