Brasil Quotes

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Subdesenvolvimento não se improvisa. É obra de séculos.
Nelson Rodrigues
Ai, que preguiça!
Mário de Andrade
Quem pausa para admirar a beleza se torna tambem belo. (One who pauses to admire beauty becomes, himself, beautiful.)
Eric Micha'el Leventhal
Hace años que Lala decidió ser mujer y brasileña, pero había nacido varón y uruguayo.
Mariana Enriquez (Las cosas que perdimos en el fuego)
Não me interessava por suas aulas em que contava a história do Brasil, em que falava da mistura entre índios, negros e brancos, de como éramos felizes, de como nosso país era abençoado.
Itamar Vieira Junior (Torto Arado)
O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora. Quem passa fome aprende a pensar no próximo, e nas crianças.
Carolina Maria de Jesus
O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora.
Carolina Maria de Jesus (Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada)
No Brasil não há outono mas as folhas caem - In Brazil there is no autumn but the leaves fall
Carlos Drummond de Andrade (Alguma Poesia)
De acuerdo con los términos de este breve pero jugoso manifiesto capitalista, la ley de la selva es el código que naturalmente rige la vida humana y la injusticia no existe, puesto que lo que conocemos por injusticia no es más que la expresión de la cruel armonía del universo: son países son pobres, son pobres porque... son pobres; el destino está escrito en los astros y solo nacemos para cumplirlo: unos, condenados a obedecer; otros señalados para mandar. El autor fue el artífice de la política del Fondo Monetario Internacional en Brasil.
Eduardo Galeano (Las venas abiertas de América Latina)
eu estou bem, dizia-lhe, estou bem. e ele queria saber se estar bem era andar de trombas. eu respondi que o tempo não era linear. preparem-se sofredores do mundo, o tempo não é linear. o tempo vicia-se em ciclos que obedecem a lógicas distintas e que se vão sucedendo uns aos outros repondo o sofredor, e qualquer outro indivíduo, novamente num certo ponto de partida. é fácil de entender. quando queremos que o tempo nos faça fugir de alguma coisa, de um acontecimento, inicialmente contamos os dias, às vezes até as horas, e depois chegam as semanas triunfais e os largos meses e depois os didáticos anos. mas para chegarmos aí temos de sentir o tempo também de outro modo. perdemos alguém, e temos de superar o primeiro inverno a sós, e a primeira primavera e depois o primeiro verão, e o primeiro outono. e dentro disso, é preciso que superemos os nossos aniversário, tudo quanto dá direito a parabéns a você, as datas da relação, o natal, a mudança dos anos, até a época dos morangos, o magusto, as chuvas de molha-tolos, o primeiro passo de um neto, o regresso de um satélite à terra, a queda de mais um avião, as notícias sobre o brasil, enfim, tudo. e também é preciso superar a primeira saída de carro a sós. o primeiro telefonema que não pode ser feito para aquela pessoa. a primeira viagem que fazemos sem a sua companhia. os lençóis que mudamos pela primeira vez. as janelas que abrimos. a sopa que preparamos para comermos sem mais ninguém. o telejornal que já não comentamos. um livro que se lê em absoluto silêncio. o tempo guarda cápsulas indestrutíveis porque, por mais dias que se sucedam, sempre chegamos a um ponto onde voltamos atrás, a um início qualquer, para fazer pela primeira vez alguma coisa que nos vai dilacerar impiedosamente porque nessa cápsula se injeta também a nitidez do quanto amávamos quem perdemos, a nitidez do seu rosto, que por vezes se perde mas ressurge sempre nessas alturas, até o timbre da sua voz, chamando o nosso nome, ou mais cruel ainda, dizendo que nos ama com um riso incrível pelo qual nos havíamos justificado em mil ocasiões no mundo.
Valter Hugo Mãe (A máquina de fazer espanhóis)
Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu.
Darcy Ribeiro
Grief isn’t something you fix; it’s something you honour. There’s no flash sale, weekend retreat or quickly found solution. We often dream of a comeback from grieving, when the healthiest thing we can do is aim to come-through, by waking up every day and honouring our relationship with loss and how we feel in each moment that follows.
Addison Brasil (First Year of Grief Club : A Gift From A Friend Who Gets It)
Mas as palavras parecem esperar a morte e o esquecimento; permanecem soterradas, petrificadas, em estado latente, para depois, em lenta combustão, acenderam em nós o desejo de contar passagens que o tempo dissipou. E o tempo, que nos faz esquecer, também é cúmplice delas. Só o tempo transforma nossos sentimentos em palavras mais verdadeiras (...)".
Milton Hatoum (The Brothers)
O Português é alegre e doce, como um idioma de passarinhos".
Paulo Rónai
No, no es fácil escribir. Es duro como partir rocas. Pero saltan chispas y astillas como aceros pulidos.
Clarice Lispector (The Hour of the Star)
Fantasy imposes order on the universe. Or, at least, it superimposes order on the universe. And it is a human order. Reality tells us that we exist for a brief, beleaguered span in a cold infinity; fantasy tells us that the figures in the foreground are important. Fantasy peoples the alien Outside, and it doesn’t matter a whole lot if it peoples it with good guys or bad guys. Putting ‘Hy-Brasil’ on the map is a step in the right direction, but if you can’t manage that, then ‘Here Be Dragons is better than nothing. Better than the void.
Terry Pratchett
Se tem uma coisa que o Brasil não precisa é de moral cristã e ordem militar. Tudo o que a gente teve até hoje é porrada e missa. E a gente é a prova viva do fracasso de ambos. Ninguém no Brasil nunca fez merda em nome do Capeta, da Maconha ou da Sacanagem. Toda vez que mataram, escravizaram e torturaram no Brasil foi em nome de Deus, da Pátria e da Família.
Esther Solano (O Ódio como Política: A Reinvenção das Direitas no Brasil)
Mas Pedro já estava familiarizado com imperfeições como todo pobre que se preza, ainda que não se considerasse merecedor delas, como todo pobre que se despreza.
José Falero (Os Supridores)
Renato Russo (...) e Cazuza (...). Ambos injetaram poesia no rock. Ambos percorreram a estrada dos excessos em busca do palácio da sabedoria.
Eduardo Bueno (Brasil: Uma História - Cinco Séculos de um País em Construção)
Pois é”: uma maneira tipicamente brasileira de não ficar quieto e ao mesmo tempo não dizer nada.
