â
We're going to wake up one morning and the world won't be the same.
That morning could be any morning, I say. It could be climate breakdown. It could be nuclear. It could be Trump or Bolsonaro. It could be The Handmaid's Tale.
â
â
Jeanette Winterson (Frankissstein: A Love Story)
â
Supporters of Bolsonaro had created a video warning that his main rival, Fernando Haddad, wanted to turn all the children of Brazil into homosexuals, and that he had developed a cunning technique to do it. The video showed a baby sucking a bottle, only there was something peculiar about itâthe teat of the bottle had been painted to look like a penis. This, the story that circulated said, is what Haddad will distribute to every kindergarten in Brazil. This became one of the most-shared news stories in the entire election. People in the favelas explained indignantly that they couldnât possibly vote for somebody who wanted to get babies to suck these penis-teats, and so they would have to vote for Bolsonaro instead. On these algorithm-pumped absurdities, the fate of the whole country turned. When Bolsonaro unexpectedly won the presidency, his supporters chanted âFacebook! Facebook! Facebook!â They knew what the algorithms had done for them.
â
â
Johann Hari (Stolen Focus: Why You Can't Pay Attentionâand How to Think Deeply Again)
â
Os defeitos e vĂcios dos lĂderes populistas se transformam, aos olhos dos eleitores, em qualidades. Sua inexperiĂȘncia Ă© a prova de que eles nĂŁo pertencem ao cĂrculo corrompido das elites. E sua incompetĂȘncia Ă© vista como garantia de autenticidade. As tensĂ”es que eles produzem em nĂvel internacional ilustram sua independĂȘncia, e as fake news que balizam sua propaganda sĂŁo a marca de sua liberdade de espĂrito. No mundo de Donald Trump, de Boris Johnson e de Jair Bolsonaro, cada novo dia nasce com uma gafe, uma polĂȘmica, a eclosĂŁo de um escĂąndalo. Mal se estĂĄ comentando um evento, e esse jĂĄ Ă© eclipsado por um outro, numa espiral infinita que catalisa a atenção e satura a cena midiĂĄtica.
â
â
Giuliano da Empoli (Os engenheiros do caos)
â
Stigmatizing the millions of Italians as âconsenting victimsâ of Berlusconi, denouncing the stupidity of the masses and wrapping oneself in the flag of the divine Left and its democratic arrogance â this is the pose of the enlightened intellectual, who is prepared to leave his country as a punishment (though he does not do so).
All this comes from a short-sighted, conventional analysis of political Reason. The âblindâ masses, for their part, have a more subtle â perhaps transpolitical(?) â vision, to the effect that the locus of power is empty, corrupt and hopeless and that, logically, one has to fill it with a man who has the same profile â an empty, comical, histrionic, phoney individual who embodies the situation ideally: Berlusconi.(...)
But it is just as undeniable that we cannot bear either Berlusconi or the current state of affairs. We have, therefore, to take into account both the obvious fact that we have the system we deserve and the equally nonnegligible fact that we cannot bear it.
