Bonito Dia Quotes

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meus pais estavam timidamente alegres no amor deles de anos, era bonito ser sexta-feira e estar casado, espero que um dia faça sexta no meu amor.
Aline Bei (O Peso do Pássaro Morto)
Morremos um pouco todos os dias, e todos os dias devemos procurar um final bonito antes de partir.
Martha Medeiros (Doidas e santas)
Como tudo é suave, pensei, quando o dia está bonito e todas as coisas boas parecem estar esperando só por você.
Elena Ferrante (My Brilliant Friend (Neapolitan Novels, #1))
Acho que meus pais começaram esse ano muito frustrados, minha mãe me explicou que é culpa dos Planos. Disse que os Planos são uns moços muito bonitos que ficam caminhando em volta da cabeça das pessoas e vão sumindo bem devagar, ninguém percebe, e a pessoa acorda um dia que nem minha mãe com muita saudade deles, mas não tem mais nada, os Planos todos desapareceram e ninguém sabe dizer exatamente quando.
Mariana Salomão Carrara (Se Deus me Chamar Não Vou)
Com o Jaí foi mais rápido, nas emoções contidas dele, modo de falar dos professorados todos dele, aí a JuízaMeritíssima aproveitou pra entender algumas coisas do presente, porque vistas bem as coisas, aquela sessão tava mais radicada nos passados, que é também o modo e a maneira das pessoas viverem a vida, muadiê, num sei se já reparaste, mas isso do presente é uma só armadilha, coisa de poucos valores reais, pois o que se faz é sempre ir perguntando no futuro o que ele nos vai dar, voltar no presente, fazer as contas rápidas e espreitar no passado, outras vezes parecidas, se foi assim mesmo como o futuro está prometer, ou não é, avilo?, pra mim é tudo a mesma rede: pontas dela são os dias, bóias dela são os passados, atirar rede na água são os futuros e o peixe, o peixe? – o peixe vindouro somos nós mesmo, apanhados nas correntes marítimas do presente. Falei bonito, muadiê?
Ondjaki (Quantas Madrugadas Tem a Noite)
– Não sei quanto tempo a gente ainda tem. Talvez cinquenta anos. Talvez mais uma semana. Mas o que eu sei é que ninguém vai roubar nem um segundo nosso juntos. Vamos compartilhar tudo, sentir tudo juntos. E eu farei você saber, no jeito como te toco, e no jeito como te beijo… – Ao dizer isso, ele a tocou e beijou. – … que você é a melhor coisa da minha vida. E sou um cara egoísta e quero cada centímetro de você, e cada minuto da sua vida que eu puder ter. Não existe mais minha vida. Nem sua vida. Existe apenas a nossa vida, e a gente vai fazer do nosso jeito. Quero bolo de aniversário todos os dias e você nua na minha cama todas as noites. E quando chegar a hora de acabar, a gente vai fazer do nosso jeito também. Vamos abrir aquela garrafa de vinho que a gente comprou na França, ouvir nossas músicas preferidas e dar umas risadas, depois tomar uns remedinhos da felicidade e ir dormir. Morrer bonito quando a festa acabar, em vez de ir embora aos gritos feito aquela gente triste e desesperada que fez fila para morrer lá no hospital.