Luis Fernando Verissimo (Verissimas: Frases, reflexões e sacadas sobre quase tudo)
Querem saber de uma cousa? No Brasil, tudo é possível.
Lima Barreto (Lima Barreto: Cronista do Rio (Portuguese Edition))
Ganhei mais olhares em Viena do que no Brasil inteiro.
Filipe Russo (Caro Jovem Adulto)
O Brasil se tornou o maior país escravagista do mundo. Esta é uma nação erguida por seis milhões de braços escravos – e sobre três milhões de cadáveres.
Eduardo Bueno
«Querida hermana: suponéis que Brasil es un trono de oro, pero es un yugo de hierro.»
Javier Moro (El Imperio eres tú)
O que me admira, é que tenhas corrido tantas aventuras aqui, neste Brasil imbecil e burocrático.
Lima Barreto (O Homem Que Sabia Javanês)
Eu tinha lido que o Brasil é a meca das raças, mas, quando fui ao Rio, ninguém que estava nos restaurantes e hotéis caros se parecia comigo.
Chimamanda Ngozi Adichie (Americanah)
Perdi-me no alto mar, quando ia na galeria À Índia da Ilusão, ao Brasil da Quimera!
António Nobre
ORIGIN 52.0942532N 13.131269W (Hy Brasil)
James W. Penniston (The Rendlesham Enigma: Book 1: Timeline)
But it is all going to come down to you. You will ultimately choose how you come out of this. You will choose whether to open back up to love or retreat. You will choose whether you want to get to know the you that now exists. You will choose if you want to live within loss or die with the death of what once was
Addison Brasil
Sabia também que, no inferno, não há fim de expediente. Um repórter, quando faz bem o seu trabalho, é assinalado pelo que vive. A dor só vira palavra escrita depois de respirar dentro de cada um como pesadelo.
Daniela Arbex (Holocausto Brasileiro)
Por que falamos startups e não empresas nascentes? Por que muitos autores estrangeiros são elevados a deuses do Olimpo no Brasil, se em seus países são quase irrelevantes? Por que não valorizamos o que este país tem de bom?
Gil Giardelli (Você é o que você compartilha)
Cinquenta anos depois do golpe, quarenta depois da anistia, trinta da Perestroika, vinte do real e doze da eleição do PT, eu guardo a suspeita de que o Brasil é um país que se situa em algum lugar entre a Veja e a Carta Capital.
Fernanda Torres (Sete Anos)
[Getúlio] Vargas decide que os prejuízos decorrentes de agressões praticadas por países do Eixo contra bens do Estado Brasileiro seriam cobertos pelos depósitos bancários dos imigrantes residentes no Brasil, "pessoas fisicas ou juridicas (...)
Fernando Morais (Corações Sujos: A História da Shindo Renmei)
XCII Voltam a miséria e a ruína A amargura corre pela Pátria O rei foge à cruel chacina Longe desta terra milenária. Terra de Camões, santa mãe divina Cuja fé houvera da Samária. No Brasil vivia-se em beleza E por cá chorava-se de tristeza.
José Braz Pereira da Cruz (Esta é a Ditosa Pátria Minha Amada)
Río de Janeiro y Brasil entero son un paraíso en el que abunda todo lo que la vida animal tiene de delicado y bravío, del colibrí al jaguar. Hay ríos que parecen lagos, lagos que parecen mares y cascadas que rugen, y una luz tropical que deslumbra...
Javier Moro (El Imperio eres tú)
Una madre que a las siete de la tarde aún no ha acostado a sus hijos es una madre negligente, pero a los hombres se les permite ir a la otra parte del país, o a Brasil, o a Marte, y nunca son padres negligentes. Los hombres nunca pueden ser malos padres.[21]
Orna Donath (Madres arrepentidas: Una mirada radical a la maternidad y sus falacias sociales)
Queridos jóvenes, buenas tardes. Quiero primero darles las gracias por el testimonio de fe que ustedes están dando al mundo. Siempre oí decir que a los cariocas no les gusta el frío y la lluvia. Pero ustedes están mostrando que la fe de ustedes es más fuerte que el frío y la lluvia. ¡Enhorabuena! Ustedes son verdaderamente grandes héroes. Veo en ustedes la belleza del rostro joven de Cristo, y mi corazón se llena de alegría. Recuerdo la primera Jornada Mundial de la Juventud a nivel internacional. Se celebró en 1987 en Argentina, en mi ciudad de Buenos Aires. Guardo vivas en la memoria estas palabras de Juan Pablo II a los jóvenes: “¡Tengo tanta esperanza en vosotros! Espero sobre todo que renovéis vuestra fidelidad a Jesucristo y a su cruz redentora” (Discurso a los Jóvenes, 11 de abril 1987:
Pope Francis (El Papa Francisco en Brasil)
O próprio imperador Pedro i tinha ideias avançadas a respeito da forma de organizar e governar a sociedade brasileira. A constituição que outorgou em 1824 era uma das mais inovadoras da época, embora tivesse nascido de um gesto autoritário — a dissolução da Assembleia Constituinte no ano anterior.
Laurentino Gomes (1822: Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram dom Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado)
GRIEF IS NOT SOMETHING YOU FIX; IT’S SOMETHING YOU HONOUR.
Addison Brasil (First Year of Grief Club : A Gift From A Friend Who Gets It)
Para que uma cutia valha mais do que uma onça basta que a cutia pense mais do que uma onça.
Valter Hugo Mãe (As Doenças do Brasil)
serei teu amigo até que saibas ser meu amigo também.
Valter Hugo Mãe (As Doenças do Brasil)
As principais personalidades de Tupã pedem ao governo: campo de concentração e pena de morte para os japoneses.
Fernando Morais (Corações Sujos: A História da Shindo Renmei)
Em todos os cantos os soldados topavam com japoneses imobilizados por cordas, sendo brutalmente espancados
Fernando Morais (Corações Sujos: A História da Shindo Renmei)
A verdade está perdendo importância na compreensão do mundo.
Henry Alfred Bugalho (Minha Especialidade é Matar: Como o Bolsonarismo tomou conta do Brasil)
É incrível, mas às vezes a gente não se dá conta de como o tempo passa rápido. Num instante eu era a criança viada mais linda do Brasil, com franjinha, pele perfeita e bochechas rechonchudas, e no outro não passava de um ex-espinhento jovem universitário, parcialmente barbado, pronto pra passar a noite enchendo a cara e, quem sabe, de quebra ainda abalar umas bocas.