â
â
Jean Baudrillard (Fragments)
â
A Revolução de 1930 trouxe o fim do que ficou conhecido como A RepĂșblica Velha. Uma junta militar tomou o poder, com GetĂșlio Vargas Ă frente. Ele prometeu uma Constituinte, mas os paulistas quiseram apressar as coisas e se insurgiram contra o Governo Federal. Sim, foi uma guerra civil: a Revolução Constitucionalista de 1932. Os paulistas foram derrotados pelas tropas federais, e entĂŁo tentaram manter sua hegemonia no paĂs por uma via mais duradoura: a da cultura. Em 1934 nasceu a Universidade de SĂŁo Paulo, masnossa historiografia costuma repetir que a USP nasceu como uma revanche dos paulistas diante da âgauchada embrutecidaâ que havia se instalado no governo, sob o comando de Vargas. Levando em conta, hoje, a influĂȘncia da USP sobre toda a nossa rede universitĂĄria, nĂŁo hĂĄ como nĂŁo dizer que a tal revanche foi vitoriosa. SĂŁo Paulo perdeu nas armas, mas venceu na cultura. A USP trouxe a França para o Brasil, pois professores jovens franceses, que depois se tornaram referĂȘncias internacionais e quase atemporais, vieram para cĂĄ por meio de acordos e convĂȘnios. A cidade de SĂŁo Paulo ganhou, entĂŁo, um aspecto
â
â
Paulo Ghiraldelli Jr. (RepĂșblica Brasileira: de Deodoro a Bolsonaro)
â
Cuando recuerdo aquellas charlas de la Patria Grande y la necesidad de estar unidos y este presente de destituciĂłn y Bolsonaros, de presidentes autoproclamados, de persecuciĂłn polĂtica y de nuevos endeudamientos con el FMI, me pregunto: Âżen quĂ© fallamos
â
â
Cristina FernĂĄndez de Kirchner (Sinceramente)
â
A pessimistic orientation does not seek accommodations with the system. We share the goal of the undercommons, which âis not to end the troubles but to end the world that created those particular troubles as the ones that must be opposedâ (Halberstam 2013, 9). Moten and Harney donât play the liberal game of reform; they are constantly reframing the problems at hand. What questions we ask are crucialâfor bad questions yield worse answers, ones that compound the problem. On prison abolition, their intervention is decisive and reconfigures the coordinates of the debate: for them, it is ânot so much the abolition of prisons but the abolition of a society that could have prisons, that could have slaveryâ (Moten and Harney 2013, 42). How do you abolish a society? How do you fight state power? Is anti-statism, ethical (that is, nonviolent) anarchism, the only solution? Is it a solution? Or do you dare to seize power, as with the example of Morales? A universal politics takes these questions to heart. For this reason, its skeptical negativity is put into the service of a more virtuous end: locating antagonisms, rather than settling for conflicts or pseudo-struggles. Its challenge is to sustain the antagonistic logic of class struggle, and avoid the comfort of static oppositions. The cultural Left has its enemies (Trump, Putin, Le Pen, ErdoÄan, Modi, Duterte, Netanyahu, OrbĂĄn, Bolsonaro, Suu Kyi, MBS, etc.)âand, conversely, notorious leaders blame liberal media, demonizing bad press with the âenemy of the peopleâ chargeâbut nothing really changes; the basic features or coordinates of the current society remain the same. Worse, the liberal capitalist system is legitimized (only in a free democracy can you, as a citizen, criticize tyrants abroad and, more importantly, express your outrage at the president, politicians, or state power without the fear of retribution) and the cultural Left is tacitly compensated for playing by the rulesâfor practicing non-antagonistic politics, for forgoing class insurgency and not engaging in class war (ĆœiĆŸek 2020f)ârewarded with âlibidinal profitâ (ĆœiĆŸek 1997b, 47), with what Lacan calls a âsurplus-enjoymentâ (2007, 147), an enjoyment-in-sacrifice. That is to say, cultural leftists, with their âBeautiful Soulsâ intact, enjoy not being a racist, a misogynist, a transphobe, an ableist, and so on. Hating the haters, the morally repulsive, the fascists of the world, is indeed an endless source of libidinal satisfaction for âwokeâ liberals. But what changes does it actually produce?
â
â
Zahi Zalloua (Universal Politics)
â
A mentira Ă© mais atraente do que a verdade, mesmo quando a verdade tenta desesperadamente arrombar a porta.
â
â
Jorge Guerra Pires (Desinformação, infodemia, discurso de Ăłdio, e fake news : Saiba o que sĂŁo e como se informar online de forma saudĂĄvel (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
Eles [eleitores e apoiadores do Bolsonaro]
distorceram a ideia de voto impressoâ,
diz Diego Aranha
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
O fato de somente a corrupção do PT e do Lula incomodar, e não a do Bolsonaro, dos bolsonaristas, é algo preocupante. O fato de as pessoas considerarem corrupção o mensalão, mas não considerarem rachadinha, ou mesmo funcionårio fantasma, é preocupante.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
O pobre que apoiou Bolsonaro Ă© aquele que acreditou que se Bolsonaro ganhasse, ele poderia xingar as pessoas sem consequĂȘncias, como Bolsonaro sempre fez, agredir a mulher como defesa da honra. O que ele esquece de considerar: Bolsonaro tem poder, e consegue ou pagar as multas ou achar brechas nas leis usando um exĂ©rcito de advogados. Os golpistas estĂŁo presos, 17 anos de jaula. No caso do Bolsonaro, depois de meses de investigação da PF, ainda assim dizem: precismos ir com calma, vamos esperar.