Joe Hill (The Fireman)
Um dos aspectos mais incompreendidos da vida egípcia é a sua veneração pelos gatos, cujos corpos mumificados foram encontrados aos milhares. A minha teoria é a de que o gato foi o modelo para a ímpar síntese de princípios levada a cabo pelos egípcios. O gato moderno, o último animal a ser domesticado pelo homem, descende de um gato selvagem do Norte da África, Felis Lybica. Os gatos são vagabundos e misteriosas criaturas da noite. Crueldade e jogo são para eles a mesma coisa. Eles vivem do e para o medo, quando brincam gostam de se fingir assustados ou de assustar as pessoas com súbitas investidas e emboscadas. Os gatos habitam no oculto, isto é, no esconso. Na Idade Média, eram perseguidos e mortos por serem associados as bruxas. Injusto? Mas o gato realmente está ligado à natureza ctónica, inimiga mortal do cristianismo. O gato negro do Haloween é a vagarosa sombra da noite arcaica. Capazes de dormir até vinte horas por dia, os gatos reconstroem e habitam o primitivo mundo das trevas. O gato é telepático – ou pelo menos acha que é. Há muita gente que se inquieta com o seu olhar frio. Comparados com os cães, servilmente desejosos de agradar, os gatos são autocratas e puramente egoístas. São ao mesmo tempo amorais e imorais, quebram conscientemente as regras . O seu olhar <> não é uma projecção humana: é possível que o gato seja o único animal que sugere perversidade ou que nela se reflecte. O gato é pois um iniciado nos mistérios ctónicos. Mas há nele uma dualidade hierática. Possui um olhar intenso. No gato fundem-se o olhar devorador da Górgona e o olhar distante da contemplação apolínea. É um animal que aprecia a invisibilidade, imaginando-se comicamente indetectável enquanto avança agachado sobre um jardim. Mas também adora ver e e ser visto; é um espectador do drama da vida, divertido e condescendente. É um narcisista, sempre a cuidar da aparência. Quando tem o pelo desgrenhado,o gato mostra-se abatido. Os gatos têm um sentido da composição pictórica: sentam-se de forma simétrica nas cadeiras, tapetes, mesmo num pedaço de papel caído no chão. Seguem uma métrica apolínea do espaço matemático. Altivos, solitários, precisos, eles são árbitros da elegância – um princípio que considero originário do Egipto. Os gatos gostam de posar. Possuem um sentido da persona – e ficam visivelmente embaraçados quando a realidade belisca a sua dignidade. Os macacos são mais humanos, mas menos bonitos; tem posturas, mas nunca posam. Sentados, de cócoras, palrando, batendo no peito, de rabo descoberto, os macacos são novos-ricos presunçosos que avançam tropegamente pela estrada da evolução. As sofisticadas personas dos gatos são máscaras de uma teatralidade evoluída. Sacerdote e deus do seu próprio culto, o gato segue um código de pureza ritual, lavando-se religiosamente. Realiza sacrifícios pagãos a si mesmo e é capaz de partilhar as suas cerimónias com os eleitos. É frequente o dia do dono de um gato começar com a visão, à porta de casa, de um metódico montinho de tripas ou membros mastigados de ratos – mementos darwinianos. De todos os habitantes de uma casa o gato é o menos cristão.
Camille Paglia
O amor nem sempre é bonito, Tate. Às vezes você passa o tempo inteiro desejando que um dia ele mude. Que melhore. E aí, antes que perceba, você já voltou para a estaca zero e perdeu seu coração no meio do caminho - p.172
Colleen Hoover (Ugly Love)
Enquanto eu crescia, via minhas amigas passarem por vários meninos, um após o outro, e sempre acharem uma razão para descartá-los, se sentindo insatisfeitas, frustradas ou usadas. Eu olhava para elas e pensava que não queria ser assim. E essas meninas, elas estão todas solteiras agora, e parece que vão continuar assim para sempre, porque estão sempre em busca do príncipe encantado. Elas têm uma imagem de quem ele é, como ele é, o que ele faz e como se comporta. E é uma fantasia, uma total fantasia. As mesmas besteiras que falam para as mulheres desde... sempre. Príncipe encantado. O homem perfeito. O boneco Ken. O espécime perfeito. O Solteirão. O marido ideal. Porque esses caras, os incrivelmente bonitos, os charmosos, os que viram seu mundo de cabeça para baixo, os que parecem bons demais para ser verdade, bem, eles costumam ser bons demais para ser verdade. É uma outra palavra para conquistador, uma descrição mais apropriada. Sociopata. É impressionante quantas mulheres se apaixonam por caras assim, caem no mesmo