Pedro Rhuas (Enquanto eu não te encontro)
A falta de investimento é a explicação por trás do “custo Brasil” – o fato de que produzir aqui é mais caro e penoso do que em países desenvolvidos. Ferrovia, por exemplo, é um caso clássico de investimento: custa caro, mas dá retorno de longo prazo, tornando fretes mais baratos. O Brasil tem 29,8 mil quilômetros de linhas férreas. Dez mil foram construídas por d. Pedro II.
Alexandre Versignassi (Crash!: Uma Breve História da Economia: Da Grécia Antiga ao Século XXI)
O pior acidente que teve o Brasil em sua enfermidade foi o tolher-se lhe a fala: muitas vezes se quis queixar justamente, muitas vezes quis pedir o remédio de seus males, mas sempre lhe afogou as palavras na garganta, ou o respeito, ou a violência; e se alguma vez chegou algum gemido aos ouvidos de quem o devera remediar, chegaram também as vozes do poder, e venceram os clamores da razão
António Vieira (Sermões)
Like Mardi Gras and Halloween rolled into a public party at the Playboy mansion, Rio during Carnaval is like no other place on earth. And the freak-flags fly like the color guard of an invading army.
James Schannep (Murdered: Can You Solve the Mystery? (Click Your Poison, #2))
A estratificação social separa e opõe, assim, os brasileiros ricos e remediados dos pobres, e todos eles dos miseráveis, mais do que corresponde habitualmente a esses antagonismos. Nesse plano, as relações de classes chegam a ser tão infranqueáveis que obliteram toda comunicação propriamente humana entre a massa do povo e a minoria privilegiada, que a vê e a ignora, a trata e a maltrata, a explora e a deplora, como se esta fosse uma conduta natural.
Darcy Ribeiro (O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil)
No Brasil, são gastas 2,6 mil horas por ano lidando com procedimentos tributários: último colocado entre os 28 países do grupo de comparação. Para ser mais exato, o Brasil é o último colocado entre os 180 países considerados nesse levantamento feito pelo Banco Mundial para a sua base de dados da publicação Doing Business. No país que está logo acima do Brasil nesse ranking (Bolívia), gasta-se menos da metade do tempo consumido no Brasil com os procedimentos de pagamento de tributos.
Marcos Mendes (Por Que o Brasil Cresce Pouco? - Desigualdade, Democracia e Baixo Crescimento no País do Futuro)
No século XX ninguém se ama. Ninguém quer ninguém. Amar é out, é babaca, careta. Embora existam essas estranhas fronteiras entre paixão e loucura, entre paixão e suicídio. Não entendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio [...] Mentira, compreendo sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do útero de minha mãe, berrando de pavor para o mundo insano, e que embarquei sozinho num caixão rumo a sei lá o quê, além do pó. O que ou quem eu cruzo entre esses dois portos gelados da solidão é mera viagem [...] e exigimos o eterno do perecível.
Caio Fernando Abreu (Pequenas Epifanias)
Nossos colonizadores eram, antes de tudo, homens que sabiam repetir o que estava feito ou o que lhes ensinara a rotina. Bem assentes no solo, não tinham exigências mentais muito grandes e o Céu parecia-lhes uma realidade excessivamente espiritual, remota, póstuma, para interferir em seus negócios de cada dia.
Sérgio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil)
Com a falha do dispositivo de dormir a história foi outra. Era uma avaria mais séria. Um dia, no mundo todo — em Sumatra, em Wessex, nas inúmeras cidades da Courland e no Brasil — as camas, quando solicitadas por seus donos cansados, não apareceram. Pode parecer ridículo mas é possível datar daí o colapso da humanidade. O Comitê responsável pela avaria foi tomado pelos reclamantes que, como sempre, eram encaminhados ao Comitê do Dispositivo Regenerador que, por sua vez, garantia que as reclamações seriam encaminhadas ao Comitê Central. Mas o descontentamento aumentou, uma vez que a humanidade ainda não estava suficientemente treinada para dispensar o sono.
E.M. Forster (A Máquina Parou)
La Unión Soviética se anexionó por la fuerza Letonia, Lituania, Estonia y partes de Finlandia, Polonia y Rumania; ocupó y sometió a un régimen comunista a Polonia, Rumania, Hungría, Mongolia, Bulgaria, Checoslovaquia, Alemania oriental y Afganistán, y sofocó el alzamiento de los obreros de Alemania oriental en 1953, la revolución húngara de 1956 y la tentativa checa de introducir en 1968 el glasnost y la perestroika. Dejando aparte las guerras mundiales y las expediciones para combatir la piratería o el tráfico de esclavos, Estados Unidos ha perpetrado invasiones e intervenciones armadas en otros países en más de 130 ocasiones*, incluyendo China (18 veces), México (13), Nicaragua y Panamá (9 cada uno), Honduras (7), Colombia y Turquía (6 en cada país), República Dominicana, Corea y Japón (5 cada uno), Argentina, Cuba, Haití, el reino de Hawai y Samoa (4 cada uno), Uruguay y Fiji (3 cada uno), Granada, Puerto Rico, Brasil, Chile, Marruecos, Egipto, Costa de Marfil, Siria, Irak, Perú, Formosa, Filipinas, Camboya, Laos y Vietnam. La mayoría de estas incursiones han sido escaramuzas para mantener gobiernos sumisos o proteger propiedades e intereses de empresas estadounidenses, pero algunas han sido mucho más importantes, prolongadas y cruentas. * Esta lista, que suscitó una cierta sorpresa cuando fue publicada en Estados Unidos, se basa en recopilaciones de la Comisión de fuerzas armadas de la cámara de representantes.
Carl Sagan (Billions & Billions: Thoughts on Life and Death at the Brink of the Millennium)
O fato é que a história da Colônia é a nossa história. Ela representa a vergonha da omissão coletiva que faz mais e mais vítimas no Brasil. Os campos de concentração vão além de Barbacena. Estão de volta nos hospitais públicos lotados que continuam a funcionar precariamente em muitas outras cidades brasileiras. Multiplicam-se nas prisões, nos centros de socioeducação para adolescentes em conflito com a lei, nas comunidades à mercê do tráfico. O descaso diante da realidade nos transforma em prisioneiros dela. Ao ignorá-la, nos tornamos cúmplices dos crimes que se repetem diariamente diante de nossos olhos. Enquanto o silêncio acobertar a indiferença, a sociedade continuará avançando em direção ao passado de barbárie. É tempo de escrever uma nova história e de mudar o final.