â
â
Jorge Guerra
â
A religiĂŁo funciona como um vĂrus de computador: na maior parte do tempo, a pessoa nem sabe que ele estĂĄ lĂĄ. Ele fica dormente. Como explicar pessoas extremamente racionais apoiando Bolsonaro? Eu demorei quase 1.000 pĂĄginas para responder: religiĂŁo. Nenhuma pessoa racional defenderia Bolsonaro.
â
â
Jorge Guerra Pires
â
A democracia defende a liberdade religiosa, o desafio Ă© como conviver com evangĂ©licos que praticam a teologia do domĂnio. Na teologia do domĂnio, o palco polĂtico vira palco religioso
â
â
Jorge Guerra Pires (Desinformação, infodemia, discurso de Ăłdio, e fake news: Saiba o que sĂŁo e como se informar online de forma saudĂĄvel (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
O objetivo da dissonùncia cognitiva é maternos ativos formas contraditórias de pensar, como ser anticorrupção, mas deixar passar o roubo das joias por Bolsonaro.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
O racismo sempre existiu, Bolsonaro deu a eles o poder de justificar, a normalização. Até pouco tempo, se dizia na cara do preto: preto safado. Agora, negam o racismo. à somente uma forma mais sofisticada de dizer: preto safado.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
O racismo sempre existiu, Bolsonaro deu a eles o poder de justificar, a normalização. Até pouco tempo, se dizia na cara do preto: preto safado. Agora, negam o racismo. à somente uma forma mais sofisticada de dizer: preto safado. Negar o racismo é somente uma forma nova de dizer que ele deveria trabalhar, como o branco honesto, cidadão de bem, para conseguir o que quer. Racismo é somente uma forma da esquerda roubar o branco trabalhador, do preto safado não trabalhar para conseguir o que quer.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
Quando Bolsonaro embolsou as joias, a lei era clara: bens acima de um certo valor sĂŁo patrimĂŽnios da uniĂŁo, nĂŁo pessoal. Bolsonaristas vivem dessas comparaçÔes feitas de forma amadora, e sem considerar contextos, detalhes. Ă tudo preto e branco para comparar. Os cristĂŁos fazem o mesmo em embate com ateus. Como disse, estou cada vez mais convencido: bolsonarismo Ă© o cristianismo mascarado como movimento polĂtico em um estado laico.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
A expressĂŁo "ditadura da toga" tem sido usada frequentemente por certos grupos polĂticos no Brasil, especialmente por apoiadores de Bolsonaro, como uma crĂtica ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, em particular, a alguns de seus ministros, como Alexandre de Moraes.
O uso repetido dessa expressão é uma forma de construir uma narrativa de que o judiciårio estaria exercendo um poder excessivo e fora de controle, supostamente em detrimento de outras instituiçÔes.
Problemas com Essa Narrativa:
1. Funcionamento do Congresso: O Congresso tem o poder de fiscalizar e, se necessårio, de mover processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal. Se não o fazem, não é necessariamente por medo de uma "ditadura", mas possivelmente por outras razÔes, incluindo preocupaçÔes com sua própria integridade. Parlamentares que temem ser investigados por corrupção podem preferir não confrontar diretamente o STF.
2. HistĂłria e Definição de Ditadura: Historicamente, uma ditadura envolve a concentração de poder nas mĂŁos de um Ășnico lĂder ou de um grupo restrito, geralmente no Ăąmbito do Executivo. Ditaduras sĂŁo caracterizadas por lĂderes que tomam o controle do governo, suprimem liberdades civis, censuram a imprensa, e governam sem a interferĂȘncia de outros poderes. Por isso, a ideia de uma "ditadura da toga" Ă© ilĂłgica, pois o JudiciĂĄrio, por definição, nĂŁo tem controle sobre as forças armadas, nem o poder de governar diretamente o paĂs.