papo, mil e uma vezes, e então amaldiçoam o dia em que o conheceram. O jogo da sedução... é um dos truques mais velhos que existem. E na realidade é o que é: Um jogo de sorte. Sabe aquele jogo em que uma pessoa coloca uma pedra ou uma bolinha embaixo de um de três ou quatro copos e os embaralha sem parar até você adivinhar sob qual copo a pedra está? Observe os copos se moverem e tente adivinhar qual contém o homem certo. Jogue este jogo e você vai perder. Sempre. É certo. Ninguém quer acreditar que está ligado ao outro, especialmente no amor. Porque isso dói pra cacete. Talvez mais do que qualquer outra coisa no mundo. Te atinge no peito. Te faz sentir enjoada. Te faz sentir burra. Muito, muito burra. Então a melhor coisa que alguém tem a fazer numa situação destas é: Fingir que não foi pega de surpresa. Fingir que sempre soube de tudo. Fingir que nunca aconteceu. Começar tudo outra vez. E desta vez, dizer para si mesmas, nunca mais. Nunca vou cair no mesmo truque de novo. Mas vão. Vão cair porque não sabem o que querem da vida e, até saberem, estão fadadas a repetir padrões de tempos em tempos, destinadas a repetir os mesmos erros. Porque estão buscando uma fantasia inalcançável. Ou o homem perfeito. O marido perfeito. O amante perfeito. E a vida não é assim. Realmente não é. Não é mesmo. Pessoas não são assim. E isso não se aplica somente a mulheres. Homens são vítimas de seu próprio autoengano também. Os mais sensíveis, pelo menos. Os que são evoluídos o suficiente para pensar em mulheres como mais do que apenas um receptáculo para seu gozo. Às vezes, eles são muito evoluídos. Eles pensam muito. Eles colocam as mulheres em um pedestal, idealizam a companheira perfeita num nível que ninguém pode atingir. Pelo menos, eu sei que eu não posso. E para mim, isso apenas parece ser a receita para uma vida de decepção e relacionamentos fracassados. De procurar incessantemente pela pessoa certa e sempre acabar com a errada. Muito errada. Este é o jogo do amor. Um jogo em que todos perdem. Você vai dizer, isso é horrível. Eu digo, realista. Eu não estou dizendo que não acredito em amor, porque eu acredito. E, se duvidar, sou capaz de admitir que é a única coisa em que eu acredito. Nada de Deus, dinheiro, pessoas. Somente no amor. E eu não estou sugerindo que ninguém abaixe seu nível de exigência, ou se contente com pouco. Longe disso.
Sasha Grey (The Juliette Society (The Juliette Society, #1))
A longo prazo, terminar uma maratona nos deixa mais felizes do que comer um bolo de chocolate. Criar um filho nos deixa mais felizes do que ganhar uma partida de videogame. Abrir uma pequena empresa com amigos e vencer dificuldades financeiras nos deixa mais felizes do que comprar um computador novo. São atividades estressantes, árduas e muitas vezes desagradáveis, além de trazer consigo inúmeros problemas, mas, ao mesmo tempo, são as que nos proporcionam os momentos mais marcantes e constituem nossas maiores alegrias. Atividades como essas envolvem dor, cansaço, raiva e até desespero — mas, depois de concluídas, olhamos para trás emocionados. É o que contaremos aos nossos netos. É como Freud disse: “Um dia, quando olhar para trás, os anos de luta lhe parecerão os mais bonitos.” Isso explica por que não devemos pautar nossa existência em valores escrotos — prazer, sucesso material, estar sempre certo e otimismo implacável. Alguns dos melhores momentos da vida não são prazerosos, não são grandiosos, não são reconhecidos e não são positivos.
Mark Manson (A sutil arte de ligar o f*da-se: Uma estratégia inusitada para uma vida melhor)
Na manhã do dia em cuja noite acabou morrendo, vovô Slavko esculpiu uma varinha de condão para mim usando um galho de árvore e disse: tanto no chapéu quanto na varinha existe um poder mágico, se tu usares o chapéu e carregares a varinha, vais te tornar o mais poderoso mágico de capacidades entre os países que não fazem parte do bloco. Poderás revolucionar muitas coisas, na medida em que isso estiver em conformidade com as ideias de Tito e concordar com os estatutos da Aliança dos Comunistas da Iugoslávia. Eu duvidava da magia, mas não duvidava do meu avô. A graça mais valiosa é a inventividade, a maior riqueza é a fantasia. Guarda isso, Aleksandar, disse vovô com seriedade, enquanto botava o chapéu em mim, guarda isso e imagina um mundo mais bonito. Ele me entregou a varinha. Eu não duvidava de mais nada.
Saša Stanišić (How the Soldier Repairs the Gramophone)