Daniela Arbex (Holocausto Brasileiro)
Retira-se dos indivíduos a possibilidade de compreender a totalidade da sociedade e suas reais contradições e conflitos, os quais são substituídos por falsas questões. A fragmentação do conhecimento serve aos interesses dos que estão ganhando na sociedade, já que evitam sua mudança possível. À ação da mudança, a capacidade moral e política de escolher caminhos alternativos pela vontade de intervir no mundo, pressupõe “conhecimento do mundo” para não ser “escolha cega”. É isso que faz com que todo conhecimento fragmentário e superficial seja necessariamente conservador. Ele ajuda a manter e justificar o que já existe. Mostraremos neste livro como essa justificação dos privilégios injustos se faz possível no Brasil pela continuação do culturalismo e do economicismo como leituras dominantes fragmentárias e superficiais de nossa realidade.
Jessé Souza (A Tolice da Inteligência Brasileira)
As frases destacadas por Sueli Carneiro refletem a história da população negra no Brasil, que, após séculos de escravização, viram imigrantes europeus receberem incentivos do Estado brasileiro, inclusive com terras, enquanto a negritude formalmente liberta pela Lei Áurea era deixada à margem. Os incentivos para imigrantes fizeram parte de uma política oficial de branqueamento da população do país, com base na crença do racismo biológico de que negros representariam o atraso. Essa perspectiva marcou a história brasileira, valorizando culturas europeias em detrimento da cultura negra, segregando a população negra de diversas formas, inclusive por leis e pela esterilização forçada de mulheres negras, prática que o Estado brasileiro manteve até um passado recente, como comprovado pela CPI da Esterilização de 1992, proposta pela deputada federal Benedita da Silva e resultado da pressão feita por feministas negras nos anos 1980.
Djamila Ribeiro (Pequeno Manual Antirracista)
Ao se caminhar para um objetivo, sobretudo um grande e distante objetivo, as menores coisas se tornam fundamentais. Uma hora perdida é uma hora perdida, e quando não se tem um rumo definido é muito fácil perder horas, dias ou anos, sem dar conta disso. O mínimo progresso que conseguisse fazer num dia em direção ao Brasil era importante, ainda que fosse de centímetros apenas. Com o tempo, eu acumularia todos os progressos e os centímetros se transformariam em quilômetros. Senti que estava cumprindo uma obra de paciência e disciplina. E percebi como é simples conseguir isso. Nada de sacrifícios extremos ou esforços impossíveis. Nada de grandes sofrimentos. Ao contrário, bastava apenas o simples, minúsculo e indolor esforço de decidir. E ir em frente. Então tudo se tornava mais fácil. Os problemas encontravam solução. "Decidir sem medo de errar", escrevi à página 84 do diário e aontei na direção de Salvador. Estava decidido e certo.
Amyr Klink (Cem Dias Entre Céu e Mar)
Bonifácio trombou com os poderosos interesses dos latifundiários e senhores de escravos ao sugerir a constituinte a proibição do tráfico negreiro e abolição gradual da escravidão no Brasil. Seu projeto, que nem chegou a ser apresentado, compunha-se de um preâmbulo com 22 páginas e 32 artigos intitulado "Representação à Assembleia Constituinte e Legislativa do Império do Brasil sobre a escravatura". Dois anos mais tarde, já no exilio em Paris, Bonifácio explicaria a razão da proposta: "A necessidade de abolir o comércio de escravatura, e de emancipar gradualmente os atuais cativos é tão imperiosa que julgamos não haver coração brasileiro tão perverso, ou tão ignorante que a negue, ou desconheça. (...) Qualquer que seja a sorte futura do Brasil, ele não pode progredir e civilizar-se sem cortar, o quanto antes, pela raiz este cancro moral, que lhe rói e consome as ultimas potências de vida, e que acabara por lhe dar morte desastrosa." ... O Brasil era escravagista e assim permaneceria por mais 66 anos, até a assinatura da lei Áurea em 1888.
Laurentino Gomes (1822)
A Revolução de 1930 trouxe o fim do que ficou conhecido como A República Velha. Uma junta militar tomou o poder, com Getúlio Vargas à frente. Ele prometeu uma Constituinte, mas os paulistas quiseram apressar as coisas e se insurgiram contra o Governo Federal. Sim, foi uma guerra civil: a Revolução Constitucionalista de 1932. Os paulistas foram derrotados pelas tropas federais, e então tentaram manter sua hegemonia no país por uma via mais duradoura: a da cultura. Em 1934 nasceu a Universidade de São Paulo, masnossa historiografia costuma repetir que a USP nasceu como uma revanche dos paulistas diante da “gauchada embrutecida” que havia se instalado no governo, sob o comando de Vargas. Levando em conta, hoje, a influência da USP sobre toda a nossa rede universitária, não há como não dizer que a tal revanche foi vitoriosa. São Paulo perdeu nas armas, mas venceu na cultura. A USP trouxe a França para o Brasil, pois professores jovens franceses, que depois se tornaram referências internacionais e quase atemporais, vieram para cá por meio de acordos e convênios. A cidade de São Paulo ganhou, então, um aspecto
Paulo Ghiraldelli Jr. (República Brasileira: de Deodoro a Bolsonaro)
A scuola la signora Forbes mi disse che quando mia madre era morta era volata in cielo. Mi aveva raccontato questa cosa perché la signora Forbes è molto vecchia e crede nell’aldilà. Porta sempre i pantaloni della tuta perché sostiene che sono molto più comodi dei pantaloni normali. E ha una gamba leggermente più corta dell’altra a causa di un incidente in moto. Quando mia madre è morta, però, non è andata in cielo perché il cielo non esiste. Il marito della signora Peters è un prete che tutti chiamano il Reverendo Peters, e ogni tanto viene a trovarci a scuola per parlare un po’ con noi; un giorni gli chiesi dove fosse il cielo. - Non è nella nostra galassia. È un luogo a sè, - rispose. Qualche volta il Reverendo Peters emette uno strano verso mentre pensa, una specie di ticchettio con la lingua. E fuma e si sente l’odore delle sigarette mentre tespira e a me dà fastidio. Dissi che non c’era niente fuori dall’universo e che non poteva esistere un luogo a sè. A meno che non si attraversi un buco nero, ma un buco nero è ciò che si definisce una Singolarità, che significa che è impossibile scoprire cosa c’è dall’altra parte perché la forza di gravità di un buco nero è talmente potente che persino le onde elettromagnetiche come la luce non riescono a sfuggirle, e le onde elettromagnetiche sono il mezzo attraverso il quale riceviamo le informazioni su tutto ciò che è lontano da noi. Se il cielo si trovasse dall’altro lato di un buco nero i morti dovrebbero essere scaraventati nello spazio su dei razzi per arrivare fin lassù e così non è, altrimenti la gente se ne