3. Papel Constitucional do JudiciĂĄrio: O JudiciĂĄrio tem a função de interpretar e aplicar a Constituição, incluindo a garantia dos direitos individuais e a manutenção da ordem democrĂĄtica. Suas açÔes, quando vistas como excessivas, estĂŁo sujeitas ao controle de outros poderes, como o Legislativo, e ao escrutĂnio pĂșblico. Portanto, ao invĂ©s de caracterizar uma "ditadura", o JudiciĂĄrio estĂĄ agindo dentro de suas prerrogativas legais, mesmo que suas decisĂ”es sejam controversas ou desagradem a certos grupos.
A ideia de uma "ditadura da toga" parece ser mais um slogan polĂtico do que um conceito que resista a uma anĂĄlise mais profunda. Ela Ă© usada para questionar decisĂ”es judiciais especĂficas que nĂŁo favorecem certos interesses, mas nĂŁo se sustenta logicamente como uma forma de governo autocrĂĄtico.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
Comedy, especially in the form of satire, also specializes in deriding the self-importance of human beings. For instance, the notion that the United States Senate is âthe worldâs greatest deliberative bodyâ warrants laughter and ridicule, given the absurdity of its proceedings. To take another example, it is no accident that dictators especially dislike being mocked, for they are deserving targets of mockery, given their grandiloquence and pathetic lust for political power. Are figures like Kim Jong-un, Donald Trump, and Jair Bolsonaro not utterly ridiculous, deserving of contempt and laughter? True, they are also dangerous individuals, responsible for the deaths of many innocent persons, but recognizing that fact is compatible with mockery of their absurd personas. Of course, the self-importance of human beings is not limited to politicians and dictators. Fortunately, tenured academics have little in the way of political power beyond their own institutions (and not much there, either), but it would be difficult to find a class of persons whose endeavors are both more trivial and more self-prized. When a full professor publicly excoriates a graduate student for allegedly misunderstanding some arcane point, it is certainly abusive but is also comical when one considers the abuserâs self-seriousness in the face of trivia. In a case like this, the victim deserves sympathy, but the abuser deserves (among other things) contemptuous and dismissive laughter. As with so many other human enterprises, academia deserves to be lampooned, as it is in the novels of David Lodge, for example.
â
â
Toby Svoboda (A Philosophical Defense of Misanthropy (Routledge Studies in Ethics and Moral Theory))
â
Por que o Lula nĂŁo consegue se mover nas redes como Bolsonaro?
Recentemente o Lula tem se empenhado em usar as redes, inclusive, fazendo lives. Contudo, nĂŁo tem funcionado como funciona para Bolsonaro. Por quĂȘ? Isso ocorre porque Bolsonaro misturou redes sociais com Ăłdio, discurso de Ăłdio. Por mais que qualquer discurso funciona nas redes, o discurso de Ăłdio ganha maior engajamento. Ou seja, foi um alinhamento de um discurso que Bolsonaro sempre fez, desde jovem como parlamentar, com uma rede nova, que valorizar esse tipo de discurso.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
SaĂmos de âBrasil, a pĂĄtria que educaâ, governo Dilma, para âvamos acabar com a bandidagemâ, governo Bolsonaro. O primeiro lema Ă© inclusivo, o segundo exclusivo. O primeiro lema tenta colocar todos no mesmo barco, o segundo, jogar pessoas aos tubarĂ”es. Isso ficou evidente: durante o governo Bolsonaro, os investimentos em educação de pessoas mais velhas foi praticamente zerados. Esses programas ajudam adultos a conseguirem um grau, pelo menos, concluĂrem o ensino mĂ©dio para terem um emprego melhor.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
aprendi a simplesmente aceitar quando alguém se declara eleitor(a) do Bolsonaro, aprendi a não tentar entender, achar motivos
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
Os polĂticos evoluĂram, usando inteligĂȘncia artificial, os eleitores continuam os mesmos: cĂ©rebros de galinha! Ă possĂvel que os polĂticos97, como Bolsonaro e Trump, nĂŁo sejam tĂŁo burros quanto parecem: estĂŁo apenas adaptando a linguagem aos eleitores.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
A pessoa cria uma visĂŁo impossĂvel do polĂtico ideal, na falta dele, eles criam um. Bolsonaro nasceu dessa idealização do polĂtico, e do cansaço coletivo em procurar esse polĂtico ideal, romantizado, com a moral acima da mĂ©dia, acima de todos.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
LĂłgica bolsonarista:
Lula corrupto -> Bolsonaro honesto -> votar no Bolsonaro para acabar com a corrupção.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
Talvez deverĂamos usar o Bolsonaro no combate Ă AIDS e gravidez precoce!" O cara conseguiu colocar um paĂs inteira contra as urnas, sem qualquer evidĂȘncia.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
Recentemente, o FlĂĄvio Bolsonaro foi atacado nas redes por bolsonaristas por rejeitar a prisĂŁo do Alexandre de Moraes. Generais, antes idolatrados, foram chamados de âcagĂ”esâ por rejeitares um golpe de estado.
â
â
Jorge Guerra Pires (CiĂȘncia para nĂŁo cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (InteligĂȘncia Artificial, Democracia, e Pensamento CrĂtico) (Portuguese Edition))
â
O desvio de armas e muniçÔes da prĂłpria polĂcia para os criminosos que eles combatem pode parecer, Ă primeira vista, incongruente ou suicida. No entanto, era esse mercado que azeitava a engrenagem da guerra que fortalecia a polĂcia. Por um lado, se as armas e muniçÔes de calibre pesado traumatizavam a população da cidade, por outro, ajudavam a transmitir Ă população a ideia de que os policiais e as forças de segurança eram imprescindĂveis para combater o caos e a desordem no Rio.
â
â
Bruno Paes Manso (A RepĂșblica das MilĂcias: Dos EsquadrĂ”es da Morte Ă Era Bolsonaro)
â
Os paramilitares se dirĂŁo defensores da ordem e da tradição, contra a imprevisibilidade proporcionada pela venda de drogas. JĂĄ os traficantes se dirĂŁo contrĂĄrios Ă cobrança de taxas a moradores e comerciantes, alĂ©m de se colocarem como resistĂȘncia a uma polĂcia opressiva e corrupta. Na prĂĄtica, contudo, o que move ambos os lados Ă© a busca por mais dinheiro e poder.
â
â
Bruno Paes Manso (A RepĂșblica das MilĂcias: Dos EsquadrĂ”es da Morte Ă Era Bolsonaro)
â
Bolsonaro venceu a eleição de 2018 porque parte dos brasileiros foi seduzida pela ideia da violĂȘncia redentora. Diante da crise econĂŽmica e da descrença na polĂtica, os eleitores escolheram um justiceiro para governĂĄ- los. Como se o paĂs decidisse abandonar suas instituiçÔes democrĂĄticas para se tornar uma enorme Rio das Pedras gerida por princĂpios milicianos.
â
â
Bruno Paes Manso (A RepĂșblica das MilĂcias: Dos EsquadrĂ”es da Morte Ă Era Bolsonaro)
â
O estigma sofrido pelos jovens negros e pobres na zona sul parecia servir de combustĂvel para a revanche dos garotos. Nas praias lotadas do Arpoador e de Ipanema, eles iniciavam o corre-corre, seguido de brigas, furtos, espancamentos e pĂąnico entre os banhistas, que deixavam as areias em desespero. As cenas, gravadas e mostradas no FantĂĄstico e no Jornal Nacional, provocaram indignação. Um ritual sagrado do carioca â a praia nos domingos de sol â estava sendo profanado.
â
â
Bruno Paes Manso (A RepĂșblica das MilĂcias: Dos EsquadrĂ”es da Morte Ă Era Bolsonaro)
â
[These children] know what they think of Donald Trump in the United States and Jair Bolsonaro in Brazil and Scott Morrison in Australia and all the other leaders who torch the planet with defiant glee while denying science so basic that these kids could grasp it easily at age eight. Their verdict is just as damning, if not more so, for the leaders who deliver passionate and moving speeches about the imperative to respect the Paris Climate Agreement and "make the planet great again" (France's Emanuel Macron, Canada's Justin Trudeau, and so many others), but who then shower subsidies, handouts, and licences on the fossil fuel and agribusiness giants driving ecological breakdown.