accorgerebbe. Penso che le persone credano nell’aldilà perché detestano l’idea di morire, perché vogliono continuare a vivere e odiano pensare che altri loro simili possano trasferirsi in casa loro e buttare tutte le loro cose nel bidone della spazzatura. Il Reverendo Peters spiegò: - Be’, quando dico che il cielo è fuori dall’universo è solo un modo di dire. Immagino che ciò che significa veramente è che i defunti sono con Dio. - Ma Dio dov’è? Allora il Reverendo Peters tagliò corto dicendo che avremmo fatto meglio a discuterne in un altro momento, quando avessimo avuto più tempo a disposizione. Ciò che di fatto avviene quando una persona muore è che il cervello smette di funzionare e il corpo si decompone, come quando morí Coniglio e noi lo seppellimmo in fondo al giardino. E tutte le sue molecole si frantumarono in altre molecole e si sparsero nella terra e vennero mangiate dai vermi e defluirono nelle piante, e se tra 10 anni andremo a scavare nello stesso punto non troveremo altro che il suo scheletro. E tra 1000 anni anche il suo scheletro sarà scomparso. Ma va bene ugualmente perché adesso lui è parte dei fiori e del melo e del cespuglio di biancospino. Quando una persona muore qualche volta viene messa in una bara, che significa che il suo corpo non si unirà alla terra per moltissimo tempo, finché anche il legno della bara non marcirà. Mia madre però fu cremata. Questo vuol dire che è stata messa in una bara e bruciata e polverizzata per poi trasformarsi in cenere e fumo. Non so cosa capiti alla cenere e non potei fare domande al cimitero perché non andai al funerale. Però so che il fumo esce da lcamino e si disperde nell’aria e allora qualche volta guardo il cielo e penso che ci siano delle molecole di mia madre lassù, o nelle nuvole sopra l’Africa o l’Antartico, oppure che scendano sotto forma di pioggia nelle foreste pluviali del Brasile, o si trasformino in neve da qualche parte, nel mondo.
Mark Haddon (The Curious Incident of the Dog in the Night-Time)
Nas mãos da Filosofia, a etimologia tem se revelado um verdadeiro canivete suíço: ela parece ser só um campo específico da Gramática, mas há muitas ferramentas contidas nela. Nietzsche que o diga! Certa vez ele abriu seu canivete etimológico e dissecou as origens dos termos bem e mal. Lá se vão uns cento e trinta anos, e ainda debatemos o que Nietzsche escreveu. No presente idiotizado, há quem use o mesmo instrumento para assaltar as palavras, destituindo-as de sua riqueza histórica, seus conceitos, suas abstrações e suas ideias acumuladas ao longo dos séculos. O assaltante linguístico é perigoso, e a periculosidade aumenta quando ele encontra outras armas, como a comunicação pública. Aí, ele ganha acesso a armas de destruição em massa.
Meteoro Brasil (Tudo O Que Você Precisou Desaprender Para Virar Um Idiota)
- O quê? - fez indignado Flores, erguendo-se, num só e rápido movimento, da cadeira, e deixando a xícara sobre a mesa. - Pois tu não sabes quem sou eu, quem é Leonardo Flores? Pois tu não sabes que a poesia para mim é a minha dor e é a minha alegria, é a minha própria vida? Pois tu não sabes que tenho sofrido tudo, dores, humilhações, vexames, para atingir o meu ideal? Pois tu não sabes que abandonei todas as honrarias da vida, não dei o conforto que minha mulher merecia, não eduquei convenientemente meus filhos, unicamente para não desviar dos meus propósitos artísticos? Nasci pobre, nasci mulato, tive uma instrução rudimentar, sozinho completei-a conforme pude; dia e noite lia e relia versos e autores; dia e noite procurava na rudeza aparente das coisas achar a ordem oculta que as ligava, o pensamento que as unia; o perfume à cor, o som aos anseios de mudez de minha alma; a luz à alegoria dos pássaros pela manhã; o crepúsculo ao cicio melancólico das cigarras - tudo isto eu fiz com sacrifício de coisas mais proveitosas, não pensando em fortuna, em posição, em respeitabilidade. Humilharam-me, ridicularizaram-me, e eu, que sou homem de combate, tudo sofri resignadamente. Meu nome afinal soou, correu todo este Brasil ingrato e mesquinho; e eu fiquei cada vez mais pobre, a viver de uma aposentadoria miserável, com a cabeça cheia de imagens de ouro e a alma iluminada pela luz imaterial dos espaços celestes. O fulgor do meu ideal me cegou; a vida, quando não me fosse traduzida em poesia, aborrecia-me. Pairei sempre no ideal; e se este me rebaixou aos olhos dos homens, por não compreender certos atos desarticulados da minha existência; entretanto, elevou-me aos meus próprios, perante a minha consciência, porque cumpri o meu dever, executei a minha missão: fui poeta! Para isto, fiz todo o sacrifício. A Arte só ama a quem a ama inteiramente, só e unicamente; e eu precisava amá-la, porque ela representava, não só a minha Redenção, mas toda a dos meus irmãos, na mesma dor. Louco?! Haverá cabeça cujo maquinismo impunemente possa resistir a tão inesperados embates, a tão fortes conflitos, a colisões com o meio tão bruscas e imprevistas? Haverá?
Lima Barreto (Clara dos Anjos)
Saudades Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades... Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei... Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser... Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro... Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser... Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei! De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer. Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre! Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter! Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram. Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências... Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer! Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar! Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar, Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que... não sei onde... para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi... Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades Em japonês, em russo, em italiano, em inglês... mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota. Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria, espontaneamente quando estamos desesperados... para contar dinheiro... fazer amor... declarar sentimentos fortes... seja lá em que lugar do mundo estejamos. Eu acredito que um simples "I miss you" ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha. Talvez não exprima corretamente a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas. E é por isso que eu tenho mais saudades... Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos. Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis! De que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência...