â
â
Naomi Klein (On Fire: The Case for the Green New Deal)
â
Ă difĂcil contar a histĂłria do governo Bolsonaro sem antes alertar o leitor: hĂĄ uma mudança de escala nos desastres do paĂs desde que a extrema direita venceu em 2018. Apenas colocĂĄ-los lado a lado com os erros e crimes dos governos anteriores â inclusive os petistas â dĂĄ a impressĂŁo de que sĂŁo de dimensĂ”es comparĂĄveis. NĂŁo sĂŁo. Entre 2018 e 2022, o Brasil piorou muito.
â
â
Celso Rocha de Barros (PT, uma histĂłria (Portuguese Edition))
â
maneiras. Inclusive no desejo de consumir ainda mais. Ao mesmo tempo, ao aproximar os mais pobres de bens materiais e de espaços atĂ© entĂŁo exclusivos da classe mĂ©dia, o governo Lula atinge algo caro para essa classe mĂ©dia que era definida como âtradicionalâ: atinge aquilo que a diferenciava dos mais pobres. Essa perda foi sentida. Para essa parcela da sociedade, nĂŁo eram os mais pobres que ampliavam seus direitos, mas ela que perdia seus privilĂ©gios â ou sua diferença âpositivaâ de classe.
â
â
Eliane Brum (Brasil, construtor de ruĂnas: Um olhar sobre o Brasil, de Lula a Bolsonaro (Portuguese Edition))
â
Chega inclusive de construir, este verbo que se mostrou violento na história dos Brasis. Este verbo de verticalidades e de hierarquias. Estå na hora de conjugar o verbo das mulheres. Precisamos tecer, esse verbo horizontal, colorido, que só se embeleza na diferença.
â
â
Eliane Brum (Brasil, construtor de ruĂnas: Um olhar sobre o Brasil, de Lula a Bolsonaro (Portuguese Edition))
â
1930 trouxe o fim do que ficou conhecido como A RepĂșblica Velha. Uma junta militar tomou o poder, com GetĂșlio Vargas
â
â
Paulo Ghiraldelli Jr. (RepĂșblica Brasileira: de Deodoro a Bolsonaro)
â
Pessoas ideologizadas demais sempre caem no ridĂculo. Green pareceu para uns como ridĂculo, e isso por conta do exagero. Mas, Ă© claro, ridĂculo mesmo foi Mendonça Filho, por conta de ter deixado transparecer sua faceta de feitor, nĂŁo de Ministro. Gente preocupada em reprimir situaçÔes por conta de anzĂłis semĂąnticos escorregam e caem de bunda no palco. Tanto faz se a pessoa Ă© de esquerda ou direita. A ideologia Ă© uma casca de banana.
â
â
Paulo Ghiraldelli Jr. (RepĂșblica Brasileira: de Deodoro a Bolsonaro)
â
Mesmo que isso nĂŁo seja Ăłbvio para todos, Ă© a arte que expande a nossa consciĂȘncia mais do que qualquer outra experiĂȘncia, justamente por deslocar o lugar do real. Ao fazer isso, ela amplia a nossa capacidade de enxergar alĂ©m do Ăłbvio.
â
â
Eliane Brum (Brasil, construtor de ruĂnas: Um olhar sobre o Brasil, de Lula a Bolsonaro (Portuguese Edition))
â
Não hå nada mais perigoso para a manutenção dos privilégios e do controle de poucos sobre muitos do que a arte.
â
â
Eliane Brum (Brasil, construtor de ruĂnas: Um olhar sobre o Brasil, de Lula a Bolsonaro (Portuguese Edition))
â
Podemos observar tendencias posdemocrĂĄticas en el Brasil de Jair Bolsonaro, la HungrĂa de Viktor OrbĂĄn, la India de Narendra Modi y, sin duda, tambiĂ©n en el MĂ©xico de LĂłpez Obrador.
â
â
Roger Bartra (Regreso a la jaula: El fracaso de LĂłpez Obrador (Spanish Edition))
â
Ă preciso normalizar a radicalidade, nĂŁo o que jĂĄ Ă© normal; ou seja, transformar a realidade para que aquilo que parece distante ou radical demais hoje possa ser o estado normal das coisas amanhĂŁ. Creio ser importante enfatizar isso porque existe uma ideia equivocada sobre o papel dos âradicaisâ e dos âextremosâ na polĂtica. Trata-se de uma noção que ganhou bastante apelo nos Ășltimos anos, especialmente depois que a gente passou a viver sob as polĂticas e conflitos do governo Bolsonaro, classificado tambĂ©m como extrema-direita.