Wagner Luiz Marques (COLETÂNEA DE HISTÓRIAS: PARA A CONSCIÊNCIA E O SUCESSO INTERNO DE CADA PESSOA)
El destino de una mujer es ser mujer".
Clarice Lispector
E assim, com os males reais sendo invisibilizados e apagados, tudo continua como está. E aqueles que gritam seguem cimentados na mesma posição na pirâmide social.
Eliane Brum (Brasil, construtor de ruínas: Um olhar sobre o Brasil, de Lula a Bolsonaro (Portuguese Edition))
Mesmo que isso não seja óbvio para todos, é a arte que expande a nossa consciência mais do que qualquer outra experiência, justamente por deslocar o lugar do real. Ao fazer isso, ela amplia a nossa capacidade de enxergar além do óbvio.
Eliane Brum (Brasil, construtor de ruínas: Um olhar sobre o Brasil, de Lula a Bolsonaro (Portuguese Edition))
Não há nada mais perigoso para a manutenção dos privilégios e do controle de poucos sobre muitos do que a arte.
Eliane Brum (Brasil, construtor de ruínas: Um olhar sobre o Brasil, de Lula a Bolsonaro (Portuguese Edition))
Podemos concluir que, no senso comum, a infância não foi inventada para todas as crianças.
Eliane Brum (Brasil, construtor de ruínas: Um olhar sobre o Brasil, de Lula a Bolsonaro (Portuguese Edition))
Amaro Pinto Ramos, de 74 anos. Amaro era elegante e bem-apessoado. Morava em São Paulo, mas tinha apartamentos na Quinta Avenida, em Nova York, e nos Invalides, em Paris, e presenteava seus contatos nas empresas e no governo com opulentas cestas de fim de ano. Acumulava décadas de experiência na venda de produtos franceses para o Brasil — especialmente armamentos, mas também trens de metrô ou o que quer que fosse possível vender —, arrecadando comissões milionárias. Sua relação com José Serra era tão próxima que ele chegara a emprestar sua conta na Suíça para que o governador recebesse sua parte na propina do Rodoanel.
Malu Gaspar (A organização: A Odebrecht e o esquema de corrupção que chocou o mundo (Portuguese Edition))
É verdade que o Brasil é diferente, mas nada é mais equívoco do que concluir que por isso não somos um país racista
Djamila Ribeiro (Pequeno Manual Antirracista)
A maioria das pessoas admite haver racismo no Brasil, mas quase ninguém se assume como racista. Pelo contrário, o primeiro impulso de muita gente é recuar enfaticamente a hipótese
Djamila Ribeiro (Pequeno Manual Antirracista)
A história da população negra no Brasil, que, após séculos de escravização, viram migrantes europeus receberem incentivos do Estado brasileiro, inclusive com terras, enquanto a negritude formalmente liberta pela Lei Áurea era deixada à margem.
Djamila Ribeiro (Pequeno Manual Antirracista)
Coroas europeias, que assumiam parte do risco. Entre essas empresas estavam a britânica Royal African Company; as francesas Companhia do Senegal e Companhia da Guiné; a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais e várias iniciativas da Coroa portuguesa, como a Companhia Geral de Comércio do Brasil, fundada em 1649, e a Companhia de Comércio do Maranhão, de 1682.
Laurentino Gomes (Escravidão – Volume 1: Do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares)
...o germe do ódio ficou às soltas no Brasil, pronto para linchar física e moralmente todo aquele que não se enquadra no establishment masculino, branco, heterossexual, rico, bem-sucedido e cheio de bens de consumo. A ameaça comunista é uma mentira. A ameaça fascista é uma realidade.
Rosana Pinheiro-Machado (Amanhã Vai Ser Maior)
Entre os formadores de opinião, a empreitada foi um completo sucesso. Mesmo para aqueles profissionais dos quais não se poderia dizer serem ou terem sido petistas, e aqueles cuja identificação partidária não se discerne com facilidade, a narrativa hegemônica dos intelectuais orgânicos vingou. E a tal ponto que, durante as eleições presidenciais de 1994, entrevistando o candidato Enéas Ferreira Carneiro no programa Roda Viva, o jornalista Fernando Mitre (atual diretor de jornalismo da Rede Bandeirantes) pôde dizer com toda a tranquilidade que Lula era “o maior líder da história do Brasil (sic)”.22 A duvidosa caracterização veio em resposta à crítica que o entrevistado dirigira à classe política brasileira, composta, segundo ele, da “escória da sociedade”, ou seja, de pessoas que em geral não haviam obtido sucesso profissional fora da política, aproximando-se desta apenas para tirar vantagem. Mitre questionava como era possível sustentar aquela opinião se estavam concorrendo Lula — descrito daquela maneira, digamos, hiperbólica — e Fernando Henrique Cardoso, a quem o jornalista qualificou de “brilhante intelectual em nível internacional”. Lula e FHC, o líder sindical e o intelectual marxista, eram os símbolos da “Nova República”, os queridinhos da intelligentsia. Em verdade, o seu futuro antagonismo, de seus partidos e seus seguidores, nada mais significaria que um conflito em família, uma disputa por cargos e posições de influência no seio de um quadro de total hegemonia cultural esquerdista.
Flávio Gordon (A corrupção da inteligência)
O desvio de armas e munições da própria polícia para os criminosos que eles combatem pode parecer, à primeira vista, incongruente ou suicida. No entanto, era esse mercado que azeitava a engrenagem da guerra que fortalecia a polícia. Por um lado, se as armas e munições de calibre pesado traumatizavam a população da cidade, por outro, ajudavam a transmitir à população a ideia de que os policiais e as forças de segurança eram imprescindíveis para combater o caos e a desordem no Rio.
Bruno Paes Manso (A República das Milícias: Dos Esquadrões da Morte à Era Bolsonaro)
Os paramilitares se dirão defensores da ordem e da tradição, contra a imprevisibilidade proporcionada pela venda de drogas. Já os traficantes se dirão contrários à cobrança de taxas a moradores e comerciantes, além de se colocarem como resistência a uma polícia opressiva e corrupta. Na prática, contudo, o que move ambos os lados é a busca por mais dinheiro e poder.
Bruno Paes Manso (A República das Milícias: Dos Esquadrões da Morte à Era Bolsonaro)
Bolsonaro venceu a eleição de 2018 porque parte dos brasileiros foi seduzida pela ideia da violência redentora. Diante da crise econômica e da descrença na política, os eleitores escolheram um justiceiro para governá- los. Como se o país decidisse abandonar suas instituições democráticas para se tornar uma enorme Rio das Pedras gerida por princípios milicianos.
Bruno Paes Manso (A República das Milícias: Dos Esquadrões da Morte à Era Bolsonaro)
Dizem que a lei existe para contrariar a natureza. Se o Homem sempre seguisse seus instintos naturais e matasse, roubasse e passasse a mão na bunda do próximo sem qualquer punição, onde estaríamos? No Brasil, acertou.
Luis Fernando Verissimo (Verissimas: Frases, reflexões e sacadas sobre quase tudo)
O senhor tem inimigos?”, perguntaria um dia o biógrafo Emil Ludwig a Getúlio. “Devo ter; mas não tão fortes que não possa torná-los amigos”, responderia. “E amigos?”, insistiria Ludwig. “Claro que os tenho; mas não tão firmes que não venham a se tornar inimigos”, replicaria Getúlio.
Lira Neto (Getúlio 1882-1930: Dos Anos de Formação à Conquista do Poder)
Fatalista, Getúlio preferia atribuir sua chegada ao poder máximo da República à mão caprichosa do destino, como se ele próprio fosse um predestinado. Mas, na verdade, sua ascensão fora fruto da combinação de uma série de circunstâncias e conjunturas históricas, em parte habilmente conduzidas com a ajuda de um impressionante senso de oportunidade e um quase inacreditável talento para conjugar a dissimulação, o estratagema e a prudência.
Lira Neto (Getúlio 1882-1930: Dos Anos de Formação à Conquista do Poder)
Por trás da animosidade pública ao parlamento, inconsciente ou não, a tentação totalitária está sempre à espreita. Getúlio soube explorar a atávica indignação popular contra os congressistas e direcioná-la em seu proveito pessoal. Ele próprio sendo um político de carreira— ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-ministro da Justiça, ex-governante do Rio Grande do Sul—, apresentava-se como alguém que extirpara definitivamente a política da vida nacional, como se faz a um câncer, em nome da moralização dos costumes e em prol da eficiência administrativa.
Lira Neto (Getúlio 1882-1930: Dos Anos de Formação à Conquista do Poder)
Saímos de fazer algo para o tempo passar para fazer algo porque o tempo está passando. Tentar ocupar o tempo, portanto, é tentar ocupar algo impossível de se preencher. É uma tarefa sempre incompleta e frustrante.
Ricardo Terto (Quem é essa gente toda aqui?: Internet e acessibilidade no Brasil da pandemia (Coleção 2020) (Portuguese Edition))
É muito extenuante viver a realidade brasileira porque exige um esforço mental enorme manter os pactos sociais que estabelecemos aqui. É preciso mais do que emular uma cidadania, temos que compartilhar de uma certa hipocrisia ritualística cotidiana que talvez seja de onde brota nosso senso de humor. (...) Suportar a demanda produtiva e emocional de um país estranho, ainda que bonito, e desigual, ainda que abundante, talvez tenha criado em nós uma paixão pelo entretenimento catártico e, muitas vezes, maniqueísta.
Ricardo Terto (Quem é essa gente toda aqui?: Internet e acessibilidade no Brasil da pandemia (Coleção 2020) (Portuguese Edition))
Talvez a ideia mais perigosa no Brasil, hoje, seja a de que não temos mais nada a perder. E a cada dia descobrimos uma nova perda.
Ricardo Terto (Quem é essa gente toda aqui?: Internet e acessibilidade no Brasil da pandemia (Coleção 2020) (Portuguese Edition))
pois a miséria é produto político e sempre dá para oferecer os benefícios do macarrão para aqueles que não podem mais comprar arroz.
Ricardo Terto (Quem é essa gente toda aqui?: Internet e acessibilidade no Brasil da pandemia (Coleção 2020) (Portuguese Edition))
A Odebrecht não era a única a agir assim. Praticamente todas as grandes construtoras tinham seu canal privilegiado com PC — OAS, Andrade Gutierrez e Cetenco estavam entre as mais próximas. E não só empreiteiras, mas também laboratórios farmacêuticos, montadoras de automóveis, mineradoras, empresas de ônibus. Havia esquemas para todos os gostos e necessidades. E um punhado de operadores, como o secretário de Assuntos Estratégicos Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP, o secretário particular, Cláudio Vieira, o secretário-geral, Marcos Coimbra, ou Lafaiete Coutinho, presidente da Caixa Econômica Federal. Todos, claro, prestando contas a PC Farias. Aos empresários mais chegados — incluindo os executivos da Odebrecht —, o primeiro-amigo costumava dizer que o presidente da República lhe impusera uma meta: “O Collor quer ganhar do Quércia, que juntou 1 bilhão com a política”. Isso até o dia em que um dos mandachuvas da construtora foi visitar PC na casa que ele mantinha em São Paulo, no bairro do Morumbi, para “reuniões de negócios”. Ao rememorar o episódio anos depois, em uma entrevista, o empresário contou que chegou no final da manhã de um dia de semana e encontrou PC confraternizando com um grupo de pessoas, chacoalhando o copo de uísque à vontade e entre risadas. “PC, que diabo é isso aí?!”, ele foi perguntando, enquanto o outro lhe estendia um copo. “Estamos comemorando 1 bilhão de dólares de arrecadação.” Mais intrigado do que espantado, o empreiteiro fez de cabeça umas contas rápidas. “Mas com o que nós [as construtoras] lhe pagamos ainda não pode ter dado para juntar isso tudo.” PC riu. “Vocês são bestas, vocês são merda! Nossa maior fonte [de propinas], sabe qual é? As telefônicas! A quantidade de equipamentos que essas telefônicas têm de comprar é uma enormidade!”, respondeu PC, ligeiramente satisfeito por ensinar o pai-nosso ao vigário.5 No Rio de Janeiro, o presidente da estatal de telefonia, indicado por PC, era um jovem economista chamado Eduardo Cunha.
Malu Gaspar (A Organização: A Odebrecht e o Esquema de Corrupção que Chocou o Mundo)
Se, por um lado, a leitura demasiada é prejudicial, por outro, quando ela falta, é ainda pior. Infelizmente, no Brasil, há carência de leitores e isso prejudica o desenvolvimento do país. O certo é ler habitualmente, sem exagero, e fazer da leitura um exercício saudável do cérebro.