â
â
Sabrina Fernandes (Se quiser mudar o mundo: Um guia polĂtico para quem se importa)
â
a ascensĂŁo de Bolsonaro e da extrema-direita pertence a um projeto de desconexĂŁo da interpretação do mundo de seus respectivos fatos, e de uma eventual reconstrução a partir da criação de uma constelação de inimigos imaginĂĄrios Ă espreita para destruĂrem o Brasil e seus supostos valores tradicionais.
â
â
Henry Alfred Bugalho (Minha Especialidade Ă© Matar: Como o Bolsonarismo tomou conta do Brasil)
â
O que Ă© um anzol semĂąntico? Green anunciou um: ele perguntava se ao dar um curso sobre 1964 no Brasil, o professor teria de denominar o curso de âGolpe de 64â ou de âRevolução de 64â. O certo seria nĂŁo ter que optar de modo excludente. E isso, claro, nĂŁo em nome ou em busca de neutralidade, que nĂŁo existe, mas em busca de uma faceta de uma melhor sociologia na universidade. Essas ĂĄreas â sociologia e ciĂȘncia polĂtica â carecem de estudos sobre âguerras semĂąnticasâ. Nesses estudos deveriam estar os anzĂłis semĂąnticos â palavras que querem agarrar militantes, e, Ă s vezes, desconcertar posturas. Um bom curso sobre 1964 começaria pelas semĂąnticas em jogo no PĂłs 31 de Março. Começaria falando dos agentes em questĂŁo e de como eles começaram a disputa terminolĂłgica. Como se deu? O novo governo falava de ârevoluçãoâ, os derrotados falavam de âgolpeâ. Um bom curso sobre 2016 (queda da Dilma) poderia seguir o estudo dos anzĂłis terminolĂłgicos, e teria de incluir o manifesto de Green e a fala de Mendonça como elementos que estĂŁo no terreno da luta por hegemonia de narrativas. Um bom curso de guerras de terminologia seria mais inteligente que um curso (rasteiro)
â
â
Paulo Ghiraldelli Jr. (RepĂșblica Brasileira: de Deodoro a Bolsonaro)
â
Refundar a democracia exige responsabilidade coletiva. E exige algo que durante 500 anos o Brasil nĂŁo foi capaz de fazer: dar valor Ă vida humana.
â
â
Eliane Brum (Brasil, construtor de ruĂnas: Um olhar sobre o Brasil, de Lula a Bolsonaro (Portuguese Edition))
â
Pen en Francia, Morawiecki en Polonia, OrbĂĄn en HungrĂa, ErdogĂĄn en TurquĂa, Duterte en Filipinas y Bolsonaro en Brasil. Aunque sean distintos, tales personajes comparten el mismo desprecio por la democracia (OrbĂĄn hablaba orgullosamente de las virtudes de las democracias iliberales), con su imperio del derecho, la prensa libre y una judicatura independiente. Todos creen en «lĂderes fuertes» âen ellos mismosâ, un culto a la personalidad que ha pasado de moda en buena parte del mundo restante.
â
â
Joseph E. Stiglitz (Capitalismo progresista: La respuesta a la era del malestar (Spanish Edition))
â
E assim, com os males reais sendo invisibilizados e apagados, tudo continua como estå. E aqueles que gritam seguem cimentados na mesma posição na pirùmide social.
â
â
Eliane Brum (Brasil, construtor de ruĂnas: Um olhar sobre o Brasil, de Lula a Bolsonaro (Portuguese Edition))
â
Podemos concluir que, no senso comum, a infùncia não foi inventada para todas as crianças.
â
â
Eliane Brum (Brasil, construtor de ruĂnas: Um olhar sobre o Brasil, de Lula a Bolsonaro (Portuguese Edition))
â
As President Bolsonaro of Brazil put it: âWe understand the importance of the Amazon for the worldâbut the Amazon is ours.
â
â
Bruce Usher (Investing in the Era of Climate Change)