Manoel Pastana (De Faxineiro a Procurador da República)
De su experiencia directa en Brasil existe este elocuente testimonio personal:
Pedro Miguel Lamet (ARRUPE. Testigo del siglo XX, profeta del XXI (Jesuitas) (Spanish Edition))
Conocí a Elizabeth por primera vez en nuestra reunión de liderazgo internacional en Sao Paulo, Brasil, en el 2020, cuando el virus COVID 19 apenas comenzaba a propagarse.
C. Anderson (Fe Que Mueve Montañas: Agitando Nuestra Fe Para Creer En Los Movimientos Entre Los No Alcanzados (Spanish Edition))
ou lhe quebra a intensidade. = ABAIXA-LUZ, ABAJU, BANDEIRA, GUARDA-LUZ, LUCIVELO, PARA-LUZ, PANTALHA, QUEBRA-LUZ, REFLETIDOR, SOMBRA, SOMBREIRA, TAPA-LUZ, VEDA-LUZ 2.  [Brasil] Candeeiro. • Plural: abajures.  ‣ Etimologia: francês abat-jour abalada s. f. 1. Partida súbita e inesperada. 2. Direção que leva a caça. abalado adj. 1. Que sofreu comoção. 2. Que não está firme. = ALUÍDO  ‣ Etimologia: particípio de abalar abaladura s. f. 1. Ato ou efeito de abalar. 2.  [Portugal: Regionalismo] Interrupção da gravidez. = ABORTO  ‣ Etimologia: abalar + -dura abalaiado adj. Grande como balaio.
Priberam (Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)
Fiquem tranquilos, eu não vou me suicidar. Ainda tenho muita coisa a fazer pelo Brasil.
Fernando Morais (Lula, volume 1: Biografia)
AMLO heredó un crecimiento mediocre en promedio de 2000 a 2018 de 2.2 por ciento. Muy por debajo de sus pares de América Latina. El crecimiento promedio de Perú en ese periodo fue de 4.9 por ciento, el de Colombia 3.8, el de Chile 3.9 y el de Brasil 2.5. Sólo Argentina y Venezuela crecieron menos.
Carlos Elizondo Mayer-Serra (Y mi palabra es la ley (Spanish Edition))
pesar de todo, no está demostrado que una inflación moderada sea mala para la economía. Hasta hay estudios de economistas pro libre mercado vinculados a instituciones como la Universidad de Chicago o el FMI, por ejemplo, que dan a entender que por debajo del 8-10 por ciento la inflación no está relacionada con la tasa de crecimiento de un país.2 Otros estudios elevan aún más el umbral, hasta el 20 por ciento, e incluso hasta el 40 por ciento.3 Las experiencias de países concretos también parecen indicar que una inflación bastante alta es compatible con un crecimiento económico rápido. En los años sesenta y setenta, Brasil presentó una tasa media de inflación del 42 por ciento, pero fue una de las economías que más rápidamente crecieron en el mundo, y su renta per cápita aumentó el 4,5 por ciento anual.
Ha-Joon Chang (23 cosas que no te cuentan sobre el capitalismo)
hay datos que apuntan a que las políticas excesivamente antiinflacionistas pueden ser perjudiciales para la economía. Desde 1996, año en que Brasil (tras una fase traumática de rápida inflación, aunque sin llegar del todo a magnitudes hiperinflacionarias) empezó a controlar la inflación subiendo los tipos efectivos de interés (los tipos de interés nominales menos la tasa de inflación) hasta cifras que figuraban entre las más altas del mundo (10-12 por ciento al año), la inflación del país bajó al 7,1 por ciento anual, pero también se resintió su crecimiento económico, con un aumento de la renta per cápita de solo el 1,3 por ciento al año. También Sudáfrica ha tenido una experiencia parecida desde 1994, cuando empezó a dar prioridad absoluta al control de la inflación y elevó los tipos de interés a los niveles brasileños que acabo de mencionar. ¿A qué se debe? Pues a que las políticas encaminadas a reducir la inflación, cuando se llevan demasiado lejos, lo que hacen es reducir las inversiones, y por consiguiente el crecimiento
Ha-Joon Chang (23 cosas que no te cuentan sobre el capitalismo)
A esquerda caviar consegue defender simultaneamente a sabedoria juvenil para votar e a inocência rousseauniana na hora de pagar por seus crimes. Eleitor aos dezesseis anos; maioridade penal, somente aos dezoito.
Rodrigo Constantino (Esquerda Caviar: a hipocrisia dos artistas e intelectuais progressistas no Brasil e no mundo (Portuguese Edition))
… o conceito de defasagem cambial tem a atualidade e a relevância de um fusca 68. Mas, em 1996, foram muitos os que se irritaram comigo quando enunciei um raciocínio tão simples quanto venenoso a propósito da obsolescência dessa noção: o fato de o preço da banana cair em função de uma safra excepcional não quer dizer necessariamente que há uma ‘defasagem bananal’. Quantas vezes eu ouvi de tantos sábios a acaciana sabedoria envolvida na observação mal-humorada de que ‘câmbio não é banana’, sempre com vistas a explicar que a lei da oferta e da procura tinha sido revogada anos atrás pelos estruturalistas e heterodoxos. ["As leis Secretas da Economia: Revisitando Roberto Campos e as Leis do Kafka", 2012]
Gustavo Franco
Él le acarició la piel morena del rostro y se deleitó con el brillo de sus ojos hasta que por fin dijo: —Eres tan hermosa y única… Ella sonrió y lo besó en los labios dulcemente, sabiendo que ese mágico momento implicaba una despedida.
Claudia Verónica Giudici (Mulata, hechicera, bailarina. Tres historias de amor)
Pen en Francia, Morawiecki en Polonia, Orbán en Hungría, Erdogán en Turquía, Duterte en Filipinas y Bolsonaro en Brasil. Aunque sean distintos, tales personajes comparten el mismo desprecio por la democracia (Orbán hablaba orgullosamente de las virtudes de las democracias iliberales), con su imperio del derecho, la prensa libre y una judicatura independiente. Todos creen en «líderes fuertes» —en ellos mismos—, un culto a la personalidad que ha pasado de moda en buena parte del mundo restante.
Joseph E. Stiglitz (Capitalismo progresista: La respuesta a la era del malestar (Spanish Edition))